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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
A minha filha descobriu a verdade sobre o Pai Natal... Como as renas não voam é óbvio que o trenó é puxado por dragões.
Dizia há pouco a mabeca:
-Pai... o Pai Natal quando voa anda de rena?
-Sim.
-Achas que ele me pode emprestar uma?
No fim de semana passado fomos à festa de Natal da minha empresa. Para além de actividades para os miúdos num dos pisos, disseram-me que o Pai Natal estava a distribuir prendas no outro piso. E porque esse era o ponto alto que eles tanto ansiavam, lá decidimos atalhar caminho, mesmo porque a intensa chuvada que se fazia sentir nos tinha pregado uma partida e estavamos meio encharcados e ansiosos por regressar a casa.
Acontece que a fila para tirar fotografias com o dito barrigudo de vermelho era colossal e havia sempre um chico-esperto a atirar a criancinha para a frente das outras, sem qualquer respeito pela vez alheia. Nisto reparo que algumas crianças mais pequenas estavam a ir pela lateral buscar a prenda, entregue pelas mãos da Mãe-Natal/ Duende e achei que não seria má ideia dispensarmos a fotografia. Explicada a situação aos mabecos, de que a foto tardaria em chegar e que podiamos simplesmente ir receber a prenda e regressar a casa, eles concordaram comigo.
Sim, eu sei que todos os pais acham que os filhos deles são os mais lindos do Mundo. Mas acreditem que os meus são uns castiços e como são dois do mesmo tamanho têm uma piada acrescida. E por isso a Mãe-Natal/ Duende não parava de se meter com eles. A Patapon sorria, mas o Pandinha reparei que estava com ar bastante desconfiado, o que nem é normal para ele, que costuma ser um oferecido que mete dó, a distribuir beijos e abraços por toda a gente -mesmo ranhosa- que se encontre no recinto num raio de 2 kms (e nem as garinas se safam sem muitas vezes levar um beijo na boca, mas enfim... outras histórias essas!). Mas ok... todos temos os nossos dias e o puto estava molhado da chuvada...
Nisto, eles insistem que queriam abrir as prendas e eu deixei. Parámos um pouco mais à frente, noutra sala mais arejada, mas nem por isso com menos colegas e respectivos filhos a passarem constantemente de um lado para outro. E foi neste cenário que o puto começou alto e bom som...
-Sabes, mãe... aquela não era a Mãe-Natal. Era só uma senhora vestida com um fato esquisito!
-Hmmm.... pois... A Mãe-Natal se calhar não pôde vir. -tento eu explicar baixinho..
-Mas não eeeeeraaaa!
-Pois não, querido, mas não fales alto sobre isso que há meninos que estão felizes porque acham que é. -apelo eu.
E foi assim que evitei que o puto estragasse o Natal. Recebo uma prendinha extra por isso???
Passar o Natal e o Fim de Ano pelo campo tem destas coisas. Para além da comidinha tradicional, da família reunida, das prendas e da gestão de incidentes com o Pai Natal (pelas prendas que não trouxe e por aquelas que não deveria ter trazido... mas a isso voltaremos em altura mais oportuna), há todo um mundo que se nos depara porta fora. Bem... e porta dentro também, já que a lareira é das coisas que mais aprecio (devo ser descendente da Gata Borralheira).
Já tivemos oportunidade de ir visitar as ovelhas do vizinho e ver os cordeirinhos com pouco mais de 1 semana de vida, e já fomos passear à praia, onde os putos insistiam para irmos buscar uns baldinhos de água às ondas de 4 metros, e que terminou com eles a atirarem areia um ao outro (duhhh, claro que não deveria esperar outra coisa, mas ainda tenho a minha dose de ingenuidade).
Mas o ponto alto (até agora) foi a apanha da laranja. Não é que a malta tenha uma grande herdade, mas os crescidos da casa fizeram questão de esperar pela vinda dos meus mabecos para colherem as laranjitas da árvore que está no quintal. É apenas uma única e singela árvore, mas deu-nos que fazer por uns minutos, e os miúdos bem que se divertiram. E agora que bem que sabem para cortar o sabor dos doces! E a parte melhor? Eles poderem não só perceber todo o trajecto das ditas desde a origem até ao prato, mas poderem sobretudo afirmar com orgulho que foram eles que apanharam.
Fica a sugestão para uma actividade diferente e o incentivo para depois aqui partilharem!!
Mais inacreditável que perceber que já passou mais um Natal é fazer a retrospectiva das fotos dos mabecos e perceber o quanto eles cresceram neste ano. E falo disso hoje porque, no meio da pausa festiva, tivemos que fazer uma viagem forçada a Lisboa para levantar as prendas de Natal das avós, desalfandegar a prenda de anos do Pandinha, e ver se ainda tinhamos garagem, circulando por ruas apinhadas de lixo.
Tudo isto porque eu feita parva até contei com os atrasos e greves de época Natalícia dos CTT e pedi entrega dos álbuns na loja, mas por acaso -só por acaso- quando me desloquei de propósito lá de forma a fazer o pedido pois via online só surgia a opção de entrega ao domicílio, explicando não querer ficar dependente dos CTT, não referiram que as entregas da loja também eram via CTT. Resultado? As avós receberam o voucher, que eu depois recolhi prometendo trocar pelo dito álbum. Verdade seja dita...valeu pela espera, mas caramba... tinha sido giro oferecer na noite de Natal.
Quanto à alfândega, como têm 10 dias úteis para notificar a malta, porque não demorar mesmo os tais 10 dias e fazer com que o último coincida com a greve dos CTT? Esteve lá o co-irresponsável à espera que aquilo abrisse logo de manhãzita e nem um aviso escrito se dignaram pôr. Não! É muito mais interessante deixar a malta à espera e depois ir avisando, um a um, que eles até estão ali, até têm as encomendas ao alcance da mão, mas como a entrega deve ser feita pelos CTT (o guichet do lado) e estes estão em greve, as mãos deles são insubstituíveis. Aposto que fazem de propósito e filmam a cara da malta para depois se deliciarem no Ano Novo com uma sessão cinematográfica do 'Melhores caretas de 2013'. Ora como a prenda fazia pendant com a da Patapon já estavamos a planear ter de dar outra coisa, mas felizmente a ida à alfândega ontem correu bem, e já estamos a embrulhar tudo para eles desembrulharem daqui a uns dias.
Em relação à garagem, e depois de 3 dias de obras em que estas foram dadas como terminadas, tendo eu a tal cascata de água digna de um Zebro (já para nem falar do belo acabamento em cimento e da anilha desapertada e desaparafusada da parede), tive que fazer o que melhor sei fazer, e escrevi que me desunhei para a administração não deixar isto em claro e poder ser de alguma forma responsabilizada caso os bens lá guardados (os que não tive para onde mudar) ficassem danificados de alguma forma. E como que por magia lá o encarregado me ligou tentando convencer que este problema era outro, que não o que ele tentou reparar. E que era mesmo assim, que tinha de escoar (a goteira que me inundava meia garagem seria por isso parte da solução e não um problema).
Ora acontece -para que conste fiquem já todos os encarregados de obra e afins a saber- que podemos ainda estar em época Natalícia mas eu não sou um perú! Não me comem assim com tanta facilidade. É que o problema pode ser outro (não é) mas apareceu -coincidência das coincidências- DEPOIS da dita reparação, e de qualquer forma, alguém com um mínimo de brio profissional não dá como finalizada uma obra nestas condições. E em pausa ou não ele que mexesse o rabo e viesse cá reparar. E veio! Não foi na quinta, nem na sexta, nem no sábado, nem no domingo, mas veio na segunda feira. Interessante perceber que conceito tuga de urgente é sinónimo de 4 dias (já com o cano da cozinha foi assim), mas se ainda ficou a pingar... ficou um pouco melhor. E agora no Ano Novo voltaremos a conversar. Mas à semelhança do empreiteiro, e dos senhores do lixo e do lixo da assembleia (não, não me enganei a escrever) também eu mereço uma pausa... quanto mais não seja para depois ter tolerância (não de ponto mas de ânimo) para aturar as greves e pausas dos outros...
Créditos da foto da ave recheada: receitassimples.com.br
Tenho andado por aqui a pensar muito na minha lista ideal de prendas de Natal. Em primeiro lugar o pedido é directamente para Deus... por apenas um dia que seja quero a minha família toda de volta!! Todas aquelas pessoas que adoro e que já partiram... quero-as cá no Natal. Quero abraçá-las e mimá-las, apresentar os meus mabecos, e dizer tudo aquilo que não tive oportunidade de dizer. E quero que o tempo volte atás para o meu pai poder estar connosco da forma como merece. E quero que a minha mãe volte a sorrir... (adoro-te muito, muito!)
Ainda num tom lamechas, e porque ofereço tantas fotos e albuns dos mabecos, gostava que este ano me oferecessem a mim. E não, não serve impresso em casa e que seja eu própria a colocar na moldura, ó Sr. co-irresponsável. Tu consegues melhor de certeza!!
E agora passemos adiante a parte da saúde para todos e paz no Mundo que eu não sou nenhuma modelo e falemos de coisas bem mais materiais.
Peço desculpa à minha familia, porque os adoro de uma forma inmensurável, mas cada vez mais anseio por um pouco de silêncio e descanso. Estar uma noite sozinha, num hotel de 5 estrelas, sem ninguém a chamar por mim, sem ter de me levantar a meio da noite, sem tarefas a realizar, e ter alguém a servir-me em vez de ter de servir alguém. Saberia muito bem... E é apenas uma noite, certo?
Depois como gosto de joias e de gadgets descobri esta bela pérola Swarovski, que mais que uma bracelete de brilhantes é uma pen com 8 GB! Seria uma maneira original e linda de ter as fotos dos mabecos sempre juntinho a mim, e realçar o lindo brilho dos meus olhos... eheh
Outra coisa que quero pedir, desta vez a escala internacional, é para a YSL voltar a fazer o Champagne. Não, não é o substituto Yvresse... é mesmo o antigo Champagne, porque por muito que digam que é igual... não é! Cheira de forma diferente, juro! E depois mandem para aqui um frasco dele se faz favor. E sabonetes também. Nem precisa ser Natal... aceitamos encomendas todo o ano!!
Também gostava de ter um kit de unhas para a minha velhinha DT125. Confesso que foi este ano uma original prenda de aniversário (cotinha mas pronta para as curvas como a dona), mas que ainda não a estreei, porque tenho medo de cair de lá e depois não conseguir tratar dos mabecos. Mas se o co-irresponsável estiver de acordo não vamos deixar isto para o ano, certo?
E depois finalizava a lista com uma prenda de dona de casa que é... uma marquise! Para secar a roupinha em condições, mesmo de inverno... dava um jeitaço! E se vier agarrada a uma casinha, que nem precisa ser nova a estrear, mas que não tenha pelo menos o peso da idade que esta vai demonstrando, também não me importo. É pedir muito, é certo... mas por isso a designo como 'A lista de Natal ideal'.
Mas digo finalizava porque na semana passada tive a cozinha alagada e esta semana tenho a garagem alagada, e dou por mim a pensar que a prenda de Natal ideal seria um barco... Pai Natal quero um Zebro!! (e pode vir com fuzos e tudo!)
Sim, é verdade que toda a gente fala no Pai Natal. Sim, é verdade que ele não existe e por isso todos vocês, ao invocarem a dita criatura, estarão a mentir aos vossos filhos, afilhados, sobrinhos... Shame on you! Mas aqui reconheço que levámos o fenómeno mais além e fazemos chantagem usando o senhor das barbas. Não, não é o António Ramos, fervoso adepto do Benfica, e proprietário do restaurante 'O Barbas' que mora na Costa da Caparica, é mesmo o Nicolau que vive no Pólo Norte e pelo que sei tem uma fábrica de brinquedos onde explora elfos ou duendes ou anõezinhos (já ouvi diferentes versões do fenómeno), e que se morasse na China era apedrejado, mas no Pólo Norte já não faz mal.
E o que tem isto a ver com Deus? Pois para além de dizerem que tem barba, à semelhança de Deus, o Pai Natal é omnipresente. E por isso vê qualquer disparate que eles estejam a fazer, mesmo quando a mamã e o papá não estão por perto (no meu tempo era o menino Jesus). E como é uma pessoa justa (tal como Deus... hmmm... começo a notar aqui demasiadas semelhanças... queres ver que... enfim!) também sabe recompensar quem se porta bem e castigar quem faz mal. Por isso risca prendas da lista a cada mau comportamento e acrescenta mais uma a cada gesto bondoso (esta última parte é a tal tanga da minha autoria... o resto não sei quem inventou).
Agora claro que os miúdos nestas coisas não são tão ingénuos como a gente pensa e -vá-se lá saber porquê- por vezes duvidam da sua existência (da do pai Natal, ok?). Não os critiquem por favor porque no fundo tantos católicos em momentos de maior dor também questionam a Sua existência (neste caso é mesmo a Deus que me refiro) e eu própria duvidei que o menino Jesus fosse real porque a chaminé da minha casa era demasiado estreita para ele espreitar por lá, e de qualquer forma também não me fazia sentido alguém tão virtuoso andar a espreitar para casa das pessoas. Por isso aqui há dias, num daqueles momentos de sarrafada entre os mabecos, dei por mim a repreendê-los e a alegar que o Pai Natal já estaria a questionar qual das prendas ia retirar da lista, quando o Pandinha se sai com esta:
-Não está nada a ver!
Ora como eu não gosto de passar por mentirosa e a chantagem do pai Natal tem dado tanto jeito, dei por mim a magicar como deveria convencê-lo do contrário, e já andava a planear ir a um qualquer Centro Comercial tirar uma foto com o velhote das barbas (o Pai Natal, certo?) para os convencer. Mas eis que surge uma oportunidade de luxo ao ir buscá-los à escolinha. Confesso que sou um pouco cusca e questiono-me sempre o que é que os meus filhotes farão por lá na minha ausência, e por isso quando eles estão no refeitório (que tem vidros espelhados) aproveito para os observar incógnita por alguns instantes. Então não é que assisto a um cenário dantesco de palmada e dentada entre o Pandinha e uma menina da turma dele? Assim que a educadora virava costas lá ia fiambre! E não pensem que era só ele a dar, mas seja como for, sempre lhes tentei ensinar que o facto dos outros nos baterem não pode ser nunca justificação para devolvermos o gesto. Pelo menos esse ensinamento de catequese ainda por aqui ficou gravado, já o dar a outra face... bem... não me estou própriamente a candidatar a santa, pois não?
Por isso assim que os mabecos vieram ao nosso encontro fiz um ar triste e pesaroso.
-O que foi, mamã? -perguntou logo a Patapon.
-Estou triste com o teu mano! O Pai Natal veio-me contar que ele bateu na Carolina quando estavam no refeitório. -e virando-me para ele perguntei- É verdade?
Pois garanto-vos que a cara de espanto que ele fez perante o confronto com a dura verdade mas, mais que isso, com a prova de que o Pai Natal era omnipresente, foi impagável. Acho que se o miúdo tivesse um buraquinho ali por perto iria de certeza imitar uma avestruz. Mas como em vez disso me tinha a mim a fitá-lo acabou por dizer:
-Eu não bato mais, mamã! Eu porto bem!
Sim, eu sei que esta ingenuidade não irá durar muito tempo, e sim também sei que mais cedo ou mais tarde ele irá perceber que se vê através daqueles vidros unidireccionais. Mas tal como dizem 'Até ao lavar dos cestos é vindima' e por isso a malta vai aproveitando para encher a barriga de uvas, ou seja, para o aldrabar. Melhor que isso é que ele tem procurado cumprir a promessa, e sempre que a mana (que esta semana, como já vos tinha referido, anda bastante afectada com a ausência do pai) se porta mal ou faz algum disparate para chamar a atenção ele argumenta logo:
-Não fui eu, Pai Natal! Eu porto bem!
Acabei de receber uma prenda de Natal antecipada: chegámos às 20.000 visitas. E digo chegámos porque este blog é tão feito de mim, dos meus mabecos, de toda a minha família alargada, como de vós. Sem vocês não teria chegado aqui.
Por isso a todos vós que me incentivaram para começar, a todos vós que me têm apoiado neste divertido percurso, e a todos os que simplesmente caíram aqui por engano... 20.000x obrigado!
Pois é... aqui agora há gato! Mas não será bem como pensam e nem é dos miúdos.
Acontece que o co-irresponsável -vá-se lá saber porquê- sempre achou piada àqueles gatos da sorte que abanam o bracinho e que estão amplamente dissiminados pelas lojas e restaurantes de origem oriental. Mas uma coisa é achar piada, outra é trazer um desses animais cá para casa e isso ele felizmente teve o bom senso de não fazer. Eu não contava era com o sentido de humor mordaz da minha sogra, que aproveitou uma ida com os miúdos à loja chinesa, para adquirir um destes exemplares tamanho XL e enviar para o filho.
Agora tenho um gato XL em plástico branco que passa o dia a abanar o braço fazendo daqueles barulhos irritantes que faz lembrar um relógio de pêndulo. De vez em quando a Patapon apanha-o, enrola-o num pano de cozinha com pintinhas (um dos brinquedos preferidos dela) e deita-o numa almofada. São apenas estes os meus momentos de sanidade mental, porque impede os movimentos do braço e o tal barulho. De resto até sustos já apanhei por o mudarem de sítio e eu ser apanhada de surpresa com algo que mexe na minha direcção.
Perante tudo isto vieram as memórias mais remotas à superfície e lembrei-me daqueles belos tempos em que eu, a minha mana e a minha mãe iamos com o meu avô materno às rifas da Santa Casa da Misericórdia. Era uma forma de ajudá-los a angariar dinheiro no Natal ou nos Santos Populares, mas também uma grande diversão para nós, e apesar do meu avô já ter partido há muito a tradição das rifas manteve-se.
Recordo-me bem, aqui há uns anos atrás, de termos ido a mais uma dessas festinhas de angariação de fundos e termos comprado um monte de rifas. A competição era não só pelo maior número de rifas premiadas (quem inventou aquele sistema em que sai sempre devia ser fuzilado porque perde toda a piada, já que tira metade dos motivos para gozarmos com os outros a quem não saiu nada) mas também pelos prémios em si (ora este motivo é sempre válido). Já não me recordo o que me saiu a mim nem à minha mãe, mas ficou-nos gravado na memória uma estatueta XL, em barro pintado, de um estudante de Coimbra, que saiu à minha irmã.
Ela bem tentou deixá-lo lá, mas nós à socapa trouxemos para casa. E claro que esta minha perversidade teria que ser herdada de algum lado, pelo que foi com muita dificuldade em conter o riso que eu e a minha mãe embrulhámos a dita estátua e nos aguentámos até ao Natal. Haviam de ver a cara da minha irmã quando escolheu para desembrulhar logo em 1º lugar aquela prenda enorme que se destacava junto à àrvore e deparou com o estudante. Mas claro que achou piada e se riu.
No ano seguinte a história foi diferente e ela já achou que seria demais termos-lhe dado o estudante pela 2ª vez. Mas pelo menos concedeu-nos algum crédito por termos conseguido disfarçar o embrulho. Acontece que no terceiro Natal consecutivo em que recebeu o estudante a miúda não se conteve e acabou por o esmigalhar para evitar brincadeiras futuras. Maus feitios...
Pois foi pena ter acabado, mas foi giro enquanto durou... e vai daí ocorreu-me agora que ainda não comprei a prenda para a minha sogra...
PS: foto do cesto de rifas retirada do blog 'florescoreseamores'
Para quem ainda não conhece esta bela iniciativa aproveito para fazer publicidade.
O Dia Nacional do Pijama® é um dia solidário feito por crianças que ajudam outras crianças.
Neste dia, as crianças até aos 6 anos (este ano, alargado também a um número limitado de crianças do 1º ciclo), nas escolas e instituições participantes, de todo o país, vêm vestidas de pijama para a escola e passam, assim, o dia, em atividades educativas e divertidas, até regressarem a casa.
O Dia Nacional do Pijama® realiza-se a 20 de novembro de cada ano.
Este é um dia em que as crianças pequenas lembram, anualmente, a todos que "uma criança tem direito a crescer numa família".
http://www.mundosdevida.pt/_O_que_e_o_Dia_Nacional_do_Pijama
Tomei conhecimento através da escolinha dos meus filhos que nos enviou para casa 2 casinhas em cartão para recortar e montar com eles para depois pedir fundos de apoio a esta causa e entregar no proximo dia 20, que será o tal 'Dia do Pijama', em que irão vestidos de pijama para a escola (ufa! Ainda bem que há um dia oficial para isto já que o miúdo acaba por pressionar-me constantemente para ir de pijama para a escola e -é claro- que eu de vez em quando não cedo em deixá-lo ir com a parte de cima).
Inebriada por este espírito, e porque cá por casa o que é para fazer com eles é mesmo COM eles, colocámos mão à obra e fizemos as tais casinhas. A parte do recortar, por uma questão de segurança, foi com os papás, a parte de dobrar e colar foi mesmo com eles.
Claro que dá sempre confusão e claro que ficam todos sujos (neste caso colados), mas ser-se criança em fase de aprendizagem é poder-se passar também por estas experiências, e nós não os queremos privar de nada (e claro que aquela bela invenção de seu nome 'toalhetes' também ajuda a sentirmo-nos mais confiantes de que conseguimos depois 'desemporcá-los' com relativa facilidade).
Também nos pareceu essencial passar-lhes estes valores de solidariedade e partilha, já que estavamos precisamente a planear algo para fazer no Natal que passasse por dar um pouco do que nós temos para aqueles que não estarão tão bem quanto nós. Andávamos há meses a dizer que teriam de escolher um brinquedo deles para dar a algum menino no Natal e tencionamos na mesma cumprir, mas assim acabamos por ajudar de mais formas.
Seguiu-se então um vasto discurso apelando para aquele lado mais altruista que eles já vão manifestando ocasionalmente (ver post 'Excesso de valores') no sentido de participarem activamente no peditório a realizar por entre familia e amigos. E em jeito de conclusão acabei por dizer:
-Então perceberam? Vamos pedir moedas para por nesta casinha para os meninos que não têm casa poderem ser mais felizes no Natal.
Resposta da minha filha:
- Mas eu também não tenho uma casa com moedas...
Não a levem por favor a mal. Afinal ela já deu provas de que é capaz de dar aquilo que mais adora (ver post 'Orgulho'), e no final do dia acabou por encaixar a necessidade que tinhamos em reunir moedas para os meninos. E de tal forma que encontrou uma solução bem mais rápida para encher a casinha dela... 'desviar' algumas da casinha do irmão. Escandalizados? Pois eu não acho que seja mais nem menos do que o governo nos faz... desvio de fundos de casinhas. Mas pelo sim pelo não, disse-lhe que era feio...
E agora vocês dêem também o exemplo e adiram a esta causa, que até dia 20 dá ainda muito tempo para encherem as casinhas! (a não ser que haja por aí uma Patapon ou uma Troika)
Diz a Pespineta:
-Mamã! Quero um computador!
-Um computador é caro, querida. Custa muitas moedas. Mas sempre podes pedir ao Pai Natal.- digo eu.
-Sim, põe na lista de prendas que queres para o natal. Pode ser que o Pai Natal traga. - explica o co-irresponsável.
-Um para mim e um para o mano?
-Sim, podes pedir para ti e para o mano.
(pausa)
-O Natal é amanhã??
Cada vez mais chego à conclusão que há um circo instalado cá em casa.
Temos um panda gigante de peluche que deram aos miúdos no Natal do ano passado e que eles insistem em montar e saltar em cima dele. Mas nem sequer é à vez... Deitaram-no de barriga para baixo, ela sentou-se na cabeça e ele no rabo do dito animal. E ora saltava um, ora saltava outro, sendo que cada vez que um deles o fazia o outro quase era atirado para fora com o impulso. Claro que sobra para a mamã já que tive que estar de ama seca a agarrar-lhes as camisolas não fosse um ser atirado para fora. Admito que possa ser excesso de zelo mas com o que aconteceu recentemente ao Pandinha, hoje em dia temo tudo.
Ao fim de mais de meia hora neste suplício eis senão quando o Sr. Pandinha decide que já chegava e que estava na hora das cambalhotas...e pronto...mais trabalho para a mamã.
E seguiram-se desfiles de óculos escuros pela casa, cantorias, etc.
Mas o meu dia estaria longe de estar acabado. Quando tento respirar de alívio e peço ao papá para tomar um pouco conta deles para eu ir aquecer o leite eis que oiço a maior das risotas dos últimos meses e ao voltar à sala deparo com um cenário que faria esfregar as mãos a qualquer assistente social...
O Pandinha descobriu as trelas de pulso que eu comprei no ano passado quando tinha que os levar sozinha ao berçário que ficava numa avenida muito movimentada, e andava intrigado com aquilo (isto é a versão do pai que jura que a ideia não partiu dele). Vai daí pediu ao pai para por e claro que o pai, adulto como é, resolveu por as duas (uma em cada pulso) e andarem a brincar às marionetas.
Agora imaginem a minha cara quando vi o miudo quase a esborrachar-se a rir, de trelas no pulso, com o pai a movimentar-lhe os braços à vez. E para ajudar à festa tinha a Patapon a gritar 'Também quer!! Também quer!!'
Bem me parecia que eu tinha 3 filhos... e que no fundo andam todos a treinar para o circo.
Mas por favor... eu não faço parte dele, ok???