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Alentejo no seu melhor: Parte 1- O safari

por twin_mummy, em 03.10.16

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A viagem ao Badoca Safari Park já há muito tempo que era pensada, mas como para estas coisas convém ver até que ponto crianças de tenra idade realmente aproveitam optámos por ir adiando. Já a caminho dos 6 anos de idade, e com a ida para a pré-primária achámos que seria a altura ideal e uma forma interessante de se terminar as férias e por esse motivo começámos a planear tudo no início do verão, e para nossa alegria a minha mana e o namorado decidiram juntar-se à malta. Contas feitas seriamos 4 adultos, 2 crianças de 5 anos e o meu sobrinho mais novo, que aos 11 anos de idade é considerado como adulto (ah, pois é!). O meu sobrinho mais velho infelizmente não pôde ir por motivos de trabalho (quando é que ele cresceu que eu não dei por isso?), o que só me faz sentir mais velha.

 

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Infelizmente os vouchers do Sapo que permitiam obter bilhetes de adulto a um preço bem mais acessível já há muito que estavam esgotados (se os Sapenses me permitem fica aqui a sugestão para fazerem mais iniciativas do género) e por isso lá teriamos de desembolsar 17,50€ por adulto e 15,50€ por criança (dos 4 aos 10 anos). Na bilheterira existia um bilhete familia que permitia que fossemos os 4 por 60€. Mesmo assim, para uma familia de 4 não é fácil e por isso hesitámos em ir. Mas a minha irmã, que já lá tinha ido com o meu sobrinho mais velho insistiu que valia a pena, e surgiu entretanto a ideia de juntarmos os miúdos e irmos todos. Afinal almoçarmos juntos ou celebrarmos os aniversários não é bem a mesma coisa que estarmos efectivamente juntos e os meus filhos adoram os primos. Com a minha mãe a dizer que patrocinava a estadia fiz uma das coisas que melhor sei... planear mais uma aventura.

 

Como partiamos de locais diferentes, e andar com crianças de 5 anos obriga por vezes a paragens imprevistas, decidimos marcar o ponto de encontro à entrada do Parque. O trajecto em si não é longo e na teoria é fácil dar com o Parque com o esquema lá indicado, mas queriamos chegar à abertura para evitar filas e podermos despachar o máximo possivel da visita antes das horas de maior calor (apesar de ser já Outubro o calor ainda se fazia sentir e alentejana que se preze sabe que Alentejo é Alentejo). Tivessemos combinado de outra forma e não correria melhor, porque em plena A2 acabámos por os encontrar. Seguimos daí juntos até à saída para Grândola- Sines- Santiago do Cacém e daí pela IC33 sempre com atenção ao caminho, por onde surgiam aves de rapina a rasgar os céus.

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 FONTE: badoca.pt

Apesar da minha irmã já lá ter ido tinha sido há bastante tempo, e já não se recordava bem do caminho. Aqui entre nós (peço ajuda aos 'sapenses' para tentar esconder dela esta parte do post) a minha irmã é a pessoa errada a quem perguntar os caminhos. Recordo-me quando eramos pequenas e os meus pais a inquiriam sobre como correra a viagem de estudo da escola e onde tinham ido ela dizia coisas como 'Fomos a um sítio com muitas árvores.' ou 'Era por uma estrada muito longa e depois virava-se junto a um prédio alto.' E assim ficavamos com a certeza que não deveria ter ido a Cacilhas e pouco mais que isso. Adiante!

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A entrada para o Parque não é mesmo fácil para dar com ela quando se vai de Norte para Sul, porque está orientada para o sentido inverso do percurso e não há muita sinalização no trajecto antes, e por isso os condutores foram forçados a fazer uma curva pu.. à direita (como se diz nos ralis) logo a seguir a uma travagem brusca depois de um cruzamento. Para que não vos aconteça o mesmo, em vez de verem o trajecto aéreo no Google Maps (como eu fiz) vejam o trajecto como se estivessem na estrada, ou então confiem em mim e sigam as instruções que se seguem. Seguindo pela IC33 encontrarão várias saídas. Fixem a que diz Santa Cruz/ Ademas (por motivos que explicarei no post dedicado à estadia) mas continuem em frente. Um pouco mais adiante encontrarão uma que chama à atenção pelas placas azuis que sinalizam a saída para o hospital e para um hotel. As outras placas dizem Santiago do Cacém/ Vila Nova de Santo Andre e Melides. Respirem fundo que estão perto, mas sigam na mesma em frente e devagarinho pois a entrada do Badoca situa-se uns metros à frente, à vossa direita.

 

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A partir daí é terra batida. Por isso não gastem tempo nem dinheiro a lavar o carro antes de irem pois irão precisar lavar novamente ao regresso. Pelo caminho há uma pequena capela que não chegámos a visitar, mas ficou a curiosidade. Se alguém já lá esteve que se pronuncie.

 

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Chegados ao Parque o estacionamento é amplo e os primeiros têm a vantagem de poder selecionar um dos poucos lugares à sombra. Se for o caso façam-no! Apesar de às 10 da manhã (a hora da abertura do Parque) tal não ser mutio evidente, acreditem que um lugarinho à sombra em pleno Alentejo vale ouro quando se chega ao final da tarde! Para as bilheteiras não havia fila, talvez por ser ainda cedo, talvez por já estarmos em Outubro. Seja qual for o motivo soube bem chegar e andar, e sabermos que iriamos ter vaga no primeiro Safari do dia, às 10h30 (fiquem descansados que marcam logo à entrada e vos dão todas as indicações juntamente com um mapa/ roteiro das actividades do Parque.

 

O valor do bilhete inclui o Safari, que no fundo é a visita guiada no combóio (puxado a tractor estrategicamente pintado com camuflado alusivo a um animal, e por isso haverá o tractor-zebra, o tractor-tigre, etc), a Apresentação das Aves de Rapina, a Sessão de Alimentação do Lémures, o Passeio Pedestre e a Visita à Ilha dos Primatas. Depois há extras como o rafting africano (por 2€) que o meu sobrinho mais novo estava ansioso por experimentar (e não vou dizer que eu também) e que infelizmente estava avariado e tudo o resto há que pensar seriamente atendendo ao preço. A interacção com os lémures custa 12€ por adulto e 10 por criança, a Visita aos Bastidores custa 65€ por pessoa, o Falcoeiro por Um dia 40€/ pessoa. Para quem tenha porquinhos-mealheiro rechonchudos poderão ver informações adicionais sobre cada uma destas actividades através deste link. Os outros façam como eu, ignorem esta parte e sigam.

 

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Assim que entram têm a loja de lembranças do lado esquerdo. É por aí a saída mas é também aí que podem ir caso se tenham esquecido de levar chapéus. Vão precisar sim, pois embora hajam sombras um pouco por todo o Parque e mesmo dispersores de água colocados estratégicamente em duas das árvores da entrada aquilo é Alentejo, maltinha. Recomendo que levem tudo de casa pois um simples boné custa 12€, e sim há quem os dê porque não há alternativas num raio de kms e há determinadas zonas do trajecto onde as sombras estão muito espaçadas.

 

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Logo à entrada do Parque são abordados para tirarem a foto da praxe com a estátua da mascote, a girafa Badocas. À saída procurem por ela na loja das lembranças mas não com muita esperança de terem uma obra de arte. A nossa tinha várias sombras de permeio, não deixando ver claramente os rostos, e estava demasiado longe e por isso optámos por não dar os 7€ que pediam por ela. Por isso e porque com a GoPro HERO4 Silver a fazer timelapse com um intervalo de tempo pré-definido conseguem por a câmera num local fixo a tirar fotos sequenciais ao grupo e ir calmamente andando para o enquadramento. 

 

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Quanto ao percurso em si aconselho pensarem nisso em função do horário do Safari e dos diversos espectáculos. No nosso caso como o Safari era logo às 10h30 aproveitamos apenas para ir ao wc com os miúdos, beber um pouco de água e depois seguir. Confesso que não resisti a tirar uma foto ao wc. Houve quem gozasse comigo mas para mim qualquer obra de arte é digna de destaque, independentemente do local onde se encontre.

 

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Ainda são alguns metros entre a entrada do parque e o local de onde o Safari parte e sobretudo se estiverem num grupo grande convém ser dos primeiros a chegar caso pretendam manter-se juntos. Ser dos primeiros também ajuda na escolha de lugares, se bem que ao longo do trajecto há pontos de interesse quer do lado direito quer do lado esquerdo e tendo em conta que os animais (salvo algumas excepções) circulam livremente pelo Parque nem sempre quem vai à frente tem melhor cenário do que quem vai atrás.

 

Fica o alerta (para que não sejam apanhados desprevenidos como muitos dos visitantes) de que sendo um Safari pelo meio de um terreno brutal no Alentejo o pó é uma constante. Caso planeiem levar um fatinho caqui de tecido leve e fresco pensem duas vezes. Ou então façam como a minhã irmã que não sai de casa sem um frasquinho de desinfectante. Limpou o banco dela e o da vizinha de trás, e depois voltou a limpar quando tivemos de trocar de combóio porque a máquina daquele (tractor pintado) avariou. Para mim nada de admirar já que para onde quer que a gente vá há sempre destes precalços, mas é também por aí que a vida tem mais piada e ficamos sempre com peripécias para contar.

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Antes da partida o condutor explica as regras básicas (como não saltar para fora da carruagem mesmo que caia alguma coisa) e dá-nos uma ideia do que iremos ver. Depois, e a analisar também pelo que depois vimos acontecer noutro combóio (já perto do final) é cruzar os dedos na esperança que aquilo arranque e chegue ao fim sem avariar. Ainda fiquei a pensar se seria de propósito para dar mais emoção, mas acho que foi só uma lamentável coincidência que nem assim deixou de arrancar risos. Há que lembrar que ali ninguém vai com pressa para ir para o trabalho, e por isso Safari é Safari, mesmo que obrigado a pausa forçada no meio dos animais. 

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DSC_0092.JPGQuanto aos animais na primeira parte do trajecto penso ser uma questão de sorte poderem estar mais perto ou mais longe já que o percurso do combóio está definido mas os animais circulam livremente. Há muita variedade, desde gnus até gazelas, avestruzes e veados, e o condutor vai fazendo paragens para explicar as origens e características de cada grupo e apontar o macho dominante. 

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Em recinto fechado estão 3 tigres: um macho e duas fêmeas. O guia explica que não era intenção inicial do Parque tê-los mas foi-lhes solicitado e não conseguiram recusar o pedido de ajuda. Não compreendi se eram provenientes de algum cativeiro ou se será uma tentativa de reprodução da espécie, mas confesso que me faz alguma confusão vê-los ali presos num recinto que não sendo pequeno também não será das dimensões ideais para animais de tão grande porte. E embora se compreenda que soltá-los não seria uma opção viável para os outros animais (e mesmo para trabalhadores e visitantes do Parque) o que é certo que como contrastam tanto com a liberdade dos outros animais faz bem mais confusão vê-los ali do que no Jardim Zoológico. 

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Por todo caminho se ouvia a questão chave: -Onde estão as girafas?. Todos nós ansiávamos pelo momento de poder ver girafas em liberdade, mas confesso que por diversas vezes pensei como seria se no meio de tanto espaço disponível elas fossem para uma zona afastada do trajecto pré-definido do combóio. Tendo sido os primeiros a arrancar do cais de embarque tivemos a sorte de ainda as ver dentro do cercado onde passam a noite e assistir à sua libertação. Um pouco tímidas a início, mas lá foram saindo a passo lento, o que nos permitiu tirar imensas fotografias. 

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Mesmo em frente à zona das girafas estavam os compartimentos de outros animais que estavam por algum motivo resguardados dos demais. Ou porque tinham crias pequenas ou porque tinham chegado há pouco ao Parque e ainda se estavam a ambientar. Junto a essa zona vedada passeavam várias zebras, e entre elas algumas crias. Andaram por ali a perguiçar bastante tempo até que uma decidiu correr e as outras foram atrás. É realmente um luxo poder estar tão perto delas.

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Mais adiante, já quase a terminar a viagem, voltámos a encontrar as girafas a alimentarem-se das copas das árvores. Os meus mabecos adoraram ver os pescoços esguios e as linguas esticadas.

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GOPR0040.JPGEm menos nada estávamos de volta ao cais de embarque, apinhado de gente para a próxima viagem. Ao sair pela ponte de madeira ainda deparámos com o outro combóio que avariou. Ninguém parecia preocupado com tal facto, e aproveitavam para tirar fotos a quem passava por cima, e nós retribuimos o gesto.

 

Convinha agora definirmos o resto da visita propriamente dito porque há certas actividades que têm hora marcada. Como iria haver um espectáculo de Apresentação de Aves de Rapina logo ao início da tarde, junto ao restaurante, optámos por ir para o extremo oposto durante o restante período da manhã, e à hora de almoço seguiriamos para o restaurante e lá ficariamos para o espectáculo. Penso ter sido uma boa decisão pois acabámos por ver a maior parte do recinto num relativo sossego, enquanto a maior parte dos visitantes ainda se concentrava na zona principal.

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Começámos pela zona vedada das aves, quase em frente à entrada. Ainda hesitámos junto à porta até que uma das funcionárias veio dizer que poderiamos entrar à vontade, fechando a porta arás de nós. Foi um pouco estranho entrar e controlar a porta com uma espécie de arara negra, de poupa encaracolada (deve ter ficado parada nos anos '80) a fitar-nos. Pensei o que faria se ela nos fintasse e saisse porta fora, mas não me parece que fosse essa a intenção da bicha; por momentos pareceu-me antes que se ela era o nosso espectáculo nós éramos o dela e que nos olhava com a mesma curiosidade. Pela jaula cruzámo-nos com mais umas quantas aves, inclusivé um papagaio enorme que terei de reconhece impunha um certo respeito, sobretudo quando deu um voo e aterrou no chão mesmo à nossa frente, bloquendo-nos a saída. 

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Tempo para apreciar também as cobaias que corriam pelo chão fora (não compreendo a simbiose da coisa, mas calculo que deva haver um motivo para tal mistela de espécies), tentando ter uma refeição sossegada enquanto as aves procuravam incessantemente furtar-lhes a comida.

 

Mais à frente, do lado esquerdo do caminho o recinto dos facóceros. Imaginei por diversas vezes se saberiam a javali, mas da maneira como nos fitavam penso que da mesma maneira como não gostaria de ficar fechada numa zona tão pequena com um javali, também não gostaria de ficar com um facócero. Respeito! Respeito!

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DSC_0185.JPGDo lado direito as tartarugas. É sempre giro os miúdos verem até que ponto um animal daqueles consegue crescer, mas em termos de espectáculo como podem imaginar é ver e andar já que não há muito a dizer e as coisas por ali avançam muuuuuuito lentamente. A não ser que aconteça algo que viriamos a presenciar mais tarde, quando no regresso deparámos com uma multidão a rir junto ao recinto das tartarugas. Parece que era época de acasalamento e enfim... havia alguma acção entre dois dos exemplares. Pela nossa parte evitámos a cena, por uma lado porque coitaditas acho que também têm direito à sua privacidade, e por outro porque assim evitarmos ter de explicar aos mabecos porque é que uma tartaruga estava em cima da outra a fazer certos movimentos.

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Chegámos assim ao recinto das cabras. Só pelo facto de andarem por ali a saltar e terem crias já contribuiu para serem um dos maiores pontos de interesse, mas ao constatarmos que poderiamos com uma moeda de €0.50 obter ração para lhes dar, foi complicado convencermos os mabecos a sair dali. Valeu-nos o facto de não haver também onde trocar dinheiro e por isso com o fim das moedas de cinquenta lá começaram a mexer as patas.

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GOPR0211 (2).JPGSeguimos então para o recinto dos cavalos e póneis. Reconheço que tinha alguma vontade de montar, mas em vez de terem ali um funcionário tinham apenas uma placa com um número de telefone. Hesitei em ligar pois nem sequer havia indicação do valor, mas tendo em conta os valores das outras actividades extra calculei que não fosse barato, mas iria ser uma grande tentação se fosse um preço razoável, pois se os mabecos lá têm o bichinho da equitação de mim e do co-irresponsável o herdaram e por isso fosse o que fosse x4 de certeza seria caro.

 

E nisto recebo a chamada do Eco Suites Resort, o local onde iriamos passar a noite, a perguntar qual a hora prevista para a chegada. Explicámos onde estávamos e que só deveriamos aparecer mais para o final da tarde. Aproveitámos para confirmar o caminho e o tempo do trajecto. -Cerca de 10 minutos do Badoca aqui. -esclareceu a simpática Joana. E assim ficámos mais à vontade, com a certeza que teriamos tempo mais que suficiente para ver o Badoca de um extremo a outro.

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Como nestas coisas também convém fazer umas pausas para descansar aproveitámos as mesas existentes junto ao parque infantil para comer umas bolachinhas e beber água. Todos nós levávamos mochilas. O co-irresponsável numa mochila estilo aventura (que lhe custou 10€ encomendada pelo eBay) levava o kit de primeiros socorros, pois nunca se sabe quando poderemos precisar, eu levava água e uns snacks numa mochila térmica que temos desde que os miúdos nasceram, e sem a qual já não conseguimos passar. Estas coisas de se ter filhos por vezes incute-nos certos hábitos, que não serão necessariamente despropositados, mesmo quando se está sem eles.

 

Para os mabecos descobri uma promoção especial do sumo Um Bongo. Acho que vamos deitar sumo pelas orelhas tal é a quantidade que tive de comprar para trazer duas mochilas, mas olhem bem para isto e vejam lá se não valeu a pena. Em azul e em rosa é como se diz 'pró menino e prá menina'.

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E acreditem que muitos adultos as miraram com ar de que também queriam uma. Lá dentro cada um tinha um cantil de água, dois pacotes de maçã desidratada para petiscar e lenços de papel. Cada um deles pode também escolher UM brinquedo (esta parte do UM foi muito reforçada, explicando que teriam de andar todo o dia com a mochila), desde que fosse leve. Ela optou por um livro e um lápis, ele por um peluche. Claro que poderiamos ter dividido o conteúdo pelas nossas mochilas, mas eu sou da opinião que dar-lhes pequenas responsabilidades é sempre algo positivo, e terem as mochilas garridas às costas ajudava também a localizá-los quando se afastavam um pouco mais.

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Enquanto aqui a malta da terceira idade descansava as articulações nas mesinhas de piquenique eles subiam por uma pequena ponte himalaia ou por uma rampa em madeira para depois descerem pelo escorrega. Mais uma vez foi complicado convencê-los a sair, mas havendo apenas um restaurante (não compreendemos porquê mas o Restaurante Panorâmico que prometia grill estava fechado e degradado) não queriamos de todo ser dos últimos a chegar.

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Logo à porta do restaurante percebemos que a escolha não era muita nem emocionante e que menos emocionante ainda era o preço. Menus na ordem dos 8-10€ que incluiam prato, bebida e sobremesa. Tirando os hamburgueres (que pareciam bolas de hóquei depois de um incêndio) a comida tinha bom ar e sabia bem, e era também servida em quantidade generosa. Mas era no fundo optar por frango ou bacalhau com natas. A maior parte dos crescidos preferiu o bacalhau, para os putos pedi uma dose de frango e dois pratos. Chegou e sobrou, e já de barrigas cheias (fica o destaque para o cheesecake de maracujá que era excelente) andámos uns metrinhos para o lado para assistirmos ao espectáculo das aves.

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Vale bem a pena irem, mas fica o alerta que têm de manter a criançada sossegada porque as aves são soltas à vez e andam pelo meio do público. Infelizmente tiveram que pedir por diversas vezes a adultos para não fazerem movimentos bruscos e para voltarem ao seu lugar. As crianças mais pequenas portaram-se todas bem. Uma das mais impressionantes na minha opinião seria o Calau, pelo porte, e o Bufão pela beleza. Já anteriormente tivemos a oportunidade de privar com um Bufão em Mafra e foi muito engraçado constatar que os mabecos o reconheceram, mesmo apesar de terem decorrido vários meses.

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Motivo de riso foi o facto de uma das aves soltas ter-se afastado para caçar e não ter regressado até final do espectáculo. Tivemos os mabecos o resto da tarde a questionarem se a dita ave já teria regressado, mas ficámos sem saber.

 

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Por esta altura já eles ansiavam em voltar para a zona do parque infantil, pelo que tivemos que negociar a ida à Ilha dos Primatas, que por ser bastante afastada justificaria depois a paragem no regresso. Em relação aos primatas fica o alerta que para quem tenha crianças muito pequenas ou dificuldades de locomoção talvez seja complicado o esforço já que o caminho é todo em terra batida, com alguma inclinação, e muito afastado da zona principal. Para quem possa fazer tal trajecto é interessante ver os animais, mas tudo depende também da sorte que se possa ou não ter com as 'macacadas'. No nosso caso o que fez as delícias dos miúdos foi um macaco pequenino que insistia em meter-se com um mais velho e fugir cordas acima, numa atitude desafiadora.

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A questão é com o fosso de permeio a visibilidade também não é das melhores. No caso dos babuinos facilita pelo grande porte e pelo facto de um deles se ter aproximado do fosso. Foi pena não termos chegado a horas de ver a alimentação pois talvez fosse mais interessante.

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No regresso nova paragem então no parque infantil. Desta vez no lado da estrutura que dava para subir. Tivessemos nós uma casa grande com jardim e certamente seria algo giro e fácil de fazer.

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E assim se queimavam os últimos minutos de descanso, já com o calor a apertar e a multidão a chegar. A ida para a piscina do Eco Suites Resort era muito ansiada e por isso seguimos caminho direito à loja de lembranças, estratégicamente colocada na saída. Com os preços praticados não foi difícil dizer não aos mabecos perante o desfile de objectos acima de 10€. Lá acabámos por comprar dois tigrinhos de peluche dos mais pequenos, para se juntarem aos 300.000 que por cá andam em casa, mas enfim... escolheu-se o mal menor.

 

E dali saímos com várias mochilas cheias de memórias e a vontade de voltar (mas da próxima com farnel).

 

 

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As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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