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Patapon, a prática

por twin_mummy, em 28.07.15

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Ida para a escola:

-Pai! Vais mto depressa!

-Estou atrasado...

-Pai! olha que vem lá o polícia e manda parar!

-Espero que não.

-Pois... se o polícia te levar preso quem é que depois nos leva à escola?

Diz que...

por twin_mummy, em 24.07.15

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....diz que é um Octonauta!

(Des)Gostámos: Perdidos no Paraíso

por twin_mummy, em 23.07.15

Neste caso gostámos e muito. Garanto-vos que foi no Paraíso que nos sentimos no Parque Biológico de Vinhais.

 

Tudo começou com a ideia de visitar a terra da avó paterna, perto de Vinhais. Como quem tem crianças desta idade percebe, ficar num hotel é complicado. Não só pelo preço como pela logística pois encontrar quartos contíguos e comunicantes é praticamente impossível, e por isso a pesquisa vai sempre recair sobre apartamentos ou aparthoteis. E foi assim, um pouco por acaso, um pouco com a ajuda do booking.com, que descobri esta pérola.

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Pertencente à Câmara Municipal de Vinhais, este complexo em pleno Parque Natural de Montesinho oferece um bom ponto de partida para a exploração das zonas circundantes, mas acreditem que só por si já é motivo suficiente para justificar os mais de 400km que o separam de Lisboa. Tendo como objectivo a conservação da natureza e promoção da biodiversidade através de uma vertente de educação ambiental, acaba por dar certamente um grande contributo ao turismo da região. Para nós foi simplesmente um Oásis.

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Para além da zona dos alojamentos em si (à qual já regressarei mais em pormenor), tem também um parque infantil bastante original, um mini-zoo com animais da região e a possibilidade de se fazerem passeios de burro, cavalo ou bicicleta pelos percursos pedestres. Nesse aspecto a recepcionista Paula dá uma grande ajuda em termos de planeamento. Também é com ela que devem falar se quiserem levar umas lembranças do parque (nós optámos por bonés, lápis de cor e cadernos, mas há muito mais e a preços acessíveis).

 

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Todas as actividades extra são pagas à parte, mas devo dizer que, ao contrário de muitos comentários online que vi não me parece demasiado caro. A visita ao zoo é paga uma única vez durante toda a estadia e trata-se mais de um preço simbólico que certamente ajuda na conservação do espaço e dos animais. Desde uma gralha que nos vem dar as boas vindas e nos faz sentirmos especiais (é mentira que mais tarde percebemos que mais desavergonhada que aquela não deve haver já que trata assim toda a gente), até veados, javalis, e as esquivas raposas.

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O passeio no burro Granjo custou 3€ e ajudou a que os meus filhos ganhassem coragem para o passeio a cavalo, onde meia hora de volteio custa 6€ e um passeio pelo campo 30€.

 

Agradecimento especial ao tratador André, que ao vermos o carinho com que cuida daqueles animais e a paciência que tem para os miúdos ninguém adivinharia que ainda recentemente era jardineiro de profissão. Fruto do curso de treinador, é certo, mas sobretudo fruto do valor que lhe é intrínseco, a presença dele ali fez toda a diferença. Foi ele que conduziu as aulas de volteio dos nossos mabecos (as, no plural...porque não lhes bastou uma e mais tempo lá estivessemos mais haveria certamente), no sereníssimo Sarko e que depois nos acompanhou no passeio pelo campo.

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Uma nota a reter desse passeio é que quando eu e o co-(ir)responsável procuramos um momento de relax há SEMPRE qualquer coisa de altamente improvável a acontecer. Neste caso, e apesar do mais expectável ser eu cair do Escolinha, o mais alto cavalo que já alguma vez montei (mas verdade seja dita, um dos mais dóceis e por isso seria completamente despropositado o meu receio em montar um cavalo assim, depois de mais de 10 anos sem montar), foi o meu companheiro de viagem que teve direito a ser brindado com uma série de virares de pescoço e alongamentos relâmpago do Cogumelo que lhe valeram uma rédea partida. Mais uma vez o André esteve à altura e tudo foi resolvido com serenidade e muita risota.

 

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O momento foi também capturado pela GoPro HERO4 Silver que eu levava no toque (que jeito que estas novas tecnologias dão), mas por respeito para com o cavaleiro, que também esteve à altura, decidi não partilhar. Brindemos antes ao lado mais positivo da experiência equina, que levou os meus filhos a apaixonarem-se pelo Ervilha (o jeitoso da foto do lado) e deixem-me reforçar que caso a gralha ou o dito cavalinho precisem de babysitters temos dois mabecos desejosos de os esborracharem com mimos. Bem... a eles e a todos os outros animais, que em tanto nos dificultaram a partida.

 

Quanto ao alojamento, tivesse eu prestado mais atenção e faria a reserva directamente com o Parque e assim pouparia 15€/ noite. Mesmo assim foram 115€/ noite por um luxuoso bungalow T3 (para 6 pessoas) mesmo encostado à piscina biológica, tendo 25% do valor sido dado aquando da reserva, a título de sinal (o que origina alguma estranheza para quem faz reserva pelo booking já que se coloca na mesma os dados do cartão de crédito, mas enfim). 

 

Também podem optar pelo T2 a 65€/noite (para 4 pessoas), o T4 a 135€/ noite (para 8 pessoas) e brevemente um dos T1 que parece uma casinha de Hobbit a 45€/ noite (os designados POD's). Quem vê ao longe não acredita, mas dentro daquelas redondelas minúsculas cabe uma cama de casal, uma sala com kitchenete e um wc.

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Sei porque não resisti e fui espreitar. Ainda não estavam acabados à data da nossa estadia, mas garantiram-me que seria para breve. Ressalva feita de que há os bungalows que têm vista de montanha e os que estão coladinhos à piscina. O meu conselho? Os da piscina! Valem o luxo e juro que não há melgas. Eu depois explico porquê... não o farei já para não assustar logo à partida e porque garanto que assusta apenas a ideia, mas adiante...

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Pontos bons e a melhorar há sempre, quer do ponto de vista da família de loucos que se aventura desta forma com dois mabecos de 4 anos, e que inevitavelmente acaba por aprender por tentativa e erro, quer do ponto de vista do empreendimento, e da região, e por isso aqui fica o meu testemunho como cliente e viajante (que vale o que vale), mas também a partilha da experiência em si, a título de sugestão para quem, como eu, acha que vale a pena dar uma educação diferente às crianças ou, morrer a tentar... 

 

E por falar em morrer a tentar deixem-me que lhes diga que Junho em Trás-os-Montes é como Agosto em pleno Alentejo. Faz calor-comó-caraças! E porque já estávamos de certa forma à espera que assim fosse, planeámos a viagem para que se iniciasse o mais cedo possível. Habituados a levantarem-se às 7h00 para ir para a escola, e com a excitação da viagem que os fez trocar a festinha de final de ano por esta aventura, foi para os mabecos bastante simples levantarem-se ao raiar da aurora. Eram 8h da manhã e já nos faziamos à estrada. Primeira paragem na estação de Serviço de Aveiras para nos reunirmos com os avós paternos e lá seguimos nós, ainda pela fresquinha.

 

Porque a época é de viagens, e porque haverá certamente quem este ano fará a primeira com os seus rebentos, com as mesmas dúvidas que eu tinha e com tantas outras que eu ainda tenho, prometo que me dedicarei em breve de uma forma mais aprofundada às viagens de carro com mabecadas, mas para já, e porque a viagem era longa e inevitavelmente teria de falar dela, aqui ficam apenas umas dicas.

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Antes de mais planear bem o trajecto. Vejam bem os kms que necessitam percorrer ao todo e dividam-no por etapas em função das horas de refeição e das médias horárias que podem fazer em determinados trajectos, contando com uma pausa ou duas para idas ao WC. Se na auto-estrada podem andar a 120kms/h nas vias rápidas e nas estradas nacionais não é assim. Para além dos limites de velocidade  há que ter em conta o estado do piso e o trânsito em locais onde a ultrapassagem não é permitida por kms. Depois é a velha questão de que 'bom comer' e 'estação de serviço' nunca farão parte da mesma frase, a não ser que haja um 'não' ali pelo meio... E por isso snacks comidos no carro (maçãs, nectarinas, bolachas, e muita água) e almoço num restaurante a sério estava decidido desde o início.

 

Assim, depois da pausa de Aveiras, optámos por seguir pela A1 e sair para o IP3 em Coimbra com direcção a Viseu, onde apanhámos a A24 até Vila Real. Depois passámos para a A4, onde fizemos uma pausa de 15 min na estação de serviço junto a Lamas de Orelhão, entre Murça e Mirandela, onde além das idas ao WC por que tanto ansiávamos depois de 3h de caminho, e a compra desesperada de garrafas de água fresca porque o calor já era avassalador, ainda deu para comprar uns produtos regionais (recomendo os chás e doces).

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Paragem em Mirandela para almoçar no restaurante O Pinheiro (escondido numas escadinhas transversais à rua principal), onde uma dose dá para duas pessoas e a simpatia dos donos cativa de tal forma que lá voltámos a parar no regresso. O desvio é pequeno e juro que vale a pena provar a célebre posta Mirandesa ou a vitela grelhada. Para 4 adultos e duas crianças bastaram 3 doses. Os doces sinceramente seria um ponto a melhorar, mas o vinho tinto da região servido fresquinho -oh que mal que isto soa a alguém que como eu tem uma costela alentejana, mas que bem que sabe a alguém que, como eu, enfrentava quase 40ºC- faz-nos esquecer qualquer coisa que possa estar menos bem. Seguimos para a N315 até Rebordelo e a N103 até Vinhais. Dali até ao Parque Biológico são uns meros 2kms e as placas de sinalização ajudam os mais distraídos.

 

E depois de quase 500kms de estrada feita com um calor abrasador, e depois de quase 8h de viagem, foi este o cenário que nos fez perder a compostura e originar uma correria desatada para a piscina.

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O bungalow que nos calhou foi logo o primeiro da esquerda. É bastante espaçoso e tem todas a comodidades de uma qualquer casa ou apartamento (à excepção do forno que confesso, daria bastante jeito para fazer refeições de forma rápida e simples), mas tem um pouco mais que isso.

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Tem aquele toque extra que não era de todo necessário mas que calha tão bem. Um 'je ne sais quois'.

 

Um quadro aqui, uma planta ali. Tudo magistralmente decorado e mobilado estilo catálogo da IKEA. E não, não é apenas em sentido figurado. É mesmo tudo (ou quase tudo) IKEA. E assim se tem um belo exemplo que alguns apontamentos que não serão assim tão caros fazem toda a diferença e conferem o tal factor 'UAU' de que muitas vezes se fala.

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Três quartos com 2 camas individuais (neste aspecto poder haver a opção da cama de casal confesso que ajudaria muito já que passámos todas as santas noites a tentarmos navegar ao encontro um do outro) e dois wc's completos, uma kitchenette com acesso directo a uma sala suficientemente ampla para tomarmos as refeições em conjunto, mas com um deck a convidar de forma desavergonhada às refeições exteriores. E nós, de forma completamente desavergonhada cedemos à tentação de tomar os pequenos almoços no tal deck, com os pezinhos quase de molho na piscina biológica.

 

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E assim chegámos à explicação do porquê de não haver melgas a sugarem-nos o tutano, apesar da proximidade à água. Confesso que para mim foi uma estreia, e que quando falaram em piscina biológica contemplei desde logo os nenúfares e coloquei a hipótese de haver uma rã ou um sapo a pulular nas proximidades.

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Mas ver cobras de água e patos estava além de qualquer sonho mais extremo. Para nós e para os miúdos fez confusão os primeiros 5 minutos já que assim que chegavamos a um raio de menos de 2/3 metros dos ditos animais eles desapareciam para a zona das plantas, mais encostada às extremidades da piscina. Mas a minha sogra assim que ouviu falar em cobras perdeu a vontade de por o pezinho de molho.

 

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O mais curioso é que no dia seguinte, quando fomos visitar a terra dela, ansiou pela visita ao rio, onde costumava tomar banhos e onde, é claro, não existe qualquer animal...

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Aproveitámos também para tentar chegar à zona das antigas Minas da Ervedosa, há muito desactivadas, mas que poderiam, a meu ver, ser ainda um ponto de interesse e de aposta num turismo diferente. Devo confessar que o primeiro pensamento que me veio à mente foi que se estivessemos em Espanha talvez o cenário não fosse este. A beleza das casas antigas da zona e da ponte contrastam com o estado de degradação em que se encontram.

 

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Nenhum dos recantos daquele rio límpido se encontra aproveitado, as estradas estão em mau estado de conservação e as casas tradicionais dão agora lugar a casas de tijolo, sem qualquer alma. Imagino ali um campo aventura com acesso à mina, imagino ali turismo rural de qualidade, com prova de iguarias locais. Consolo-me com o carinho da Maria 'Micha', amiga de infância da mãe da minha sogra, que nos oferece uma sombrinha, um copinho de água fresca e um caloroso sorriso rematado por 'Venha daí um abraço, caralh_!'

 

É assim esta gente, que não nos deixa partir sem uma caixinha de marmelada caseira e uma garrafinha de jeropiga, mas sobretudo com os olhos lavados de lágrimas pelas saudades das gentes e das terras de outros tempos. Se voltam? Acho que depende de nós... A quem tem poder económico para isso fica a sugestão. Por curiosidade fui ver e uma casa recuperada anda à volta dos 55.000€, uma por recuperar 15.000€. Mas claro que haver por parte da governação outro cuidado pelo nosso património cultural e natural ajudaria... 

 

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Curiosamente, na terra das cerejas só as vimos nas árvores ou a cairem desamparadas no chão sem que ninguém lhes tocasse. Peixes de rio também não apareciam em ementa nenhuma. Basicamente a oferta variava entre a Posta Mirandesa e a Alheira de Mirandela. Ambas degustadas com fervor, é certo, e seja feita a devida homenagem à Ana e à Elsa (quem tem filhos da idade dos meus percebe o sorriso que tais nomes em conjugação nos provocam, quem não tem vá já ver o Frozen), duas das colaboradoras do Parque Biológico de Vinhais que nos confeccionaram uma refeição digna de ser servida num dos melhores restaurantes da zona (pena o Parque não ter um serviço de refeições mais regular), mas como não fizemos apenas uma refeição qualquer variante a tal menu seria bem apreciada.

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Valeu-nos a recomendação para uma visita ao Restaurante 'Vasco da Gama', na rua principal da Vila, pois a experiência do dia anterior no Restaurante Comercial (que dista do primeiro por apenas alguns metros) tinha sido para esquecer (desde um cheiro horrível a fritos, loiças, toalhas de mesa e instalações pouco cuidadas para não dizer sujas... upsss... já disse!, até comida mal confeccionada). Uma vergonha para um Restaurante de localização tão central, em frente à Câmara Municipal, que aparece em tantas sugestões.

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Mas demos então o merecido ênfase aos que se destacam pela positiva. À entrada do Restaurante Vasco da Gama fomos logo calorosamente recebidos pelo Sr. Vasco. Assim que me falaram dele pensei tratar-se de homem culto e de humor refinado para aproveitar o facto de se chamar Vasco para dar tal nome ao Restaurante. À saída, quando me deram o cartão de visita para facilitar a próxima reserva (sim, tencionamos lá voltar tantas vezes quanto possível for, ou mais ainda) percebi a minha ingenuidade já que mais do que Vasco lá constava 'Vasco da Gama' no nome do proprietário.

 

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Navegando certeiro pelo mar dos grelhados o tal senhor Vasco da Gama, serviu-nos umas costeletas de cabrito magistrais. Mas a estrela terá sido a D. Zélia com o seu incomparável arroz de cogumelos. E para sobremesa? 

-Se soubesse mais cedo que vinham teria preparado alguma coisa especial. Só tenho um queijinho fresco de cabra com doce de cereja caseiro.

 

E foi assim que ficámos perdidos por ali, e foi assim que vim para casa com um frasco de doce, que 'Não se vende por dinheiro algum' mas que se dá aos amigos de bom grado. E foi sobretudo assim que deixei parte do meu coração em Vinhais.

 

Ervilha... nós voltamos!! Quanto mais não seja em pleno Inverno para ver o Parque Biológico coberto de neve e tentar compreender até que ponto darão serventia à lareira existente numa das muitas castiças paragens de autocarro da zona... Nós voltamos!!

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A Lição

por twin_mummy, em 20.07.15

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Ar de molenguice ao jantar que o dia foi cansativo e pede o Pandinha com a voz entramelada e a arrastar-se:

-Dá-me comer!

-Dás-me a mim também, mamã.- revindica a Patapon- O que fazes a um tens de fazer a outro.

-Quem te disse isso? -pergunto eu.

-Ninguém. Digo eu. Estou-te a ensinar!

Grande prenda!

por twin_mummy, em 17.07.15

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Vou fazer anos em breve e por isso tentava (na brincadeira, claaaaaaro!) sacar informações da minha filha.

-Então sabes que a mamã vai fazer anos?

-Sim.

-E que eu adoro prendas bonitas?

-Sim.

-Então conta lá à mamã o que é que me vais dar nos anos.

 -Olha! - diz ela secamente- dou-te aquilo que me derem para as mãos!

Dúvida existencial

por twin_mummy, em 15.07.15

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Assim do nada diz o Pandinha:

-Os papagaios dão dinheiro?

-Hã????

-Se os papagaios nos dão dinheiro.

-Bem... não!

-E bebem leite?

WHAAAAAAATTTT???

ALERTA: Alteração de Endereço

por twin_mummy, em 13.07.15

Para os mais desatentos reparem que o endereço do blog alterou de twin_mummy para TwinMummy. E porquêêêêê?- perguntam vocês. 

 

Acontece que já de um tempo a esta parte algumas pessoas se queixavam que por vezes não conseguiam colocar gosto nos posts nem comentar. Como uma dessas pessoas é a minha mãe e ela não é própriamente um suprasumo da informática achei que seria ela que estava a fazer qualquer coisa mal.

 

Parece que não... e por isso desculpaaaaa mamã! Parece que é o Internet Explorer que embirra com o tracinho do nome e por isso fui alertada pelos amigos sapenses.

 

Calculo que para muitos outros leitores bastaria o alerta para usarem outro browser mas para a minha mãe... hmmm... está mudado, okis?

 

Acontece que para quem já subscreveu parece que terá de o fazer novamente ou fazer uma alteração qualquer. Como sou uma nódoa nestas coisas aqui fica a explicação da equipa Sapo:

 

''A mudança de endereço tem consequências ao nível do feed de RSS (que alguns leitores seus podem usar para subscrever o blog em leitores de RSS), pelo que, a mudar de endereço, recomendamos que comunique essa alteração no blog antes de a fazer - para que os leitores ainda recebam esse post e possam atualizar o endereço subscrito.''

 

Pois...como precisava ver se conseguia fazer a alteração e se era possível da forma que eu queria...olhem... já está e desculpem por não avisar antecipadamente. Mas espero sinceramente não vos perder (porque sei que de vez em quando vêem cuscar) e aos mais calados espero sinceramente que fosse uma questão de browser e que de hoje em diante não se calem!

 

A toda a equipa Sapo a minha sincera homenagem por me aturarem e por ainda me tentarem explicar estas coisas!!

 

A todos os leitores toca a subscrever e a comentar que nem uns doidos sem pensar no amanhã!

Pandinha, o observador

por twin_mummy, em 11.07.15

Os meus mabecos agora andam a delirar com uns desenhos animados do Disney Junior onde uma série de animais convivem alegremente num submarino em forma de polvo. Os Octonautas conta a forma como, miraculosamente, limpam o fundo do mar em minutos ou usam uns protectores auriculares por cima dos escafandros para abafar os efeitos do pulsar sonoro de um camarão gigante (sim, leram bem).

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Imprecisões e improbabilidades à parte, o espírito de entreajuda entre os membros da tripulação e a sensibilização para a protecção do ambiente são motivos mais que válidos para nos alhearmos daquele primeiro impacto que nos faz abrir a boca e arquejar a rir de admiração.

 

Aqui há dias estavam eles a explicar-me o nome de todos os personagens da dita série quando o Pandinha começa a recapitular:

-Então... há um urso, um pinguim, o polvo, a gata, o coelho...

-Qual coelho? Eu não vi nenhum coelho! -desafia a Patapon.- Qual deles é o coelho?

 

Responde o Pandinha prontamente:

-Então! O coelho é o que tem orelhas de coelho!

Patapon, a voz da razão

por twin_mummy, em 07.07.15

Num dos muitos momentos em que os mabecos se tentam esgueirar para a sala para ver TV sem arrumar o quarto onde estiveram a brincar com TUDO em simultâneo -e quem tem filhos sabe que por muito que a gente tente explicar que se brincarem com um de cada vez e depois arrumarem antes de passarem ao seguinte custa muito menos eles não nos ouvem- o co-irresponsável colocou-lhes travão a fundo e mandou-os arrumar tudo antes de irem ver os desenhos animados. 

 

Cerca de 10 minutos depois -e durante os quais eu tentei não pensar para onde iriam as pecinhas pequeninas que eu ouvia cair- aparece a Patapon a queixar-se que o irmão não a estava a ajudar porque, segundo ele, como apenas brincou com eles mas não foi ele que os tirou da caixa, não deveria ser ele a arrumar.

 

Apressei-me a ralhar com o Pandinha, e a explicar que se tinha brincado também lhe competia arrumar. E que, de qualquer forma, o quarto era dos dois e o pai tinha-os mandado aos dois arrumar. E ele lá foi contrariado.

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Passados uns breves momentos grita ele do quarto:

-A mana não me está a ajudar!

 

Ao que eu respondo:

-Então agora és tu que não ajudas?

 

Resposta pronta da Patapon:

-Então... porque ele quer que eu o ajude a arrumar os LEGOs mas eu agora estou a arrumar os bonecos. Eu não sou um polvo de 8 braços nem o homem elástico!!

 

E foi assim que ele se viu obrigado a mexer as patinhas, e que eu e o co-irresponsável nos derretemos a rir a uma distância segura, de forma a que ela não ficasse demasiado convencida de que tinha piada. 

A pior mãe do Mundo - Parte 2

por twin_mummy, em 03.07.15

Eu sei que há pessoas que acham que, para quem nem sequer estava a pensar ter filhos, não faço um mau trabalho com os gémeos. Caramba! Até eu penso isso que modéstia é boa, mas também há que reconhecer o mérito. Na maior parte do tempo eu até nem acho que seja má mãe. Aliás, vezes há que até me convenço que sou boa, que até tenho jeito para a coisa. E depois há dias como o de hoje.

 

Tentando contextualizar para que não pareça tão mal, estou desde o fim de semana passado de semi-férias. Digo semi-férias pois para mim férias é estar refastelado ao sol e eu não sei o que isso é já há alguns anos. Quando se tem filhos nunca há sossego total numa ida à praia. Mas quando se é mãe e gaja (recuso-me a dizer esposa porque efectivamente não o sou e acho o título horripilantemente estranho) há sempre imensa coisa além das tarefas domésticas do dia a dia que não temos tempo de fazer. E por isso resolvi tirar uns dias para por a casa em ordem e tentar mais uma vez o desfralde nocturno.

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Assim sendo, e como para putos de 4 anos fim de semana, férias ou dias de escola é exactamente a mesma coisa, acordo com os mabecos cerca das 7h00 (sim, mesmo assim é melhor que o tradicional acordar às 5h30 para ir trabalhar) e depois entre permitir-lhes um pequeno almoço mais sereno e uma ida a pé para a escola, acabam por ser 9 da manhã quando inicio as tarefas, até à hora de os ir buscar. A partir daí é tudo igual aos outros dias, simplesmente porque o tempo não estica e entre as 18h00 e as 21h00 é quando tudo acontece. Banhos, fazer jantar, por mesa, jantar, lavar loiça ou fazer qualquer outra tarefa doméstica, ajudar os putos a lavar os dentes, pô-los a dormir.

 

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Ora, com os chichis das últimas noites foram 5 máquinas de roupa em 2 dias. Estou também a tentar fazer umas pequenas remodelações em casa, a dar a volta à roupa que não serve, a comprar roupa que faz falta e... e hoje o meu filho foi para a escola de boxers, pronto!

 

Para os mais distraídos sei que poderão estar a pensar qual será o problema disso, já que meninos tanto usam cuecas como boxers. Bem... até as meninas já usam boxers, certo? Mas a questão é que... ele foi SÓ de boxers, ok? Eu estava a vesti-lo -porque quando a mãe está em casa eles desaprendem tudo e exigem mimo- os boxers eram azuis, os calções azuis eram e no meio das 500x que fui chamada por um ou por outro parece que acabei por vestir apenas os boxers e deixar os calções em cima da cama. Parece!

 

Há uns dias ela ia saíndo só de meias, sem sapatos, porque de qualquer forma os ténis também eram cor de rosa como as meias e aquilo assim de relance parecia até bastante sólido. MAS... -ora aqui está onde eu queria chegar- a minha filha, como gaja esperta que é chamou-me à atenção que estava ainda descalça e não chegou a sair porta fora.

 

E portanto, digam por favor que poderei partilhar a culpa e a vergonha que sinto com o sacana do meu filho que, sendo tão distraído como a mãezinha dele, nem deu por nada e andou a arejar a pilinha todo o santo dia.

 

Tomaram o pequeno almoço calmamente, fomos a pé para a escola, vesti-lhes as batas e lá ficou ele em boxers o dia todo. Até a minha sogra os ir buscar e reparar na fatiota. Acham que posso alegar que foi para fazer face ao calor?

O Suspeito do costume

por twin_mummy, em 02.07.15

A noite passada as coisas correram mal. O Pandinha desde há muito que percorre a cama toda a dormir e muitas vezes cai para cima da mana já que eles têm uma daquelas camas com gavetão e ela dorme em baixo. Desta vez foi pior porque... fez chichi. Foi a cama dele, a dela e... o Booo.

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Para quem não é leitor assíduo do blog e perdeu alguns dos posts mais antigos ou quem simplesmente caiu aqui por acaso enquanto procurava saber um pouco mais sobre sotãos ou carros, fica a explicação. O Booo é como que o nosso filho mais velho já que como toda a gente à nossa volta andava a procriar comprámos uma meia dúzia desses ursinhos na IKEA para dar de prenda de nascimento aos fedelhos rabugentos muito antes de pensarmos que um dia seriamos pais de 2 fedelhos rabugentos. Sobraram 3. Um ficou para o Pandinha, outro para a Patapon, outro demos recentemente a um priminho do coração. Pois... a Patapon arrebanhou o dela e o do mano e anda com eles por todo o lado ao ponto de ficarem encardidos, mas não tão sujos como depois de levar uma mijadela em esguicho, claro!

 

Versão mais curta... o Booo é o sacana da imagem do lado.

 

Agora imaginem o cenário... a cama dele mijada, a dela, o Boo. Depois ela também faz chichi e como é gaja e esperta não está com meias medidas e tira as cuecas molhadas e os calções do pijama e vai-se embrulhar à única ponta do edredon que não estava mijada, que acabou por o ficar, mais o pano que tinha insistido em por a tapar o Boo. Perdoem-me a expressão mas em português não soa da mesma forma. Pissing all over!! E foi assim a minha noite.

 

De manhã, e 3 máquinas de roupa depois, a explicação:

-Filha... tu e o mano esta noite fizeram chichi e... bem... o Booo ficou molhado.

(sessão de choro exacerbado)

-Pronto, querida... não precisas ficar assim. A mamã já o lavou e agora fica a secar. Quando voltares da escola já está lavadinho. E tens o das bochechas gordas (é o que era do mano)... Este estava todo molhado no rabinho.

 

E nisto interrompe o Pandinha:

-O Booo estava molhado no rabo?

-Sim, estava.

-Ah! Então deve ter sido ele que fez chichi...

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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