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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
E quando começávamos a respirar de alívio eis que a Patapon aparece com duas pintas num dia em que um inconsciente decide romper um cano em casa e fazer-se à vida deixando uma cascata escada abaixo que levou ao corte da água Domingo à noite e Segunda de manhã. Varicela, digo eu! Alergia diz o pai, já que a varicela não são apenas duas pintas e ela não tinha qualquer outro sintoma. E fazia sentido já que a catraia comeu quase meio kilo de tangerinas em dois dias. Por isso foram à escola normalmente na segunda feira. Por isso ligaram-nos ao fim de uma horas para os irmos buscar. Parece que a escola desperta o que de pior há em nós...
Chegada a casa, pouco tempo depois de ter saído com duas pintas, tinha o corpo coberto de borbulhas. Algumas já com líquido. Impressionante e assustador! E desde então há novas pintas todos os dias. E desde então que a minha filha está num sofrimento atroz noite e dia.
Quanto ao Pandinha parece que não é nada com ele. Não tem nem metade das borbulhas da irmã, é certo, mas anda bem disposto e cheio de energia. Dizia-me ele ontem:
-A mana é uma chata, está sempre a choramingar a dizer que dói.
-A mana tem muito mais borbulhas que tu... -tentei eu alegar.
-Mas eu não me queixo das minhas! Eu sou forte!
Pois...é justo! Mas tu não tens borbulhas no pipi porque nem tens pipi, caraças! Pensava eu cá para mim. E assim sorri e respondi:
-Sim, filho... tu és muito forte!!
E ele lá seguiu de peito feito, todo orgulhoso.
Nisto vem a noite e entre pomadas cujo PVP dava para comprar comida para uma semana (até quando serão artigos de luxo??) e a velhinha farinha maizena, juro que tentei de tudo. Até rezei para que a comichão dela passasse para mim. Mas isso não aconteceu. Entre as 21h e a meia noite dormi periodos de não mais de 15 minutos. Até que adormeceu ao meu colo e eu lá a passei para a cama, de olhos meio entreabertos, com a promessa que ia ver da roupa e já voltava. Não era mentira... as tarefas domésticas continuam a chamar por nós e eu precisava por a máquina a secar. E ela lá ficou.
Pouco depois da meia noite fui dar a medicação. Duas seringas cheias a cada um, que ele deglutiu sem lamúrias (fruto dos muitos meses que esteve a tomar medicação diária para a alergia) e que ela se contorceu a tomar. Que tortura de vida esta que nos obriga a acordar crianças que tanta dificuldade tiveram em adormecer para lhes enfiar medicação goela abaixo. Talvez por isso quando voltei à carga cerca das 6h00 da manhã ela resmungou:
-Já não é preciso, mãe! Já estou boa!