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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
A viagem ao Badoca Safari Park já há muito tempo que era pensada, mas como para estas coisas convém ver até que ponto crianças de tenra idade realmente aproveitam optámos por ir adiando. Já a caminho dos 6 anos de idade, e com a ida para a pré-primária achámos que seria a altura ideal e uma forma interessante de se terminar as férias e por esse motivo começámos a planear tudo no início do verão, e para nossa alegria a minha mana e o namorado decidiram juntar-se à malta. Contas feitas seriamos 4 adultos, 2 crianças de 5 anos e o meu sobrinho mais novo, que aos 11 anos de idade é considerado como adulto (ah, pois é!). O meu sobrinho mais velho infelizmente não pôde ir por motivos de trabalho (quando é que ele cresceu que eu não dei por isso?), o que só me faz sentir mais velha.
Infelizmente os vouchers do Sapo que permitiam obter bilhetes de adulto a um preço bem mais acessível já há muito que estavam esgotados (se os Sapenses me permitem fica aqui a sugestão para fazerem mais iniciativas do género) e por isso lá teriamos de desembolsar 17,50€ por adulto e 15,50€ por criança (dos 4 aos 10 anos). Na bilheterira existia um bilhete familia que permitia que fossemos os 4 por 60€. Mesmo assim, para uma familia de 4 não é fácil e por isso hesitámos em ir. Mas a minha irmã, que já lá tinha ido com o meu sobrinho mais velho insistiu que valia a pena, e surgiu entretanto a ideia de juntarmos os miúdos e irmos todos. Afinal almoçarmos juntos ou celebrarmos os aniversários não é bem a mesma coisa que estarmos efectivamente juntos e os meus filhos adoram os primos. Com a minha mãe a dizer que patrocinava a estadia fiz uma das coisas que melhor sei... planear mais uma aventura.
Como partiamos de locais diferentes, e andar com crianças de 5 anos obriga por vezes a paragens imprevistas, decidimos marcar o ponto de encontro à entrada do Parque. O trajecto em si não é longo e na teoria é fácil dar com o Parque com o esquema lá indicado, mas queriamos chegar à abertura para evitar filas e podermos despachar o máximo possivel da visita antes das horas de maior calor (apesar de ser já Outubro o calor ainda se fazia sentir e alentejana que se preze sabe que Alentejo é Alentejo). Tivessemos combinado de outra forma e não correria melhor, porque em plena A2 acabámos por os encontrar. Seguimos daí juntos até à saída para Grândola- Sines- Santiago do Cacém e daí pela IC33 sempre com atenção ao caminho, por onde surgiam aves de rapina a rasgar os céus.
FONTE: badoca.pt
Apesar da minha irmã já lá ter ido tinha sido há bastante tempo, e já não se recordava bem do caminho. Aqui entre nós (peço ajuda aos 'sapenses' para tentar esconder dela esta parte do post) a minha irmã é a pessoa errada a quem perguntar os caminhos. Recordo-me quando eramos pequenas e os meus pais a inquiriam sobre como correra a viagem de estudo da escola e onde tinham ido ela dizia coisas como 'Fomos a um sítio com muitas árvores.' ou 'Era por uma estrada muito longa e depois virava-se junto a um prédio alto.' E assim ficavamos com a certeza que não deveria ter ido a Cacilhas e pouco mais que isso. Adiante!
A entrada para o Parque não é mesmo fácil para dar com ela quando se vai de Norte para Sul, porque está orientada para o sentido inverso do percurso e não há muita sinalização no trajecto antes, e por isso os condutores foram forçados a fazer uma curva pu.. à direita (como se diz nos ralis) logo a seguir a uma travagem brusca depois de um cruzamento. Para que não vos aconteça o mesmo, em vez de verem o trajecto aéreo no Google Maps (como eu fiz) vejam o trajecto como se estivessem na estrada, ou então confiem em mim e sigam as instruções que se seguem. Seguindo pela IC33 encontrarão várias saídas. Fixem a que diz Santa Cruz/ Ademas (por motivos que explicarei no post dedicado à estadia) mas continuem em frente. Um pouco mais adiante encontrarão uma que chama à atenção pelas placas azuis que sinalizam a saída para o hospital e para um hotel. As outras placas dizem Santiago do Cacém/ Vila Nova de Santo Andre e Melides. Respirem fundo que estão perto, mas sigam na mesma em frente e devagarinho pois a entrada do Badoca situa-se uns metros à frente, à vossa direita.
A partir daí é terra batida. Por isso não gastem tempo nem dinheiro a lavar o carro antes de irem pois irão precisar lavar novamente ao regresso. Pelo caminho há uma pequena capela que não chegámos a visitar, mas ficou a curiosidade. Se alguém já lá esteve que se pronuncie.
Chegados ao Parque o estacionamento é amplo e os primeiros têm a vantagem de poder selecionar um dos poucos lugares à sombra. Se for o caso façam-no! Apesar de às 10 da manhã (a hora da abertura do Parque) tal não ser mutio evidente, acreditem que um lugarinho à sombra em pleno Alentejo vale ouro quando se chega ao final da tarde! Para as bilheteiras não havia fila, talvez por ser ainda cedo, talvez por já estarmos em Outubro. Seja qual for o motivo soube bem chegar e andar, e sabermos que iriamos ter vaga no primeiro Safari do dia, às 10h30 (fiquem descansados que marcam logo à entrada e vos dão todas as indicações juntamente com um mapa/ roteiro das actividades do Parque.
O valor do bilhete inclui o Safari, que no fundo é a visita guiada no combóio (puxado a tractor estrategicamente pintado com camuflado alusivo a um animal, e por isso haverá o tractor-zebra, o tractor-tigre, etc), a Apresentação das Aves de Rapina, a Sessão de Alimentação do Lémures, o Passeio Pedestre e a Visita à Ilha dos Primatas. Depois há extras como o rafting africano (por 2€) que o meu sobrinho mais novo estava ansioso por experimentar (e não vou dizer que eu também) e que infelizmente estava avariado e tudo o resto há que pensar seriamente atendendo ao preço. A interacção com os lémures custa 12€ por adulto e 10 por criança, a Visita aos Bastidores custa 65€ por pessoa, o Falcoeiro por Um dia 40€/ pessoa. Para quem tenha porquinhos-mealheiro rechonchudos poderão ver informações adicionais sobre cada uma destas actividades através deste link. Os outros façam como eu, ignorem esta parte e sigam.
Assim que entram têm a loja de lembranças do lado esquerdo. É por aí a saída mas é também aí que podem ir caso se tenham esquecido de levar chapéus. Vão precisar sim, pois embora hajam sombras um pouco por todo o Parque e mesmo dispersores de água colocados estratégicamente em duas das árvores da entrada aquilo é Alentejo, maltinha. Recomendo que levem tudo de casa pois um simples boné custa 12€, e sim há quem os dê porque não há alternativas num raio de kms e há determinadas zonas do trajecto onde as sombras estão muito espaçadas.
Logo à entrada do Parque são abordados para tirarem a foto da praxe com a estátua da mascote, a girafa Badocas. À saída procurem por ela na loja das lembranças mas não com muita esperança de terem uma obra de arte. A nossa tinha várias sombras de permeio, não deixando ver claramente os rostos, e estava demasiado longe e por isso optámos por não dar os 7€ que pediam por ela. Por isso e porque com a GoPro HERO4 Silver a fazer timelapse com um intervalo de tempo pré-definido conseguem por a câmera num local fixo a tirar fotos sequenciais ao grupo e ir calmamente andando para o enquadramento.
Quanto ao percurso em si aconselho pensarem nisso em função do horário do Safari e dos diversos espectáculos. No nosso caso como o Safari era logo às 10h30 aproveitamos apenas para ir ao wc com os miúdos, beber um pouco de água e depois seguir. Confesso que não resisti a tirar uma foto ao wc. Houve quem gozasse comigo mas para mim qualquer obra de arte é digna de destaque, independentemente do local onde se encontre.
Ainda são alguns metros entre a entrada do parque e o local de onde o Safari parte e sobretudo se estiverem num grupo grande convém ser dos primeiros a chegar caso pretendam manter-se juntos. Ser dos primeiros também ajuda na escolha de lugares, se bem que ao longo do trajecto há pontos de interesse quer do lado direito quer do lado esquerdo e tendo em conta que os animais (salvo algumas excepções) circulam livremente pelo Parque nem sempre quem vai à frente tem melhor cenário do que quem vai atrás.
Fica o alerta (para que não sejam apanhados desprevenidos como muitos dos visitantes) de que sendo um Safari pelo meio de um terreno brutal no Alentejo o pó é uma constante. Caso planeiem levar um fatinho caqui de tecido leve e fresco pensem duas vezes. Ou então façam como a minhã irmã que não sai de casa sem um frasquinho de desinfectante. Limpou o banco dela e o da vizinha de trás, e depois voltou a limpar quando tivemos de trocar de combóio porque a máquina daquele (tractor pintado) avariou. Para mim nada de admirar já que para onde quer que a gente vá há sempre destes precalços, mas é também por aí que a vida tem mais piada e ficamos sempre com peripécias para contar.
Antes da partida o condutor explica as regras básicas (como não saltar para fora da carruagem mesmo que caia alguma coisa) e dá-nos uma ideia do que iremos ver. Depois, e a analisar também pelo que depois vimos acontecer noutro combóio (já perto do final) é cruzar os dedos na esperança que aquilo arranque e chegue ao fim sem avariar. Ainda fiquei a pensar se seria de propósito para dar mais emoção, mas acho que foi só uma lamentável coincidência que nem assim deixou de arrancar risos. Há que lembrar que ali ninguém vai com pressa para ir para o trabalho, e por isso Safari é Safari, mesmo que obrigado a pausa forçada no meio dos animais.
Quanto aos animais na primeira parte do trajecto penso ser uma questão de sorte poderem estar mais perto ou mais longe já que o percurso do combóio está definido mas os animais circulam livremente. Há muita variedade, desde gnus até gazelas, avestruzes e veados, e o condutor vai fazendo paragens para explicar as origens e características de cada grupo e apontar o macho dominante.
Em recinto fechado estão 3 tigres: um macho e duas fêmeas. O guia explica que não era intenção inicial do Parque tê-los mas foi-lhes solicitado e não conseguiram recusar o pedido de ajuda. Não compreendi se eram provenientes de algum cativeiro ou se será uma tentativa de reprodução da espécie, mas confesso que me faz alguma confusão vê-los ali presos num recinto que não sendo pequeno também não será das dimensões ideais para animais de tão grande porte. E embora se compreenda que soltá-los não seria uma opção viável para os outros animais (e mesmo para trabalhadores e visitantes do Parque) o que é certo que como contrastam tanto com a liberdade dos outros animais faz bem mais confusão vê-los ali do que no Jardim Zoológico.
Por todo caminho se ouvia a questão chave: -Onde estão as girafas?. Todos nós ansiávamos pelo momento de poder ver girafas em liberdade, mas confesso que por diversas vezes pensei como seria se no meio de tanto espaço disponível elas fossem para uma zona afastada do trajecto pré-definido do combóio. Tendo sido os primeiros a arrancar do cais de embarque tivemos a sorte de ainda as ver dentro do cercado onde passam a noite e assistir à sua libertação. Um pouco tímidas a início, mas lá foram saindo a passo lento, o que nos permitiu tirar imensas fotografias.
Mesmo em frente à zona das girafas estavam os compartimentos de outros animais que estavam por algum motivo resguardados dos demais. Ou porque tinham crias pequenas ou porque tinham chegado há pouco ao Parque e ainda se estavam a ambientar. Junto a essa zona vedada passeavam várias zebras, e entre elas algumas crias. Andaram por ali a perguiçar bastante tempo até que uma decidiu correr e as outras foram atrás. É realmente um luxo poder estar tão perto delas.
Mais adiante, já quase a terminar a viagem, voltámos a encontrar as girafas a alimentarem-se das copas das árvores. Os meus mabecos adoraram ver os pescoços esguios e as linguas esticadas.
Em menos nada estávamos de volta ao cais de embarque, apinhado de gente para a próxima viagem. Ao sair pela ponte de madeira ainda deparámos com o outro combóio que avariou. Ninguém parecia preocupado com tal facto, e aproveitavam para tirar fotos a quem passava por cima, e nós retribuimos o gesto.
Convinha agora definirmos o resto da visita propriamente dito porque há certas actividades que têm hora marcada. Como iria haver um espectáculo de Apresentação de Aves de Rapina logo ao início da tarde, junto ao restaurante, optámos por ir para o extremo oposto durante o restante período da manhã, e à hora de almoço seguiriamos para o restaurante e lá ficariamos para o espectáculo. Penso ter sido uma boa decisão pois acabámos por ver a maior parte do recinto num relativo sossego, enquanto a maior parte dos visitantes ainda se concentrava na zona principal.
Começámos pela zona vedada das aves, quase em frente à entrada. Ainda hesitámos junto à porta até que uma das funcionárias veio dizer que poderiamos entrar à vontade, fechando a porta arás de nós. Foi um pouco estranho entrar e controlar a porta com uma espécie de arara negra, de poupa encaracolada (deve ter ficado parada nos anos '80) a fitar-nos. Pensei o que faria se ela nos fintasse e saisse porta fora, mas não me parece que fosse essa a intenção da bicha; por momentos pareceu-me antes que se ela era o nosso espectáculo nós éramos o dela e que nos olhava com a mesma curiosidade. Pela jaula cruzámo-nos com mais umas quantas aves, inclusivé um papagaio enorme que terei de reconhece impunha um certo respeito, sobretudo quando deu um voo e aterrou no chão mesmo à nossa frente, bloquendo-nos a saída.
Tempo para apreciar também as cobaias que corriam pelo chão fora (não compreendo a simbiose da coisa, mas calculo que deva haver um motivo para tal mistela de espécies), tentando ter uma refeição sossegada enquanto as aves procuravam incessantemente furtar-lhes a comida.
Mais à frente, do lado esquerdo do caminho o recinto dos facóceros. Imaginei por diversas vezes se saberiam a javali, mas da maneira como nos fitavam penso que da mesma maneira como não gostaria de ficar fechada numa zona tão pequena com um javali, também não gostaria de ficar com um facócero. Respeito! Respeito!
Do lado direito as tartarugas. É sempre giro os miúdos verem até que ponto um animal daqueles consegue crescer, mas em termos de espectáculo como podem imaginar é ver e andar já que não há muito a dizer e as coisas por ali avançam muuuuuuito lentamente. A não ser que aconteça algo que viriamos a presenciar mais tarde, quando no regresso deparámos com uma multidão a rir junto ao recinto das tartarugas. Parece que era época de acasalamento e enfim... havia alguma acção entre dois dos exemplares. Pela nossa parte evitámos a cena, por uma lado porque coitaditas acho que também têm direito à sua privacidade, e por outro porque assim evitarmos ter de explicar aos mabecos porque é que uma tartaruga estava em cima da outra a fazer certos movimentos.
Chegámos assim ao recinto das cabras. Só pelo facto de andarem por ali a saltar e terem crias já contribuiu para serem um dos maiores pontos de interesse, mas ao constatarmos que poderiamos com uma moeda de €0.50 obter ração para lhes dar, foi complicado convencermos os mabecos a sair dali. Valeu-nos o facto de não haver também onde trocar dinheiro e por isso com o fim das moedas de cinquenta lá começaram a mexer as patas.
Seguimos então para o recinto dos cavalos e póneis. Reconheço que tinha alguma vontade de montar, mas em vez de terem ali um funcionário tinham apenas uma placa com um número de telefone. Hesitei em ligar pois nem sequer havia indicação do valor, mas tendo em conta os valores das outras actividades extra calculei que não fosse barato, mas iria ser uma grande tentação se fosse um preço razoável, pois se os mabecos lá têm o bichinho da equitação de mim e do co-irresponsável o herdaram e por isso fosse o que fosse x4 de certeza seria caro.
E nisto recebo a chamada do Eco Suites Resort, o local onde iriamos passar a noite, a perguntar qual a hora prevista para a chegada. Explicámos onde estávamos e que só deveriamos aparecer mais para o final da tarde. Aproveitámos para confirmar o caminho e o tempo do trajecto. -Cerca de 10 minutos do Badoca aqui. -esclareceu a simpática Joana. E assim ficámos mais à vontade, com a certeza que teriamos tempo mais que suficiente para ver o Badoca de um extremo a outro.
Como nestas coisas também convém fazer umas pausas para descansar aproveitámos as mesas existentes junto ao parque infantil para comer umas bolachinhas e beber água. Todos nós levávamos mochilas. O co-irresponsável numa mochila estilo aventura (que lhe custou 10€ encomendada pelo eBay) levava o kit de primeiros socorros, pois nunca se sabe quando poderemos precisar, eu levava água e uns snacks numa mochila térmica que temos desde que os miúdos nasceram, e sem a qual já não conseguimos passar. Estas coisas de se ter filhos por vezes incute-nos certos hábitos, que não serão necessariamente despropositados, mesmo quando se está sem eles.
Para os mabecos descobri uma promoção especial do sumo Um Bongo. Acho que vamos deitar sumo pelas orelhas tal é a quantidade que tive de comprar para trazer duas mochilas, mas olhem bem para isto e vejam lá se não valeu a pena. Em azul e em rosa é como se diz 'pró menino e prá menina'.
E acreditem que muitos adultos as miraram com ar de que também queriam uma. Lá dentro cada um tinha um cantil de água, dois pacotes de maçã desidratada para petiscar e lenços de papel. Cada um deles pode também escolher UM brinquedo (esta parte do UM foi muito reforçada, explicando que teriam de andar todo o dia com a mochila), desde que fosse leve. Ela optou por um livro e um lápis, ele por um peluche. Claro que poderiamos ter dividido o conteúdo pelas nossas mochilas, mas eu sou da opinião que dar-lhes pequenas responsabilidades é sempre algo positivo, e terem as mochilas garridas às costas ajudava também a localizá-los quando se afastavam um pouco mais.
Enquanto aqui a malta da terceira idade descansava as articulações nas mesinhas de piquenique eles subiam por uma pequena ponte himalaia ou por uma rampa em madeira para depois descerem pelo escorrega. Mais uma vez foi complicado convencê-los a sair, mas havendo apenas um restaurante (não compreendemos porquê mas o Restaurante Panorâmico que prometia grill estava fechado e degradado) não queriamos de todo ser dos últimos a chegar.
Logo à porta do restaurante percebemos que a escolha não era muita nem emocionante e que menos emocionante ainda era o preço. Menus na ordem dos 8-10€ que incluiam prato, bebida e sobremesa. Tirando os hamburgueres (que pareciam bolas de hóquei depois de um incêndio) a comida tinha bom ar e sabia bem, e era também servida em quantidade generosa. Mas era no fundo optar por frango ou bacalhau com natas. A maior parte dos crescidos preferiu o bacalhau, para os putos pedi uma dose de frango e dois pratos. Chegou e sobrou, e já de barrigas cheias (fica o destaque para o cheesecake de maracujá que era excelente) andámos uns metrinhos para o lado para assistirmos ao espectáculo das aves.
Vale bem a pena irem, mas fica o alerta que têm de manter a criançada sossegada porque as aves são soltas à vez e andam pelo meio do público. Infelizmente tiveram que pedir por diversas vezes a adultos para não fazerem movimentos bruscos e para voltarem ao seu lugar. As crianças mais pequenas portaram-se todas bem. Uma das mais impressionantes na minha opinião seria o Calau, pelo porte, e o Bufão pela beleza. Já anteriormente tivemos a oportunidade de privar com um Bufão em Mafra e foi muito engraçado constatar que os mabecos o reconheceram, mesmo apesar de terem decorrido vários meses.
Motivo de riso foi o facto de uma das aves soltas ter-se afastado para caçar e não ter regressado até final do espectáculo. Tivemos os mabecos o resto da tarde a questionarem se a dita ave já teria regressado, mas ficámos sem saber.
Por esta altura já eles ansiavam em voltar para a zona do parque infantil, pelo que tivemos que negociar a ida à Ilha dos Primatas, que por ser bastante afastada justificaria depois a paragem no regresso. Em relação aos primatas fica o alerta que para quem tenha crianças muito pequenas ou dificuldades de locomoção talvez seja complicado o esforço já que o caminho é todo em terra batida, com alguma inclinação, e muito afastado da zona principal. Para quem possa fazer tal trajecto é interessante ver os animais, mas tudo depende também da sorte que se possa ou não ter com as 'macacadas'. No nosso caso o que fez as delícias dos miúdos foi um macaco pequenino que insistia em meter-se com um mais velho e fugir cordas acima, numa atitude desafiadora.
A questão é com o fosso de permeio a visibilidade também não é das melhores. No caso dos babuinos facilita pelo grande porte e pelo facto de um deles se ter aproximado do fosso. Foi pena não termos chegado a horas de ver a alimentação pois talvez fosse mais interessante.
No regresso nova paragem então no parque infantil. Desta vez no lado da estrutura que dava para subir. Tivessemos nós uma casa grande com jardim e certamente seria algo giro e fácil de fazer.
E assim se queimavam os últimos minutos de descanso, já com o calor a apertar e a multidão a chegar. A ida para a piscina do Eco Suites Resort era muito ansiada e por isso seguimos caminho direito à loja de lembranças, estratégicamente colocada na saída. Com os preços praticados não foi difícil dizer não aos mabecos perante o desfile de objectos acima de 10€. Lá acabámos por comprar dois tigrinhos de peluche dos mais pequenos, para se juntarem aos 300.000 que por cá andam em casa, mas enfim... escolheu-se o mal menor.
E dali saímos com várias mochilas cheias de memórias e a vontade de voltar (mas da próxima com farnel).
Neste caso gostámos e muito. Garanto-vos que foi no Paraíso que nos sentimos no Parque Biológico de Vinhais.
Tudo começou com a ideia de visitar a terra da avó paterna, perto de Vinhais. Como quem tem crianças desta idade percebe, ficar num hotel é complicado. Não só pelo preço como pela logística pois encontrar quartos contíguos e comunicantes é praticamente impossível, e por isso a pesquisa vai sempre recair sobre apartamentos ou aparthoteis. E foi assim, um pouco por acaso, um pouco com a ajuda do booking.com, que descobri esta pérola.
Pertencente à Câmara Municipal de Vinhais, este complexo em pleno Parque Natural de Montesinho oferece um bom ponto de partida para a exploração das zonas circundantes, mas acreditem que só por si já é motivo suficiente para justificar os mais de 400km que o separam de Lisboa. Tendo como objectivo a conservação da natureza e promoção da biodiversidade através de uma vertente de educação ambiental, acaba por dar certamente um grande contributo ao turismo da região. Para nós foi simplesmente um Oásis.
Para além da zona dos alojamentos em si (à qual já regressarei mais em pormenor), tem também um parque infantil bastante original, um mini-zoo com animais da região e a possibilidade de se fazerem passeios de burro, cavalo ou bicicleta pelos percursos pedestres. Nesse aspecto a recepcionista Paula dá uma grande ajuda em termos de planeamento. Também é com ela que devem falar se quiserem levar umas lembranças do parque (nós optámos por bonés, lápis de cor e cadernos, mas há muito mais e a preços acessíveis).
Todas as actividades extra são pagas à parte, mas devo dizer que, ao contrário de muitos comentários online que vi não me parece demasiado caro. A visita ao zoo é paga uma única vez durante toda a estadia e trata-se mais de um preço simbólico que certamente ajuda na conservação do espaço e dos animais. Desde uma gralha que nos vem dar as boas vindas e nos faz sentirmos especiais (é mentira que mais tarde percebemos que mais desavergonhada que aquela não deve haver já que trata assim toda a gente), até veados, javalis, e as esquivas raposas.
O passeio no burro Granjo custou 3€ e ajudou a que os meus filhos ganhassem coragem para o passeio a cavalo, onde meia hora de volteio custa 6€ e um passeio pelo campo 30€.
Agradecimento especial ao tratador André, que ao vermos o carinho com que cuida daqueles animais e a paciência que tem para os miúdos ninguém adivinharia que ainda recentemente era jardineiro de profissão. Fruto do curso de treinador, é certo, mas sobretudo fruto do valor que lhe é intrínseco, a presença dele ali fez toda a diferença. Foi ele que conduziu as aulas de volteio dos nossos mabecos (as, no plural...porque não lhes bastou uma e mais tempo lá estivessemos mais haveria certamente), no sereníssimo Sarko e que depois nos acompanhou no passeio pelo campo.
Uma nota a reter desse passeio é que quando eu e o co-(ir)responsável procuramos um momento de relax há SEMPRE qualquer coisa de altamente improvável a acontecer. Neste caso, e apesar do mais expectável ser eu cair do Escolinha, o mais alto cavalo que já alguma vez montei (mas verdade seja dita, um dos mais dóceis e por isso seria completamente despropositado o meu receio em montar um cavalo assim, depois de mais de 10 anos sem montar), foi o meu companheiro de viagem que teve direito a ser brindado com uma série de virares de pescoço e alongamentos relâmpago do Cogumelo que lhe valeram uma rédea partida. Mais uma vez o André esteve à altura e tudo foi resolvido com serenidade e muita risota.
O momento foi também capturado pela GoPro HERO4 Silver que eu levava no toque (que jeito que estas novas tecnologias dão), mas por respeito para com o cavaleiro, que também esteve à altura, decidi não partilhar. Brindemos antes ao lado mais positivo da experiência equina, que levou os meus filhos a apaixonarem-se pelo Ervilha (o jeitoso da foto do lado) e deixem-me reforçar que caso a gralha ou o dito cavalinho precisem de babysitters temos dois mabecos desejosos de os esborracharem com mimos. Bem... a eles e a todos os outros animais, que em tanto nos dificultaram a partida.
Quanto ao alojamento, tivesse eu prestado mais atenção e faria a reserva directamente com o Parque e assim pouparia 15€/ noite. Mesmo assim foram 115€/ noite por um luxuoso bungalow T3 (para 6 pessoas) mesmo encostado à piscina biológica, tendo 25% do valor sido dado aquando da reserva, a título de sinal (o que origina alguma estranheza para quem faz reserva pelo booking já que se coloca na mesma os dados do cartão de crédito, mas enfim).
Também podem optar pelo T2 a 65€/noite (para 4 pessoas), o T4 a 135€/ noite (para 8 pessoas) e brevemente um dos T1 que parece uma casinha de Hobbit a 45€/ noite (os designados POD's). Quem vê ao longe não acredita, mas dentro daquelas redondelas minúsculas cabe uma cama de casal, uma sala com kitchenete e um wc.
Sei porque não resisti e fui espreitar. Ainda não estavam acabados à data da nossa estadia, mas garantiram-me que seria para breve. Ressalva feita de que há os bungalows que têm vista de montanha e os que estão coladinhos à piscina. O meu conselho? Os da piscina! Valem o luxo e juro que não há melgas. Eu depois explico porquê... não o farei já para não assustar logo à partida e porque garanto que assusta apenas a ideia, mas adiante...
Pontos bons e a melhorar há sempre, quer do ponto de vista da família de loucos que se aventura desta forma com dois mabecos de 4 anos, e que inevitavelmente acaba por aprender por tentativa e erro, quer do ponto de vista do empreendimento, e da região, e por isso aqui fica o meu testemunho como cliente e viajante (que vale o que vale), mas também a partilha da experiência em si, a título de sugestão para quem, como eu, acha que vale a pena dar uma educação diferente às crianças ou, morrer a tentar...
E por falar em morrer a tentar deixem-me que lhes diga que Junho em Trás-os-Montes é como Agosto em pleno Alentejo. Faz calor-comó-caraças! E porque já estávamos de certa forma à espera que assim fosse, planeámos a viagem para que se iniciasse o mais cedo possível. Habituados a levantarem-se às 7h00 para ir para a escola, e com a excitação da viagem que os fez trocar a festinha de final de ano por esta aventura, foi para os mabecos bastante simples levantarem-se ao raiar da aurora. Eram 8h da manhã e já nos faziamos à estrada. Primeira paragem na estação de Serviço de Aveiras para nos reunirmos com os avós paternos e lá seguimos nós, ainda pela fresquinha.
Porque a época é de viagens, e porque haverá certamente quem este ano fará a primeira com os seus rebentos, com as mesmas dúvidas que eu tinha e com tantas outras que eu ainda tenho, prometo que me dedicarei em breve de uma forma mais aprofundada às viagens de carro com mabecadas, mas para já, e porque a viagem era longa e inevitavelmente teria de falar dela, aqui ficam apenas umas dicas.
Antes de mais planear bem o trajecto. Vejam bem os kms que necessitam percorrer ao todo e dividam-no por etapas em função das horas de refeição e das médias horárias que podem fazer em determinados trajectos, contando com uma pausa ou duas para idas ao WC. Se na auto-estrada podem andar a 120kms/h nas vias rápidas e nas estradas nacionais não é assim. Para além dos limites de velocidade há que ter em conta o estado do piso e o trânsito em locais onde a ultrapassagem não é permitida por kms. Depois é a velha questão de que 'bom comer' e 'estação de serviço' nunca farão parte da mesma frase, a não ser que haja um 'não' ali pelo meio... E por isso snacks comidos no carro (maçãs, nectarinas, bolachas, e muita água) e almoço num restaurante a sério estava decidido desde o início.
Assim, depois da pausa de Aveiras, optámos por seguir pela A1 e sair para o IP3 em Coimbra com direcção a Viseu, onde apanhámos a A24 até Vila Real. Depois passámos para a A4, onde fizemos uma pausa de 15 min na estação de serviço junto a Lamas de Orelhão, entre Murça e Mirandela, onde além das idas ao WC por que tanto ansiávamos depois de 3h de caminho, e a compra desesperada de garrafas de água fresca porque o calor já era avassalador, ainda deu para comprar uns produtos regionais (recomendo os chás e doces).
Paragem em Mirandela para almoçar no restaurante O Pinheiro (escondido numas escadinhas transversais à rua principal), onde uma dose dá para duas pessoas e a simpatia dos donos cativa de tal forma que lá voltámos a parar no regresso. O desvio é pequeno e juro que vale a pena provar a célebre posta Mirandesa ou a vitela grelhada. Para 4 adultos e duas crianças bastaram 3 doses. Os doces sinceramente seria um ponto a melhorar, mas o vinho tinto da região servido fresquinho -oh que mal que isto soa a alguém que como eu tem uma costela alentejana, mas que bem que sabe a alguém que, como eu, enfrentava quase 40ºC- faz-nos esquecer qualquer coisa que possa estar menos bem. Seguimos para a N315 até Rebordelo e a N103 até Vinhais. Dali até ao Parque Biológico são uns meros 2kms e as placas de sinalização ajudam os mais distraídos.
E depois de quase 500kms de estrada feita com um calor abrasador, e depois de quase 8h de viagem, foi este o cenário que nos fez perder a compostura e originar uma correria desatada para a piscina.
O bungalow que nos calhou foi logo o primeiro da esquerda. É bastante espaçoso e tem todas a comodidades de uma qualquer casa ou apartamento (à excepção do forno que confesso, daria bastante jeito para fazer refeições de forma rápida e simples), mas tem um pouco mais que isso.
Tem aquele toque extra que não era de todo necessário mas que calha tão bem. Um 'je ne sais quois'.
Um quadro aqui, uma planta ali. Tudo magistralmente decorado e mobilado estilo catálogo da IKEA. E não, não é apenas em sentido figurado. É mesmo tudo (ou quase tudo) IKEA. E assim se tem um belo exemplo que alguns apontamentos que não serão assim tão caros fazem toda a diferença e conferem o tal factor 'UAU' de que muitas vezes se fala.
Três quartos com 2 camas individuais (neste aspecto poder haver a opção da cama de casal confesso que ajudaria muito já que passámos todas as santas noites a tentarmos navegar ao encontro um do outro) e dois wc's completos, uma kitchenette com acesso directo a uma sala suficientemente ampla para tomarmos as refeições em conjunto, mas com um deck a convidar de forma desavergonhada às refeições exteriores. E nós, de forma completamente desavergonhada cedemos à tentação de tomar os pequenos almoços no tal deck, com os pezinhos quase de molho na piscina biológica.
E assim chegámos à explicação do porquê de não haver melgas a sugarem-nos o tutano, apesar da proximidade à água. Confesso que para mim foi uma estreia, e que quando falaram em piscina biológica contemplei desde logo os nenúfares e coloquei a hipótese de haver uma rã ou um sapo a pulular nas proximidades.
Mas ver cobras de água e patos estava além de qualquer sonho mais extremo. Para nós e para os miúdos fez confusão os primeiros 5 minutos já que assim que chegavamos a um raio de menos de 2/3 metros dos ditos animais eles desapareciam para a zona das plantas, mais encostada às extremidades da piscina. Mas a minha sogra assim que ouviu falar em cobras perdeu a vontade de por o pezinho de molho.
O mais curioso é que no dia seguinte, quando fomos visitar a terra dela, ansiou pela visita ao rio, onde costumava tomar banhos e onde, é claro, não existe qualquer animal...
Aproveitámos também para tentar chegar à zona das antigas Minas da Ervedosa, há muito desactivadas, mas que poderiam, a meu ver, ser ainda um ponto de interesse e de aposta num turismo diferente. Devo confessar que o primeiro pensamento que me veio à mente foi que se estivessemos em Espanha talvez o cenário não fosse este. A beleza das casas antigas da zona e da ponte contrastam com o estado de degradação em que se encontram.
Nenhum dos recantos daquele rio límpido se encontra aproveitado, as estradas estão em mau estado de conservação e as casas tradicionais dão agora lugar a casas de tijolo, sem qualquer alma. Imagino ali um campo aventura com acesso à mina, imagino ali turismo rural de qualidade, com prova de iguarias locais. Consolo-me com o carinho da Maria 'Micha', amiga de infância da mãe da minha sogra, que nos oferece uma sombrinha, um copinho de água fresca e um caloroso sorriso rematado por 'Venha daí um abraço, caralh_!'
É assim esta gente, que não nos deixa partir sem uma caixinha de marmelada caseira e uma garrafinha de jeropiga, mas sobretudo com os olhos lavados de lágrimas pelas saudades das gentes e das terras de outros tempos. Se voltam? Acho que depende de nós... A quem tem poder económico para isso fica a sugestão. Por curiosidade fui ver e uma casa recuperada anda à volta dos 55.000€, uma por recuperar 15.000€. Mas claro que haver por parte da governação outro cuidado pelo nosso património cultural e natural ajudaria...
Curiosamente, na terra das cerejas só as vimos nas árvores ou a cairem desamparadas no chão sem que ninguém lhes tocasse. Peixes de rio também não apareciam em ementa nenhuma. Basicamente a oferta variava entre a Posta Mirandesa e a Alheira de Mirandela. Ambas degustadas com fervor, é certo, e seja feita a devida homenagem à Ana e à Elsa (quem tem filhos da idade dos meus percebe o sorriso que tais nomes em conjugação nos provocam, quem não tem vá já ver o Frozen), duas das colaboradoras do Parque Biológico de Vinhais que nos confeccionaram uma refeição digna de ser servida num dos melhores restaurantes da zona (pena o Parque não ter um serviço de refeições mais regular), mas como não fizemos apenas uma refeição qualquer variante a tal menu seria bem apreciada.
Valeu-nos a recomendação para uma visita ao Restaurante 'Vasco da Gama', na rua principal da Vila, pois a experiência do dia anterior no Restaurante Comercial (que dista do primeiro por apenas alguns metros) tinha sido para esquecer (desde um cheiro horrível a fritos, loiças, toalhas de mesa e instalações pouco cuidadas para não dizer sujas... upsss... já disse!, até comida mal confeccionada). Uma vergonha para um Restaurante de localização tão central, em frente à Câmara Municipal, que aparece em tantas sugestões.
Mas demos então o merecido ênfase aos que se destacam pela positiva. À entrada do Restaurante Vasco da Gama fomos logo calorosamente recebidos pelo Sr. Vasco. Assim que me falaram dele pensei tratar-se de homem culto e de humor refinado para aproveitar o facto de se chamar Vasco para dar tal nome ao Restaurante. À saída, quando me deram o cartão de visita para facilitar a próxima reserva (sim, tencionamos lá voltar tantas vezes quanto possível for, ou mais ainda) percebi a minha ingenuidade já que mais do que Vasco lá constava 'Vasco da Gama' no nome do proprietário.
Navegando certeiro pelo mar dos grelhados o tal senhor Vasco da Gama, serviu-nos umas costeletas de cabrito magistrais. Mas a estrela terá sido a D. Zélia com o seu incomparável arroz de cogumelos. E para sobremesa?
-Se soubesse mais cedo que vinham teria preparado alguma coisa especial. Só tenho um queijinho fresco de cabra com doce de cereja caseiro.
E foi assim que ficámos perdidos por ali, e foi assim que vim para casa com um frasco de doce, que 'Não se vende por dinheiro algum' mas que se dá aos amigos de bom grado. E foi sobretudo assim que deixei parte do meu coração em Vinhais.
Ervilha... nós voltamos!! Quanto mais não seja em pleno Inverno para ver o Parque Biológico coberto de neve e tentar compreender até que ponto darão serventia à lareira existente numa das muitas castiças paragens de autocarro da zona... Nós voltamos!!