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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Seguindo a sugestão do 'Inspira-me' do Sapo desta semana, aqui ficam os posts mais visitados nos ultimos 6 meses. Como não poderia deixar de ser, o destacadíssimo post 'As Aplicações do Sr.Sapo' é o que lidera a tabela:
Sei que é apenas por 'mea culpa' que não há mais visitas, mas juro que estou a ver se me reorganizo para voltar a escrever com a regularidade que escrevia antigamente. Mesmo porque... faz tão bem à alma...
Se há alturas em que, mesmo que por tentativa e erro, encontramos uma solução para lidar com os desafios colocados por dois mabecos espertalhões, há situações em que ficamos completamente perdidos. Aqui há uns meses atrás o Pandinha descobriu que, esticando-se na cama, conseguia chegar ao interruptor da luz do tecto do quartinho deles. Resultado? Foram noites a fio a tentar desencentivar o efeito discoteca e a confortar a Patapon que assim era impedida de dormir.
Tentámos de tudo. Desde ralhar, ignorar, ameaçar que lhe tirávamos alguma coisa ou que o íamos impedir de brincar por algum tempo, até descer o mais baixo possível e tentar suborná-lo oferecendo algo em troca. E NADA!! O puto parecia fascinado pelo acender e apagar da luz, e não cedia às nossas vãs tentativas de o demovermos.
Um dia, num vulgar desabafo com os colegas de trabalho, surgiu a solução dada por uma colega do co-irresponsável. Parece que ela já teria passado pelo mesmo (valha-nos o facto de haver mais malta sem filhos perfeitos) e que simplesmente... tirou a lâmpada.
WHAT? Como é que não nos lembrámos disso antes?
Pois decidimos experimentar logo nessa noite, mas retorcidinhos que somos, acabámos por ir um pouco mais além. Não só o convencemos que estava avariado como que tinha sido ele a estragar. Estiveram sem luz no candeeiro do tecto durante cerca de 3 meses, e foi remédio santo porque quando se voltou a por a lâmpada ele não só não voltou a repetir a gracinha como ainda diz com ar miserável que foi ele que estragou e que não estraga mais.
Sim... é mais pedagogia de alguidar mas que importa? Resulta!! E só quem passa por isso é que percebe a importância da partilha desta informação crucial. Proponho por isso criar a 'APACM Associação de Pais Anti-Criancinhas Manipuladoras. Todos unidos vamos conseguir dar-lhes a volta!! Não desmoralizem... APACM! APACM!
Estava eu a fazer o jantar e da sala vinha uma gritaria de tal forma estridente que quase espetava um garfo numa mão só para acabar com a dor. E nisto o silêncio. Curiosa como sou, segui sorrateiramente pelo corredor para constatar -para minha completa admiração- que estavam na mesma a falar mas num tom quase inaudível. Ao olhar de forma inquiridora para o co-irresponsável ele apenas explicou:
-Estamos a brincar aos ninjas, e os ninjas não fazem barulho... falam baixinho!
Oh, porra! Como é que eu ainda não me tinha lembrado disso antes??
E assim se inaugura uma nova secção do blog! Mas apenas para esclarecer o título, e não é que não me ache uma 'tanga de mãe', mas o intuito aqui é falar das mentiras (piedosas, claro) que tentamos impingir aos mabecos. Fica aqui um dos exemplos daquilo que se inventa cá por casa, e sintam-se perfeitamente à vontade para partilharem os vossos. De certeza que algum progenitor menos inventivo irá agradecer as dicas...
Pois esta tanga ocorreu no famoso 'Dia do Pijama' (para quem não conhece e iniciativa basta ler o post 'O Dia Nacional dos Pijamas'), em que como seria de esperar a temperatura desceu bruscamente e ameaçava boicotar todos os preparativos. Porquê? Porque é claro que os miúdos quiseram escolher o pijama que iam levar para a escola, e é claro que a escolha não recaiu no mais quente, mas naquele que gostavam mais.
Vai daí aqui a mamã, 'softed heart' que é nestas coisas (poderia ter escrito 'coração mole'? Poder, podia... mas não era a mesma coisa!), decidiu deixá-los ir na mesma com os pijamas de eleição. Só que é claro que tinha de os proteger de alguma maneira e decidi 'enchouriçá-los' por baixo do dito. Ora se para cima a opção é relativamente pacífica, quando estava a tentar vestir os collants ao Pandinha este desata a espernear e a gritar:
-Tiraaaaa! Que eu não sou nenhuma bailarina!!
Juro que não sei onde ele foi buscar esta expressão, mas últimamente não se cala com isto e obriga-me a dar várias dobras nas meias de forma a que não fiquem com o cano levantado.
Ora... e ali estava eu perante um dilema... tentava obrigá-lo (a quem não conhece a força do Pandinha até pode achar esta opção viável) ou desistia e deixava-o ir à pesca de uma brutal gripalhada? Respirei fundo, reflecti uns segundos e decidi procurar uma terceira via...convencê-lo. Vai daí, nem sei bem como, sai-me da boca uma das maiores tretas dos últimos séculos:
-Claro que não és nenhuma bailarina, filho... mas isto não são meias. São calças especiais com pé...
-Ah, sim? Então está bem...
E lá foi o Pandinha quentinho para a escola no seu belo pijama, com as calcinhas com pé por baixo...