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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Se antes de ser mãe este tipo de situação me tirava do sério, agora ainda mais. Eu sei que é impossível controlar o comportamento das crianças porque elas (ao contrário do que muita gente pensa) não são ‘coitadinhas’ e têm ideias, vontade e personalidade própria, e mal seria se assim não fosse. Mas para faltas de educação desculpem-me mas não há paciência.
Não é que os meus não gritem, não é que não façam birras, ou mesmo que se deitem em pleno pátio escolar com toda a gente a ver enquanto se atiram para o chão, cerram punhos e esperneiam, como se fossem linguiças na chapa. Já aconteceu, sim! E provavelmente irá acontecer mais vezes.
MASSSSSS- e é aí que quero chegar- há sempre uma mãezinha ou paizinho ou outro familiar por perto que os repreende, lhes joga a mão, e estabelece o limite do tolerável de forma a não incomodar quem calha de partilhar naqueles momentos o espaço físico connosco. Porque muitos deles nem têm crianças por opção, porque os que as têm não são obrigados a aturar as crianças dos outros e porque é, a meu ver, uma questão de (des)educação.
Ainda há dias fomos a uma tasquinha e por entre petiscos, com os meus civilizadamente sentados à mesa a comer sopa de feijão verde (não vou dizer a depenicar caracóis e tostas tropicais senão é mais uma acha para a fogueira da assistência social), uma criancinha da mesa do lado ‘colou-se’ a nós. Nada de estranho já que quando se tem gémeos cedo se percebe que terão sempre alguém com quem brincar, ao passo que os filhos únicos têm que procurar outras companhias. Parecia-me lógico que quisesse brincar com eles.
A questão é que quando começou a ultrapassar o limite do razoável, com a criancinha a pisar o meu filho, empurrar a minha filha, exigir bolachas e tentar trepar por a minha sogra acima para lhe mexer no cabelo, os pais simplesmente se limitaram a dizer ‘Não faças isso’ sem sequer levantar as nalgas da cadeira. Tentei explicar aos meus que o menino não percebia, que era pequenino (e eles a olharem para mim como que a dizerem que eu deveria ser tola já que o sacaninha do puto era mais velho que eles pelo menos uns 2 anos).
Ora eu sei que a comida lá é boa- e por isso também gostamos tanto de lá ir- mas será desculpa suficiente para nos demitirmos de ser pais mesmo que por 5min (ou 1h como naquele caso) e deixar a educação dos nossos filhos entregue a perfeitos desconhecidos?
Juro que vim de lá irritada e indignada com aqueles pais, mas depois é que percebi que hoje em dia a culpa deve ser da escola…