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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Estamo-nos a preparar para ir jantar fora, um frio de bradar aos céus e eu a arranjar as coisas para sairmos quando o puto vai fazer o chichi da praxe. E grito eu do quarto:
-Queres levar luvas?
-O quê????? -responde ele em tom admirado.
-Se queres levar luvas. A mana vai levar.
-Não!!!!
-Não queres mesmo levar? -insisto eu por achar estranho que ele não queira já que adora andar de luvas.
E num tom algo resignado ele lá responde:
-Só se forem sem graínha!
E pronto... passámos o resto da noite a gozar com ele.
O nosso primeiro Verão...
-Oh, Mãe! Nunca mais é Verão! - dizia a minha filha a suspirar.
-Ainda estamos no Inverno. Falta um bocadinho para o Verão. -explico eu.
-Mas eu penso no Verão, penso, penso... e nunca mais acontece!
-Oh, querida... se fosse assim tão fácil. Infelizmente não basta pensar no que queremos para as coisas acontecerem. E há coisas que podem ser e outras que não podem, por muito que se queira.
-Mas eu gosto mesmo do Verão. Pode-se andar na praia, estar na piscina sem ter frio. Nunca devia ser Inverno!
-Ahhh... mas isso não pode ser. Depois como é que as plantas cresciam e os rios ficavam com água? O Inverno também é preciso.
-Então... então... era uns dias Verão e outros Inverno... para não demorar tanto!
E assim, como homenagem à minha filha, cá vai...
Numa destas manhãs chuvosas e farruscas de um verão que parece não querer chegar, tinha eu a Patapon a insistir que queria ir de gorro e luvas para a escola.
Insisti que estava calor e que iria ficar a transpirar com tais acessórios. Até disse que os outros meninos iam ficar a olhar para ela, de tão estranho que aquilo era, mas ela continuava a lutar pelo seu gorro e as suas luvas. Numa derradeira tentativa tento explicar:
-Querida... isso usa-se quando é inverno, mas agora está calor, não faz sentido andares de luvas e cachecol com este calor.
Responde a Pespineta:
-Mas é Inverno, mãe! Olha como chove!
E pronto... foi assim que fiquei sem argumentos perante uma miúda de 3 anos e meio. Mas valeu-me o mano, que nem sei bem como, lá a conseguiu convencer...
Quem tem filhos sabe de que falo! Se há dias na vida em que a Lei de Murphy se aplica, quando envolve crianças o efeito é exponenciado, e quando tentamos ir de férias com eles então... bem... é inexplicável!!
Mas para quem não percebeu ainda, vou tentar dar umas luzes. Num dia normal é certo que o pão cai sempre com a manteiga para baixo, e que quando temos pressa todos os semáforos são vermelhos. Mas nestes casos não envolve necessariamente uma criancinha a rebentar-nos os tímpanos. Agora imaginem estes mesmos cenários ou outros quaisquer em que os acontecimentos de bosta se sucedem e que temos não uma mas, no meu caso, até duas criancinhas histéricas a tentar ajudar.
Querem pior? E tudo isto numa casa que não é a nossa e a kms de casa? Ainda não estão convencidos? Vou tentar então ser mais explícita, e quem já tem mabecos por favor pronunciem-se se não é assim para que os outros não achem que é exagero. Ora aqui ficam algumas das Leis de Murphy Infantis mais observadas cá em casa sempre que tentamos ir para algum lado com eles.
E claro que com tudo isto contem em voltar mais cansados do que aquilo que foram, e pensem sériamente antes da próxima viagem se não seria melhor deixarem-nos com alguém e fugirem vocês.
Querem saber que mais?? Foi mesmo isso que tentámos fazer logo de seguida...