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Pandinha, o Negociador

por twin_mummy, em 25.04.14

Fim de semana de Páscoa e eu a trabalhar. Como ninguém devia ficar de castigo por minha causa achei por bem que eles fossem com a avó Gija até paragens mais solarengas e lá fiquei eu de coração despedaçado.

 

Como as saudades apertavam, aproveitei para ir jantar com eles no sábado à noite e logo me apressei a perguntar o que tinham feito. E fo a desfazer-se em riso que a avó me contou que na véspera tinha andado a treinar o desfralde.

 

Como a Patapon se estava a aguentar bem e ia fazer xixi à sanita ela tentou convencer o Pandinha, mas este insistia que queria o bacio. Até que a avó decidiu usar aquela estratégia pedagógica que é comprar os putos e ofereceu-lhe uma moeda para ele ir à sanita.

 

-Quero o bacioooo! -insistia ele.

-...e se forem duas moedas?- perguntava a avó.

-Dá-me três que eu vou! -exigia ele.

E a avó lá concordou e ele lá foi.

 

Mas conforme a avó me contava o sucedido o mabeco, que até esta altura estava a escutar em silêncio, diz com voz grossa e decidida:

-Pois foi! E tu ainda não me deste!

 

E assim se consegue por uma avó a correr para o porta-moedas...

 

Bacio:IKEA

Os botões ocultos

por twin_mummy, em 10.10.13

Depois de muitas evidências, hoje cheguei à conclusão que existem vários locais da minha casa com botões ocultos, só ainda não percebi a localização exacta e a lógica de activação dos mesmos, mas penso que tenham também alguma correlação com o cansaço. Quanto mais cansada estou melhor aquilo funciona.

 

Ontem à noite foi assim que aterrei completamente exausta no sofá que a Patapon começou a choramingar. Inicialmente foi lá o co-irresponsável, e até lhe chegou a trocar a fralda, que estava cheia de chichi, mas não resolveu o problema. E bastava de alguma forma eu tentar aninhar-me (no sofá ou depois na cama) que o choro recomeçava. Ainda tacteei a tentar perceber onde estavam os manhosos mas não os encontrei. 

 

Entretanto esta manhã comprovei que o tampo da sanita também os tinha, mas neste caso activaram o Pandinha e de uma forma completamente diferente. Pois após esta noite mal dormida tudo o que eu queria era acordar atempadamente e fazer tudo com calma, mas puto que é puto troca-nos sempre as voltas e eram 7h00 quando eles já se faziam ouvir.

 

Uma boa mãe diria que quanto mais cedo acordarem mais tempo passam juntos, mas como eu não tenciono ganhar nenhum troféu, e perante a privação de sono a que fui sujeita, vou admitir sem quaisquer renitências que nessa altura só pensei 'Vou despachá-los para irem para a escola'. E o plano até estava a resultar, na medida em que se sentaram à mesa sem confusão e comeram relativamente rápido. Mas eis que depois de os alimentar e vestir, pensei que poderia ter direito a fazer um simples chichi e calçar os sapatinhos. E foi assim que o meu rabiosque tocou o tampo da sanita que tudo aconteceu...

 

-AHHHHHHHHHH! O mano, o mano!! -gritava a Pespineta em desespero.

-Já vou! Já vou! -respondia eu aflita sem compreender o que se passava.

 

Naqueles breves segundos que demorei a desenrolar o papel higiénico (quem tem filhos sabe que adquirimos uma velocidade supersónica nestas coisas) passaram-me os cenários mais tenebrosos pela cabeça. Imaginei que tinha caído, que o ia encontrar estatelado no chão e coberto de sangue, sei lá!! Confesso que nem lavei as mãos e saí a correr para chegar à sala e deparar com um cenário bem pior do que poderia imaginar...

 

O Pandinha tinha cometido o maior crime da vida dele, SIM!! E a Pespineta apressou-se em relatar... Tinha rapinado o Booo ao seu doce regaço, enquanto esta o embalava e estava em cima do sofá, deitado sobre ele, como se de uma bola de rugby se tratasse. E assim que me viu começou a rir, vejam bem!!  A rir daquela vilanice pegada que, não fosse o facto de me ter arrancado desesperada do wc até poderia ter tido piada.

 

E dada a descasca ao Pandinha tentei mais uma vez explicar que a mamã também tinha direito a fazer chichi, e que como não usava fralda não podia ser na sala, pelo que de vez em quando tinham mesmo de me deixar ir e esperar sem confusões. Resposta pronta da fulaninha:

 

-Faz no bacio!!!

 

Ah, pronto!! Nem sei como é que não me tinha lembrado disso antes. Claro que posso sempre fazer no bacio, mesmo no meio da sala e até em frente a visitas, porque não?? Pode ser que pelo menos o sacana do bacio não tenha botões instalados que accionem os comportamentos mais estranhos dos meus filhos...

 

 

PS: Créditos da imagem- sanita da série Gap, da Roca, in site da Roca. Podem patrocinar à vontade que eu adooooro a Roca e pelos motivos descritos acima dá para perceber que estou a precisar de uma sem botões e transportável.

 

Leis de Murphy Infantis e as férias

por twin_mummy, em 22.07.13

Quem tem filhos sabe de que falo! Se há dias na vida em que a Lei de Murphy se aplica, quando envolve crianças o efeito é exponenciado, e quando tentamos ir de férias com eles então... bem... é inexplicável!!

 

Mas para quem não percebeu ainda, vou tentar dar umas luzes. Num dia normal é certo que o pão cai sempre com a manteiga para baixo, e que quando temos pressa todos os semáforos são vermelhos. Mas nestes casos não envolve necessariamente uma criancinha a rebentar-nos os tímpanos. Agora imaginem estes mesmos cenários ou outros quaisquer em que os acontecimentos de bosta se sucedem e que temos não uma mas, no meu caso, até duas criancinhas histéricas a tentar ajudar.

 

Querem pior? E tudo isto numa casa que não é a nossa e a kms de casa? Ainda não estão convencidos? Vou tentar então ser mais explícita, e quem já tem mabecos por favor pronunciem-se se não é assim para que os outros não achem que é exagero. Ora aqui ficam algumas das Leis de Murphy Infantis mais observadas cá em casa sempre que tentamos ir para algum lado com eles.

  • Podem fazer o mesmo caminho sozinhos 1000x sem que aconteça nada, mas quando vão com crianças há sempre um qualquer azelha que provoca um acidente estúpido que vos acaba por reter numa fila com um (ou no meu caso 2) putos a gritarem ‘Ainda falta muito, mamã?’ de 2 em 2min;
  • A meio da viagem, precisamente entre uma estação de serviço e outra, descobrem sempre – da pior maneira – que se esqueceram de algo essencial como… água!
  • As chuchas no carro caem sempre para os locais mais improváveis e inacessíveis que vos obrigam a fazer paragens de emergência (sim… experimentem ouvir aquilo mais que 5kms e percebem que é uma emergência);
  • É tão certo ouvi-los todo o caminho a comentar as coisas que vão vendo, a perguntar se falta muito ou simplesmente a fazer birra, como certo é adormecerem a 5kms do destino;
  • Assim que chegam ao destino há sempre um que se entala, ou cai, ou fica com febre;
  • Por muita medicação que levem para uma viagem eles irão sempre necessitar exatamente daquele que se esqueceram de levar;
  • No seguimento das anteriores, e porque uma desgraça nunca vem só, a farmácia de serviço fica sempre a kms de distância ou chegam num dia em que a farmácia mais próxima está fechada;
  • Tentem também explicar com ar sério que não levaram a pista de comboios porque com tanta tralha era impossível encaixar mais essa num porta-bagagens minúsculo, a uma criancinha que vos olha com o maior ar de desilusão do Mundo;
  • Se estão no pino do verão e levam roupa fresca é certo e sabido que as noites estarão um gelo, e o inverso se aplica de inverno, em que há sempre um dia de derreter as pedrinhas da calçada com os putos calçados com botas de pêlo;
  • Se perto da vossa casa há 200.000 pessoas a opinarem sobre como deverão tratar dos vossos filhos preparem-se porque quando vão de férias há sempre um ‘vizinho de toalha de praia’ bastante mais opinativo que qualquer familiar vosso e que, por um extraordinário acaso, acabam sempre por encontrar;
  • De manhã, quando tentam despachar-se para ir para a praia, há sempre um que se lembra que fazer cocó no bacio é prioritário em relação a tudo o resto, ou que quer brincar com algum boneco tosco, mas no pino do calor gritam a plenos pulmões que querem ir para a praia;
  • No regresso há sempre algo que fica para trás e é uma sorte se não for o boneco preferido deles...

E claro que com tudo isto contem em voltar mais cansados do que aquilo que foram, e pensem sériamente antes da próxima viagem se não seria melhor deixarem-nos com alguém e fugirem vocês.

 

Querem saber que mais?? Foi mesmo isso que tentámos fazer logo de seguida... 

O POIO

por twin_mummy, em 05.07.13

Nos meus tempos de monitora cantava-se nos autocarros a caminho da praia a seguinte canção (cuja coreografia não consigo aqui exemplificar mas que é igualmente bela...lol):

 

Era uma vaca leiteira,

não era uma vaca qualquer.

Dava leite e manteiguinha, 

mas que vaca tão fofinha

DALÃO DALÃO.... DALÃO DALÃO

Um chocalho se comprou,

e a vaquinha até gostou.

Dava passeios pelo prado,

matava moscas com o rabo

DALÃO DALÃO... DALÃO DALÃO

Um passarinho voou,

e na vaquinha pousou,

A vaquinha sacudiu,

passarinho não saiu

DALÃO DALÃO... DALÃO DALÃO!

 

Como poderão perceber é uma música muito apreciada em faixas etárias mais baixas, mas os cromos de 10-12 anos não achavam tanta piada, e por isso cantavam de socapa (lá nos banquinhos do fundo) uma versão alternativa que terminava assim:

 

...um passarinho voou,

e um GRANDE POIO MANDOU

a vaquinha sacudiu,

MAS O POIO NÃO CAIU

DALÃO DALÃO... DALÃO DALÃO!

 

E porque raio me fui eu lembrar disto agora?? Ora...por causa da noite de ontem, claro!

 

Estavamos em familia reunidos nos salões a fazer os chatos dos puzzles (sim...já estou farta daquilo...lol) quando os putos se começam a queixar de calor. Vai daí autorizei a que tirassem a t-shirt e ficassem apenas de fralda. Mas o Pandinha, encalorado como é, queria tirar a fralda. Inicialmente disse um rotundo não, mas depois pensei... eles estão a fazer o desfralde na escola, a educadora diz que estão a portar-se muito bem, e caramba.... mais tarde ou mais cedo terei que experimentar, e hoje está taaaaanto calor e...

-OK, podem tirar a fralda MAAAASSSS têm que pedir quando quiserem fazer chichi, ok??

-Eu quero fazer chichi!- diz a pespineta!

-Bacioooooooooo!- vai logo o Pandinha a correr buscá-lo.

 

E foi assim que começou a minha agonia. Faziam umas pinguitas e queriam ir depejar e lavar.  Também queriam toalhetes para limpar, e depois ir deitá-los ao lixo. Ao fim de 5min queriam fazer novamente e eu pensei que iria ficar naquilo a noite toda, mas não... volvidos talvez uns 20min (em que também deu para o Panda brincar com a pilinha) voltaram aos puzzles. Entretanto o papá (que está tão ''Helgast'' quanto eu) aproveitou para ir descansar um pouco e eu fiquei sozinha com eles.

 

Tudo a correr bem e de repente a Pespineta vai buscar um boneco e estanca em cima do tapete de actividades (felizmente não é de pêlo mas sim daqueles de borracha q encaixam).

 

-Queres fazer cocó, querida?

-Não, mamã!

-Então porque estás aí parada? 

-Olha, mamã! O que é? (e aponta para a rua onde passava uma ambulância)

-É uma ambulância, para levar para o hospital quem está doente. Apita para os carros a deixarem passar. Mas... tens a certeza que é só por isso que estás parada? Parece-me que estás a fazer força...

(silêncio)

-Querida... não achas melhor a mamã ir buscar o bacio??

(silêncio)

..e eu decido ir buscar o bacio. Dou 4 passos e oiço num tom entusiasmado:

-Mamã!!! Mamã!! Olha um cocó!

E eu olhei e vi um POOOOOOOIIIIOOOOO de todo o tamanho no tapete de actividades.

{#emotions_dlg.confused}

Riam-se, riam-se!! Não perdem pela espera!!

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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