Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


O papel de uma mãe...

por twin_mummy, em 03.06.18

Quando um puto grita de uma casa de banho:

-Mãeeeeee! Já fiz cocó!renova.jpe

Para o outro, daí a 5 minutos gritar:

-Mãeeeeee! Já fiz cocó!

Ficamos com a certeza...

O papel de uma mãe... é Renova!

 

 

(In)compatibilidades

por twin_mummy, em 20.11.16

bombeira.jpg

 

No meio de uma conversa sobre primeiros socorros, que já nem me lembro muito bem como começou, a Patapon pergunta porque é que sei aquelas coisas.

 

Acabo por lhe explicar que fui bombeira voluntária, ao que ela admirada exclama:

-Ahhh! Foste bombeira?

-Sim!

-Então como é que conseguiste ser mãe?

O papel da mãe (não, não é Renova!)

por twin_mummy, em 04.09.16

Eu: Tem cuidado que ainda cais.
Ele: Não caio nada.
-No outro dia também achavas que não caías e por causa disso levaste 4 pontos no queixo.
-Ohhhh... mas eu agora tenho cuidado. Não estejas preocupada.
-Não consigo deixar de estar preocupada. Tu és meu filho e por isso hei-de sempre preocupar-me contigo e avisar quando acho que corres perigo de te aleijar. É esse o papel da mãe.
-O papel da mãe é ser chata?

ALERTA: Alteração de Endereço

por twin_mummy, em 13.07.15

Para os mais desatentos reparem que o endereço do blog alterou de twin_mummy para TwinMummy. E porquêêêêê?- perguntam vocês. 

 

Acontece que já de um tempo a esta parte algumas pessoas se queixavam que por vezes não conseguiam colocar gosto nos posts nem comentar. Como uma dessas pessoas é a minha mãe e ela não é própriamente um suprasumo da informática achei que seria ela que estava a fazer qualquer coisa mal.

 

Parece que não... e por isso desculpaaaaa mamã! Parece que é o Internet Explorer que embirra com o tracinho do nome e por isso fui alertada pelos amigos sapenses.

 

Calculo que para muitos outros leitores bastaria o alerta para usarem outro browser mas para a minha mãe... hmmm... está mudado, okis?

 

Acontece que para quem já subscreveu parece que terá de o fazer novamente ou fazer uma alteração qualquer. Como sou uma nódoa nestas coisas aqui fica a explicação da equipa Sapo:

 

''A mudança de endereço tem consequências ao nível do feed de RSS (que alguns leitores seus podem usar para subscrever o blog em leitores de RSS), pelo que, a mudar de endereço, recomendamos que comunique essa alteração no blog antes de a fazer - para que os leitores ainda recebam esse post e possam atualizar o endereço subscrito.''

 

Pois...como precisava ver se conseguia fazer a alteração e se era possível da forma que eu queria...olhem... já está e desculpem por não avisar antecipadamente. Mas espero sinceramente não vos perder (porque sei que de vez em quando vêem cuscar) e aos mais calados espero sinceramente que fosse uma questão de browser e que de hoje em diante não se calem!

 

A toda a equipa Sapo a minha sincera homenagem por me aturarem e por ainda me tentarem explicar estas coisas!!

 

A todos os leitores toca a subscrever e a comentar que nem uns doidos sem pensar no amanhã!

Still Alive!!

por twin_mummy, em 15.02.15

A quem se anda a interrogar qual o motivo desta minha ausência, na realidade não há uma razão concreta. Foi um acumular de situações que levou a que eu não tivesse tempo nem energia para ir actualizando o blog.

 

Os posts estão mais ou menos escritos pois tentei ir continuando a registar todos aqueles momentos que tenciono não esquecer. Falta apenas colocá-los em formato de leitura, o que tentarei fazer durante os próximos dias e colocá-los na data certa, na medida do possível.

 

Por aqui a vida continua, mesmo com os precalços de quem é mãe de 2 mabecos já com 4 anos, que adoeceram em pleno inverno como seria de esperar, e filha de 2 pais que adoro e que não estão mais novos, mas que se vão aguentando por cá. Desde Dezembro que as gripes, as viroses e as infecções pulmonares bacterianas correram toda a famíla. No meu pai com mais gravidade devido ao estado de saúde dele já debilitado.

 

A todos os que enviaram mensagens de apoio e carinho e que de uma forma ou outra se queixaram da minha ausência, muito obrigada. Sometimes barely, but we're still alive and kicking!

O despertar de uma mãe

por twin_mummy, em 12.07.14

Seis da manhã e no meio de um lindo sonho oiço uma voz doce:

-Mããããeeeeeee!

 

Ora... não me perguntem como, mas quando somos mães parece que adquirimos um botão automático que nos permite despertar em estado semi-zombie (aquele em que estamos suficientemente acordados para desempenhar algumas tarefas básicas, mas que não chega a definir-nos como gente) junto a quem quer que por nós chame.

 

E foi assim que, meio ensonada, respondi:

-Diz, filha...

-Toma! -ouvi eu de retorno enquanto ela esticava o bracito na minha direcção.

 

Pensei que estaria a sonhar, mas como não se deve contrariar sonâmbulos debrucei-me sobre ela e serenamente perguntei:

-Toma o quê?

 

Resposta pronta enquanto me passava algo pequenino e semi-esférico para a mão:

-Toma um macaco!

 

E é assim a aventura de se ser mãe.

Recado(s) do Dia da(s) Mãe(s)

por twin_mummy, em 04.05.14

Neste Dia da Mãe, que foi para mim passado como tantos outros dias do ano, mas com algumas palavras doces pelo meio, não poderia deixar de fazer, eu própria, homenagem a todas aquelas mulheres que, de uma forma ou outra, marcaram a minha vida enquanto mães. 

 

Antes de mais à minha mãe. Lamento, como em tantos outros dias não ter podido estar com ela, mas ela sabe que estou sempre de coração. Foi dela que herdei esta pontada de loucura, a veia poética e a boa disposição (mesmo nas alturas mais complicadas). Sabes bem que por isso faço embora não seja fácil... Mas nunca é. E não tem sido para ti. E só por isso quero que saibas que te admiro muito, que te adoro muito, e que nunca encontro as palavras certas para te agradecer por tudo o que tens feito. Por mim, pela minha mana, e sobretudo pelo meu pai. Obrigada por ainda lutares por uma causa que tantos acham perdida... Obrigada por teres esse coração de ouro para cada ser humano, cada gatinho, cada Maria-Café que atravessa o teu caminho. Quero um dia ser como tu e quero voltar a ver-te sorrir assim...

 

Uma palavra também especial à minha mana. Por todas as vezes que me garantiste que eu tinha sido encontrada no caixote do lixo, por todas as brincadeiras de mercearias em que insististe ser a dona (ou não brincavas de todo), por todos os chupas e gelados que me arrancaste das mãos, por todas as vezes que me picaste à mesa ou de viagem no carro e me obrigaste a dar-te uns pontapés porque ainda não o sabia verbalizar (e depois disso porque lhe apanhei o jeito)... acredita que na altura me apetecia ir-te ao focinho, mas se hoje em dia nada me deixa de rastos é graças a ti.

 

E juntamente com esses momentos guardo bem fundo no coração tantas e tantas vezes que avançámos corredor fora, comigo sentada no carro das bonecas, a marcarmos as paredes todas à nossa passagem; estarmos deitadas no chão da sala a fazermos desenhos na parte de baixo da mesa (para a mãe não ver, quando ambas sabíamos que ela às econdidas ia lá admirar as nossas obras de arte); teres-me perdoado por ter cortado o cabelo da tua Nancy e partido a tua cozinha de brincar, e teres gasto uma boa parte do teu primeiro ordenado a comprares-me um relógio da Benetton. Já lá vão uns bons 25 anos e ainda o tenho, apesar de hoje em dia dever valer uns cobres valentes no OLX. Obrigada também por me dares dois dos homens mais importantes da minha vida... ADORO os meus sobrinhos! E por seres para mim um exemplo de mãe! Espero que de hoje em diante a vida te sorria um pouco mais, porque mereces!

 

Para a outra pessoa que tem sido como uma mãe para mim, que me adoptou e acarinhou assim que comecei a namorar com o filho dela, obrigada por toda a ajuda que me tem dado nesta fase tão exigente da minha vida. E porque para ela este início de ano tem sido particularmente complicado a nível de saúde, espero que continue em passo pequeno mas firme rumo à plena recuperação. Por todos os gestos maternos que tem para com os meus mabecos... obrigada!

 

Uma homenagem especial agora às que já partiram mas que terão sempre um lugar especial no meu coração.

 

À minha avó Vitória nada mais digo porque as saudades me toldam os olhos de lágrimas, mas sei que lá de cima onde estás vem sempre um raio de luz mais quente que os outros e que me faz sentir-te sempre perto.

 

À minha bisavó Maria cada vez mais pena de não a ter conhecido. Dela dizem que herdei o nariz empinado, não no sentido de me sentir acima dos demais, mas de sentir que sou importante q.b. para nunca me vergar a ninguém. Recordo-me muita vez da história de quando ela foi presa, simplesmente porque não se calou perante a prepotência policial que se fazia sentir (eu escrevi fazia-se, no pretérito, ok?). Eu ainda não cheguei a tanto, bisa... mas por este andar para lá caminho!

 

Um beijo enorme também para a estrelinha onde habita a minha avó Ana que me deixou de legado um anel que chegou com a notícia da morte dela... Não era suposto ser assim, avó... e sinto muito por isso. Herdei dela a mania de dar alcunhas a toda a gente e de certa forma, será então a ela que devo o facto de ter 2 mabecos...

 

Como não poderia deixar de ser, obrigada aos meus filhos. Acreditem que o desespero de descobrir que estava grávida de gémeos há muito que passou. Sei que não serei a melhor mãe do Mundo, mas não serei com certeza a pior. E o orgulho que sinto em ter dois mabecos tão giros, inteligentes e meigos (saem portanto à mãe!) é imensurável. E a cada sorriso, a cada beijo, a cada abraço, sinto que talvez não me tenham escolhido em vão. Adoro-vos muito, meus mabecos!

 

Para finalizar, uma palavra especial para todas aquelas mães que eu tenho conhecido de uma forma ou de outra ao longo da minha vida e que têm sido para mim um exemplo. Porque nem sempre as coisas correm bem, porque há dias em que apenas gostaria de voltar a ser pequenina e poder andar para sempre 'Nos pepés da mamã' sem sentir o peso do Mundo em cima dos meus ombros, sinto que não devemos nunca esquecer como é bom ser mãe! Um dia feliz para todas vós!

Os 'Porquê?'

por twin_mummy, em 15.04.14

Ser mãe de gémeos por norma não deixa muito tempo para nos embonecarmos. Mas é preciso, penso eu. Sabe bem continuar a sentir-me mulher, a sentir-me alvo de alguma atenção, e penso que não só serei eu que o mereço como também aquelas pessoas que me rodeiam e me amam merecem que eu dê o melhor de mim. Em tudo! Não nos devemos esquecer que, para além de mães funcionais (que implica satisfazer as necessidades básicas dos putos como dar a comidinha a horas certas, o banho, trocar a fraldocas cheia de cocó com um sorriso na cara) devemos ser um exemplo de ser humano para eles. E para nós, caramba!

 

E nesse sentido tenho ultimamente feito um esforço para não vestir a primeira coisa que me vem à mão, investir num ou outro vestidinho sexy, ou arranjar energia para me maquilhar às 5h00 da manhã.

 

Acontece que por norma opto por uma maquilhagem escura (apesar de saber que não é adequada para o dia, é um truque para retirar os olhares das olheiras que teimam em aparecer àquela hora da madrugada), mas esta semana calhou de ir com um dos tais vestidos que por acaso era azul. E vai de me maquilhar de azul meio eléctrico e por-me a caminho, deixando parte do meu coração ainda a dormir em casa. E por isso os mabecos acabaram por só me ver naqueles preparos já ao fim do dia, quando os fui buscar à escola. Diz o Pandinha (que parece estar a entrar na tal idade dos 'Porquê?'), perante uma plateia enorme de miúdos, pais e auxiliares, a plenos pulmões assim que me vê:

 

-Ohhhhh, mãe! O que é isso que tens nos olhos?

-É maquilhagem, querido. Tu já viste a mãe maquilhada...

-Mas está azul, mamã! -insistia ele, perante os risos daqueles que, estando mais próximo, se aperceberam da conversa.

-Porque estou vestida de azul e assim fica a condizer.

-E porquê?

-Porquê o quê? -tentava eu baralhá-lo.

-Porque pões? -respondia o Pandinha com aquele ar de que iria até ao último porquê para obter uma resposta satisfatória.

-Para me sentir mais bonita, acho eu...

-E porquê?

-Olha... para o papá continuar a gostar de mim. Para eu continuar a gostar de mim...

E foi então que com o ar mais admirado do Mundo ele me respondeu naquele tom 'DUUUUHHHH'

-Ohhhhh, mãe! Mas ele goooosta de ti!

 

E pronto! Como dizem que as crianças não mentem, saí dali nas nuvens.

A mana

por twin_mummy, em 10.11.13

Estava a vestir a princesa quando lhe dá um daqueles ataques de mimeira e se agarra ao meu pescoço a dizer:

-Adooooro-te muuuuuitoooo!

Assim que as litradas de baba pararam de escorrer da minha boca sorri para ela e expliquei-lhe a reciprocidade do sentimento não só com palavras mas com beijos e abraços daqueles apertadinhos.

 

No meio de tanta mimice sorri e disse em tom de brincadeira:

-Sabes o que podiamos ser? Manas! Eu podia ser a tua mana mais velha e andávamos sempre juntas! É isso! Vou deixar de ser a tua mamã e passo a ser e tua mana. O que achas?

-Ficas mana?

-Sim, querida! Fico como que uma mana mais velha, brinco contigo, dou miminhos, vamos juntas para a escola...

-Ficas uma mana velha?

-Não é 'mana velha'... é uma 'mana mais velha'.

 

Foi então que aquele metrinho de gente olhou para mim com ar sábio, colocou as mãos no meu rosto e falando daquela forma pausada como se fala com as crianças pequenas me disse:

-...mas tu ÉS velha!!

 

E foi assim que eu caí na realidade e regressei ao meu papel de mãe de caudinha entre as pernas.

Bebedeiras e festividades

por twin_mummy, em 02.11.13

Correndo o risco de deturpar completamente o imaginário infantil da minha mãe, há certas coisas que acabamos por constatar e que precisam ser ditas publicamente, e mais publicamente que isto não seria possível: Há bebedeiras e bebedeiras.

 

Recordo-me que a minha primeira bebedeira foi com amêndoa amarga em casa de uma amiga minha. Meus caríssimos teenagers que me estejam a ler (neles incluo o meu querido sobrinho Gonçalo, que o Vasquinho ainda não tem idade para essas coisas) por favor se ainda não tentaram...evitem! É a pior bebedeira que podem apanhar, e ainda hoje me recordo daquela ressaca como se fosse a última da minha vida. Claro que não foi! Mas de amêndoa amarga garanto que sim! Por essa altura o Halloween era apenas mais uma desculpa para bebermos e uma triste oportunidade para sermos confundidos com os membros da No Name Boys.

 

Depois destas 'estreias' mais tolas acabamos por passar por um período de uma certa acalmia, e olhem que para quem não gosta de cerveja como eu e por isso recorre às bebidas brancas, acreditem que não é fácil ficar sóbria. Mas lá consegui sobreviver às festas iniciais da faculdade (no meu tempo eram pelo menos 5 anos a festejar) com alguma 'verticalidade'. O problema é que quando não estamos bêbados acabamos por ter mais dificuldade em aturar as bebedeiras dos outros, e calha-nos sempre a nós ainda termos de os distribuir pelos diferentes lares. Nessa altura felizmente já não nos compete acalmar os incautos progenitores porque muitos dos colegas vivem sozinhos (pelo menos na maior parte do tempo ou 'oficialmente') e os outros... bem... nessa altura já os pais tiveram tempo para conhecer as encomendas que tinham lá por casa. Mas mesmo assim é chato, e por isso voltei a beber (leia-se 'voltei a beber muito', que parar nunca deixei). Vêm como estas coisas são? Tivessem eles aderido aos Alcóolicos Anónimos e eu não estaria hoje de ressaca. 

 

Seguiram-se por isso alguns anos Smirnofianos e conheci algo extraordinário que se chama 'Black Russian'. De que vale ter uns conhecimentos no Gandum's, Conventual e no extinto Seagull, se não para apanhar bebedeiras interessantes? O mesmo não deve ter achado o polícia que nos mandou parar certa vez logo à saída de Setúbal, mas aí curiosamente garanto que foi a tosta mista que me caiu mal (onde é que já ouvi esta da tosta??) e por esse motivo não era eu que ia a conduzir.

 

Entretanto inicia-se a vida profissional e aquele beber mais social, ao jantar. Surge o gosto por um bom vinho tinto e o prazer de se beber moscateis de qualidade. Prima-se não só pela qualidade da bebida como pela da comida, mas sobretudo pela da companhia. Não imaginem no entanto algo muito selecto pois com os vizinhos que temos não é estranho ter surgido um 'Livrinho de vinhos' com o intuito de classificar o que nos passava pela mesa, e que tenha acabado por descambar em provas escritas dos excessos alcóolicos.

 

E claro que qualquer festividade passa a incluir trajes bem mais elaborados, mesas bem mais fartas, mas nem por isso o álcool deixa de assumir lugar de destaque. Que o digam os convivas do célebre Halloween de 2009 que tiveram a coragem de provar aquele gellyvodka. Óbvio que não me poderei nunca responsabilizar pelos comportamentos que se seguiram, e eu própria assumo a minha quota parte de disparate. Mas que a malta se divertia... divertia! E tenho por aqui guardado um vídeo feito quase de madrugada, com os elementos que ainda restavam a fazerem diálogos com gomas em forma de minhoca, que tenciono guardar religiosamente para um dia vos poder envergonhar à frente dos vossos filhos.

 

E por falar em filhos... preparem-se, pois é aí que tudo muda. Não é que seja menos divertido assistir às mabecadas dos miúdos prédio acima e abaixo, enquanto pedimos doces gritando 'Doçura ou travessura', ou como a minha filha prefere 'Sou um esqueleto maaaaaau' (ver post 'Personalidade'). Mas claro que aí já não poderemos estar alcoolizados, ou ainda trazemos a bruxa errada para casa. A parte boa é que se para tudo na vida existe uma solução, a deste caso chama-se avós, e foi a eles que recorremos para tentar passar uma sexta feira romântica a dois, a comer calmamente, sem pausas para contar 'Mais uma história' ou mudar fraldas, e a beber sem peso na consciência.

 

A escolha recaiu sobre um tinto de nome 'Guadalupe' de 2010, de rótulo estrelado, com a inscrição 'A magia de um lugar' a fazer-nos perder na mística e esquecer o que dizia no verso 'Ideal para acompanhar pratos intensos'. Pois... o prato não era intenso. Era uma bela salada de búzios, uns camarões e sim... eu sei que deveria ter sido acompanhado com um rosé ou quanto muito um frisante, e não é que a garrafeira não estivesse abastecida, mas cabeça de mãe torna-se esquecida e já não fui a tempo de colocar uma dessas garrafinhas mais... leves no frigorífico. E por isso marchou mesmo o tintinho. Bem leve por sinal. Agora... não sei se terá sido da comida pouco intensa, ou dos 14% de teor alcóolico, ou simplesmente porque hoje em dia a diferença já não está apenas na quantidade e qualidade do álcool ingerido mas sobretudo no efeito. Se antes nos dava ritmo para a 'night', agora tira-nos o ritmo e deixa-nos a babar no sofá. 

 

Claro que quando imaginamos uma noite de sexta feira sem os miúdos nunca é isto que nos passa pela cabeça, mas sim... é isto que muitas vezes acaba por acontecer. E lá nos acabamos por arrastar a meio da noite para a cama, pelo menos com a certeza de que durante a noite não teremos que os socorrer de mais um pesadelo e que no dia seguinte poderemos dormir mais um pouco para curar a ressaca. Ainda bem que não foi amêndoa amarga!

Menina mãe

por twin_mummy, em 29.07.13

Cantoria da pespineta todas as manhãs desde que fiz anos:

 

Parabéns a você

Nesta data 'quirida'

Muitas 'filicidades'

Muitos anos de vida

Hoje é dia de festa

Cantam as nossas almas

Para a menina mãe

Uma salva de palmas

 

Sim... perdi o nome. Mas é por uma boa causa, certo?

 

E então quer um ou dois?

por twin_mummy, em 16.05.13

...e foi com esta simples pergunta que a minha vida mudou. ''Se quero o quê???''

 

tigres.jpeg

Para quem estava a tomar a pílula e ficou em choque por perceber que estava grávida ouvir esta pergunta logo na primeira eco não me deixou mais serena. Bem pelo contrário! Por momentos pensei que estariam a brincar, ou que seria a primeira pergunta de uma qualquer checklist manhosa de aprendizes de ecografistas (nem sei se a palavra existe e não me vou dar ao trabalho de procurar no Priberam porque a vantagem de se ter um blog também terá de ser escrever os neologismos que nos vierem à cabeça, certo?). 

 

E com a voz meio trémula ela lá insistiu 'Perguntava se quer ter um ou dois bebés...'

 

'Está a brincar??' (juro que procurei dizê-lo no tom mais meigo do Mundo mas provavelmente não deve ter sido assim que saiu)

 

Nisto ela diz ''Não estou não...olhe! Um... dois. Está a ver?'' E eu vi! Eram 2 coisinhas minúsculas com caudinha e ar de crocodilo, que eu até duvidaria serem de origem humana, mas não havia dúvidas que eram dois.

 

Sei que pode parecer de pouca sensibilidade para quem há anos tenta engravidar e não consegue, mas foi também a pensar nessas pessoas que me saiu aquele mar de disparates pela boca. Com tanta gente a sonhar com ter gémeos porque raio é que aqueles mabecos me foram escolher a mim??? Logo a mim que até gostava de um dia EVENTUALMENTE ser mãe mas não me sentia ainda minimamente preparada para ser mãe de um, muito menos de dois. Até estavamos ambos (eu e o outro co-irresponsável) numa situação económica estável, até teriamos alguma maturidade (achava eu...loooool), até namorávamos há mais tempo do que a memória me permitia recuar, até tinhamos toda a gente em redor a ansiar para passarmos para esse Mundo maravilhoso da parentalidade, mas... E a crise? E as despesas que teriamos? E eu não ter logo percebido que estava grávida e ter feito os maiores disparates que poderiam ter afectado o bebé? OSSSSSS bebés!! OSSSSS bebés!!!

 

De imediato começaram-me a escorrer as lágrimas e eu perdi o chão. Pedi para não deixarem entrar a minha mãe e o meu sobrinho mais velho porque não queria que me vissem assim. Porque me sentia completamente perdida. Tentei limpar as lágrimas para ver o resto da eco. Afinal queria que me garantissem que eu não lhes tinha feito qualquer mal, e no meio de tanta coisa que não ouvi, recordo-me que a médica me tentou confortar a dizer que estaria tudo bem com eles.

 

O papá só dizia que ia correr tudo bem e que estava muito feliz e eu sentia uma dor que me trespassava por não conseguir sentir o mesmo. Ao sair e deparar com a minha mãe foi mais um mar de lágrimas. Recordo-me das palavras dela como se fosse ontem: ''Se um está a rir e outro a chorar é porque não deve ser grave.'' E não era claro, massss.... eram DOIS!! E mais uma a passar para o lado dos felizes e eu ali, com um peso cada vez maior na consciência. Nisto telefonemas para a minha mana, para a minha sogra, mais risos... e eu a achar que devia pertencer a outro Mundo. 

 

Até que senti um abraço forte e as palavras 'Eu percebo, tia... é muita responsabilidade!' trouxeram-me para este Mundo novamente. E foi assim que um rapazinho de 13 anos me fez perceber que não estaria assim tão desfasada da realidade...

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

  Pesquisar no Blog



Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2017
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2016
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2015
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2014
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2013
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D

calendário

Agosto 2018

D S T Q Q S S
1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031



O MEU E-MAIL

mail.twinmummy@gmail.com Enviem perguntas, sugestões, ou simplesmente digam olá!

A MINHA PÁGINA DO FACEBOOK

https://www.facebook.com/TwinMummyblog