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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Entro em casa e diz o pandinha em tom sério:
-Preciso falar contigo, mãe.
-Acabei de chegar. Pode esperar até depois do jantar ou é urgente? - pergunto eu.
-É urgente. Podemos falar no teu quarto agora?
-Sim... - respondo quase a ter uma ataque cardíaco.
Chegados ao quarto ele começa a murmurar:
-Sabes... eu às vezes digo asneiras lá na escola. E depois arrependo-me.
-Compreendo. E estás-me a contar isso porquê? Ficaste de castigo, foi isso?
-Não. É só porque me arrependo. Fico envergonhado depois por ter dito as asneiras.
-Isso são coisas que acontecem filho. Às vezes também me escapa uma. Ainda hoje tinha imensa coisa para fazer e o computador lá do trabalho estava sempre a bloquear e olha...escapou-se uma. O importante é que tenhas a consciência que não se deve dizer.
Puto pensa e uns segundos depois replica:
-E tu quando dizes também ficas arrependida?
-Ohhhh... claro que sim!!
E depois fugi dali para não me desmanchar a rir...
Diz o Pandinha: -A Madalena hoje disse bué e eu disse que isso não existe, que ela devia era dizer muito.
Respondo eu orgulhosa: -Muito bem! Bué não se diz.
Responde ele com voz meiguinha e todo orgulhoso: -É como F__-SE. Também não existe pois não?
Estávamos a comer uma bela dose de sardinhas com a família alargada. Mesa corrida de madeira sem espaço para mais um que fosse. Eram das primeiras de jeito da época e por isso a ansiedade era grande. Gordinhas a pingar no pão. Mal se ouvia uma mosca.
Juro que trato os putos da mesma forma, mas o Pandinha tem uma queda especial para levar com as espinhas, por muito que tente retirar só os lombinhos e verificá-los milimetro a milimetro. A Patapon... bem... ou tem uma sorte enorme ou come e cala, mas adiante...
Sai a primeira espinha e ele põe para o lado. A segunda queixa-se mas continua a comer. Sai-lhe a terceira e perante a mesa repleta o puto exclama em voz alta com ar indignado:
-Fooooooo.....-se!
...e lá colocámos as mãos em frente à boca para conter o riso e continuámos a comer em silêncio, rasgado aqui e acolá por um guincho histérico.