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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Já há muito que não ia aos CTT. Hoje tive de lá ir levantar uma carta registada. E não fosse por esse imperativo motivo teria voltado as costas para não mais voltar.
Tiro a senha 20 e há 12 pessoas à minha frente. Quinze minutos depois e o cenário era o mesmo. E porquê? Porque havia um único balcão a atender quem lá ia tratar de assuntos 'típicos' dos CTT. Os outros eram para abertura de conta ou para levantamentos/ depósitos de quem já lá tinha conta. Por momentos pareceu-me um Banco onde se poderia comprar selos, mas devo estar enganada...
Tentando resistir à solução fácil de pegar no telemóvel olho em redor. Envelopes e caixas de correio azul/ verde convivem lado a lado com uma autêntica biblioteca. E no meio de livros sérios para graúdos encontro esta pérola para crianças.
Da colecção 'Pequenos Heróis' o excepcional 'Eu almoço na cantina!' Só quem não comeu numa cantina escolar é que não percebe o herói que se tem de ser...
E assim me vou entretendo até chegar a minha vez, recordando aqueles momentos em que lá ia comprar selos para colocar numa carta 'Espero que estejas bem...' enquanto um e outro ia solicitando acesso à cabine telefónica. Velhos tempos.
Já de saída reparo na bela obra de arte premeditada de um qualquer artista tuga mais arisco.
E dou comigo a pensar... Portugal... espero que estejas bem...
Como costumo sempre dizer dia do pai, da mãe, da mulher ou mesmo o Natal deveria ser todos os dias. E é nesse sentido que educo os meus filhos, a dar valor à família, à vida, e às pessoas que os querem bem sempre. Mas mesmo assim não poderia deixar de hoje fazer a devida homenagem aos pais. E digo no plural porque não pretendo fazer apenas ao meu mas a todos aqueles que fazem por merecer tal título. Sejam eles pais de sangue ou de coração.
Àquele que me ensinou a andar de bicicleta mas também a usar um canivete, que me embalou nos braços noite fora quando eu estava com otite, que me massajava os pés à noite, até eu adormecer... não há palavras para explicar o quanto te adoro. Obrigada por veres mais além e não me limitares ao papel que a sociedade nos parece tentar vergar. Sou e sempre serei o teu 'João' e tomara eu que ainda tivesses saúde para me levar à caça.
Ao meu avô Chico, por todos aqueles passeios de eléctrico que nunca esquecerei e pelas mihentas vezes que me proporcionou ver filmes de cowboys confortavemente instalada nos camarotes do Odeon. Para onde quer que a bruma te tenha levado, espero que continues a assistir aos combates de Wrestling e que estes ainda façam cair aquela tua fachada militar. Porque é a sorrir assim que ainda me recordo de ti.
Ao meu sogro, que nem pai chegou a ser, mas que quis o destino viesse a tornar-se avô. Que não haja qualquer dúvida que não é o sangue que nos une mas o coração, e que é um segundo pai que os meus filhos vêem nele. Por ser o avô mais babado e criançolas que conheço e por ser também como um pai para o pai dos meus filhos... obrigado!
E como não poderia deixar de ser, àquele pai que me permitiu ser mãe. Que sejas sempre o herói dos teus filhos, o mestre, o exemplo, mas sobretudo... que nunca esqueças aquele lado doce que te deixa de sorriso rasgado e ar de puto, a rebolar com eles no chão.
De um modo geral, a todos os homens da minha vida, que de uma forma ou outra se cruzaram no meu caminho, e a quem alguém tem o orgulho de chamar pai. Que sejam sempre bons pais e nunca se esqueçam o que é ser filho. Nenhum dos dois papéis é fácil, mas existem as mães, as filhas e as irmãs para ajudar... ahahah!
Inevitavelmente teria de ser... babei-me!
Sabem quando passamos por todos aqueles meses de gravidez e ansiamos conhecer quem se esconde dentro da barriguinha -neste caso seria mais quem se esconde dentro do T2 descomunal- ou quando depois ansiamos pelo primeiro sorriso, pela primeira palavra?
Juro que não sou uma pessoa lamechas e há certas coisas que até me causam brotoeja... mas esta semana a minha filha conseguiu-me tirar do sério (no bom sentido) com algumas palavras.
Dizia o Pandinha, depois de uma viagem de trabalho que o co-irresponsável fez à Madeira:
-Eu quando for grande quero ir contigo para a Madeira!... e andar de mota também!
(por esta altura já o co-irresponsável tinha um daqueles sorrisos rasgados tipo Joker desta versão mais moderna do Batman)
-Estás a dizer que queres ser como o pai? -pergunto.
-Siiiiimmmmmm! -dizia o Pandinha de sorriso quase em espelho.
-O pai é o teu herói, querido? -pergunto eu meio embevecida.
-Sim! -exclama o Pandinha com o ar mais feliz do Mundo.
E nisto a Patapon que tinha permanecido calada durante toda aquela sessão de massagens ao ego do pai, sai-se com esta:
-Não fiques triste, mamã! Tu és a minha ''heróia''!
E pimbas! Isto já foi há 2 dias e ainda preciso de babete!
picture: Lara Croft, in Tomb Raider