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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Ida ao pediatra e uma das sugestões (que eu já esperava) era que o Pandinha bebesse menos leite à noite (bebe entre 500-700 ml o que que é um abuso) para deixar de usar a fralda também de noite.
Sugestão? Pôr papa! Resultado?
-Mamã!! Este leite hoje está tão bom. Tem mais alguma coisa?
-Não. (sim, eu sei mentir)
-Mas está mesmo bom... quero mais!!!
Talvez por se deslocar de mota da forma como todos os motociclistas deveriam andar (blusão com protecções, botas, luvas) a primeira coisa que o co-irresponsável faz quando chega a casa é despir a fatiota e vestir algo mais prático.
Ontem, nem sei bem porquê, a Patapon reparou nos calções que ele tinha vestido, particularmente na baínha desfeita, e perguntou o que era aquilo:
-São linhas! -tentou ele explicar.
-Linhas? Mas onde está o comboio?
Conversa entre o co-irresponsável e a Patapon:
-Então o que foi hoje o almoço na escola?
-Foi peixe!
-Peixe com quê? Com legumes?
-Não, com ervilhas.
-Só com ervilhas???
-Não, com ervilhas, cenoura e batata.
-Querida... isso são legumes.
-Não! São ervilhas, cenoura, batata...
Decerto conhecem aquele tipo de pessoa, muito fisica, que gosta de tocar em toda a gente mas, pior que isso, abraçar, beijar. Ainda recentemente me cruzei com uma que levava esta característica ao expoente máximo e ainda esta semana falávamos disso numa formação.
Pois se quando eu era pequena já não achava piada ao conceito, e fugia de toda e qualquer Elmyra que se atravessasse no meu caminho -pese embora o facto de viver num típico bairro lisboeta dificultar esta tarefa- hoje em dia, sendo eu mãe, é completamente intolerável e faz-me saltar a tampa.
Por uma questão também de higiene e cuidado, reconheço aqui publicamente que não gosto que beijem e amassem os meus filhos. Mesmo que não tivessem nascido prematuros para poder usar esse facto como desculpa certamente iria tentar convencer toda a gente que tinha perdido a chave de casa só para não virem cá espremê-los. E se isso falhasse, acho que já aqui referi, tenho boa pontaria e ainda me lembro como juntar um elástico a um galho em 'V' para fazer uma fisga.
Chamem-me anti-social se quiserem, mas nunca tive problema em dizer 'Não' quando me tentavam sacar um puto dos braços para os encher de baba. Não, não deixo! Não, não quero! Não, não acho piada!
Por estranho que possa parecer a muita gente -mas é para o lado que durmo melhor- os meus filhos gostam de algumas pessoas e não gostam de outras. Não me entendam mal pois sempre insisti para que dissessem bom dia e boa tarde a toda a gente. É essa a educação que tive e a que quero transmitir. Mas desculpem lá ó Elmyras... eles beijam quem eles querem. E mesmo assim... têm de passar no teste do micróbio. Malta a tossir, a espirrar e a suar estopinhas não têm direito a mexer nem que sejam a Rainha Elsa ou a princesa Anna (oh! Deuses! Quando é que o Frozen me sai da cabeça??).
Agora imaginem o cenário... festa de aniversário em casa de um amigo, a casa cheia, os putos a brincar no corredor, e um grito ecoa plos corredores fora. O co-irresponsável já preparado para lhes dar uma descasca por andarem a gritar daquela forma, e deparamos com a Elmyra a tentar amarfanhar um dos putos, que gritava de terror.
Juro-vos que naquela altura me passou de tudo pela cabeça. Os miúdos já de si estavam excitados de estar ali e foi muito complicado conseguir acalmá-los e pô-los a brincar sossegadamente. A Elmyra já tinha tentado chegar-se a eles umas 5 ou 6 vezes. De todas essas vezes eles recusaram-se a ser tratados como um qualquer ursinho de peluche e ela insiste?? Eu já lhe tinha tentado explicar com todas as letrinhas que eles não gostam de ser agarrados assim, e até tinha dito que eu própria não gosto que o façam, e ela tenta de novo?
Imagem: Pon and Zi, de Jeff Thomas
Se houver um advogado por aí pode-me por favor tentar esclarecer se matá-la seria legítima defesa? E algum engenheiro químico que esteja a ter um momento de pausa na loucura que é a sua vida e tenha por acaso tropeçado com este blog, por favor não me deixe sem esclarecer... há algum antídoto para as Elmyras desta vida?
Sim, o Frozen é um filme engraçado. Sim, tem uma mensagem importante para as crianças acerca do amor verdadeiro. E sim, eu gosto que os meus filhos se interessem por coisas mais profundas que o Noddy, mas... alguém por aí conhece alguma técnica eficaz para não ter que levar com a princesa Anna todos os dias da semana? É que começo a ficar com aquela cara...
Obrigada!
Seguindo o desafio do Jardim Zoológico, no ano em que se celebram os 130 anos desta Instituição, resolvemos levar as nossas feras a ver as deles. Não fica barato, mas vale bem a pena.
Confesso que já há muitos anos que lá não ia e embora já tivesse ouvido dizer que o Zoo estava diferente, foi em quase tudo uma surpresa agradável. Recordo-me com saudade do velho elefante que tocava o sino a troco de moedas, mas por muitos anos que passem não consigo apagar a imagem daquele enorme gorila enjaulado em poucos metros quadrados. Pois esse Zoo já não existe.
Longe de ter as condições ideais para todos os animais, nota-se o enorme esforço que tem vindo a ser desenvolvido para lhes proporcionar um local o mais semelhante possivel ao habitat natural. Nota positiva também para as novas iniciativas que tornam o zoo mais aberto à comunidade, como o Pet Hotel, as Festas de Aniversário, os Sábados Selvagens, o ATL do Zoo, os diversos Workshops, e a possibilidade de se apadrinhar um animal, com direito a kit que pode ou não incluir o bilhete.
Gostei particularmente de ver os primatas numa zona ampla e com cordas para se passearem livremente. Um deles era de tal forma activo e brincalhão que fez as delícias de miúdos e graúdos que por ali passavam.
Mas comecemos pelo princípio...
O motivo principal de andarmos sistematicamente a adiar a ida ao Zoo é porque -convenhamos- não sai barato. Sobretudo tendo em conta que as crianças a partir dos 2 anos (que é precisamente quendo eu acho que começa a ter piada eles lá irem) já pagam, e se 13€ não é para mim nenhum preço simbólico, muito menos é quando multiplicamos isso por 2 mabecos e depois somamos mais 18.50€ de cada adulto. Contas feitas, uma familia de 4 pessoas paga 63€, o que acaba por ser mais que 1/10 do ordenado mínimo nacional.
Claro que a manutenção de todo o espaço e o cuidado que parecem ter com os animais é de valor incalculável, mas... não é fácil nem sequer para uma família da quase-extinta classe média. Por isso confesso que, ao saber que para Sócios do clube Olá (mais tarde percebi que também se aplica aos sócios dos Clubes Rik & Rok e Pelicas, e aos membros do ACP Júnior) a entrada era gratuita, foi em menos de 2 minutos que inscrevi os meus filhos e decidi que lá iriamos na semana seguinte. Tudo muito simples... ir ao site da Olá, inscrever os miúdos gratuitamente, imprimir o cartão e levar juntamente com o documento de identificação deles. Por vezes aquilo que parece ser bom demais para ser verdade é mesmo verdade, pelo que fica aqui a dica. E ainda adianto que também fazem descontos em algumas das lojas.
Talvez por isso, e porque a entrada agora é mais para o interior dos muros, passam apenas à memória aquelas filas intermináveis de pessoas que se acotovelavam junto ao portão de entrada, ladeado pelas duas torres. Agora passa-se impunemente por entre as torres, para deparar com uns macacos amarelos (certamente que devem ter um nome bem mais interessante, mas com 2 mabecos a saltarem mais que eles fica difícil ler a placa) a darem um espectáculo completamente gratuito para quem anda pela zona de restauração.
Também as gaivotas a pedal, que nos permitem passear pelo lago, estão acessíveis a todos os que tenham curiosidade em entrar, e reconheço que aquele pequeno espaço parece quase um oásis quando o calor aperta. Por isso mesmo para um passeio domingueiro, com um mínimo de investimento, recomenda-se a ida ao 'Oásis' do Zoo.
Na entrada propriamente dita, a tal que é agora mais recuada, fazem-se passar os visitantes por uma zona estilo garrafão que desemboca... nas aves com quem podemos tirar uma foto (que no fim nos vendem a 5€ mas nem questiono o valor pela piada da recordação e pelo sorriso com que os meus filhos ficaram) e nos carrinhos de aluguer. Ora para quem tenciona passar ao lado recomendo o uso de vendas já que os estúpidos dos carros são amarelos e estão mesmo em frente ao nosso focinho.
Não podendo vencê-los, e porque também queria que fosse um dia especial, ainda consegui negociar que fossemos primeiro dar uma volta e ver o espectáculo dos golfinhos, e só depois viessemos buscar os carros. E faz todo o sentido já que para a zona dos golfinhos nem carrinhos bengala podem seguir.
Também neste departamento foi agradável perceber que a entrada para os golfinhos não é paga (é impressão minha ou em tempos foi??), mas como tem hora marcada, ainda deu para cerca de 1h de visita.
Depois de uma primeira passagem pelos tigres, optámos por subir direito às girafas e elefantes, espreitar os leões, e depois ir descendo pelo lado dos macacos. Pode parecer um trajecto pequeno, mas com 2 mabecos a saltitarem a cada animal acreditem que leva o seu tempo. E também não queriamos chegar atrasados aos golfinhos...
Do espectáculo dos golfinhos e leões marinhos -há que fazer justiça a estes últimos- fica um misto de emoções. A Patapon vibrou a cada momento, mas o Pandinha passou o tempo a queixar-se do som. E tem razão o puto... a música roça ali os limites da intolerância pois as colunas ficam mesmo por cima de nós, e o facto das tratadoras serem todas mulheres de voz... pouco grave... também não ajuda. Mas recusou-se a sair, o meu macaquito. Agarradinho ao colo da avó paterna e de ouvidos tapados por lá ficou até ao fim.
Terminado o espectáculo lá nos rendemos à loja de elembranças, estratégicamente colocada junto à saída da Baía dos Golfinhos, para que pudessem ficar com uma recordação do zoo. Ele escolheu um leão, ela um golfinho num credível tom de cor de rosa...
Passagem breve por debaixo de um vaporizador de água, que nos permitiu refrescar daquela manhã de calor intenso, e paragem para comer qualquer coisa ali à sombrinha. E sim, há pequenos quiosques dispersos pelo recinto, mas se formos juntar esse extra à conta então bem podem começar a engordar já um porquinho mealheiro daqueles maiores.
Já o restaurante Savanna, com menus para adultos a partir de 3,95€ (com algumas opções mais caras mas bem mais saudáveis) e o menu Kids por 4,35€ com direito a caixinha para take away e golfinho miniatura, pode não ser de qualidade gourmet nem ficar no rol das experiências inesquecíveis, mas é uma alternativa a considerar pois facilita muito na hora de almoço (nós optámos por lá passar à saída, mas o novo sistema de carimbos ultravioleta permite que se aceda à zona de restauração mesmo a meio da visista).
E perante o trigésimo quinto pedido dos mabecos, lá fomos então buscar os carrinhos de aluguer. Fica o alerta para quem tencionar alugar um de que a hora limite será ali mesmo a seguir ao show dos golfinhos, pois minutos depois já todos tinham desaparecido e havia pais desesperados por arranjar um. Optámos por alugar por apenas uma hora, pois contas feitas a 3€ cada um (a primeira hora é a mais cara) seria já 6€ em carrinhos que não enchem a barriga nem dão depois para levar para casa, mas são engraçados, sim... e dá para lá levar as nossas mochilas penduradas.
Foi assim que seguimos direito às chitas, via koalas, tartarugas, jacarés e bisontes, e que descobrimos que os carrinhos são bem mais divertidos à descida que à subida porque, não tendo eles motor nem sequer pedais é só somar o peso do carro ao do puto, mas o das coisas que transportamos às costas ou no carro (acreditem que quando subimos a pique com o sol a bater na focinheira pouco importa onde as coisas estão porque o peso sente-se duplamente em qualquer lado) e sacar da garrafa de água para mais uma litrada enquanto se sua a estopinhas por aquelas veredas acima.
Não me recordo do zoo ter estas subidas quando eu tinha a energia de uma criança de 4 anos, nem de ser assim tão pequeno. Mas é assim que percebemos que tudo tem uma outra dimensão quando crescemos...
E o sentimento também muda quando somos pais. Confesso que me veio a fera ao de cima quando a chita decidiu caçar os meus filhos, e é graças à rede que delimita aquele espaço que hoje em dia ainda ali podem ver a chita. É que eu ia-me a ela à patada se necessário! Ai, ia!!