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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
O meu puto tem umas mãos gigantes! Eh, pá... tem! Já em recém nascido assim era e talvez por isso com menos de um aninho já ele pegava correctamente nos lápis e mostrava um controle motor acima da idade. Por isso as ganfas até dão jeito. A questão é que aliado a isso tem também uma maneira peculiar de comer e nós na brincadeira dizemos muitas vezes que parece um esquilo.
Acontece que hoje estavam a comer cereais frente a frente. Ela com leite, ele com o leite à parte, como costuma fazer. E por isso, ela com a colher, ele com as mãos.
Nisto a Pespineta fica parada no tempo a olhar em frente e de repente exclama:
-Temos de comprar bolotas!
-Bolotas para quê, filha? -pergunto eu.
-Para o mano. Parece mesmo um esquilo! Olha para isto! Agora vais deixar de ser o meu irmão. Como pareces um esquilo passas a ser o meu estimação*.
A quem achar que é exagero, ora veja...
*para quem não percebe a referência, veja o filme 'Croods'
Sim, eu sei que criança que é criança gosta de ter um animal de estimação (ou ''um estimação'' como dizem no filme Croods, que recomendo vivamente para crianças e adultos) e eu também os tive. Mas eu vivia num apartamento com uma enorme varanda e a minha irmã é mais velha 8 anos. Ter um animal num apartamento minúsculo sem varanda a conviver com gémeos de 4 anos é suicídio. Para ele e para nós. E por isso nem toco no assunto. No entanto o assunto é inevitável pois convivemos com muita gente que os tem.
Aqui há dias, assim do nada, diz-me a Patapon:
-Podemos ter um gato, mãe?
-Não filha. Não podemos ter um gato porque não temos muito espaço para ter animais e porque como vivemos num andar muito alto tenho medo que o gato vá para a janela e caia. Sabes a Nikki? A Nikki era a gata da mamã e quando a mãe veio viver para aqui ela ia para o lado de fora da janela. Por isso é que a mamã a mandou para casa da avó. Ela lá vive mas feliz, não achas?
-Mas... eu podia tomar conta.
-Pois... então e ela arranhar os sofás, os bonecos? Ter de se trocar o caixote?
-Hmm... pois... dá trabalho, não é?
-Sim filha. É isso que quero que percebas. Não é só querermos... temos de ter condições para os ter, tempo, paciência...
-Pois... tens razão!
(pausa de 2 ou 3 minutos)
-Então podemos ter um cão??
-Para um cão ainda menos espaço há, querida. E tem de se levar à rua, ao veterinário...
(pausa de mais uns minutos e eu vou dedicar-me às tarefas domésticas)
-Mãeeee!! -chama ela.
-Sim??
-Então e um leão??
...