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Uma questão de sorte

por twin_mummy, em 29.12.13

Correndo o risco de ser apedrejada na rua há uma coisa que tenho mesmo muita necessidade de dizer: Nem tudo é fruto do acaso ou sorte!

 

Ultimamente deparo-me com imensas pessoas que, atraídas pelo 'factor gémeos', não se abstêm de comentar que acham imensa piada, mas também que eu tenho 'Muita sorte por eles serem assim calminhos', que é como quem diz... bem educados, certo? É que para mim não é uma questão de 'sorte' nem de genética, mas de educação. E de regras, e de rotinas, e... de trabalhinho! Como diriam em locais bem mais campestres há que semear para colher.

 

Reparem... com isto não quero dizer que não tive 'sorte' com os putos que me calharam. Claro que tive! Mas tive no sentido em que são saudáveis, o que facilita muito tudo o resto. Agora dêem-me um pouco de crédito e coloquem pelo menos a possibilidade de que o facto deles se encostarem ao fundo do elevador de imediato assim que entramos não será apenas acaso mas fruto da educação que lhe tentamos incutir. Foram meses a fio a jogar ao jogo das lapas. E sim... serem dois facilita no sentido em que há sempre uma competição para ver quem consegue imitar melhor uma lapa, encostadinho ao fundo do elevador. Mas mesmo com um também dá, desde que entremos na brincadeira também.

 

E claro que também tenho dias em que passo vergonhas perante um vasto auditório de pessoas que se escangalha a rir enquanto os mabecos se esfregam no chão da escola, esperneiam e dizem 'Não quero iiiiiirrrrrrreeeee!' ou 'Quero iiiiireeeeeeee a pé!' (sim...o 'quero' e o 'ir' costumam ser denominadores comuns nas birras dos meus putos, em que também temos a versão 'Quero iiiireeeeeeee para casa da avó' quando os repreendemos, ou 'Quero iiiireeeeeee para a praia', quando chove a potes), e claro que também há noites em que me dão a volta com muita pinta e me fazem trocar-lhes as fraldas 3 ou 4 vezes antes de dormir. Mas sei que é tanga, e tenho plena consciência de que ceder não é o melhor para eles, embora aquelas carinhas angelicais façam derreter o coração de qualquer um, e a experiência dos quase 3 anos lhes dêm já argumentos muito válidos. Recordo muitas vezes as respostas prontas da 'Mafalda'.

 

Por isso se cedo é sempre a excepção e não a regra. Porque as regras fazem falta a todos, e ainda mais quando se tem gémeos. Mesmo que nos doa um pouco por vezes termos de ser assim, há que pensar que será por um bem maior.

 

E sim, tenho forma de comparação, pois tenho dois sobrinhos que por serem de idades diferentes, e por os poder despachar ao fim do dia quando já estavam a ficar rabujas, pude mimar à vontade. Sobretudo com o mais velho tive a oportunidade de o embalar ao colo ao mínimo gemido, e ao mais novo gosto de lhe dar uma prendinha inesperada de quando em vez. E faço-lhes toneladas de lasanha, e deixo-os comer quilos de gelado se assim o quiserem. Mas por exemplo não os levo às cadeias de Fast Food nem que a vaca tussa. Porque acho que a comidinha de casa é bem mais saudável, e podemos fazer as nossas próprias pizzas e hamburgueres, mas felizmente também temos pertinho uma boa pizzaria e hamburgueria caso queiram arejar um pouco. É uma questão de princípio e sim, de início foi complicado não ceder à solução mais simples. Mas hoje em dia já nem pedem sequer e penso que já diferenciam bem as alternativas pela qualidade.

 

Também a hora de deitar por aqui é sagrada. Desde cedo lhes expliquei que para crescer e ter energia para o dia seguinte há que comer e depois descansar. Não pensem que os obrigo a comer pois se já era da opinião que essa não é de todo uma prática construtiva (muitas crianças há que assim ganham aversão à comida), o facto de ter gémeos faz com que não haja sequer tempo para se estar a insistir durante uma hora que o menino coma a carnixazita e a fazer aviõezinhos. Havendo duas bocas para alimentar, duas fraldas para mudar, e dois mabecos para por a dormir tudo o que possa facilitar a vida é bem vindo. E por isso recordo-me daqueles primeiros tempos em que colocava a comida no pratinho e era uma colherada a um e uma colherada a outro. Enquanto um abria a boca o outro mastigava. Assim que começaram a querer pegar na colher sozinhos tanto melhor. Fazem uma chavasquice a toda a volta mas aprendem a desenrascar-se, e isso a meu ver é essencial para a vida. E a rotina do dormir também está cada vez mais interiorizada. Embora haja dias e noites (e dias e noites e dias e noites) em que me salta um berro boca fora, com um rotundo 'ACABOUUU!', na maior parte das vezes confesso que me dá um certo gozo vê-los todos crescidinhos a pegarem num brinquedo e num livro, lerem por 5 minutos e depois dizerem 'Já estááááá, mamã!'.

 

Por isso quando me dizem que é mera sorte ou me sinto um pouco a rainha má, tento pensar que faço o melhor que sei, e que espero que os ajude pela vida fora a viverem numa sociedade com cada vez mais regras. E com as rotinas e o tempo bem gerido é sempre possível encaixar-se um período para as brincadeiras, para os mimos, ou simplesmente para desafinarmos em cantorias tolas, de músicas inventadas não só por mim, mas já por eles. É bom vê-los crescer, e sim... nesse sentido tenho uma grande sorte!!

(Des)gostámos: Restaurante The 50's

por twin_mummy, em 06.10.13

Mais uma nova secção do blog! Desta vez para opinar sobre os locais onde vamos (sozinhos ou com os miúdos), e até que ponto gostámos ou não de lá ir.

 

Obviamente que não somos especialistas na matéria e que dias maus toda a gente tem, pelo que se tiverem uma opinião contrária façam o favor de partilhar.

 

Inauguramos as hostilidades com uma ida ao The 50's, na Expo (quero lá saber que aquilo se chame Parque das Nações). Já o conheciamos de há anos, e já tinhamos lá ido a dois, mas nunca nos tinhamos aventurado por ali com os miúdos. Acontece que anda a passar um clip da Popota (ou Popotami, como diz o meu filho) antes da 'Casa do Mickey Mouse', e que é rodado nesse restaurante. A música em si está muito bem conseguida e dificilmente se consegue apenas ouvir sem abanar o rabinho. E como foi graças a esse abanar de rabinho da Popota que os miúdos nasceram antes de tempo (outra história para outro dia), achámos que seria lógico darmos-lhes pelo menos o gostinho de lá ir. Para quem não conhece o vídeo cá fica, e depois digam lá se não tenho razão:

 

http://www.youtube.com/watch?v=T5C_tBymWnQ&feature=youtu.be

 

Quanto ao restaurante, fomos numa noite de sexta feira jantar, como miminho aos miúdos por se terem portado particularmente bem naquela semana. Claro que bastou a gente dizer que iamos para começar a confusão e ainda hesitámos se deveriamos mesmo continuar com os planos para uma morte que parecia certa. Mas depois de um ultimato 'Quem não se portar bem não vai ao restaurante da Popota!' lá os conseguimos domesticar.

 

Para estacionar acabou por ser mais fácil do que esperávamos e foi muito giro fazer aquele pequeno trajecto do estacionamento até ao restaurante, com os miúdos a acelerar o passo de excitação. Ao entrar a bela da jukebox convidava a um passinho de dança e toda a decoração de época não deixou os miúdos indiferentes.


Uma vez sentados num sofá a imitar a traseira de um Cadillac, começaram logo a procurar pela Popota, e mesmo a Pespineta, que costuma ficar mais envergonhada na presença de terceiros, não se coibiu de perguntar à Carmen, a empregada que nos servia vestida à época, onde estaria a dita cuja. 

 

Foi enternecedor ver a forma como a Carmen olhou para a minha filha e explicou que naquele dia a Popota teve de ir trabalhar para o Continente, mas que ela também sabia dançar.

 

-A Carmen também participou no video, filha. Lembras-te de a ver?- perguntei eu. E ela, ou pela forma convincente como o disse, ou pelo sorriso da Carmen, lá anuiu. A partir daí não sei bem o que se passou, mas gerou-se ali um entendimento entre as duas, que quase fez a Pespineta esquecer que tinha lá ido ver a Popota. E até teve direito a um pézinho de dança...

 

Explicaram-nos então que o menu infantil vinha nuns carrinhos e deixaram-nos escolher a cor. Estupidez minha, ou falta de vista, mas pareceu-me que os carros em causa faziam parte do décor do restaurante e passei os minutos seguintes a tentar convencer os miúdos de que nos iam emprestar uns carros, mas que eram dos meninos dali. Qual não foi o meu agradável espanto quando chegaram os menús e percebi que os carros eram de cartão e que eles poderiam levá-los para casa. Não sei se terá sido disso ou da pilha de batatas fritas que ladeava o hamburguer, mas os miúdos ficaram com um daqueles sorrisos parvos na cara, tão resistentes que não me parece que desse para os tirar nem com esfregão palha de aço!!

 Quanto ao co-irresponsável ainda questionou se haveria de pedir o hamburguer de quilo, mas depois resolveu jogar pelo seguro e optou por um normal. Entretanto percebeu que a ideia de mandar vir um batido não teria sido das melhores quando os mabecos descobriram que aquilo era giro e...doce! 

 

Mas portaram-se tããããooooo bem que mereciam todos os batidos do Mundo. Confesso que ainda hesitei em deixá-los comer com o garfo, mas mais tarde ou mais cedo teria de ser, e eles estavam tão entusiasmados de comer como os crescidos que lá decidi que pelo menos poderiam experimentar. Felizmente correu bem.

 

Daí a pouco entrou um menino com cerca de 4/5 anos, que se sentou com os pais na mesa ao lado da nossa. E a Pespineta não resistiu a comentar:

-Olha que bebé... é a mamã que lhe está a dar a comida!

 

E lá ficaram os meus dois bebés crescidos, sentados à mesa a brincar com os carrinhos. Ficaram também a ganhar o Pooh e o Tigre com as novas viaturas, que fizeram as delícias dos miúdos nos dias seguintes.

  

Saldo final muito positivo, quer pela qualidade da comida e pelo décor, quer sobretudo pelo atendimento. Os preços também são acessíveis e a nível de localização acaba por ser um bom ponto de partida para um passeio pela expo.

Por tudo isto... GOSTÁMOS!! MUITO!

Créditos das fotos: todas retiradas da página do restaurante no facebook, excepto a última que foi tirada pelo co-irresponsável.

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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