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O Regina da nossa infância...

por twin_mummy, em 28.01.17

Vou reafirmar algo que vai chocar muita gente, mas quero lá saber! Eu não gosto de chocolate!

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E também não gosto de azeitonas nem de caramelo, nem de... cerveja!

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Mas gosto de oferecer chocolates. E por isso (e pelos outros motivos acima mencionados) o co-irresponsável é o gajinho mais sortudo do Mundo!

 

E por isso esta edição especial da Regina veio mesmo a calhar. Foi a prenda de Natal dos mabecos para o papá, e andavam entusiasmados porque conseguiram ajudar a embrulhar e a guardar segredo durante quase um mês (sim, se procurarem à última da hora já não encontram nenhuma).

 

E isto é lindo! Tenho de dizer que mesmo esta gaja que não gosta de chocolate consegue viajar até à infância ao recordar a máquina dos furinhos que existia em cada taberna. Mesmo que não tivesse a quem dar -e escusam de se oferecer- acho que comprava só para olhar para aquilo.

 

Por isso, e porque os mabecos nesta coisa do chocolate sairam ao co-irresponsável, não consigo perceber como é que a esta altura do campeonato ainda resta um furo...

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Alentejo no seu melhor: Parte 2- O descanso

por twin_mummy, em 05.10.16

Não apenas por causa dos mais pequeninos, mas sobretudo aqui por causa dos 'velhotes' achei que seria boa ideia, depois da visita ao Badoca, ficarmos pelo Alentejo. Numa pesquisa belo booking.com descobri um destino de sonho, a poucos quilómetros do Parque que daria para os 5 adultos e 3 crianças (na altura estava a contar com o meu sobrinho mais velho), o que já de si não é fácil de encontrar, mas que também prometia mais do que um simples descanso. Inserido na natureza o Eco Suites Resort dá-nos o cenário idílico do Alentejo, mas com um toque de modernidade e luxo.

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Feitas as contas 160€ por uma noite para 8 pessoas não é assim tão caro, nós é que não ganhamos bem, e por isso o factor decisivo acabou mesmo por ser a minha mãe querer-nos dar esse miminho. A ela o meu eterno obrigado, e aqui fica a experiência imortalizada.

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Para começar a parte da reserva através do booking.com não tem muito que saber, mas convém reservar com muita antecedência pois a herdade não tem muitas vagas e a procura é grande. Como mais perto da data tinha algumas questões a colocar ao Resort decidi enviar um email. Basicamente queria saber, mesmo porque iriamos viajar com duas crianças de 5 anos, o que seria preciso levar em termos de roupa de cama/ banho e produtos de higiene e se pagariam pequeno almoço completo (o preço indicado era de 5€/ pessoa). Em relação ao pequeno almoço não tardaram a responder que pagariam apenas metade do valor, em relação à roupa não obtive resposta, mas decidi arriscar e levar apenas os resguardos de colchão, para alguma eventualidade, e os produtos de higiene. E acertei. Há toalhas e roupa de cama, mas não há produtos de higiene. Curiosamente há detergente, e por isso ficamos com a sensação que a loiça é mais mimada do que nós.

 

O que lhes falhou a nível de email compensou depois no telefonema que a colaboradora Joana fez quando ainda estavamos no Badoca. Relembrou a reserva, questionou a hora de entrada, ensinou-nos o caminho e colocou-se à disposição para qualquer escarecimento que fosse necessário.

 

Com ajuda da Joana o trajecto para o Eco Suites Resort foi facilitado. Bastava voltarmos para trás na IC33 e virar para Santa Cruz/ Ademas. Depois junto a Ademas haveria placas para o Eco Suites. Realmente havia uma placa à direita que, embora pequena, era visivel. A melhor referência que posso dar é que existe uma paragem de autocarro à esquerda, mas a partir daí em alguns cruzamentos ficámos na duvida, e quando em dúvida segue-se em frente, mesmo que seja terra batida.

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GOPR0910.JPGAo depararmos com as placas em madeira compreendemos estar no sítio certo, e na aventura achámos que dariamos com a casa e seguimos pela estrada do Eco Suites Resort. Estrada errada, mas um telefonema para a Joana e a voz simpática dela a pedir para aguardarmos um minuto que ela ia-nos buscar. E lá aparece o rosto com correspondência total à voz, num sorriso rasgado e um aceno para seguirmos o carro dela. Estranha-se o facto de não haver recepção, mas a verdade é que não é mesmo preciso pois a Joana parece quase omnipresente e aquele sorriso deixa-nos sempre bem dispostos. E lá vamos nós para a Eco House, seguindo o caminho da esquerda.

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À chegada a constatação que as fotografias no booking.com correspondem mesmo à realidade. À excepção da imagem que foi tirada do booking.com todas as outras fotos foram tiradas por nós e apresentam-se sem qualquer filtro. A casa é espaçosa e luxuosa, e a cor escarlate contrasta com a paisagem campestre alentejana, salpicada em tons de verde e castanho, e uma temperatura amena de final de verão, o que lhe confere um certo glamour. Mas a parte melhor é mesmo a sensação de espaço, o cheiro do campo e o silêncio, quebrado pelo chilrear dos pássaros. Nas traseiras da casa, com esta paisagem a preencher-nos o horizonte, saltava uma rã, indiferente às crianças que corriam e gritavam a cada metro percorrido. É isto que nos falta em Lisboa.

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Claro que a corrida para a piscina privativa da casa também foi inevitável. Valeu-me o co-irresponsável para eu não ter que me sentir um gelado numa arca frigorífica. Convinha explicarem à piscina que ela mora no Alentejo e que por isso se devia deixar de frescuras.

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A casa em si também é espaçosa. A entrada principal é pela cozinha, de onde depois se desce para a sala comum. Por toda a casa o moderno intercala com o antigo, numa conjugação perfeita. O mobiliário antigo está recuperado com gosto e torna a moradia em algo mais do que uma casa para alugar. Esta bancada antiga com torno foi muito invejada pelos elementos masculinos do grupo.

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Mas para mim e para a Patapon, que passou lá o tempo deitada a ler, a zona de eleição seria o estrado na sala, com nichos repletos de livros, a convidar à leitura.

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A cozinha com ilha, em painéis lacados vermelhos, acessórios inox e máquina de café à disposição dá-nos aquele impacto inicial de luxo. Vistas as coisas mais de perto nota-se que o interior dos armários já viu melhores dias, pois todos os que têm calhas apresentam ferrugem, e numa casa deste nível são pormenores que não deveriam ser descurados. Fica a sugestão de melhoria, pois é realmente uma pena.

 

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Outro ponto a melhorar é o facto do quarto que tem os 2 beliches (onde ficariam as crianças) precisar de protecção para os beliches de cima. Nem o meu sobrinho se sentiu com coragem de passar lá a noite, e por isso recorremos a uma solução simples que foi colocar um dos colchões superiores no chão, mas não seria necessário tanto caso as traves de protecção fossem colocadas. Um ponto muito positivo é que o quarto em si é espaçoso (e por isso não foi complicado encontrar um espaço para o colchão) e fica mesmo ao lado de uma das duas casas de banho da casa, o que lhes facilita as idas nocturnas à casa de banho, caso seja necessário.

 

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No corredor entre o quarto dos beliches e a suite (por onde há uma porta secundária de acesso à rua) mais um pormenor que nos deixa deliciados e orgulhosos de vivermos num País onde se fazem obras de arte com cortiça. O mini-cadeirão fez as delícias dos meus filhos, assim como o recanto com a estrutura em madeira, onde eles entravam e saiam como se de uma mini-casa se GOPR0276.JPGtratasse. E sim, embora por piada tenhamos aproveitado para tirar fotos com os miúdos lá trancados optámos por publicar a mais politicamente correcta. São estes pequenos detalhes que fazem toda a diferença.

 

Quanto à suite em si também é espaçosa e a casa de banho contígua é na minha opinião a melhor da casa já que tem espaço para algo luxuoso chamado toalheiro e comunicação para o exterior, facilitando assim a ventilação. Um extra que veio a calhar foi ter secador pois no Alentejo, mesmo em Outubro, os dias são quentes mas as noites tendem a ser sempre mais frias, e sabe bem andar de cabelo seco ao luar.

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E por falar em andar ao luar, o nosso quarto era o mais pertinho do céu. Para lhe aceder mais um dos apontamentos de estilo, a bela escadaria em madeira que partia de bem perto da lareira de duas faces (uma a dar para a sala de estar, outra para a sala de jantar). Como ainda sabia a verão não chegámos a experimentar, mas fica o desejo de regressar em dias mais frios, só para se estar sentado ao quentinho da lareira, a ver a lenha crepitar de ambas as faces.

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Lá em cima, como já seria de esperar, uma zona com o mesmo cuidado na decoração, e com o vão a dar-lhe aquele ar de casinha de bonecas. Claro que já sabiamos que a tarefa de não bater no tecto seria difícil, mas não demasiado para nos demover de ali pernoitar, e a verdade é que tirando a porcaria da trave manhosa que se encontra junto às escadas (e que ganha vida e se desloca de propósito ao nosso encontro quando vamos a descer), não foi assim tão complicado.

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Depois de nos termos instalado decidimos seguir o conselho da Joana e ir ao restaurante Monte da Vinha, em Ademas. Não há nada que enganar pois é o único e fica logo a seguir a uma curva apertada. Dado o alerta que o serviço era demorado decidimos ir cedo, logo a seguir a um banho quentinho que nos soube pela vida depois da ida à piscina. Não há fotografias do restaurante nem da comida porque com a ânsia de matar a fome ninguém se lembrou de documentar o momento, mas recomenda-se. O serviço não é tão demorado quanto isso e a comida é saborosa e farta. Assim que a palavra 'enguias' foi pronunciada a Patapon não se calou mais até ter à frente dela uma travessa das ditas, fritinhas. E eu, como mãe esmerada, tive que me sujeitar à tortura de a dividir com ela. O resto da malta comeu secretos de porco preto e carne de porco à portuguesa, tudo muito bem confeccionado. Com bebidas e sobremesas incluidas (e os meus putos a comerem como adultos) não chegou a 10€ por pessoa. 

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Regresso à Eco House e o cenário é este, já com o cair da noite e a brisa exterior a pedir uns momentos de descontracção na sala de estar. Tempo pra ler um livro, ver televisão, ou simplesmente esticarmo-nos no convidativo sofá. Depois de um dia a calcorrear o Badoca Safari Park soube muito bem este descanso.

 

E assim é o amanhecer através da janela mais catita do Alentejo. Esta é a vista do telhado da Eco House para o lado das Eco Suites, onde iriamos mais tarde.

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GOPR0284.JPGAcordar no campo tem outro gosto quando olhamos pela janela e vemos perdizes a debicar a terra, a cerca de 10 metros da moradia, por baixo das figueiras e macieiras que abundam no terreno em frente à casa. O silêncio é interrompido pelo chilrear dos pássaros que nos convidam a sair. No jardim, o cheiro a ervas aromáticas deixa-nos enebriados à espera do pequeno almoço que infelizmente tarda em chegar. 

 

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Talvez por isso e com as árvores ali tão perto a tentação aperta, e não resistimos a 'ir à chincha' com os miúdos. Comer figos ao despertar não era o que tinhamos em mente, mas soube muito bem já que o pequeno almoço só é servido a partir das 9 e ninguém estava com vontade de se encharcar em bolachas. Por isso fica aqui a confissão pública de que sim, fomos aos figos. Fica-nos a doer o coração de ver que as árvores de fruto estão um pouco deixadas ao abandono. Seria com certeza uma mais valia para a herdade poder oferecer estes momentos de contacto com a natureza aos visitantes. Não é todos os dias que miúdos da cidade têm a oportunidade de apanhar frutos da árvore, e por isso fica mais uma sugestão e nosso obrigado pelo petisco inesperado.

 

peq almoco.jpgQuanto ao pequeno almoço valeu a espera, sim. Vários pares de olhos esfomeados perscrutavam o horizonte quando o carro chegou. Pela porta da cozinha surgia um cesto em verga cheio de coisas boas e foi servido em quantidade generosa. Pão quentinho, leite, sumos e fruta, estava tudo delicioso. Pena terem optado pelos doces de compra e não por produtos regionais e teria sido 5 estrelas. Assim fica pelas 4 e meia, quase a tocar nas 5 por ter chegado na altura certa e por ser muito ansiado.

 

Depois de retemperadas as forças, toalhas ao ombro e lá vamos a caminho das piscinas das Eco Suites. Estas são piscinas comuns mas vale a pena o trajecto, quanto mais não seja pela beleza que nos espera. O caminho ainda é longo mas preferimos ir a pé para poder saborear cada momento.

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Confesso ter ficado com alguma curiosidade de ver como seriam as Eco Suites por dentro, e embora sejam bastante mais pequenas que a Eco House alugar várias também me pareceu uma opção viável para quem tenha filhos maiores ou queira passar um fim de semana diferente entre amigos.

 

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Uns metros à frente e o cenário é indescritível. Ficam as imagens da infinity pool e da piscina biológica, onde me deliciei a tirar fotos às rãs.

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Este é mais um dos casos em que as imagens deverão valer por 1000 palavras. E assim vos deixo a pensar na terceira parte da aventura, de olhos no horizonte alentejano. 

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Pespineta vs Co-(ir)responsável

por twin_mummy, em 30.08.14

Conversa entre a Patapon e o pai aqui há dias (não faço ideia de que estavam a falar, mas ao passar pela sala oiço o co-(ir)responsável dizer em tom sério:

 

-Eu é que sei!

 

Resposta pronta da Pespineta, que ainda está a meses de fazer 4 anos:

 

-Não sabes nada, pai! Tu achas é que sabes!!

 

E pronto... lá tive eu de me afastar enquanto tentava conter o riso, e ia pensando para mim que devia ter-lhe dado o nome de Mafalda...

 

Patapon, a Generosa

por twin_mummy, em 20.04.14

 

O co-irresponsável anda numa daquelas fases de adolescência em que mais valia trancá-lo no armário até que passasse. Mas infelizmente acho que se tentasse o armário ficaria sem porta em menos de 1 minuto e por isso ando a ver se, com jeitinho, o consigo demover de comprar mais uma mota.

 

Acontece que comigo a trabalhar ele aproveita cada instante para tentar ganhar mais dois aliados para a causa e por isso andou de volta da Patapon nos últimos dias, meio a choramingar que queria a mota e que não tinha dinheiro.

 

-Mas eu tenho dinheiro no meu porquinho, pai. Eu dou-te as moedas. -respondia a miúda de coração derretido.

-Ohhh, filha... as tuas moedas não chegam que a mota é muito cara. -choramingava ele.

-Então tira as do mano! 

Regras para Mabecos

por twin_mummy, em 22.03.14

Como eu agora me levanto a horas impronunciáveis quem leva os miúdos à escola é o co-irresponsável. Confesso que de início fiquei um pouco apreensiva mas ele está a conseguir domá-los controlá-los melhor que eu. Pelo que já percebi aqui de manhã é regime militar, porque no fundo o pai continua a ter horas para entrar, e eles até acham piada. E segundo o que ele me diz é a única forma de sobreviver a dois mabecos irrequietos de 3 anos.

 

Por exemplo em relação ao pequeno almoço, em vez de lhes dar à escolha -como aqui a parva faz- ele simplesmente decide por eles e coloca-lhes a comida à frente com ar sério. O resultado? Comem tudo, rápido, sem brigas, sem discussões.

 

Pois na sexta, como estava de folga, calhou-me a mim levá-los à escola. Até me deu vontade de rir quando começaram a fazer exigências para o pequeno almoço, e a mudar de ideias 5 minutos depois. Mas lá conseguimos despachar-nos.

 

Chega a recta final do calçar e vestir casacos e eu pego nas botas e vou para a sala para conseguir manter a vigilância deles (quem tem gémeos ou 2 de idades semelhantes sabe que é sempre nestes momentos que eles decidem engalfinhar-se). Vira-se então a Patapon com ar admirado:

 

- O pai deixa-te calçar as botas na sala? Como é que podes calçar na sala!!!???? A mim diz que é no quarto...

Filho de peixe...

por twin_mummy, em 16.02.14

Hoje tivemos a visita de um amigo do co-irresponsável que queria substituir umas peças na mota e veio até cá. Não é que a oficina seja grande mas dá-se sempre um jeito para ajudar os amigos, e para mim é um pouco de silêncio que ganho quando os homens semi-crescidos vão brincar com as motinhas.

 

Nisto os mabecos chegam de casa da avó e perguntam pelo pai. Ainda pensei se seria melhor esperar que ele subisse, mas depois resolvi arriscar e levá-los à garagem, sempre a dar a chazada de que deveriam portar-se bem.

 

Pois contra todas as expectativas portaram-se magistralmente bem, e por entre muitas perguntas e correrias lá puseram dois homens semi-crescidos a rir ao entregarem-lhes bolachas com os Angry Birds estampados directamente naquelas mãos impregnadas de óleo.

 

Como se aproximava a hora do jantar disse para se despedirem do amigo do pai e me seguirem.

 

-A mota está estragada, pois está? -indagava o Pandinha tentando ganhar tempo.

-Sim, está estragada e o papá está a ajudar a arranjar. Mas sobe com a mamã que eu já vou lá ter. -respondia o co-irresponsável.

-Maaaasssss... eu quero andar nela!

 

{#emotions_dlg.sidemouth}

 

E pronto... lá passámos os minutos seguintes a tentar argumentar com um puto de 3 anos de que a mota talvez fosse ligeiramente grande e pesada para ele.

Pais da tanga: Os ninjas

por twin_mummy, em 19.12.13

Estava eu a fazer o jantar e da sala vinha uma gritaria de tal forma estridente que quase espetava um garfo numa mão só para acabar com a dor. E nisto o silêncio. Curiosa como sou, segui sorrateiramente pelo corredor para constatar -para minha completa admiração- que estavam na mesma a falar mas num tom quase inaudível. Ao olhar de forma inquiridora para o co-irresponsável ele apenas explicou:

 

-Estamos a brincar aos ninjas, e os ninjas não fazem barulho... falam baixinho!

 

Oh, porra! Como é que eu ainda não me tinha lembrado disso antes??

(De)corações de Natal...

por twin_mummy, em 10.12.13

Resolvi aceitar o desafio 'inspira-me' do sapo e dar-vos a conhecer as nossas (de)corações de Natal, e assim as chamo porque todas elas nos tocam de alguma forma ao coração. Depois de mais uma semana sozinha com os mabecos, seguida de uma semana complicada de constipações e noites mal dormidas, a energia para tratarmos das decorações de Natal não era muita. Por isso confesso que adiei um pouco as coisas, mesmo porque queria que os mabecos fossem parte activa no processo, mas isso requer um grande controle a paciência da nossa parte e, enfim... perdoem-me se sou apenas humana.

 

Acontece que se muitas pessoas com crianças (hoje em dia é cada vez mais prudente não dizer 'casais') foram praticamente forçadas a colocar as decorações em Novembro (ou mesmo em Outubro, como confessou uma prima nossa no fim de semana passado), a maioria colocou no dia 1 de Dezembro, pelo que para nós começava a ser complicado gerir o entusiasmo dos miúdos. Perante a triste exclamação da Patapon ao ver a porta da vizinha da frente enfeitada:

-Olha, mãe! Ali já é Natal! 

e tendo em conta que ultimamente o Pai Natal é uma constante das nossas conversas (a maior parte das vezes para fazer chantagem com eles e assim convencê-los de forma 'pedagógica' a portarem-se bem, mas isso também não vem ao caso...), entendemos que não havia de passar deste fim de semana. 

 

Como a casa é pequena sempre tivemos uma árvore à medida, porque no fundo o que importa é o espírito, certo? Para evitar também grandes elaborações e acumulação de pó (viva as alergias!) recorriamos por isso a uma pequena árvore com galhos entrelaçados, pintada de dourado, a fazer pendent com a estrela que colocávamos na porta. Este ano, por iniciativa do co-irresponsável, metemos mão à obra com os miúdos e resolvemos fazer uma nova árvore. Com 2 folhas de cartão, lápis de cor, e uns tubos com gel e purpurina colorida, não poderiamos ter ficado mais orgulhosos do resultado.

 

 

De resto a estrela da porta permaneceu, e colocada em família como nos anos anteriores. Começa a ser uma tradição que eu espero que se mantenha por muitos anos (nem que tenha de os subornar!).

 

 

Persistem também as decorações que adquirimos quando remodelámos a sala e que combinam com a escandalosa parede vermelha (aproveito para dar um recadinho ao pintor que andou a sugerir salmão... não, ainda não estamos fartos!), e que no fundo nos recordam tudo o que passámos desde que estamos juntos (nunca se metam em obras!).

 

 

E a fada (ou duende ou lá o que quiseram chamar) que comprámos para 'o bebé' numa feira de artesanato quando descobrimos que estava grávida, mas longe de saber que seria de gémeos. Devia ter desconfiado ao ver que no cestinho ela traz mais que uma pinha...

 

 

Depois temos alguns apontamentos simples espalhados pela casa, como estas árvores de Natal que foram herança das decorações dos meus tempos de solteira (será muito mau dizer... que saudades?? hmmm...).

 

 

Temos as usuais luzes para não destoar dos outros lares portugueses e que tão bem conjugam com as edições especiais do Homem de Ferro e dos meus queridos Watchmen (este gosto das edições especiais é felizmente um dos muitos partilhado com o co-irresponsável).

 

 

Novidade das novidades, este ano uma excelente aquisição, na IKEA, por apenas 3,99€. Tem a grande vantagem de funcionar a pilhas, e graças às ventosas dá este efeito especial ao espelho da casa de banho. A desvantagem é que de vez em quando se solta uma ventosa e quando isso acontece à nossa passagem é difícil conter os gritinhos histéricos.

 

 

Gostava também de vos mostrar o Pai Natal e o boneco de neve que os pequeninos trouxeram do berçário no nosso primeiro natal em família, mas os bonecos são tão patuscos que eles ainda não os largaram, e até dormem com eles. E assim fica concluida a 'tour cá por casa.

 

Com isto até achámos que estava giro, simples e original. Até vermos a árvore dos nossos amigos Tiago e Alice. Graças à minha completa ignorância em relação às novas tecnologias (e por novas quero dizer desde o tempo do VHS até ao presente), não consigo carregar o vídeo, mas acreditem em mim que o efeito das luzes a passarem pelas rodas é sublime, pois dá uma sensação de movimento incomparável a qualquer outra 'árvore'. 

 

A eles os meus parabéns pela originalidade e o desejo de que para os próximos anos, com a chegada do novo elemento da família, nos consigam continuar a surpreender... a 3!

 

E a todos vocês que por aqui andam, mais comunicativos ou mais envergonhados, votos de um Natal muito inspirado!!

Sensibilidade masculina...

por twin_mummy, em 26.11.13

Mais uma vez tenho o co-irresponsável ausente. Aguenta-se conforme se pode, com ajudas pontuais de uma e outra avó, e com muita técnica e jogo de cintura adquirido durante estes quase 3 anos de convivência com os mabecos. Quando o pai partiu trocaram um beijo por cada dia de ausência, que depois guardaram nos respectivos bolsos. Assim podem ir lá buscá-los quando as saudades apertam. A questão é que por norma apertam quando eu estou sozinha com eles...

 

São agora 21h00 e eu estou morta de cansaço e fome. Está um franguinho assado no forno à minha espera. Tenho a princesa a chorar com saudades do pai, e o mini-co-irresponsável a chorar porque não quer que pintem o prédio do lado. A sensibilidade deve-a ter deixado cair na banheira, onde esteve a tapar os olhos do sapinho enquanto eu dava banho a ambos...

{#emotions_dlg.nostalgic}

Personalidade

por twin_mummy, em 18.10.13

É extraordinário constatar que os mabequinhos já estão com uma personalidade tão vincada que em vez de dizerem o que a gente 'sugere' já pensam pelas próprias cabecinhas. Ora bolas!


 Confesso que estou ansiosa com o Halloween pois se já o celebrávamos antes com uma jantarada temática entre amigos, desde o primeiro aninho de vida deles que temos uma boa desculpa para nos mascararmos a rigor e incomodar os vizinhos.

 

No primeiro ano fomos com os gémeos ainda pelo colo a entregar doces e a avisar que no ano seguinte voltariamos a fazer a ronda mas para os pedir, e se bem que muitos dos vizinhos não esqueceram e até arranjaram doces propositadamente para o evento, outros houve que simplesmente devolveram os rebuçados do ano anterior... mas conta o espírito, certo? E nesse aspecto a adesão foi tanta que até tivemos alguns vizinhos a queixarem-se de não termos feito a investida nas suas casas (fomos apenas àquelas em que conheciamos bem as pessoas).

 

Por isso este ano fiquem atentos pois iremos bater a todas as portas (quem sabe também à vossa!!), e se bem que ainda faltam uns dias, como nestas coisas que envolvam crianças e fatos convém planear tudo com antecedência (e mesmo assim de certeza que irá sempre faltar alguma coisa) já começámos com os preparativos. Ainda há dias experimentámos os fatinhos de esqueleto que eu comprei no ano passado nos saldos. Uma dobrinha no fundo das calças e estão impecáveis e têm a grande vantagem de se poderem vestir por cima do pijaminha caso a noite esteja mais fria.

 

Entretanto ontem, nem eu sei bem porquê pois tinha ido à cozinha uns minutos antes, dou com o co-irresponsável a comentar com a Pespineta como vai ser giro brincarmos ao Halloween. Nisto entro eu na sala e digo:

 

-Não se esqueçam que têm de pedir 'Doçura ou travessura'.

 

E responde a Pespineta com voz profunda de Dark Black Metal (correcção feita e as minhas desculpas, mas àquela hora da matina e da maneira como estou hoje soou bem), a fazer-me lembrar os meus carissimos Moonspell:

 

-NÃO! Vou dizer 'Sou um esqueleto maaaaaauuuuuu! Dêem doces!!'

{#emotions_dlg.skull}

 

E já agora, no espírito Moonspell fica uma sugestão musical para hoje: Luna. A quem conhece é bom para recordar que além de pais ainda somos...gente; a quem não conhece... Shame on you!! Do melhor que se faz em Portugal...

http://www.youtube.com/watch?v=A0c5-9wgma8

Efeitos do álcool

por twin_mummy, em 04.09.13

Na semana passada a minha bebé teve oportunidade de experimentar os efeitos do álcool. E não, não é preciso assustarem-se nem chamarem a PSP e a Protecção de menores...

 

Pois estavamos no pátio a andar de triciclo quando o Pandinha começou -como é hábito- a disparatar. E como para ele dizer 'Não' parece ser um incentivo à anarquia, o co-irresponsável prontamente pegou nele e, segurando pelas axilas, o rodopiou no ar, até o puto deixar de se lembrar o que é que estava a fazer. Quando estão juntos este tipo de brincadeiras 'de gajo' é frequente entre eles, e a Patapon costuma por-se ao largo para não levar com as patadas. Mas desta vez... vá-se lá saber porquê... decidiu que também queria, e foi a correr pedir ao pai para lhe fazer o mesmo.

 

Cerca de 4 ou 5 voltas depois, quando o papá a poisou no chão, vejo-a a cambalear e, com um ar completamente trôpego e atabalhoado exclama:

{#emotions_dlg.amazed}

-Ohhhhhhh!! O que é istoooooo???

 

Claro que aproveitei logo a deixa para avisar que esperava que ela só voltasse a ter aquela sensação daqui a muitos, muitos anos... e à socapa passámos o resto da tarde a gozar com a miúda... Maus pais! Maus pais!

Más influências...

por twin_mummy, em 27.08.13

Decididamente o co-irresponsável é uma má influência já que os miudos, apesar do calor que se faz sentir, acabaram de praticamente me obrigar a vestir-lhes os casacos impermeáveis e, de capacete em riste (leia-se baldes dos doces de Halloween), dizem que vão para o trabalho de mota. E eu...alego o quê? Que está demasiado calor?? Com o belo exemplo que saiu esta manhã aqui de casa... contra factos nem tenho argumentos...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acho que vou também vestir um casaquinho...

(In)experiência: o esterilizador

por twin_mummy, em 22.05.13
Definição de esterilizador:
esterilizador |ô| 
adj. s. m.
1. Que ou aquele que esteriliza.
2. Aparelho para proceder à esterilização.

Sim. Como tinhamos N biberons e acessórios para esterilizar, e andar a ferver coisas não só não é prático (sobretudo a meio da noite garanto-vos que não é nada prático) como não é seguro (acreditem que quando se tem de alimentar os bichos de 3 em 3h de noite e dia não é nada seguro dado o estado zombie em que se fica), optámos por um esterilizador de microondas da Chicco que dá para 7 biberons mais extras. Funcionamento simples... põe-se água no fundo até à medida indicada, mete-se no microondas em potência máxima a 8 minutos e pufffff

Agora experimentem lá isto depois de 2 ou 3 meses a tentar sobreviver a gémeos e logo após terem estado a gratinar umas beringelas recheadas no grill. Dá nisto...

PS1: não, não fui eu mas só por acaso. Foi o co-(ir)responsável que disse 'Deixa lá que eu trato disso'
PS2: Grata aos centros comerciais por estarem abertos até tarde
PS3: ui!!! Já não sei o que é uma PS3 há meses...

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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