TwinMummy

Diz o Pandinha:

-Depois quero o que a mana quer!

-O que é que a mana quer? -pergunto eu.

-Não sei.... Espera! Manaaaaa... o que é que queres?

Gajos...

Dizia a Patapon à hora de deitar:

-Anda para a caminha da mana!

-Não quero! -respondia o Pandinha, aninhado na caminha dele, a virar-se para o lado oposto.

-Anda deitar aqui! Ficas com a mana... -insistia ela.

-Querida... o mano não quer. Noutro dia ele deita, tá? -tentava eu apaziguar as coisas.

-Ohhh! Mas eu não tenho aqui ninguém... -dizia ela num tom de fazer chorar as pedrinhas da calçada.

-E quem é que tu queres? -perguntei eu feita parva.

-Toda a gente!

-Toda a gente quem? -insisto eu.

-Ora! O Boo, o coelhinho, a Kitty, a Luna...

Dizia o Pandinha:

-Eu sou teu amigo mas não sou amigo da mana.

-Não és amigo da mana porquê? -perguntei eu.

-Porque não quero!

-Ohhhh... mas ela gosta tanto de ti. Assim ela fica triste... -explicava eu.

-Está bem! -condescendia ele- Posso ser amigo da mana amanhã.

PS: Não poderia deixar de dar um destaque especial aos créditos da foto. Pon and Zi, dois dos meus bonequinhos preferidos, da autoria de Jeff Thomas. Deliciosos!

Estava a vestir a princesa quando lhe dá um daqueles ataques de mimeira e se agarra ao meu pescoço a dizer:

-Adooooro-te muuuuuitoooo!

Assim que as litradas de baba pararam de escorrer da minha boca sorri para ela e expliquei-lhe a reciprocidade do sentimento não só com palavras mas com beijos e abraços daqueles apertadinhos.

No meio de tanta mimice sorri e disse em tom de brincadeira:

-Sabes o que podiamos ser? Manas! Eu podia ser a tua mana mais velha e andávamos sempre juntas! É isso! Vou deixar de ser a tua mamã e passo a ser e tua mana. O que achas?

-Ficas mana?

-Sim, querida! Fico como que uma mana mais velha, brinco contigo, dou miminhos, vamos juntas para a escola...

-Ficas uma mana velha?

-Não é 'mana velha'... é uma 'mana mais velha'.

Foi então que aquele metrinho de gente olhou para mim com ar sábio, colocou as mãos no meu rosto e falando daquela forma pausada como se fala com as crianças pequenas me disse:

-...mas tu ÉS velha!!

E foi assim que eu caí na realidade e regressei ao meu papel de mãe de caudinha entre as pernas.

Depois de uma série de birras (das tais no meio da rua) à vez, eis que chegámos sãos e salvos a casa (excepção feita para as cerejas que ela insistiu em comprar e cujo saco andou a bater por tudo quanto era sítio, pelo que ficou uma autêntica carnificina). E nisto deixo-os por 5 minutos para pousar a mala noutra divisão e oiço:

-Buááááaáááááááá!!!! O mano!! O mano!!

-O que é que o mano fez?

-Atirou com o sapato à cara da mana!

-E tu o que fizeste?

-Naaaaadaaaaaa buáááááá!!!

-Diz lá o que estavas a fazer...

-Nada! Só disse que ele era uma lagartixa...