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ESCAPADELA SEMI-ROMÂNTICA - Parte 3: A estadia

por twin_mummy, em 13.08.13

 

Depois daquele almoço 'bem regado' na Plaza Mayor iniciámos a caminhada da tarde. Tinhamos planeado fazer uma visita breve ao Museu do Prado para ver as áreas principais e comprar uma souvenir especial para a minha mamã que fará anos em breve. Seguiriamos para o Museu da Rainha Sofia também para uma breve visita, e terminariamos a tarde com um merecido descanso no Parque do Retiro. Este era o plano...

 

Seguimos por isso pela Calle Mayor e depois pela Calle de Alcalá até à Praça das Cibelles. Apesar das muitas bancas com réplicas de quadros que lá abundavam a preços acessíveis não nos detivemos com contemplações já que pretendo guardar distância de qualquer Deusa da fertilidade que se me atravesse pelo caminho. Do outro lado da estrada uma fila brutal de gente que aguardava à porta do Prado fazia-nos perceber que a entrada nos Museus em final de tarde de sábado ser gratuita não seria um segredo bem guardado. Ainda tentei pedir ao segurança para ir à loja, mas a solução que me deram era pagar bilhete e entrar de imediato ou esperar na fila compacta de centenas de metros que eles me garantiam que se escoaria em 10 minutos. Não sei porquê mas não me apeteceu ficar lá para cronometrar.

 

E na descida até Atocha, onde se situava o 2º museu a ser visitado, resolvemos deixar-nos de frescuras e virar logo para o Parque do Retiro, onde eu esperava encontrar as 'árvores pompom' (é o nome que inventei para umas árvores que eles cortam estilo...pompom). Ao subir a Calle Claudio Moyano deparámos com uma série de alfarrabistas. Claaaaaro que tinha sido mais que planeado, não foi perfeitamente por acaso que deparámos com aquela cerca de duzia e meia de stands fixos com as mais deliciosas pérolas de literatura. Ainda pensámos comprar alguma BD mas lembrámo-nos a tempo que estaria em espanhol... e os preços não seriam assim tão convidativos. De qualquer forma o co-(ir)responsável lá aproveitou para comprar a primeira de muitas placas de aluminio 'Para afixar na garagem' (esta era a 1ª versão já que depois passou o caminho de regresso a fazer planos para as afixar no corredor).

 

Chegados ao Parque rendemo-nos ao espírito Madrileno e, completamente exaustos da caminhada sob aquele sol escaldante, deixámo-nos cair na relva, onde me apressei a descalçar os sapatinhos. E apesar de estar humida de alguma rega recente nem me importei de ficar com alguns pedaços da dita colados às pernas. Ter ficado com o rabo molhado também não foi de todo desagradável e o vestido escuro escondia a mancha de água, pelo que ao fim de alguns minutos lá seguimos até à famosa estátua do Anjo Caído, que eu confesso que imaginava bem mais grandiosa... 


Ainda estivemos sentados num banquinho de jardim por alguns minutos a beber uma aguinha fresquinha enquanto observávamos os skaters e in liners que contornavam a estátua. Inicialmente seriam uns 3 ou 4 mas pouco depois ultrapassavam a dezena e já havia até circuitos de pinos para contornar. Curiosamente um deles tinha a constituição de um orangotango e o equilibrio de um elefante a saltar de nenúfar em nenúfar, mas não era isso que o impedia de dar milhentas voltas à estátua sem cair. Ao senhor desconhecido os meus parabéns pois eu não faria melhor. Não mesmo!! 

E dali foi uma maratona até ao Palácio de Cristal, que pouco mais era que uma estufa abandonada, à porta da qual se vendia artesanato, mas valeu o desvio pelo laguinho que o acompanhava. E não pude deixar de me lembrar dos miúdos ao ver os patinhos que eles tanto adoram.

 

Não sei se também por influência do calor que se fazia sentir, debaixo das árvores do Retiro conclui que os parques de Madrid são lindos. E ali também não se nota tanto a sujidade das 'calle'...


Seguia-se uma pequena esplanada manhosa e depois... bem... este cenário...

Muita gente a andar de barquinho a remos, muito comércio de rua, muitos... espanhóis. Mais uma vez achei um exemplo a seguir por portugueses em terras lusas.

 

E como a fome já ia apertando lá iniciámos o caminho de regresso ao hotel, com a tristeza estampada no rosto por não termos encontrado as famosas árvores. Seriam umas 18h00 e as lajes do pavimento queimavam através das solas dos sapatos. Incrível! Nessa altura questionei-me porque não teriamos nós levado as bicicletas cedidas gratuitamente pelo hotel (mesmo porque até foi um dos critérios de selecção do mesmo), mas o co-(ir)responsável calou-me com uma simples observação... 'E a coragem para andar de bicicleta nestas ruas??' Pois... e tinha razão já que o trânsito em Madrid parecia infernal.

 

Devagarinho, e depois de duas ou três paragens para água e sumos lá chegámos ao hotel. Soube bem pensar que o jantar seria ali mesmo em frente, no famoso mercado de San Miguel. E que depois poderiamos simplesmente fazer o caminho de volta a passo de caracol.

 

Quanto ao mercado só pelo edifício em si valeria a pena visitar, mas os petiscos que se comem no interior, e por um preço bastante mais acessível que a empregada do hotel nos faria adivinhar, foi para mim o ponto alto de Madrid. Desde tapas a 1€ até aos mais variados tipos de ostra. Há de tudo. Deliciei-me com um bom camarão daquele pequenino e roliço que fazia lembrar o de Espinho, enquanto o co-(ir)responsável se atirou a um prato de ostras. Para acompanhar vinho e mais uma vez a certeza que o nosso é melhor...

 

Também não resistimos a visitar a banca do mozzarella artesanal feito ali mesmo, e provar uns tapas enormes do mesmo. Delicioso, mas pecava pelo excesso de mozzarella que acabava por ser enjoativo ao fim de 4 ou 5 dentadas.

 

Para sobremesa havia frutas frescas numa das bancas onde uma pilha de cerejas a 16€ nos olhava. Seriam de ouro? Não... simplesmente alguém lhes tinha tirado o pezinho e pimba... mais 10eur por kg só por isso. Caramba que estes espanhóis fazem-se pagar bem!! Mas nada que um geladinho com sabor caseiro não resolva, consumido, como qualquer bom turista o faria, sentado numa das portas de acesso ao Mercado já que os lugares sentados lá dentro escasseiam.

 

E nisto faltava o café que acabámos por ir beber a um Pub mesmo em frente. Ao olhar para a ementa, e pela pouca diferença de preço, optámos pelo café com natas. Dificil para o senhor foi bater as natas com aquele calor, mas o espirito das férias não esmoreceu, mesmo porque não havia energia sequer para isso.  Tinhamos de nos arrastar até ao hotel enquanto tinhamos uma pontinha de energia.

 

E foi neste cenário que parecia retirado de uma nave espacial de um qualquer filme de ficção científica (não, não consumimos qualquer tipo de cogumelos nesse dia) que passámos uma bela noite. A cama king size era verdadeiramente confortável. Ou então estávamos muito cansados...

 

 

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.



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