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Eclipse lunar

por twin_mummy, em 28.07.18

rabisco.jpg

 

Acordo hoje e há um autêntico boom nas redes sociais àcerca do eclipse lunar.

 

E penso eu... o que é que aconteceu enquanto eu estava a dormir? E agora estou chateada, pronto!

 

Acho indecente por não me terem avisado e sobretudo por terem começado o espectáculo sem mim. Mas sobretudo, fico chocada por saber que o mundo continua a existir quando eu fecho os olhos.

 

Gostava de ilustrar este meu desabafo fom uma foto da lua gorducha e vermelha trincada por uma qualquer sombra extra-planetária, mas não posso! Por isso ilustro com um rabisco de decontentamento. Bah!

Dose diária paciência

por twin_mummy, em 26.10.13

Aqui há tempos, num daqueles momentos em que achamos que os miúdos parecem ter tirado o dia para nos infernizar a vida, o co-irresponsável queixava-se por já não saber o que fazer, e que já teria esgotado a paciência. Acabámos por ter (bem depois deles se terem ido deitar e de termos conseguido recuperar neurónios suficientes para voltar a falar) uma daquelas conversas mais filosóficas em que introduzimos o conceito da 'dose diária de paciência'. 


A teoria é simples... imaginem como que uma caixa onde cabem todas aquelas respostas 'Que giro, amor' que vociferamos entre-dentes quando deparamos com o Pandinha a fazer obras de arte na parede, ou quando percebemos que a Patapon, ao tentar comer sozinha, parece ter rebentado com uma bomba no prato da comida e espalhado quase todo o conteúdo no metro quadrado que a circunda, num chão acabadinho de lavar. Ora a caixa tem um limite. Podem caber lá 10 frases fofuxas, 20 inspirações profundas, e 40 desviar de olhos, ou até mesmo o dobro destas doses, mas haverá um ponto a partir do qual já não haverá conteúdo na caixa, e acabamos por explodir, ou implodir... sei lá!

 

E por muito conteúdo que haja, por muito treino e preparação para termos uma graaaaaande caixa, acreditem que quando se tem gémeos na fase dos 2 anos (os famosos 'terrible two') aquilo esgota-se num instante.

 

Acontece que quando somos mães parece que a tal caixa se torna quase ilimitada. Não é que por vezes não acabe por perder a paciência mas isso ocorre bem mais ocasionalmente do que eu pensava alguma vez ser possível. Acho que nestes quase 3 anos de convívio com os mabecos deve ter acontecido umas 5 ou 6 vezes. E como se consegue isto? Não sei... Mas dou por mim às vezes, no meio do caos, com os gémeos a gritarem um com o outro e a morderem-se, a sussurrar: 'Pronto, pronto! Vamos lá falar um pouco.' E juro que nao me reconheço. Onde está a Miss Impulsiva? Onde está aquela pessoa que nunca teve paciência para estar horas a fio na mesma actividade, quando acabo por ficar uma eternidade a brincar com legos ou a ser vítima dos penteados deles?


O co-irresponsável tem momentos. Tem momentos em que consegue e acaba por me salvar, e outros em que parece ficar vermelho como os desenhos animados. E eu nem me posso queixar porque ele avisa: 'Tenho que sair', e vai quanto mais não seja para o wc. É uma sublimação engraçada esta, em que a cumplicidade que desenvolvemos ao longo destes 18 anos (daasssssss) acaba por se reflectir nas palavras que não necessitam ser proferidas. Sei, quando ele diz isto, que está no limite, e que precisa de respirar.


As quantidades monumentais de fraldas que se gastam cá por casa também lhe dão uma desculpa muito válida para ir à rua. E eu percebo-o. Filho único, sempre brincou sozinho a fazer diálogos de um tropinha para outro (claro que já desconfiei disso, mas ainda não tenho provas que seja esquizofrénico), que sempre foi mimado pela titi, pela mamã, pela vovó... e agora vê-se com dois mabecos que até lhe roubam os 'brinquedos' dele, que sujam, dessarrumam, gritam e barafustam, e quebram aquele silêncio que ele tanto valoriza. Muito equilibrado anda ele... lol

 

E eu? Eu tenho uma mana mais velha. Ela torturava-me com as brincadeiras das mercearias em que ela era sempre a dona 'Ou não brinco contigo'. Nunca soube o que era estar sozinha até ir para a faculdade. E bem que gostei desse tempo, e bem que por vezes sinto também necessidade de fugir, e saudades do silêncio, mas quando eles estão presentes juro que já tentei, mas não consigo. Porque por muito que o papá tente reconfortar... faz-me lembrar aquela série infantil 'Os Dinossauros' (sim... fazendo a analogia e a piadinha barata eu sou desse tempo dos dinossauros) em que quando o pai se tentava aproximar do bebé levava sempre com uma frigideira na cabeça e a explicação 'Tu não és a mamã!'.


Claro que não é uma questão de falta de confiança, e já os tenho deixado sozinhos com o pai. Também com a minha sogra chegam a passar fins de semana e uns dias de férias. Mas durante todo esse tempo o espírito não descansa. Se eu não estou por perto e me ligam imagino logo o cenário mais tenebroso e que irei ser apedrejada por não ter estado presente. Mas a verdade é que eles também gostam de estar sem a mamã, e eu terei de encarar isso com naturalidade. Por vezes nem querem falar comigo ao telefone, estes sacanas!!

 

Não... no meio de tudo isto percebo que, para mim, o pior não é ter a dose diária de paciência suficiente para as 24h, mesmo porque eu tenho uma técnica bem desenvolvida no sentido de os fazer dormir pelo menos metade desse tempo, o que facilita muito no doseamento. O problema maior é a 'dose diária de energia', que no meu caso confesso que anda sempre no limite. E mesmo assim, quando achamos que vai acabar, e que temporáriamente culmina com um cair para o sofá a babar-me cerca das 21h30, renasce a qualquer choro ou mesmo sussurro vindo do quarto dos mabecos. Como é que isto é possível?


E já agora... alguém me explica como é que se consegue desviar este automatismo para as tarefas domésticas? Estilo... cerca das 3h00 da matina acordar electrizado para ir passar a ferro ou limpar o chão? Isso dava cá um jeito!!

EXIGÊNCIAS

por twin_mummy, em 01.07.13

Numa noite como tantas outras, à hora de deitar, e assim que sento as nalgas no sofá pela enésima vez, ouve-se a mabeca:

-Mamã, mamã! Tenho chichi!

-Querida... a mamã mudou-te a fralda há menos de 5min. Não podes ter assim tanto chichi...

-Eu também tenho chichi!- alega o Pandinha.

-A mamã vai então ver quem tem chichi...

(ele tinha mas pouco e ela nem isso)

-Princesa...tu ACHAS que tens chichi, mas não tens. A fralda está seca. A mãe vai trocar a do mano e depois quero os dois calados, que está na hora de dormir e cheira-me a aldrabice vossa...

 

Ela cala-se então por um pouco enquanto eu troco a fralda dele e nisto regressa à carga:

-Mamããããã!! Tem chichi, tem!

-Querida...eu já vi e não tem!!

-Mas eu não posso ficar assim cheeeeeeeeeeia de chichi. Depois não dorme!

 

(e lá troquei eu mais uma fralda....)

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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