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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Conversa entre a Patapon e o pai aqui há dias (não faço ideia de que estavam a falar, mas ao passar pela sala oiço o co-(ir)responsável dizer em tom sério:
-Eu é que sei!
Resposta pronta da Pespineta, que ainda está a meses de fazer 4 anos:
-Não sabes nada, pai! Tu achas é que sabes!!
E pronto... lá tive eu de me afastar enquanto tentava conter o riso, e ia pensando para mim que devia ter-lhe dado o nome de Mafalda...
Por certo já repararam que as bicicletas, em tempos quase esquecidas, estão agora na moda e quase se tornaram objectos de culto. Mas o cenário é bem diferente do que era há uns anos atrás.
Recordo-me daqueles velhos tempos em que andávamos de BMX e pasteleiras -estas últimas herdadas dos pais ou dos irmãos mais velhos- pela rua fora, simplesmente porque sim. Ouvia-se o barulho das velhas buzinas, ou da última novidade que eram as campainhas infantis (na altura haveriam, se tanto, 2 ou 3 modelos diferentes mas nem por isso a malta reclamava da falta de diversidade), mas sobretudo das cartas.
Sim... tempos houve que as 'modificações' que se faziam nas bicicletas não mais eram que o trocar do selim por um mais confortável ou o decidir se punhamos um Às de copas ou um 7 de espadas a trinar plos raios. E a forma de os prender era com um daqueles objectos de design sofisticados chamados... molas da roupa, gentilmente cedidas pelas nossas mães.
Pois eu tinha uma linda BMX White que, como o nome indica, era branquinha. Desde o selim ao quadro, passando pelos pneus, era tudo de um branco alvo e, sem qualquer amortecedor, contrastava com um modelo mais 'popularucho', a famosa BMX Sirla, em tons de amarelo e vermelho e com um amortecedor descomunal. Custou uma pequena fortuna aos meus pais, e uma viagem inesperada a Torres Vedras, onde tinhamos ido fazer a escritura de um terreno. Vi-a numa montra e não resisti.... pedi! E pedi, e pedi e... e depois não te queixes, Twin, dos putos terem herdado esta faceta...
Mas foi uma boa compra, deu-me para toda a infância e adolescência, deu para a dos meus sobrinhos e, de pneus trocados, espero que ainda dê para os meus filhos. Não será é da mesma forma...
No meu tempo não havia capacetes (quer dizer... havia mas ninguém usava, correndo o risco de ser vaiado por todos e apelidado de 'florzinha de estufa'), muito menos protecções para joelhos e cotovelos, e as armaduras eram coisa daqueles poucos malucos que participavam em campeonatos todo o terreno. Lembro-me de andar esfolada, de joelhos em sangue, a combinar com os dos meus amigos. Lembro-me do Pedro, que caiu na gravilha e foi a derrapar por alguns metros de focinho no chão. O equipamento era o de quem passava as férias de Verão a alguns metros da praia, ou seja, calções... e por isso a brincadeira custou-lhe uns banhos de mar um pouco mais... interessantes. Mas acham que algum de nós se queixava? Que nada! Fazia parte! Não eramos ciclistas profissionais nem tinhamos qualquer ânsia de o ser... eramos apenas 'Biciclistas' a passear de bicicleta...
Hoje em dia é impensável deixar-se um puto ir para a rua sem praticamente se conseguir mexer de tanto equipamento (e hoje em dia há equipamento girissimo para miúdos!). Por um lado porque pai que é pai deve mostrar que se preocupa com estas coisas da segurança infantil, por outro porque -convenhamos- os carros já não se desviam. Melhor ainda... recentemente o marido da minha sogra foi vítima de atropelamento ao circular de bicicleta porque uma senhora condutora de um enlatado, para se desviar de um autocarro, atirou-se para cima dele.
Mas ainda há outro fenómeno... é que hoje em dia há bicicletas de titânio, com pisa-pés de competição para as manobras, guiador e selim feitos por encomenda, e mesmo nas versões base atingem velocidades que antigamente seriam parte de algum filme de ficção científica, de anos muito distantes tipo 'Espaço 1999'. Não são baratas, é certo... são bem mais caras que a minha BMX White (embora com esta moda dos anos 80 a proliferar, qualquer dia ainda me sinto tentada a vender a minha por umas centenas de euros), mas mesmo assim estão disponíveis para o cidadão comum. E há campeonatos, claro, e há skate parks, e há manobras em corrimões e... Ai! isto vai-me custar tanto!
Depois... depois há uma nova classe, em tudo semelhantes aos ciclistas mas com um extra na atitude, e não necessariamente para melhor. Os 'Ultraciclistas' serão aquele tipo de gente que anda de bicicleta mas completamente equipados como se estivessem na Volta a Portugal, e com a mania que andam de tanque, isto é, que podem passar por todo o lado, abalroar quem quiserem e respeitar apenas as regras de trânsito que lhes forem convenientes. Na Expo há aos magotes! É vê-los barafustar com os automobilistas que, à luz da nova lei, não lhes dão a devida prioridade nas rotundas para depois, metros à frente, subirem o passeio em plena passagem de peões ou rasgarem um sinal vermelho. Porque para umas coisas são ciclistas, ou mesmo 'biciclistas', para outras uns inatingíveis 'Ultraciclistas'. E isto irrita-me!
Irrita-me ao ponto de ter vontade de os abalroar com o UMM que tive em tempos, não para os magoar ou fazer cair, mas para apenas os fazer parar, saltar do meu UMM de baralho de cartas em riste e perguntar:
-Então escolhe lá se queres que te prenda um Às de copas ou um 7 de espadas à pala do capacete? Só para ires a levar estaladões na focinheira todo o caminho...
E depois de tantas destas manobras que presenciei nos ultimos tempos não é de admirar ter visto há dias uma patrulha da GNR de bicicleta (e esta não me arrisco a catalogar porque conheço um e não lhe quero ferir o ego -ahahaha!) mandar parar um puto que -Ai, meu Deus!- circulava de bicicleta fora da pista das ditas. Meus senhores... há que distinguir que era apenas um Biciclista, um puto que tinha o azar de morar num dos Bairros mais finórios de Lisboa, mas... apenas e tão só um puto que andava a dar uma voltinhas na sua 'bina'! O Ultraciclista, esse... já lá ia à frente, por ter passado com o vermelho!
A todos os que estão a estranhar a ausência o meu obrigada, e obrigada também pelo PC emprestado. A explicação é simples... tenho o meu PC avariado e estou ansiosamente à espera. Abreijos a todos os que me querem bem e espero que até breve (assim o técnico e o orçamento o permitam!
Estavamos nós a ver uuma série infantil estilo Rua Sésamo em que um dinossauro de brincar, de seu nome Barney, se transforma em dinossauro tamanho XS (e digo XS porque aquilo não tem tamanho de dinossauro) que fala e interage com criancinhas (MEDOOOO!! Muito medooo!!), em que a história do dia era a busca por um animalzinho perdido, e o desespero da dona do bichano.
A dada altura as criancinhas oferecem-se para ajudar a procurar -e nesta altura confesso que já me estava a babar no sofá- e oiço o meu filho exclamar:
-Olha os pinóquios!
Juro que fiz um esforço para olhar com mais atenção e tentar perceber se algum dos putos tinha o nariz demasiado comprido ou se estava a mentir, de gato escondido atrás das costas. Mas não... estavam com os binóculos a tentar localizar o gatinho...
Esta manhã, ao dar banho à Patapon, e constatar o tamanho com que o cabelo dela já está, dizia:
-Temos que cortar o cabelo, querida!
-Mas eu não quero cortar o cabelo! -dizia ela em tom decidido.
-Mas não vês que está demasiado grande? Nem a mamã tem o cabelo assim tão grande.
E foi então que ela me calou com um:
-Mas a Rapunzel tem!!
Pois... anda uma pessoa a educar estes miúdos para quê? Vem um qualquer conto infantil e vale mais que a mamã...
Aqui há dias vinhamos da escola em animada conversa, como já vem sendo hábito. E... há algo que tenho de partilhar convosco porque me está a encher de orgulho... a minha filha de 3 anos já sabe escrever o nome dela, o do mano e 'mamã', com acentos e tudo. Não é perfeito, mas é completamente perceptível. Por isso, quando eles me contaram que estiveram a fazer desenhos não resisti a perguntar:
-E escreveste tu o nome?
-Não, não escrevi. -respondeu ela de imediato, semblante carregado.
-Mas... se já sabes escrever... devias!
-Ohhh.... sabes o que é... é que eu agora mudei de nome...
-Mudaste? Como... mudaste?
-Eu agora chamo-me 'Pequena Sereia' e isso não sei escrever...
Seguindo a sugestão do 'Inspira-me' do Sapo desta semana, aqui ficam os posts mais visitados nos ultimos 6 meses. Como não poderia deixar de ser, o destacadíssimo post 'As Aplicações do Sr.Sapo' é o que lidera a tabela:
Sei que é apenas por 'mea culpa' que não há mais visitas, mas juro que estou a ver se me reorganizo para voltar a escrever com a regularidade que escrevia antigamente. Mesmo porque... faz tão bem à alma...
Tirem-me deste filme mais conhecido como 'A Idade dos porquê?'. Falam disso, e dá para perceber que é verdade pelos putos dos outros, mas caramba... o dia inteiro nisto é indescritível. E quando se tem gémeos.... bem...
Podem não acreditar, mas o meu filho é capaz de passar uma viagem de carro inteira a perguntar 'Porquê?' e não pensem que é de assuntos variados porque o assunto pode ser um só e a pergunta a mesma... uma, e outra, e outra vez. E não importa como respondem, porque impreterivelmente segue-se outro 'Porquê?'. E o pior disto tudo é que no carro não há escapatória. Não dá para o comprar com um chocolate nem por os desenhos animados preferidos na esperança -tantas vezes vã- de que ele se distraia. Não... no carro a única solução é mesmo carregar no acelerador, e depois treinar o discurso para o polícia...
-Juro! Eu não costumo andar assim tresloucada, Sr. Agente! Foram as crianças que me tiraram do sério!
Depois imagino-os -como sempre fazem depois dos maiores disparates que algum ser seria capaz à face da Terra- a olharem de ar cândido para o policia, olhinhos a pestanejar, e o coração do dito a derreter-se a cada piscadela. E perante aquele gesto de retirar o livrinho de multas e a considerar se me mandam ou não prender de imediato, eu acrescento:
-Sr. Agente... eles estão na idade dos 'Porquê?'!!!
E nisto nota-se que o polícia estremece ao ter uma espécie de flashback que o deixa num estado catatónico e a babar-se, e nós lá aproveitamos para seguir viagem a rezar para que não apareçam muito mais objectos pelo caminho que despertem a curiosidade dos petizes.
Perguntam vocês... E porquê?
Esperem para ver, digo-vos eu! Esperem para ver!! E não digam que não vos avisei...