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Ão!!

por twin_mummy, em 05.11.17

Pergunta ele:

-Mãeeee! Ian tem quantas letras?

-Tem 3. I, A e N.

-E Ary?

-Também tem 3. A, R e Y.

Replica ela:

-Mãeeee! Porque é que o Ary e o Ian têm nomes assim?

-Assim como?

-Assim diferentes e com 3 letras. -explica.

-Bem, pelo que sei os papás deles gostam de nomes de 3 letras. E depois é porque a Titi viveu na Austrália durante muitos anos e por isso queria nomes fáceis de dizer em Português e em Inglês.

-Ari e Ian são fáceis de dizer?

-São. Por exemplo se fosse João os Ingleses não conseguiriam dizer, por causa do 'ão'.

-Eles não conseguem dizer palavras com 'ão'? -admira-se o Pandinha.

-Não.

-Olha...não acaba com 'ão'. Eles não conseguem dizer não? - pergunta ela.

-Pois... nem não, nem cão... -acrescento eu.

-Nem pavão...- diz ela.

-Balão... -acrescenta ele.

-Pão...-diz ela.

-E cagão! -grita ele entusiasmado.

 

 

O pau, o cão e o Lego

por twin_mummy, em 26.09.16

Conversa de 3 putos de 5 anos na rua (os meus 2 e um colega da turma). Para adoçar o quadro juntem um sotaque nortenho serradíssimo ao outro puto e voilá:
-Olá! De onde bêiem axim bestidos tão esquisitos?
-Do JuJutsu. Vamos agora para casa. E tu de onde vens?
-Da exxxcola. Vou para caja.
-Moras onde?
-Tax a ber aquele prédio ali? É meu!
-É teu? Fixe! O nosso é aquele em obras.

pau.jpg-O meu é grááánde! Bai até à chaminé!

-Pois é! Muito grande.

-E o teu pau? Onde está?
-Tiraram na exxxcola. Foram fazer queixa à professora.
-Oh! Então e agora o cão? Onde arranjas o pau para atirar o cão?
-Ele não tem um cão.- diz a mãe
-Mas bou ter! Vai morder aos maus.
-Vais ter um dia... talvez... vamos ver... mas nao precisas de um pau agora.
-Poix... eu depoix arranjo outro pau.
-Olha... temos de ir jantar. Vais agora jantar também?

lego.PNG

-Vou brincar com os legos. Tenho legos dos pequeninos lá em casa. Um dia temos de combinar e vão brincar lá a casa.
-Também podes ir brincar na nossa casa.
-Têm legos pequenos?
-Sim, temos.
-Boa! Eu gosto de legos pequenos.

 

-Podes brincar com eles, mas olha... não os podes comer, está bem?
(e foi nessa altura que eu decidi não perguntar o porquê daquela pergunta mas ponderei seriamente por o puto sob vigilância caso venha cá a casa...)

O estimação

por twin_mummy, em 25.06.15

Sim, eu sei que criança que é criança gosta de ter um animal de estimação (ou ''um estimação'' como dizem no filme Croods, que recomendo vivamente para crianças e adultos) e eu também os tive. Mas eu vivia num apartamento com uma enorme varanda e a minha irmã é mais velha 8 anos. Ter um animal num apartamento minúsculo sem varanda a conviver com gémeos de 4 anos é suicídio. Para ele e para nós. E por isso nem toco no assunto. No entanto o assunto é inevitável pois convivemos com muita gente que os tem.

 

Aqui há dias, assim do nada, diz-me a Patapon:

-Podemos ter um gato, mãe?

1929091_1028256554672_689314_n.jpg

 

-Não filha. Não podemos ter um gato porque não temos muito espaço para ter animais e porque como vivemos num andar muito alto tenho medo que o gato vá para a janela e caia. Sabes a Nikki? A Nikki era a gata da mamã e quando a mãe veio viver para aqui ela ia para o lado de fora da janela. Por isso é que a mamã a mandou para casa da avó. Ela lá vive mas feliz, não achas?

-Mas... eu podia tomar conta.

-Pois... então e ela arranhar os sofás, os bonecos? Ter de se trocar o caixote?

-Hmm... pois... dá trabalho, não é?

-Sim filha. É isso que quero que percebas. Não é só querermos... temos de ter condições para os ter, tempo, paciência...

-Pois... tens razão!

(pausa de 2 ou 3 minutos)

-Então podemos ter um cão??

-Para um cão ainda menos espaço há, querida. E tem de se levar à rua, ao veterinário...

(pausa de mais uns minutos e eu vou dedicar-me às tarefas domésticas)

-Mãeeee!! -chama ela.

-Sim??

-Então e um leão??

...

Teorias dos mabecos: As árvores

por twin_mummy, em 02.05.14

Vinhamos de carro de casa da avó paterna. Depois de uma tarde de brincadeira e correrias pelo parque eles faziam-me o relato do que tinham feito com os avós. A dada altura contaram que um cão fugiu com a bola do Pandinha e que quando a avó estava a jogar à bola com eles, andou para trás e caiu.

 

Como tinha um saco onde transportava todas aquelas 1000 coisas com que andamos quando temos miúdos era inevitável que algo acontecesse quando ela se estatelou em cima dele. Pois segundo os mabecos a água abriu-se e molhou tudo, inclusivé o cabelo da nova Barriguita da Patapon (ir para casa da avó também implica normalmente voltar com um brinquedo novo ou a expressão 'estragar os miúdos com mimos' não faria tanto sentido), e pelos vistos, e felizmente, ter-se-á gerado uma sessão de risota pelo caricato da situação.

 

Ora como a meio do caminho já o sono se transformava em birra, e como é sabido que tenho uns parafusos a menos, decidi inventar ali um bocadinho para os distrair. E comecei com a minha história alternativa:

 

-Ora então a avó estava a jogar à bola, o Pandinha acertou-lhe com a bola e ela caiu!

-Nããããããooooo! -dizia ele a tentar conter o riso- Não fui eu! Ela só começou a andar para trás, tropeçou e caiu.

-Ahhhhhh! -tentava eu fingir que já tinha percebido- então veio o cão, atirou-se à avó e ela deixou cair a bola!

-Não, mãe! -explicava a Patapon- ...o cão foi depois. A Avó caiu sozinha!

-Caiu porque o pai a empurrou, certo? -insistia eu na versão alternativa perante a risota geral.

-Não! O pai não estava lá. Foi mesmo sozinha!! Estás a aldrabar! -dizia o Pandinha.

 

A partir daí, foi com a história a descambar para o limite da insensatez que percorremos os últimos quilómetros de regresso a casa com os mabecos bem dispostos. Já a chegar a casa a versão era:

 

-Então estavam a jogar à bola, o pai empurrou o avô, que foi bater de encontro ao cão, que por sua vez acertou numa árvore. E a árvore ia a cair para cima da avó, que se desviou a tempo, mas acertou no saco, e entornou a água.

 

Foi então que no meio de uma gargalhada o meu filho se saiu com esta:

-A árvore caiu?? As árvores não podem cair, mãe! Porque não têm pés!!!

 

E pronto! Foi assim mais uma lição mabequiana! E eu que vivi estes anos todos na ignorância!

Teorias dos mabecos: Cocó de cão

por twin_mummy, em 01.05.14

Há quem tenha queda para a música, quem tenha para o teatro ou mesmo para a escrita. Há quem declame poemas a fio de memória, e quem saiba dar toques na bola e fintar como ninguém. E há a minha filha... que tem queda para pisar cocó de cão!

 

Pois hoje, para não variar, num passeio pelo parque com os avós paternos, calhou de acertar em cheio com um dos ténis novos (que embora tenham sido estreados na semana passada quase parecem ter feito já todo o inverno, ter sido atirados para o lixo, e depois resgatados numa qualquer reciclagem) num enorme poio. Não que eu o tivesse visto, pois por essa altura estava eu ainda no trabalho, mas dei por ele quando apertava os elaborados cintos da Graco, para iniciarmos a viagem de carro de regresso a casa.

 

Pais que são pais têm sempre toalhetes à mão, e pais de gémeos por norma têm um pack inteiro deles (e quando digo pack é sempre acima de 200 unidades dos ditos), e por isso respirei de alívio e fui buscar os toalhetes ao porta bagagens. Mas nem mesmo se tivesse gasto um pack deles conseguiria tirar o dito cocó, de tão agarrado e seco que estava (nota mental... não é boa ideia comprar ténis com solas de elaborados relevos). A solução passou mesmo por lhe tirar o ténis para, pelo menos, não sujar as costas do meu banco, como tinha acontecido no incidente anterior e que envolveu uma igual (senão maior) quantidade de caca.

 

Mas claro que isso não nos impediu -pelo contrário- que pudessemos gozar com a situação e com a pontaria da miúda. Mas bastou percorrer alguns metros, com a conversa de crescidos e Pandinha a roçar o limite da estupidez -sim, a malta reconhece!- para a resposta-pronta da Pespineta se fazer ouvir. Do alto do seu metrinho de altura, com voz segura e bem colocada, como se falasse para uma plateia sai-se com esta:

 

-Sabes... eu acho que é um disparate os cães fazerem cocó na rua. Os donos deviam ensiná-los a ir à sanita para eu não pisar mais cocó!

 

Pois... eu também acho! E subscrevo!

Pérolas dos mabecos: Vida de cão

por twin_mummy, em 15.01.14
FOTO: o divertido MIKI, outro cão do coração, gentilmente cedida pela nossa querida Miriam

 

Saíamos de casa quando a Patapon vê uma bola junto ao elevador.

-Deve ser do Sushi... (o cão da vizinha do lado)

-Sim, acho que deve ser do Sushi, que ele é tão doido que às vezes entra em casa sem a bola e nem dá por isso. -respondo eu.

-Ou então é do Tommy... (o cão de outro vizinho de um andar mais abaixo)

-Querida... não me parece que o Tommy viesse cá acima só deixar a bola, não achas? Deve ser é do Sushi.

-Eu acho que ou é do Tommy ou do Sushi. -insistia ela- Minha é que não é, que eu não sou nenhum cão!!

 

Pois... tendo em conta a marca da dentada que o irmão tem no braço ninguém diria, mas enfim...

Todos diferentes, todos iguais!

por twin_mummy, em 26.11.13

 

Já anteriormente referi aqui a paixão doentia que os meus filhos sentem por cães (ver post 'A menina Blackie'). São várias as fotos que temos com eles a abraçarem, beijarem, ou simplesmente a rebolarem com eles. Pois é tanta paixão que ainda há dias a levaram ao extremo.

 

Se aqui no prédio até há bastantes cães que fazem as delícias dos meus filhos, na rua então nem se fala, e nessas coisas eles não são nada envergonhados e avançam indiscriminadamente para qualquer animal de 4 patas que abane a cauda para eles. Por acaso desta vez o alvo foi o 'Óscar', que calha de ser o animal de estimação de uma ex-colega de escola, o que me facilitou a vida. É que o Óscar, apesar da sua idade, é muito brincalhão, e como ainda tem um tamanho considerável, é bom saber que ela tenta logo acalmá-lo assim que os gémeos entram no campo de visão dele. E eu, pela minha parte, tento acalmar 'os meus animais'. Mas não é fácil... sobretudo o Pandinha delira mesmo com os cães.

 

Acontece que desta vez o Óscar tinha acabado de chegar de uma looonga caminhada pelo mato e estava sujo e transpirado, pelo que a dona apressou-se a alertar os miúdos de que não deveriam tocar-lhe para não se sujarem. Olha a quem... alguma vez o pandinha deixaria de tocar no amigo dele? Não só tocou, como abraçou e deu BEIJOSSS! E eu bem tentei separá-los, mas o Pandinha alegava:

-Ó mamã... está só sujo...

 

Como o puto não deixava de ter razão e sujidade não é doença, lá os deixei a partilhar os germes durante alguns minutos antes de retomarmos o caminho para casa.

 

Não passaram nem dois dias e voltámos a cruzar-nos com outro canídeo. Desta vez o Tommy, um barbaças (arraçado de podengo de pelo cerdoso- ai! que a miúda percebe de cães) que reside cá no prédio e que tem uma história deliciosa de vida e igual a tantas outras (onde é que já ouvi uma assim?). O dono do Tommy teve um outro cão antes que se chamava... Tommy. E esse Tommy faleceu. E claro que o dono proferiu aquela célebre frase 'Não quero mais nenhum!' Mas eis que aparece este cão abandonado e maltratado umas semanas depois e o segue para casa. E por aqui ficou o Tommy2, gozando de todos os mimos que o outro já gozava e mais alguns. E por muito que ande pela rua, não sei como é que o cão sai tanto ao dono que chega junto a nós sempre bem aprumado e cheiroso.

 

Mas quem tem miúdos de 2 anos e meio, mesmo que não sejam gémeos, bem sabe que é dificil (leia-se impossível) termos algum controlo sobre o que dizem, e invocando a memória mais recente que tinha o Pandinha sai-se com esta:

 

-Olha o Tommy! Ele está sujo?

 

E perante o meu olhar de pânico e vergonha o dono do Tommy lá se riu e explicou que o Tommy toma banho com frequência, mas que era normal vir um pouco sujo da rua.

 

-Não faz mal!- diz o Pandinha enquanto se abraça ao Tommy aos beijos.

A menina Blackie

por twin_mummy, em 08.10.13

Os meus mabecos têm uma predilecção especial por cães. E calha de termos vários vizinhos que são possuidores de diferentes exemplares da raça canina, que acabam por fazer as delícias dos meus filhos.

 

Frequentemente no patamar do prédio encontramos uma cadelinha já velhota, preta. Fico toda embevecida de os ouvir tratar carinhosamente a cadela pelo nome que, por coerência, é 'Blackie'. A dona da cadela também adora os meus miúdos e acaba sempre por os deixar dar-lhes umas festinhas e uns mimos antes de seguir para a rua com ela. Pois calhou de a encontrarmos 3 manhãs seguidas, e aquilo já quase parecia rotina. Mas ao 4º dia nada de Blackie, e claro que os miúdos comentaram.

 

-Talvez a gente a veja mais ao fim do dia. -disse eu a ver se os animava.

 

Pois se acham que os putos esquecem... esqueçam vocês! Aquelas memórias chegam a ser quase fotográficas, e por vezes referem certos acontecimentos de há dias atrás quase como se tivessem acabado de acontecer. Por isso não foi espanto quando, ao ir buscá-los à escola, a primeira coisa que a Pespineta perguntou foi:

 

-A Blackieee???

 

Lá tentei distraí-la, justificar que devia ter ido ao veterinário e devia voltar mais tarde. E desviei logo o assunto.

 

Estacionado o carro junto ao prédio oiço um grande grito histérico vindo do banco trás.

 

-Olha a mãe da Blackie!!!- dizia a Pespineta enquanto procurava pela menina Blackie...

 

Não pude deixar de sorrir, e atendendo ao amor que vejo que a senhora tem pela cadelinha, nem sequer fui capaz de corrigir. Simplesmente entrei no jogo e deixei-me levar por aquele momento.

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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