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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Culpa do meu pai, é certo... mas as alentejanices estão-me no sangue.
Hoje em dia seria impensável dar-se algum tipo de objecto cortante para as mãos de um miúdo sem se andar a olhar para trás das costas a ver quando apareceria a PSP e a Protecção de Menores, e no entanto eu NUNCA me cortei com o canivete que o meu pai me deu, nem mesmo quando corto pão à alentejana (corta-se em cunha segurando o pão contra a barriguita e fazendo aquele perigoso movimento de fora para dentro) para mais uma açordinha. Sim, também tenho tábua de pão e também sei que se pode dar-lhe uso... mas não gosto!! Para ele sempre fui o 'Joãozinho', pelo que é natural que mesmo nestas tarefas domésticas goste de desafiar o perigo, qual piloto de fórmula 1.
Mas mais que açorda há uma coisa a que não resisto e que faz revirar o interior de muita gente... cabecinhas de borrego no forno! Vai ser hoje o jantar por aqui. À malta de coragem que por aqui andar... confiem em mim que é bom. E se quiserem experimentar é muito simples... cabeça bem limpinha (como se vê na imagem), umas pedrinhas de sal grosso e... forno! Quando estão tostadinhas retira-se todos os pedaços (desde lingua a bochechas, terminando na mioleira aproveita-se tudo), parte-se, junta-se mais umas pedrinhas de sal e reserva-se. Dá para fazer com bastante antecedência já que se come bem mesmo frio.
E para acompanhar um belo pão alentejano, paio de porco preto, queijinho fresco atabafado e aquelas coisas horrorosas a que chamam azeitonas britadas, mas que embora eu não aprecie (ok...reconheço que não sou a alentejana perfeita por não gostar de azeitonas) o co-irresponsável desaparece com elas em segundos.
Tudo isto regado com um belo vinho tinto alentejaníssmo (hoje será JP Private Selection) e digam lá que não é uma bela homenagem às raizes Serpenses!!