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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Seguindo a sugestão do 'Inspira-me' do Sapo desta semana, aqui ficam os posts mais visitados nos ultimos 6 meses. Como não poderia deixar de ser, o destacadíssimo post 'As Aplicações do Sr.Sapo' é o que lidera a tabela:
Sei que é apenas por 'mea culpa' que não há mais visitas, mas juro que estou a ver se me reorganizo para voltar a escrever com a regularidade que escrevia antigamente. Mesmo porque... faz tão bem à alma...
Não! Não fui! E porquê? -perguntam vocês. Acreditem que estão longe de imaginar o motivo, mas claro que só para poderem rir-se um pouco eu explico...
Poderia aqui debruçar-me sobre o triste Estado da Nação, ou fazer um apanhado de todas aquelas promessas políticas em campanha eleitoral que depois se perdem num qualquer buraco negro ou triângulo das Bermudas, e justificar que seria por já não acreditar grandemente no impacto do meu voto. Poderia dizer que estou longe ou ocupada demais para exercer o meu direito de cidadania, como muitos o alegam. Mas a verdade é que não vou porque tenho medo de ficar sem os documentos.
Que disparate!- pensam vocês. Por muito mal que esteja o País ainda podemos votar em segurança.
Pois... foi o que eu pensei nas últimas eleições.
Como coincidiram com o início do ano lectivo e os miúdos tinham de tirar fotografias para a escola decidimos fazer um daqueles programas domingueiros e ir votar vestidos a rigor para depois ir fazer uma sessão fotográfica com os miúdos. Diz o co-irresponsável:
-Vai lá tu primeiro descansada que eu fico aqui fora a brincar com os miúdos e depois trocamos.
Na altura pareceu-me boa idéia, e assim de certeza que não ia demorar mais que 5 minutos. Pois para meu gáudio a minha secção de voto estava quase vazia. Tinha cerca de 2 pessoas à minha frente e mais uma lá dentro. Em menos nada chegou a minha vez, dirigi-me à mesa onde estavam os 3 elementos que a lei exige e confiei os meus documentos a um senhor de cabelo grisalho que presidia aquela secção.
Não devo ter demorado mais que 2 minutos a preencher os 3 papelinhos com um 'X' e a dobrá-los cuidadosamente. Distraí-me apenas por escassos segundos a ver os miúdos a correrem atrás do pai por entre os vidros meio foscos da sala. E foi a olhar para eles que me dirigi, de sorriso rasgado, ao senhor de cabelo grisalho, e foi a olhar para o dito senhor que escancarei a boca ao deparar com os documentos que ele me estendia.
Perante o meu ar de espanto ele acha que talvez fosse boa ideia confirmar (claro... não fosse eu, cerca de 50 anos mais nova que ele, estar a ver mal!) e pergunta de voz entramelada:
-Dona Ana?
-Nem dona nem Ana! -respondo eu. - Nem um único nome eu tenho em comum com essa senhora e pela fotografia, nem sequer estamos próximas a nível de idade. - e com isto devolvi-lhe os documentos e olhei em redor a ver se vislumbrava os meus.
Foi em total pânico que percebi que não havia ali mais documentos. Eu estava sozinha na sala de voto com 3 gatos pingados a olharem para mim meio atónitos.
-Olhe... -diz então ele no tom mais calmo do mundo- acho que dei os seus documentos a outra pessoa.
-Acha? Pois... parece que sim. Mas então se errou... resolva! -respondo.
Juro-vos que em tanto anos de vida (menos que o senhor, mas mesmo assim...) nada me poderia preparar para o que viria a seguir.
Pensei que ele próprio fosse atrás da senhora ou pedisse a uma das raparigas mais novas para ir, mas não. A solução que ele encontrou para resolver um erro dele, e ao qual eu era de todo alheia, e parte lesada, foi:
-Ela não deve estar longe porque saiu ainda agora e é coxa. Vá a correr que ainda a apanha!
-Desculpe??? Quer que eu vá a correr por aí fora atrás de alguém que eu não conheço e interpele as pessoas a exigir que me mostrem os documentos?
Tentei manter a calma, apelar ao bom senso das duas jovens que o ladeavam, e pedir para serem eles a resolver uma situação que era culpa... deles! Não me parecia lógico ser eu a tratar de nada daquilo, nem sequer tinha qualquer legitimidade para o fazer, e caramba... pelo que eu ouvi dizer que aqueles senhores recebem por estar ali... bem que podiam mexer as patinhas!
Pois não mexeram! Passaram-se vários minutos em que o senhor não só não pediu desculpas, como insistiu que eu é que deveria resolver a situação e que devia também compreender que os erros acontecem. Pois... compreendo, mas naquele caso acho de uma irresponsabilidade total entregar-se documentos a alguém sem sequer confirmar a identidade da pessoa, sem sequer olhar para a fotografia, sem sequer perceber que, por muito bem conservada que a senhora tivesse, não poderia nunca ter nascido na década de '70.
Mas melhor... perante aquela inactividade toda e a insistência para que eu simplesmente saísse dali, acabei por pedir para falar com alguém que pudesse ter neurónios suficientes para perceber o caricato da situação. E quando vem a dita pessoa, com um cargo de presidente de Junta que deveria ser sinónimo de responsabilidade e de discernimento, sai-se com o mesmo discurso de que erros acontecem e que naquela fase pouco haveria a fazer. Que eu deveria ter ido atrás da senhora, mas que também seria uma questão de esperar pois ela haveria de dar pelo erro e entregar os documentos.
Agora digam-me vocês... quantas vezes por ano têm necessidade de puxar do documento de identificação? Acham provável que a octogenária coxa sequer conduzisse ao ponto de poder ser mandada parar numa operação STOP onde lhe pedissem para ver o cartão de cidadão? Ou seria até melhor eu colocar um anúncio no jornal, estilo 'Procuro octogenária coxa'? E mesmo que os meus filhos -que entretanto já estavam junto a mim- não se importassem de atrasar o almoço e a sesta naquele dia, até quando será que aquela iluminada acharia lógico esperar? É que era de manhã e a secção de voto só fecharia ao final de dia.
Aqui a tonta -vá-se lá saber porquê- achou melhor recusar-se a sair dali sem os documentos ou um relatório da polícia em como eu estava privada dos meus documentos contra vontade. Por um lado, porque as multas por conduzir sem documentos ainda são consideráveis, mas por outro... também quem me poderia garantir que a senhora era séria?
Pois que era... deveria estar até na missa (calculo que o catolicismo esteja estampado no rosto) e por isso a solução era eu esperar até ao final da dita que iam pedir a alguém para lá ir (curioso como a palavra polícia dá energia para mexer as patinhas). Mas também me sugeriram que esperasse um pouco mais longe, e já agora... que não comentasse o sucedido a tão viva voz. É que por essa altura já diversos vizinhos meus andavam por ali e claro que estavam curiosos em saber o porquê de eu ainda ali estar. Pois... azar!
Ora por esta altura já eu achava que estaria envolvida em alguma piada de mau gosto. Para além da incredulidade do erro em si, era toda a situação que se seguiu que não fazia sentido e por isso, como não cederam ao meu apelo para chamar a polícia, chamei eu.
Perante a gravidade da situação, e a consciência de que 2 crianças (na altura de 2 anos) esperavam pela mãe para irem almoçar, a polícia não tardou em comparecer no local, identificar o dito senhor, identificar-me a mim, e registar o sucedido.
Seguiram-se mais umas cenas caricatas, com um dos polícias a ter uma conversa particular com a tal pessoa da Junta, e depois a dirigir-se a mim para me demover de apresentar queixa. Foi pena ele não me conhecer, ou poderia ter poupado algum latim. É que a consciência dos meus direitos tenho eu, assim como dos deveres de quem exerce um cargo de presidente de Junta, e de quem preside uma mesa de voto. E já que falamos nisso... dos deveres de quem exerce um cargo de autoridade, sendo que um deles é a imparcialidade... certo?
Foi então que o segundo elemento da polícia me reconheceu e veio falar comigo. Pediu desculpa pelo sucedido. Belas palavras, pois foi a primeira vez naquele dia que alguém as proferiu. Disse que compreendia a gravidade da situação, que lamentava o sucedido e que iria tentar resolver tudo. Uma vez que tinham os documentos e morada da pessoa era simples de resolver, certo? Agradeci. Por mim e pelos meus, que assim fomos para casa, para um almoço tardio e uma sesta mais ou menos inquieta.
Cerca de uma hora depois recebi um telefonema da polícia. Cerca de uma hora depois tinha os meus documentos de volta. Ainda hoje a minha filha diz que há um polícia que é amigo. Gostava que fossem todos... todos os polícias, todas as pessoas que exercem cargos de chefia, no fundo todas as pessoas que lidam com pessoas. Por isso no dia em que houver um político que trate as pessoas como pessoas eu arrisco voltar a votar. Prometo!
Aceitando mais uma vez a sugestão do Sapo, vamos lá espreitar as estatísticas partilhando os 5 posts mais lidos do mês de Fevereiro. São eles:
As Aplicações do Sr. Sapo
http://twin_mummy.blogs.sapo.pt/as-aplicacoes-do-sr-sapo-49588
Pais da Tanga: O Candeeiro e a APACM
http://twin_mummy.blogs.sapo.pt/pais-da-tanga-o-candeeiro-e-a-apacm-50656
Disparates
http://twin_mummy.blogs.sapo.pt/4107.html
Coisas que me irritam
http://twin_mummy.blogs.sapo.pt/2934.html
Quero viver na casa do Pingu
http://twin_mummy.blogs.sapo.pt/quero-viver-na-casa-do-pingu-51409
A todos os que por aqui andam, mais opinativos ou mais silenciosos, o meu muito obrigada. E caso tenham sugestões quer para novos posts, quer para melhoramento dos já existentes ou do blog em si, acreditem que são sempre bem vindas. Ou comentando directamente ou enviando email, por favor opinem!
Graças aos meus deliciosos mabecos que me surpreendem a cada dia com as mais variadas pérolas que depois aqui partilho convosco, mas também porque sou uma refilona opinadora em relação a tudo o que me rodeia, acreditem que material há sempre muito, e se não escrevo mais é mesmo por falta de tempo. Mas como também sei que há por aqui muitas leitoras que sãp mamãs ou futuras mamãs de gémeos, e que acabam por gostar de ter um outro ponto de vista em relação às situações que estão a passar, de alguém que teve as mesmas dúvidas, os mesmos dilemas, as mesmas preocupações, por favor não hesitem em perguntar se acharem que posso ser-vos útil de alguma forma.
E a todos os papás, mamãs e simplesmente curiosos que por aqui andem hoje, e respectivos mabecos, votos de um FELIZ CARNAVAL!!
Pegando em mais um desafio interessante do Sapo, e porque me aviva belas memórias, o filme que gostaria de rever no cinema seria o 'Gremlins'. Porquê?
O meu avô era um orgulhoso GNR e por causa disso (não por ser orgulhoso mas por ser GNR, vocês perceberam, certo?) costumávamos passar todo o verão no Parque de Campismo da dita Instituição, na Costa da Caparica. Entre os inúmeros divertimentos que tinhamos por lá, entre os quais apanhar caranguejos nos pontões da praia, surfar (eu posso até confessar a minha descoordenação total para o efeito, mas em nada invalida o divertimento em si), andar de escorrega de cabeça para baixo, esfolar os joelhos ao cair de bicicleta (sem protecções, claro... que ali havia elementos do sexo feminino mas não necessariamente florzinhas de estufa), destacavam-se as sessões de cinema no campo de hoquéi (sim, deveria haver por ali alguma tradição hoquista oculta já que não me recordo de ver o campo servir para essa modalidade).
Não me perguntem a que dias era (salvo erro à quinta-feira) porque já lá vão mais anos do que aqueles que eu gosto de reconhecer, mas uma noite por semana era colocado um écran gigante no dito campo onde passavam repetidamente os mesmos filmes interessantissimos, como 'O Senhor das Aranhas' (a imagem não é do filme já que em português não encontro registo dele e não faço ideia do titulo em inglês, mas não resisti a torturar quem possa eventualmente ter uma pitadinha de aracnofobia... just because) ou outros tais. Por norma implicavam porrada, cenas a preto e branco ou pouco mais que isso (NÃO, NÃO SOU DO TEMPO DO CINEMA MUDO), e uma história entediante que teria sempre um herói e uma princesa em apuros, que acabava por ser salva (ora bolas, que de vez em quando seria interessante ver um dos bons a morrer, só para variar um pouco).
Estávamos nos anos 80, é certo, e não haveria as tecnologias que existem hoje em dia como a tv por cabo com os seus canais temáticos (havia 2 canais generalistas e já era uma sorte termos um televisor na tenda pois nem toda a gente tinha) e as gravações automáticas (já tinham sido inventados os gravadores video, sim... simplesmente não havia toda esta facilidade em rever um filme como há agora) mas caramba... de certeza que existiam filmes mais recentes e interessantes que aquilo.
E por isso não seria de admirar que a malta acabasse por fugir sair do Parque para ir para programas mais interessantes. Por norma íamos para o centro da Costa, para uma casa de jogos que havia na rua principal. E pergunta agora a geração mais jovem...qual a lógica? Pois... na altura não havia consolas e o ZX Spectrum levava meia hora a carregar um jogo (ou não, já que o fulano tinha um sentido de humor retorcido e em muitos casos depois do tempo de espera simplesmente tinha de se voltar a tentar), e ping pong e o-outro-jogo-que-não-me-recordo-como-se-chamava (mas que tinha uma espécie de disco de hóquei -e pronto... ainda levo com um stick no focinho por falar tanto do dito e não lhe dar a devida importância, mas sim... gosto e sou apoiante, e tenho até um priminho que é praticante) nem hoje em dia se jogam sem ser com esforço físico envolvido, pelo que era necessária a nossa presença- ou assim justificávamos perante os adultos que tomavam conta de nós (no meu caso os avôs maternos).
Massssss -e eis que chegámos ao ponto fulcral da temática do post- também iamos para os parques de campismo adjacentes, bem mais evoluidos nessas questões cinéfilas. E como um deles tinha sala de cinema (salvo erro era o Inatel) foi lá que vi pela primeira vez o 'Gremlins', com a plateia a achar que a parte em que a fita (sim, sou do tempo das bobines... bah!) parecia deteriorar-se seria mesmo a sério, já que aquela sala de cinema não seria obviamente das mais evoluidas, e portanto a ocorrência de uma tal situação seria até bem plausível. Ouviram-se inúmeros insultos e houve até pessoas que se levantaram para ir ter uma conversazinha com o projeccionista. E que depois tentaram disfarçar assim que ouviram o riso dos bicharocos. mas já era tarde...
Claro que depois disso já o revi vezes sem conta na televisão, e curiosamente continua a ser dos meus preferidos na classe 'filmes para ver enquanto se come pipocas'. É simples qb e divertido qb para uma tarde em familia, e a voz do Gizmo continua a ser das minhas imitações preferidas (também sei imitar um rouxinol, mas isso não vem agora ao caso). E não... nunca desejei que o Gizmo fosse real porque uma coisa é ouvir o cantarolar dele 30 segundos, outra diferente seria aturar aquilo constantemente aliado àquele sorriso de marmelo. Enjoa-me. Ao ponto de, se tivesse mesmo um, ser capaz de lhe dar comidinha depois da meia noite só para ver se ele acordava para a vida...
Mas tal como disse em vez de tê-lo, preferia voltar a vê-lo no grande écran, com uma sala repleta de pessoas a barafustarem por o filme estar estragado. Over and over again... e eu a comer pipocas!!
Pegando então em mais uma sugestão do Sapo aqui fica o meu melhor de 2013...
1. A série televisiva
Incongruências à parte (precisavam ali de uns acessores técnicos), Chicago Fire tem 'incendiado' os nossos serões (sim, o elenco também é jeitoso). O senão é que a cada toque de sirene (e são muitos ao ponto de dar para apanhar uma grade bebedeira com um concurso de shots emborcados a cada som estridente) a Pespineta também dá sinal. Menção honrosa para Amor aos Pedaços que se ficou pela primeira temporada e nos deixou com água na boca... uma encruzilhada de histórias deliciosas e personagens cheias de... personalidade!
2. O filme
Já não me recordo a última vez que fomos ao cinema. Não é apenas por uma questão de falta de tempo, mas ao preço a que estão os bilhetes, e com a comodidade de se poder ver em casa confortavelmente sem o barulho da malta a devorar pipocas acabamos por ficar pelo quentinho. Depois é também a vantagem destas novas tecnologias, de não só termos ao dispor uma série de canais com novos filmes a passar a cada hora, como ainda a possibilidade de revermos a programação dos dias anteriores ou mesmo gravarmos para ver numa altura mais oportuna. Excepção para aqueles filmes de grande écran, como o Hobbit (penso mesmo que o último terá sido esse), que esperamos ainda conseguir ver a sequela até final do ano.
3. O livro
Apesar de ter feito o destaque de 'O Principezinho' como um livro intemporal, que leio constantemente, e cuja leitura aconselho, optei por destacar aqui um livro cuja leitura iniciei mas que parece ser interminável. Prenda de Natal de 2012, apesar do tempo para leitura ser sempre menos do que aquele que gostaria, comecei a ler no início do ano, e seguia a um bom ritmo. Mas a Sra. Patapon entretanto descobriu-o, apanha-o constantemente e desmarca-o, dificultando assim a minha tarefa. Falo de 'Marcelo Rebelo de Sousa', da autoria de Vítor Matos. Mais conhecido aqui por casa como 'O livro do Marcelooooooo??' (e ai de mim que o tente esconder)
4. A viagem
Madrid! A viagem no Lusitânia expresso hotel para Madrid. Não só porque foi a única que fizemos este ano, mas porque foi A VIAGEM. Porque foi diferente, porque foi divertida, e porque deu para recarregar baterias, o que é essencial quando se tem mabecos. A quem tenha curiosidade pode ler o relato na quadratura de posts (isto dito assim parece importante) 'Escapadela semi-romântica'. Recomendo vivamente que vivam esta experiência única e -porque não?- partilhem!
5. O post
Como não poderia deixar de ser, o post que me marcou mais em 2013 foi o primeiro: 'E então quer um ou dois?'. É essa a frase chave que me ficará para sempre gravada na memória, e é graças a terem vindo dois que pude partilhar convosco esta loucura que é ser mamã de gémeos, quando não se esperava nem um. Mas costumo sempre dizer que cada fase, cada etapa, cada gesto da nossa vida tem sempre um significado especial, porque nos molda naquilo que nos acabamos por tornar, porque nos dá um pouco mais de experiência, de conhecimento, e nesse sentido cada um dos mais de 150 posts que escrevi nestes 6 meses também terá um significado especial. E claro... o próximo! Que venha por isso inspiração para mais 150, e mais 150, e mais...
http://twin_mummy.blogs.sapo.pt/389.html
Resolvi aceitar o desafio 'inspira-me' do sapo e dar-vos a conhecer as nossas (de)corações de Natal, e assim as chamo porque todas elas nos tocam de alguma forma ao coração. Depois de mais uma semana sozinha com os mabecos, seguida de uma semana complicada de constipações e noites mal dormidas, a energia para tratarmos das decorações de Natal não era muita. Por isso confesso que adiei um pouco as coisas, mesmo porque queria que os mabecos fossem parte activa no processo, mas isso requer um grande controle a paciência da nossa parte e, enfim... perdoem-me se sou apenas humana.
Acontece que se muitas pessoas com crianças (hoje em dia é cada vez mais prudente não dizer 'casais') foram praticamente forçadas a colocar as decorações em Novembro (ou mesmo em Outubro, como confessou uma prima nossa no fim de semana passado), a maioria colocou no dia 1 de Dezembro, pelo que para nós começava a ser complicado gerir o entusiasmo dos miúdos. Perante a triste exclamação da Patapon ao ver a porta da vizinha da frente enfeitada:
-Olha, mãe! Ali já é Natal!
e tendo em conta que ultimamente o Pai Natal é uma constante das nossas conversas (a maior parte das vezes para fazer chantagem com eles e assim convencê-los de forma 'pedagógica' a portarem-se bem, mas isso também não vem ao caso...), entendemos que não havia de passar deste fim de semana.
Como a casa é pequena sempre tivemos uma árvore à medida, porque no fundo o que importa é o espírito, certo? Para evitar também grandes elaborações e acumulação de pó (viva as alergias!) recorriamos por isso a uma pequena árvore com galhos entrelaçados, pintada de dourado, a fazer pendent com a estrela que colocávamos na porta. Este ano, por iniciativa do co-irresponsável, metemos mão à obra com os miúdos e resolvemos fazer uma nova árvore. Com 2 folhas de cartão, lápis de cor, e uns tubos com gel e purpurina colorida, não poderiamos ter ficado mais orgulhosos do resultado.
De resto a estrela da porta permaneceu, e colocada em família como nos anos anteriores. Começa a ser uma tradição que eu espero que se mantenha por muitos anos (nem que tenha de os subornar!).
Persistem também as decorações que adquirimos quando remodelámos a sala e que combinam com a escandalosa parede vermelha (aproveito para dar um recadinho ao pintor que andou a sugerir salmão... não, ainda não estamos fartos!), e que no fundo nos recordam tudo o que passámos desde que estamos juntos (nunca se metam em obras!).
E a fada (ou duende ou lá o que quiseram chamar) que comprámos para 'o bebé' numa feira de artesanato quando descobrimos que estava grávida, mas longe de saber que seria de gémeos. Devia ter desconfiado ao ver que no cestinho ela traz mais que uma pinha...
Depois temos alguns apontamentos simples espalhados pela casa, como estas árvores de Natal que foram herança das decorações dos meus tempos de solteira (será muito mau dizer... que saudades?? hmmm...).
Temos as usuais luzes para não destoar dos outros lares portugueses e que tão bem conjugam com as edições especiais do Homem de Ferro e dos meus queridos Watchmen (este gosto das edições especiais é felizmente um dos muitos partilhado com o co-irresponsável).
Novidade das novidades, este ano uma excelente aquisição, na IKEA, por apenas 3,99€. Tem a grande vantagem de funcionar a pilhas, e graças às ventosas dá este efeito especial ao espelho da casa de banho. A desvantagem é que de vez em quando se solta uma ventosa e quando isso acontece à nossa passagem é difícil conter os gritinhos histéricos.
Gostava também de vos mostrar o Pai Natal e o boneco de neve que os pequeninos trouxeram do berçário no nosso primeiro natal em família, mas os bonecos são tão patuscos que eles ainda não os largaram, e até dormem com eles. E assim fica concluida a 'tour cá por casa.
Com isto até achámos que estava giro, simples e original. Até vermos a árvore dos nossos amigos Tiago e Alice. Graças à minha completa ignorância em relação às novas tecnologias (e por novas quero dizer desde o tempo do VHS até ao presente), não consigo carregar o vídeo, mas acreditem em mim que o efeito das luzes a passarem pelas rodas é sublime, pois dá uma sensação de movimento incomparável a qualquer outra 'árvore'.
A eles os meus parabéns pela originalidade e o desejo de que para os próximos anos, com a chegada do novo elemento da família, nos consigam continuar a surpreender... a 3!
E a todos vocês que por aqui andam, mais comunicativos ou mais envergonhados, votos de um Natal muito inspirado!!