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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Vinhamos de carro de casa da avó paterna. Depois de uma tarde de brincadeira e correrias pelo parque eles faziam-me o relato do que tinham feito com os avós. A dada altura contaram que um cão fugiu com a bola do Pandinha e que quando a avó estava a jogar à bola com eles, andou para trás e caiu.
Como tinha um saco onde transportava todas aquelas 1000 coisas com que andamos quando temos miúdos era inevitável que algo acontecesse quando ela se estatelou em cima dele. Pois segundo os mabecos a água abriu-se e molhou tudo, inclusivé o cabelo da nova Barriguita da Patapon (ir para casa da avó também implica normalmente voltar com um brinquedo novo ou a expressão 'estragar os miúdos com mimos' não faria tanto sentido), e pelos vistos, e felizmente, ter-se-á gerado uma sessão de risota pelo caricato da situação.
Ora como a meio do caminho já o sono se transformava em birra, e como é sabido que tenho uns parafusos a menos, decidi inventar ali um bocadinho para os distrair. E comecei com a minha história alternativa:
-Ora então a avó estava a jogar à bola, o Pandinha acertou-lhe com a bola e ela caiu!
-Nããããããooooo! -dizia ele a tentar conter o riso- Não fui eu! Ela só começou a andar para trás, tropeçou e caiu.
-Ahhhhhh! -tentava eu fingir que já tinha percebido- então veio o cão, atirou-se à avó e ela deixou cair a bola!
-Não, mãe! -explicava a Patapon- ...o cão foi depois. A Avó caiu sozinha!
-Caiu porque o pai a empurrou, certo? -insistia eu na versão alternativa perante a risota geral.
-Não! O pai não estava lá. Foi mesmo sozinha!! Estás a aldrabar! -dizia o Pandinha.
A partir daí, foi com a história a descambar para o limite da insensatez que percorremos os últimos quilómetros de regresso a casa com os mabecos bem dispostos. Já a chegar a casa a versão era:
-Então estavam a jogar à bola, o pai empurrou o avô, que foi bater de encontro ao cão, que por sua vez acertou numa árvore. E a árvore ia a cair para cima da avó, que se desviou a tempo, mas acertou no saco, e entornou a água.
Foi então que no meio de uma gargalhada o meu filho se saiu com esta:
-A árvore caiu?? As árvores não podem cair, mãe! Porque não têm pés!!!
E pronto! Foi assim mais uma lição mabequiana! E eu que vivi estes anos todos na ignorância!