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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Como os putos andam agora a interessar-se mais por filmes que não sejam de desenhos animados iniciámos uma maratona de clássicos. A abrir as hostilidades vimos a saga do Star Wars.
A dada altura a princesa Leia e o Han Solo começam a aproximar-se, olhos nos olhos. Diz a minha filha de rompante:
-Não! Não me digas que se vão beijar na boca!
(eles beijam-se na boca)
-Ohhhh! Viste aquilo, mãe? Eles beijaram-se na boca e nem são casados!!
Juro que ainda pensei se lhe deveria dizer a verdade, mas por entre risos contidos meus e do pai lá lhe respondi:
-Lembra-te disso daqui a uns anos, filha...
Como costumo sempre dizer dia do pai, da mãe, da mulher ou mesmo o Natal deveria ser todos os dias. E é nesse sentido que educo os meus filhos, a dar valor à família, à vida, e às pessoas que os querem bem sempre. Mas mesmo assim não poderia deixar de hoje fazer a devida homenagem aos pais. E digo no plural porque não pretendo fazer apenas ao meu mas a todos aqueles que fazem por merecer tal título. Sejam eles pais de sangue ou de coração.
Àquele que me ensinou a andar de bicicleta mas também a usar um canivete, que me embalou nos braços noite fora quando eu estava com otite, que me massajava os pés à noite, até eu adormecer... não há palavras para explicar o quanto te adoro. Obrigada por veres mais além e não me limitares ao papel que a sociedade nos parece tentar vergar. Sou e sempre serei o teu 'João' e tomara eu que ainda tivesses saúde para me levar à caça.
Ao meu avô Chico, por todos aqueles passeios de eléctrico que nunca esquecerei e pelas mihentas vezes que me proporcionou ver filmes de cowboys confortavemente instalada nos camarotes do Odeon. Para onde quer que a bruma te tenha levado, espero que continues a assistir aos combates de Wrestling e que estes ainda façam cair aquela tua fachada militar. Porque é a sorrir assim que ainda me recordo de ti.
Ao meu sogro, que nem pai chegou a ser, mas que quis o destino viesse a tornar-se avô. Que não haja qualquer dúvida que não é o sangue que nos une mas o coração, e que é um segundo pai que os meus filhos vêem nele. Por ser o avô mais babado e criançolas que conheço e por ser também como um pai para o pai dos meus filhos... obrigado!
E como não poderia deixar de ser, àquele pai que me permitiu ser mãe. Que sejas sempre o herói dos teus filhos, o mestre, o exemplo, mas sobretudo... que nunca esqueças aquele lado doce que te deixa de sorriso rasgado e ar de puto, a rebolar com eles no chão.
De um modo geral, a todos os homens da minha vida, que de uma forma ou outra se cruzaram no meu caminho, e a quem alguém tem o orgulho de chamar pai. Que sejam sempre bons pais e nunca se esqueçam o que é ser filho. Nenhum dos dois papéis é fácil, mas existem as mães, as filhas e as irmãs para ajudar... ahahah!
Cada vez mais chego à conclusão que há um circo instalado cá em casa.
Temos um panda gigante de peluche que deram aos miúdos no Natal do ano passado e que eles insistem em montar e saltar em cima dele. Mas nem sequer é à vez... Deitaram-no de barriga para baixo, ela sentou-se na cabeça e ele no rabo do dito animal. E ora saltava um, ora saltava outro, sendo que cada vez que um deles o fazia o outro quase era atirado para fora com o impulso. Claro que sobra para a mamã já que tive que estar de ama seca a agarrar-lhes as camisolas não fosse um ser atirado para fora. Admito que possa ser excesso de zelo mas com o que aconteceu recentemente ao Pandinha, hoje em dia temo tudo.
Ao fim de mais de meia hora neste suplício eis senão quando o Sr. Pandinha decide que já chegava e que estava na hora das cambalhotas...e pronto...mais trabalho para a mamã.
E seguiram-se desfiles de óculos escuros pela casa, cantorias, etc.
Mas o meu dia estaria longe de estar acabado. Quando tento respirar de alívio e peço ao papá para tomar um pouco conta deles para eu ir aquecer o leite eis que oiço a maior das risotas dos últimos meses e ao voltar à sala deparo com um cenário que faria esfregar as mãos a qualquer assistente social...
O Pandinha descobriu as trelas de pulso que eu comprei no ano passado quando tinha que os levar sozinha ao berçário que ficava numa avenida muito movimentada, e andava intrigado com aquilo (isto é a versão do pai que jura que a ideia não partiu dele). Vai daí pediu ao pai para por e claro que o pai, adulto como é, resolveu por as duas (uma em cada pulso) e andarem a brincar às marionetas.
Agora imaginem a minha cara quando vi o miudo quase a esborrachar-se a rir, de trelas no pulso, com o pai a movimentar-lhe os braços à vez. E para ajudar à festa tinha a Patapon a gritar 'Também quer!! Também quer!!'
Bem me parecia que eu tinha 3 filhos... e que no fundo andam todos a treinar para o circo.
Mas por favor... eu não faço parte dele, ok???