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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Decerto conhecem aquele tipo de pessoa, muito fisica, que gosta de tocar em toda a gente mas, pior que isso, abraçar, beijar. Ainda recentemente me cruzei com uma que levava esta característica ao expoente máximo e ainda esta semana falávamos disso numa formação.
Pois se quando eu era pequena já não achava piada ao conceito, e fugia de toda e qualquer Elmyra que se atravessasse no meu caminho -pese embora o facto de viver num típico bairro lisboeta dificultar esta tarefa- hoje em dia, sendo eu mãe, é completamente intolerável e faz-me saltar a tampa.
Por uma questão também de higiene e cuidado, reconheço aqui publicamente que não gosto que beijem e amassem os meus filhos. Mesmo que não tivessem nascido prematuros para poder usar esse facto como desculpa certamente iria tentar convencer toda a gente que tinha perdido a chave de casa só para não virem cá espremê-los. E se isso falhasse, acho que já aqui referi, tenho boa pontaria e ainda me lembro como juntar um elástico a um galho em 'V' para fazer uma fisga.
Chamem-me anti-social se quiserem, mas nunca tive problema em dizer 'Não' quando me tentavam sacar um puto dos braços para os encher de baba. Não, não deixo! Não, não quero! Não, não acho piada!
Por estranho que possa parecer a muita gente -mas é para o lado que durmo melhor- os meus filhos gostam de algumas pessoas e não gostam de outras. Não me entendam mal pois sempre insisti para que dissessem bom dia e boa tarde a toda a gente. É essa a educação que tive e a que quero transmitir. Mas desculpem lá ó Elmyras... eles beijam quem eles querem. E mesmo assim... têm de passar no teste do micróbio. Malta a tossir, a espirrar e a suar estopinhas não têm direito a mexer nem que sejam a Rainha Elsa ou a princesa Anna (oh! Deuses! Quando é que o Frozen me sai da cabeça??).
Agora imaginem o cenário... festa de aniversário em casa de um amigo, a casa cheia, os putos a brincar no corredor, e um grito ecoa plos corredores fora. O co-irresponsável já preparado para lhes dar uma descasca por andarem a gritar daquela forma, e deparamos com a Elmyra a tentar amarfanhar um dos putos, que gritava de terror.
Juro-vos que naquela altura me passou de tudo pela cabeça. Os miúdos já de si estavam excitados de estar ali e foi muito complicado conseguir acalmá-los e pô-los a brincar sossegadamente. A Elmyra já tinha tentado chegar-se a eles umas 5 ou 6 vezes. De todas essas vezes eles recusaram-se a ser tratados como um qualquer ursinho de peluche e ela insiste?? Eu já lhe tinha tentado explicar com todas as letrinhas que eles não gostam de ser agarrados assim, e até tinha dito que eu própria não gosto que o façam, e ela tenta de novo?
Imagem: Pon and Zi, de Jeff Thomas
Se houver um advogado por aí pode-me por favor tentar esclarecer se matá-la seria legítima defesa? E algum engenheiro químico que esteja a ter um momento de pausa na loucura que é a sua vida e tenha por acaso tropeçado com este blog, por favor não me deixe sem esclarecer... há algum antídoto para as Elmyras desta vida?