Quem tem filhos sabe de que falo! Se há dias na vida em que a Lei de Murphy se aplica, quando envolve crianças o efeito é exponenciado, e quando tentamos ir de férias com eles então... bem... é inexplicável!!
Mas para quem não percebeu ainda, vou tentar dar umas luzes. Num dia normal é certo que o pão cai sempre com a manteiga para baixo, e que quando temos pressa todos os semáforos são vermelhos. Mas nestes casos não envolve necessariamente uma criancinha a rebentar-nos os tímpanos. Agora imaginem estes mesmos cenários ou outros quaisquer em que os acontecimentos de bosta se sucedem e que temos não uma mas, no meu caso, até duas criancinhas histéricas a tentar ajudar.
Querem pior? E tudo isto numa casa que não é a nossa e a kms de casa? Ainda não estão convencidos? Vou tentar então ser mais explícita, e quem já tem mabecos por favor pronunciem-se se não é assim para que os outros não achem que é exagero. Ora aqui ficam algumas das Leis de Murphy Infantis mais observadas cá em casa sempre que tentamos ir para algum lado com eles.
- Podem fazer o mesmo caminho sozinhos 1000x sem que aconteça nada, mas quando vão com crianças há sempre um qualquer azelha que provoca um acidente estúpido que vos acaba por reter numa fila com um (ou no meu caso 2) putos a gritarem ‘Ainda falta muito, mamã?’ de 2 em 2min;
- A meio da viagem, precisamente entre uma estação de serviço e outra, descobrem sempre – da pior maneira – que se esqueceram de algo essencial como… água!
- As chuchas no carro caem sempre para os locais mais improváveis e inacessíveis que vos obrigam a fazer paragens de emergência (sim… experimentem ouvir aquilo mais que 5kms e percebem que é uma emergência);
- É tão certo ouvi-los todo o caminho a comentar as coisas que vão vendo, a perguntar se falta muito ou simplesmente a fazer birra, como certo é adormecerem a 5kms do destino;
- Assim que chegam ao destino há sempre um que se entala, ou cai, ou fica com febre;
- Por muita medicação que levem para uma viagem eles irão sempre necessitar exatamente daquele que se esqueceram de levar;
- No seguimento das anteriores, e porque uma desgraça nunca vem só, a farmácia de serviço fica sempre a kms de distância ou chegam num dia em que a farmácia mais próxima está fechada;
- Tentem também explicar com ar sério que não levaram a pista de comboios porque com tanta tralha era impossível encaixar mais essa num porta-bagagens minúsculo, a uma criancinha que vos olha com o maior ar de desilusão do Mundo;
- Se estão no pino do verão e levam roupa fresca é certo e sabido que as noites estarão um gelo, e o inverso se aplica de inverno, em que há sempre um dia de derreter as pedrinhas da calçada com os putos calçados com botas de pêlo;
- Se perto da vossa casa há 200.000 pessoas a opinarem sobre como deverão tratar dos vossos filhos preparem-se porque quando vão de férias há sempre um ‘vizinho de toalha de praia’ bastante mais opinativo que qualquer familiar vosso e que, por um extraordinário acaso, acabam sempre por encontrar;
- De manhã, quando tentam despachar-se para ir para a praia, há sempre um que se lembra que fazer cocó no bacio é prioritário em relação a tudo o resto, ou que quer brincar com algum boneco tosco, mas no pino do calor gritam a plenos pulmões que querem ir para a praia;
- No regresso há sempre algo que fica para trás e é uma sorte se não for o boneco preferido deles...
E claro que com tudo isto contem em voltar mais cansados do que aquilo que foram, e pensem sériamente antes da próxima viagem se não seria melhor deixarem-nos com alguém e fugirem vocês.
Querem saber que mais?? Foi mesmo isso que tentámos fazer logo de seguida...