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Vamos à salga!

por twin_mummy, em 07.04.16

Alguns de vocês que acompanham o blog há mais tempo e que me conhecem de outras paragens sabem o que tenho lutado para encontrar uma solução para as alergias do Pandinha.

 

Tudo começou quando ele tinha 2 anos e uma daquelas constipações pinga-nariz que teimam em não passar. Ao fim de 1 mês de nariz entupido, depois de uma noite em que mal respirava, decidi ir com ele às urgências da Estefânia. Garantiram-me que não tinha nada nos pulmões mas tinha realmente o nariz muito entupido aliado ao facto de ter os adenóides e as amígdalas grandes e propuseram referenciação para Otorrino. Fez-me sentido e por isso esperei ansiosamente pela consulta.

 

Sem querer citar aqui nomes, pois calculo que toda a gente tenha os seus dias, embora num médico isso possa ser problemático, confesso que saí daquela consulta com vontade de apresentar queixa da Senhora (não, não a vou tratar por Doutora pois acho que não merece o título). Desde fazer o diagnóstico assim que entrámos pela porta (sem sequer o auscultar, sem ver a garganta ou fazer qualquer exame, e ignorando o facto de que ele andava a correr há mais de uma hora e meia, que foi o tempo de atraso da consulta, decidiu que era para operar aos ouvidos, nariz e garganta) até criticar o facto dele estar na escola e não entregue aos cuidados da avó, pois estaria muito melhor protegido.

 

Pois, compreendo que nem toda a gente ache a educação importante, mas para sermos então coerentes devia tirar a Patapon também, certo? Mesmo porque se a alergia (que era o que nós desconfiávamos dado o meu historial e do co-irresponsável) é contagiosa, mais valia ela também não estar exposta aos micróbios dos coleguinhas para depois os trazer para casa, certo? E já agora, que tal castigá-los ainda mais e obrigá-los a ficarem trancados em casa numa redoma?

 

Perante a minha insistência lá mandou o miúdo fazer um raio-X onde realmente dava para ver os adenóides aumentados. Mas por muito que eu questionasse que importaria saber o porquê, para ela não interessava. Tirava-se e pronto! E se à pergunta:

-Ele faz quantas otites, quantas amigdalites? A resposta era:

-Nenhuma! Nunca fez, sempre foi saudável. Anda é ultimamente com o nariz entupido.

Para a médica a audição selectiva era: -De certeza que deve estar enganada. Vou por aqui que sim, que faz....

 

E quando eu disse que me fazia sentido ele ser visto por um alergologista antes de tomar tal decisão quase levei com o processo dele em cima, acompanhado por um:

-Se quer que ele tenha uma insuficiência cardio-respiratória tome lá isto e vá pedir as segundas opiniões que quiser!!

 

Claro que tendo nós dois dedos de testa, tendemos a pensar o que é melhor para eles e, perante aquele cenário eu achava que o melhor era uma segunda opinião. Mesmo assim, a incerteza mexe connosco e seguiram-se meses de ansiedade.

 

Felizmente encontrei um bom alergologista e uma boa otorrino, e graças também às medicinas alternativas o Pandinha lá se foi aguentando. Os testes de alergia foram inconclusivos, dado ser na altura ainda muito pequeno, os primeiros testes auditivos revelaram algum bloqueio que poderia levar a surdez e assim justificar a operação. Mas a medicação deu uma ajuda e conseguimos estabilizar tudo com Zyrtec+Nasomet e muita praia. Desde os 2 anos até aos 3 e meio, foi assim que ele se aguentou. Não ficava mais vezes doente que a mana, simplesmente tem de vez em quando o narizito mais entupido e de x em x meses lá fazia um dia de febre baixinha.

 

halolife.jpg

 

Entretanto, um pouco por acaso, soubemos da existência de um centro de haloterapia no Parque das Nações. A filha de uns amigos nossos anda lá e ele notou melhorias, e por isso deu-nos o contacto.

sal.jpg

 

Sempre fui da opinião que experimentar não custa e por isso lá fomos com o Pandinha. Durante o mês que lá andou antes do Natal de 2014 deixou por completo a medicação e nunca mais o vi de nariz a pingar. Na primeira semana foi todos os dias, desde então 1x por semana. Quando interrompemos nas férias de Natal foi precisamente quando ficou doente.

 

Agora com 5 anos o Pandinha continua estável sem qualquer sinal ou sintoma de alergia, e sem qualquer medicação. O segundo teste que fez há cerca de 1 ano já não revelou perigo de surdez. Não sai barato manter a terapia semanal, mas vale todos os cêntimos lá empregues, e para eles é muito agradável pois passam os 40 minutos a brincar no sal como se de areia se tratasse. Tem muito mais energia (se achávamos que tal não era possível cedo percebemos que afinal não temos dois filhos mas sim uma filha e um coelhinho da Duracell), deixou de ressonar e já não sei o que são narizes a pingar há meses.

 

Estamos ansiosos por fazer novamente a ronda dos médicos e mostrar os resultados. E eu e o co-irresponsável estamos também com vontade de experimentar ir lá os dois um dia relaxar nos cadeirões.

haloterapia1.jpg

A quem está a passar por situação semelhante recomendo que pelo menos experimentem. Não só o espaço em si é agradável como não poderia deixar de aqui fazer um elogio à Susana. Mais do que dona do espaço, passou a ser nossa amiga. Os miúdos fazem desenhos para ela e levam-lhe prendinhas. Não vão à Haloterapia, vão 'à Susana' e não hesitam em explicar que temos de nos descalçar e que não podemos esfregar as mãos nas paredes, para o sal não cair. No fundo sentem-se em casa, e isso é impagável. E bem melhor que uma operação ao nariz ouvidos e garganta, diria eu.

 

Claro que nem todos os casos são iguais e haverá aqueles em que a operação será inevitável e urgente. Posso ser fã das terapias alternativas mas de modo algum dispenso o nosso pediatra, o nosso alergologista e a nossa otorrino. Tudo dependerá das próximas consultas e exames, mas graças à Haloterapia tenho alguma esperança de que no caso do Pandinha não venha a ser necessário.

 

E porque sei que há muita gente a passar por este mesmo dilema, fica a sugestão... vão à salga! 

Que bela sorte!

por twin_mummy, em 20.02.15

Trancada em casa com ambos os putos com varicela e.... constipados 'comócaraças'! (acho que ainda não tinha referido esta segunda parte). A água já faltou 2 vezes esta semana, e ontem, depois de ter a muito custo conciliado as tarefas domésticas diárias todas de forma a ainda me sobrar 5 minutos para limpar o chão da cozinha e da casa de banho, até fiquei admirada de termos conseguido jantar sossegadamente e dos putos terem ido para a cama sem chatice.

 

Mas fiquei por pouco tempo. Eram umas 23h00 quando oiço o Pandinha a tossir fortemente por causa da expectoração. Cheguei 1 minuto tarde demais, quando a cama já estava parcialmente vomitada. Depois foi o pijama dele, o meu e claro... o chão da casa de banho! Tudo limpo, medicação dada à meia noite e lá vou eu tentar descansar. Tudo calmo até às 6h00. Já deveria perceber o que me esperava... vou para dar a medicação das 6h00 e ele estava cheio de chichi. Ele, a cama, o edredon...

 

roupa.jpg

 E depois de uma manhã a arrumar roupa, respiro um pouco de alívio com os putos a dormirem a sesta e até ouso sentar-me no sofá a ver um programa de 'crescidos'. Nisto ela acorda aos gritos:

-Mamããããããã!! Fiz chichi na cama!

 

Já lá vão 3 máquinas de roupa e ainda não vejo a casa com ar de arrumada. Não posso deixar de pensar naquelas duas frases que tanto tenho ouvido na última semana:

-Ainda bem que estão os dois com varicela ao mesmo tempo!

-Mais vale terem agora que mais tarde!

 

E aqui fico eu, ansiosa pela Escarlatina, Papeira, Sarampo...

 

Sorte? Sorte era ganhar o Euromilhões!

Missão Impossível: O descanso

por twin_mummy, em 19.02.15

Os dois putos com varicela e constipados (para ajudar à festa), eu trancada com eles em casa desde terça e com noites mal dormidas já desde Domingo, depois de uma semana em que eu própria estive com uma infecção nos brônquios que mal me deixava mexer e respirar.

 

De 5 em 5 minutos pedem-me alguma coisa, embirram um com o outro ou simplesmente deixam cair alguma coisa que eu depois tenho de limpar. Depois de uma manhã atribulada dizem que vão para o quarto brincar os dois.

 

tablet.jpg

 

Sento-me na sala e pego no PC a ver se descanso a cabeça um pouco, enquanto o chão da cozinha seca e a máquina acaba de lavar. Já perdi a conta ao número de vezes que limpei ranho, rabos, pus pomada e dei medicação. Já não tenho força nos braços nem nas pernas. E nisto aparece-me o Pandinha:

-O que estás a fazer?

-Estou a ver se descanso um bocadinho.

-Então dá-me o meu computador que eu venho descansar para ao pé de ti!

 

Isto foi há 2 minutos e já cá está também a Patapon... Acho que vou limpar o pó...

Doenças sem pinta!

por twin_mummy, em 18.02.15

E quando começávamos a respirar de alívio eis que a Patapon aparece com duas pintas num dia em que um inconsciente decide romper um cano em casa e fazer-se à vida deixando uma cascata escada abaixo que levou ao corte da água Domingo à noite e Segunda de manhã. Varicela, digo eu! Alergia diz o pai, já que a varicela não são apenas duas pintas e ela não tinha qualquer outro sintoma. E fazia sentido já que a catraia comeu quase meio kilo de tangerinas em dois dias. Por isso foram à escola normalmente na segunda feira. Por isso ligaram-nos ao fim de uma horas para os irmos buscar. Parece que a escola desperta o que de pior há em nós...

 

bolinhas.gif

 

Chegada a casa, pouco tempo depois de ter saído com duas pintas, tinha o corpo coberto de borbulhas. Algumas já com líquido. Impressionante e assustador! E desde então há novas pintas todos os dias. E desde então que a minha filha está num sofrimento atroz noite e dia.

 

Quanto ao Pandinha parece que não é nada com ele. Não tem nem metade das borbulhas da irmã, é certo, mas anda bem disposto e cheio de energia. Dizia-me ele ontem:

-A mana é uma chata, está sempre a choramingar a dizer que dói.

-A mana tem muito mais borbulhas que tu... -tentei eu alegar.

-Mas eu não me queixo das minhas! Eu sou forte!

 

Pois...é justo! Mas tu não tens borbulhas no pipi porque nem tens pipi, caraças! Pensava eu cá para mim. E assim sorri e respondi:

-Sim, filho... tu és muito forte!!

 

E ele lá seguiu de peito feito, todo orgulhoso.

 

maizena.jpg

 

Nisto vem a noite e entre pomadas cujo PVP dava para comprar comida para uma semana (até quando serão artigos de luxo??) e a velhinha farinha maizena, juro que tentei de tudo. Até rezei para que a comichão dela passasse para mim. Mas isso não aconteceu. Entre as 21h e a meia noite dormi periodos de não mais de 15 minutos. Até que adormeceu ao meu colo e eu lá a passei para a cama, de olhos meio entreabertos, com a promessa que ia ver da roupa e já voltava. Não era mentira... as tarefas domésticas continuam a chamar por nós e eu precisava por a máquina a secar. E ela lá ficou.

 

sering.jpg

 

Pouco depois da meia noite fui dar a medicação. Duas seringas cheias a cada um, que ele deglutiu sem lamúrias (fruto dos muitos meses que esteve a tomar medicação diária para a alergia) e que ela se contorceu a tomar. Que tortura de vida esta que nos obriga a acordar crianças que tanta dificuldade tiveram em adormecer para lhes enfiar medicação goela abaixo. Talvez por isso quando voltei à carga cerca das 6h00 da manhã ela resmungou:

-Já não é preciso, mãe! Já estou boa!

Leis de Murphy Infantis e as férias

por twin_mummy, em 22.07.13

Quem tem filhos sabe de que falo! Se há dias na vida em que a Lei de Murphy se aplica, quando envolve crianças o efeito é exponenciado, e quando tentamos ir de férias com eles então... bem... é inexplicável!!

 

Mas para quem não percebeu ainda, vou tentar dar umas luzes. Num dia normal é certo que o pão cai sempre com a manteiga para baixo, e que quando temos pressa todos os semáforos são vermelhos. Mas nestes casos não envolve necessariamente uma criancinha a rebentar-nos os tímpanos. Agora imaginem estes mesmos cenários ou outros quaisquer em que os acontecimentos de bosta se sucedem e que temos não uma mas, no meu caso, até duas criancinhas histéricas a tentar ajudar.

 

Querem pior? E tudo isto numa casa que não é a nossa e a kms de casa? Ainda não estão convencidos? Vou tentar então ser mais explícita, e quem já tem mabecos por favor pronunciem-se se não é assim para que os outros não achem que é exagero. Ora aqui ficam algumas das Leis de Murphy Infantis mais observadas cá em casa sempre que tentamos ir para algum lado com eles.

  • Podem fazer o mesmo caminho sozinhos 1000x sem que aconteça nada, mas quando vão com crianças há sempre um qualquer azelha que provoca um acidente estúpido que vos acaba por reter numa fila com um (ou no meu caso 2) putos a gritarem ‘Ainda falta muito, mamã?’ de 2 em 2min;
  • A meio da viagem, precisamente entre uma estação de serviço e outra, descobrem sempre – da pior maneira – que se esqueceram de algo essencial como… água!
  • As chuchas no carro caem sempre para os locais mais improváveis e inacessíveis que vos obrigam a fazer paragens de emergência (sim… experimentem ouvir aquilo mais que 5kms e percebem que é uma emergência);
  • É tão certo ouvi-los todo o caminho a comentar as coisas que vão vendo, a perguntar se falta muito ou simplesmente a fazer birra, como certo é adormecerem a 5kms do destino;
  • Assim que chegam ao destino há sempre um que se entala, ou cai, ou fica com febre;
  • Por muita medicação que levem para uma viagem eles irão sempre necessitar exatamente daquele que se esqueceram de levar;
  • No seguimento das anteriores, e porque uma desgraça nunca vem só, a farmácia de serviço fica sempre a kms de distância ou chegam num dia em que a farmácia mais próxima está fechada;
  • Tentem também explicar com ar sério que não levaram a pista de comboios porque com tanta tralha era impossível encaixar mais essa num porta-bagagens minúsculo, a uma criancinha que vos olha com o maior ar de desilusão do Mundo;
  • Se estão no pino do verão e levam roupa fresca é certo e sabido que as noites estarão um gelo, e o inverso se aplica de inverno, em que há sempre um dia de derreter as pedrinhas da calçada com os putos calçados com botas de pêlo;
  • Se perto da vossa casa há 200.000 pessoas a opinarem sobre como deverão tratar dos vossos filhos preparem-se porque quando vão de férias há sempre um ‘vizinho de toalha de praia’ bastante mais opinativo que qualquer familiar vosso e que, por um extraordinário acaso, acabam sempre por encontrar;
  • De manhã, quando tentam despachar-se para ir para a praia, há sempre um que se lembra que fazer cocó no bacio é prioritário em relação a tudo o resto, ou que quer brincar com algum boneco tosco, mas no pino do calor gritam a plenos pulmões que querem ir para a praia;
  • No regresso há sempre algo que fica para trás e é uma sorte se não for o boneco preferido deles...

E claro que com tudo isto contem em voltar mais cansados do que aquilo que foram, e pensem sériamente antes da próxima viagem se não seria melhor deixarem-nos com alguém e fugirem vocês.

 

Querem saber que mais?? Foi mesmo isso que tentámos fazer logo de seguida... 

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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