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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Mais um dia, mais uma chapa, mais uma volta. Estávamos nós a ver 'Os Heróis da Cidade' (já aqui referi no post 'Pérolas dos Mabecos: os heróis da cidade e o vilão' tratar-se de uns desenhos animados que giram em torno de um grupo de carros-heróis) quando aparece um hidroavião amarado na zona portuária.
-Quem é aquela? -pergunta a Patapon.
-É um hidroavião. Não sei o nome dela. -responde o co-irresponsável.
E ela no tom mais gozão do Mundo vira-se para o pai e exclama:
-É nada! está na água... é um barco!
E encerrou ali o assunto nos minutos seguintes pois por muito que tentássemos explicar ela ria-se, provavelmente achando que se tratava de um delírio colectivo dos papás.
Se há desenhos animados que já deixaram de ter piada para os meus mabecos 'Os Heróis da Cidade' são uma excepção à regra. Deve ter sido dos primeiros que viram e ainda hoje vibram a cada história de viaturas e animais que falam. A história gira à volta de uma equipa de emergência constituida por uma sirene, um carro de polícia e uma carra de bombeiros (sim, é um neologimo, mas 'uma carro' não soaria melhor), que salvam a cidade dos mais diversos perigos (e daí o título). Eu também aprecio a série porque tem sempre uma moral, e ao contrário do Pingu -que o Pandinha venera ao ponto de deixar toda a gente enjoada das mil repetições (mana incluida)- os disparates lá retratados não serão assim tão replicáveis por estes aprendizes de feiticeiro.
Pois hoje de manhã, à semelhança de outros dias, deixei-os ver mais um episódio. É a minha estratégia para manter um ocupado sem disparatar enquanto visto o outro, e por norma resulta. E vou mantendo o controle da situação comentando o episódio com eles. 'Os Heróis da Cidade' já fazem tanto parte do nosso quotidiano que dou por eles a apelidarem na rua os carros de bombeiros e de polícia que passam com o nome das personagens. 'Lá vai o Paulino' ou 'Olha ali a Bela' são frases a que já me habituei, e até acenamos para os polícias e bombeiros.
Mas se da maior parte já sabemos o nome, confesso que me escapa por completo o nome da sirene. Por isso hoje quando a Patapon perguntou:
-Como se chama aquela?
tive de responder que não sei. E depois para não ficar tão mal vista apressei-me a rebobinar o nome de uns quantos.
De repente diz a Patapon:
-Eu sei o nome do corvo...
Ora como a dita criatura, atendendo ao chorrilho de porcaria que por ali faz (a maior parte dos sinistros são provocados por ele), se chama 'Calamidade', o que não é um nome fácil de pronunciar nem de decorar, apressei-me logo a pedir para ela o dizer. E a fala barato da Patapon, que não erra um tempo verbal, olha para mim inchada do alto do seu metro de altura e diz com convicção:
-É 'camalidade'!!
Perante um tal sorriso não tive coragem de a corrigir, mas eis que o menino que diz 'bogé' em vez de 'boné' e outras pérolas tais olha para a mana com olhar repreensivo e exclama:
-Não é nada! É ca-la-mi-dade!!
O que vale é que ela hoje estava bem disposta, ou aquele vilão-Pandinha ter-me-ia custado mais uma birra.