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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Adoramos ir ao Peter Café! Efectivamente é uma das nossas fugas preferidas desde que foi inaugurado por altura da Expo'98. Não tendo o glamour inerente à casa mae, situada no Faial, confesso que cada vez que lá vou é sempre com a secreta esperança de, pelo meio de um temporal, emergir um qualquer Capitão Iglo seguido da sua tripulação, e ali ancorar até que a borrasca passe.
Mas o Peter's Café da Expo acaba por se situar demasiadamente longe das marinas que parecem agora emergir que nem cogumelos pelas imediações de Lisboa. E talvez por isso não haja por ali mais marinheiros. E talvez por causa da crise não haja por ali mais pessoas.
Confesso que já há muito que não iamos lá e que foi triste perceber que o outrora apinhado Peter's parece agora quase abandonado. Das últimas vezes que lá fomos havia no máximo 2 mesas ocupadas, um cenário muito diferente do que se nos deparava aqui há anos quando, muitas vezes, só arranjávamos mesa no andar superior. Mas nao pensem que é do Peter's em si. Toda aquela linha de bares parece quase abandonada, e é triste.
É triste porque sao postos de trabalho que estao (se calhar) em causa, é triste porque é parte da cidade em que eu sempre vivi e que tanto adoro, e é triste porque numa zona supostamente nobre, trasmite uma imagem um pouco decadente a quem nos visita. Mas e daí... se calhar é este o estado do país... e nós é que nem sempre vemos...
Enfim... e desculpem-me este aparte... é bom perceber que nada mudou a nível da comida. A tosta açoreana com a deliciosa linguiça dos Açores continua a deixar-me saciada, e o Gin do Mar, tão apreciado pelo co-irresponsável, continua a encher-lhe as medidas.
O resto dos pratos? Nem sei bem. É raro pedirmos outra coisa mas tudo o que vemos passar para as mesas vizinhas tem um aspecto delicioso. Os preços são acessíveis e quando comparados com outros locais da moda são até muito mais baratos, tendo também em conta a qualidade.
Quanto ao atendimento também nada a apontar. Nem de extraordinariamente bom nem de mau. São simpáticos qb, eficientes, e despedem-se com um sorriso no rosto.
O ambiente em si é agradável, e a decoração com motivos náuticos e bandeiras assinadas por tripulantes que por ali (ou pelo Faial) passaram confere-lhe aquele toque que, mesmo em pleno inverno (por favor não insistam que já estamos na primavera), nos fazem viajar na maionaise e sentir o cheiro a maresia.
Nota negativa apenas para o wc feminino já que das últimas duas vezes que lá fomos não só se encontra em mau estado de conservação como emana um cheiro que em nada tem a ver com maresia. Trocadores para os bebés também é coisa que por lá nunca vi e, sinceramente, numa zona tão turistica e num bar tão familiar, se calhar faria sentido.
Faria também sentido publicitarem um pouco mais a zona para que seja possivel reanimá-la. E sinceramente... com a FIL mesmo ali colada e num ponto tao central em termos de novas atracções turísticas, de certeza que não será difícil...
Fica a sugestão de melhoria de alguns pontos, mas nota final muito positiva. Para mim vale sempre a pena visitar o Peter's e comer uma tostinha açoreana. Mas... vão com apetite! Ou não chegam a provar os bolos...
Mais uma nova secção do blog! Desta vez para opinar sobre os locais onde vamos (sozinhos ou com os miúdos), e até que ponto gostámos ou não de lá ir.
Obviamente que não somos especialistas na matéria e que dias maus toda a gente tem, pelo que se tiverem uma opinião contrária façam o favor de partilhar.
Inauguramos as hostilidades com uma ida ao The 50's, na Expo (quero lá saber que aquilo se chame Parque das Nações). Já o conheciamos de há anos, e já tinhamos lá ido a dois, mas nunca nos tinhamos aventurado por ali com os miúdos. Acontece que anda a passar um clip da Popota (ou Popotami, como diz o meu filho) antes da 'Casa do Mickey Mouse', e que é rodado nesse restaurante. A música em si está muito bem conseguida e dificilmente se consegue apenas ouvir sem abanar o rabinho. E como foi graças a esse abanar de rabinho da Popota que os miúdos nasceram antes de tempo (outra história para outro dia), achámos que seria lógico darmos-lhes pelo menos o gostinho de lá ir. Para quem não conhece o vídeo cá fica, e depois digam lá se não tenho razão:
http://www.youtube.com/watch?v=T5C_tBymWnQ&feature=youtu.be
Quanto ao restaurante, fomos numa noite de sexta feira jantar, como miminho aos miúdos por se terem portado particularmente bem naquela semana. Claro que bastou a gente dizer que iamos para começar a confusão e ainda hesitámos se deveriamos mesmo continuar com os planos para uma morte que parecia certa. Mas depois de um ultimato 'Quem não se portar bem não vai ao restaurante da Popota!' lá os conseguimos domesticar.
Para estacionar acabou por ser mais fácil do que esperávamos e foi muito giro fazer aquele pequeno trajecto do estacionamento até ao restaurante, com os miúdos a acelerar o passo de excitação. Ao entrar a bela da jukebox convidava a um passinho de dança e toda a decoração de época não deixou os miúdos indiferentes.
Uma vez sentados num sofá a imitar a traseira de um Cadillac, começaram logo a procurar pela Popota, e mesmo a Pespineta, que costuma ficar mais envergonhada na presença de terceiros, não se coibiu de perguntar à Carmen, a empregada que nos servia vestida à época, onde estaria a dita cuja.
Foi enternecedor ver a forma como a Carmen olhou para a minha filha e explicou que naquele dia a Popota teve de ir trabalhar para o Continente, mas que ela também sabia dançar.
-A Carmen também participou no video, filha. Lembras-te de a ver?- perguntei eu. E ela, ou pela forma convincente como o disse, ou pelo sorriso da Carmen, lá anuiu. A partir daí não sei bem o que se passou, mas gerou-se ali um entendimento entre as duas, que quase fez a Pespineta esquecer que tinha lá ido ver a Popota. E até teve direito a um pézinho de dança...
Explicaram-nos então que o menu infantil vinha nuns carrinhos e deixaram-nos escolher a cor. Estupidez minha, ou falta de vista, mas pareceu-me que os carros em causa faziam parte do décor do restaurante e passei os minutos seguintes a tentar convencer os miúdos de que nos iam emprestar uns carros, mas que eram dos meninos dali. Qual não foi o meu agradável espanto quando chegaram os menús e percebi que os carros eram de cartão e que eles poderiam levá-los para casa. Não sei se terá sido disso ou da pilha de batatas fritas que ladeava o hamburguer, mas os miúdos ficaram com um daqueles sorrisos parvos na cara, tão resistentes que não me parece que desse para os tirar nem com esfregão palha de aço!!
Quanto ao co-irresponsável ainda questionou se haveria de pedir o hamburguer de quilo, mas depois resolveu jogar pelo seguro e optou por um normal. Entretanto percebeu que a ideia de mandar vir um batido não teria sido das melhores quando os mabecos descobriram que aquilo era giro e...doce!
Mas portaram-se tããããooooo bem que mereciam todos os batidos do Mundo. Confesso que ainda hesitei em deixá-los comer com o garfo, mas mais tarde ou mais cedo teria de ser, e eles estavam tão entusiasmados de comer como os crescidos que lá decidi que pelo menos poderiam experimentar. Felizmente correu bem.
Daí a pouco entrou um menino com cerca de 4/5 anos, que se sentou com os pais na mesa ao lado da nossa. E a Pespineta não resistiu a comentar:
-Olha que bebé... é a mamã que lhe está a dar a comida!
E lá ficaram os meus dois bebés crescidos, sentados à mesa a brincar com os carrinhos. Ficaram também a ganhar o Pooh e o Tigre com as novas viaturas, que fizeram as delícias dos miúdos nos dias seguintes.