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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Dizia a minha filha:
-Adoro-te 519.
-E porque não 520? -pergunto.
-Está bem! Adoro-te 520!
-E porque não 560? -provoco eu.
-Olha... adoro-te até ao número que sabes contar!
Esta semana ficou marcada pelo meu regresso ao inglês. Voltei a estudar e isso está-me a fazer bem. Ao cérebro e à alma.
Dou por mim a andar pela casa a repetir frases e expressões, e inevitavelmente os mabecos teriam de reparar que algo de estranho se passava. Ontem acabaram por pedir para eu lhes ensinar. Mas como ainda estão a aprender o português confesso que estava com alguma dificuldade em ensinar-lhes algo que não acabasse por os baralhar ainda mais. Por isso comecei por dizer alguns numeros que eles já conhecem, e depois algumas cores, que é um assunto que eles também dominam.
- Amarelo diz-se 'yellow'. -explicava eu.
- Yellow -repetiam eles sem grande dificuldade.
- Azul é 'blue'.
- Ahhhhh! -exclamava elucidada a Pespineta- Azul é o meu Boooo!
(para quem não sabe de que se trata é o ursinho dela que aparece no post 'Orgulho')
Os mabecos andam agora a passar uma fase mais complicada quer para adormecer, quer para comer. Em ambas o Pandinha tem uma boa desculpa que é andar pior da alergia, e por isso mais obstruído. Mas uma coisa é perceber o porquê de ter mais dificuldade, outra seria demitir-me de insistir para que coma um pouco, e por isso recorre-se ao que se pode.
-Então vamos comer só mais 2, está bem? Uma para o papá, outra para o Tatu. -tentava eu negociar.
-Não, 2 não!! Só 3! -impunha ele, ingenuamente.
Oh! Como eu te adoro por ainda não saberes contar, meu amor!!
Desde que a Patapon aprendeu a reconhecer os algarismos que nunca mais tivemos descanso onde quer que haja números. Desde o despertador aos sinais de trânsito, passando por enumerar as páginas dos livros, já nada lhe escapa. Quanto ao Pandinha reconhece alguns algarismos, mas sobretudo o número do andar onde mora a avó paterna, e por isso insiste em vê-lo em todos os elevadores onde entramos.
Aqui há dias, num daqueles finais de tarde caóticos em que ansiamos pela hora em que os miúdo se vão deitar, aconteceu de estarmos distraídos e não fazermos o teatrinho ao passar pelo dito piso. Assim que chegámos ao destino, comigo a respirar de alívio por ter avançado mais uns metros a caminho da cama, o Pandinha sai-se com esta:
-O da avó??? Quero ver o da avó!! Quero ver o da avó!!! VOLTAAA!!
Antes que aquilo se transformasse numa birra, e perante o olhar estupefacto do co-irresponsável, lá me saiu pela boca fora:
-Não estava lá hoje, querido. O da avó não estava lá...
-Ah! Não?
...e dito isto virou costas ao elevador e avançou pelo patamar fora.
PS: adoooooro gajos! É que pelo olhar conivente da Patapon, de sorriso estampado no rosto, deu logo para perceber que aquela não enganava eu...