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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Quem nunca passou pela experiência de vestir um fato de mascote não sabe do que falo, mas para quem se considerar corajoso, é das experiências mais assustadoras que alguém pode ter.
Há muito, muito tempo, era eu praticamente uma criança (ou assim gostava de pensar), quando o jogo de cartas do Pokémon foi lançado. Estavamos a trabalhar para a editora, e tinhamos ao dispor (eu felizmente não, já que o meu papel na história era outro) um fato do Pikachu e um fato do Poliwhirl.
O do Pikachu era basicamente uma bola enorme e amarela e uns sapatões colossais (com que chegaram a fazer das corridas mais cómicas que alguma vez assisti), mas o outro... bem... imaginem-se num fato de lycra azul, com apenas um disco estilo chupa-chupa a proteger-vos da cara até à cintura. Mesmo assim, num dos eventos, quem sofreu mais foi o Pikachu, pois talvez por ser dos mais queridos das crianças, tinha direito a gelado simpaticamente enfiado pela boca dentro.
Ora... nem é preciso perceberem muito do assunto para saberem que é por aí que o desgraçado respira e vê. E foi assim que o meu amigo Isidro (desculpa lá de te identificar mas mereces a homenagem) teve que limpar o gelado que lhe toldava a visão e dificultava a respiração.
A parte mais entusiasmante da coisa -e fica a dica para quem precisar de fazer dieta- é que aquilo, mesmo em ambiente protegido dos raios solares e ventilado, é a coisinha mais quente que alguma vez vi. Ao fim de 1 semana o Isidro tinha vários quilos a menos e muito mais musculatura (não só pelo peso do bicho, mas por ter de fugir dos pequenos que ofereciam gelados).
E porque me recordo eu disto agora? Por causa do dia da criança, e por causa do Leo. O Leo foi hoje a vítima dos meus filhos. O Leo teve de fugir dos meus filhos, o que não foi tarefa fácil, já que estava um agarrado a cada perna.
E por isso, a quem quer que estivesse dentro do Leo, fica aqui o meu muito obrigada, e a minha sincera homenagem por ter ainda tido forças para lhes pegar ao colo e dar aquele sentido abraço que fez todas as celebrações do Dia da Criança valerem a pena. Por ter tido energia para rugir, por ter tido coragem para reaparecer depois da merecida pausa.
A todos os Pikachú, Panda, Sapo, Leo e afins desta vida: obrigada por fazerem tantas crianças felizes e obrigada por se conterem de lhes dar um pontapé!
São os meus heróis!
Cada vez mais chego à conclusão que há um circo instalado cá em casa.
Temos um panda gigante de peluche que deram aos miúdos no Natal do ano passado e que eles insistem em montar e saltar em cima dele. Mas nem sequer é à vez... Deitaram-no de barriga para baixo, ela sentou-se na cabeça e ele no rabo do dito animal. E ora saltava um, ora saltava outro, sendo que cada vez que um deles o fazia o outro quase era atirado para fora com o impulso. Claro que sobra para a mamã já que tive que estar de ama seca a agarrar-lhes as camisolas não fosse um ser atirado para fora. Admito que possa ser excesso de zelo mas com o que aconteceu recentemente ao Pandinha, hoje em dia temo tudo.
Ao fim de mais de meia hora neste suplício eis senão quando o Sr. Pandinha decide que já chegava e que estava na hora das cambalhotas...e pronto...mais trabalho para a mamã.
E seguiram-se desfiles de óculos escuros pela casa, cantorias, etc.
Mas o meu dia estaria longe de estar acabado. Quando tento respirar de alívio e peço ao papá para tomar um pouco conta deles para eu ir aquecer o leite eis que oiço a maior das risotas dos últimos meses e ao voltar à sala deparo com um cenário que faria esfregar as mãos a qualquer assistente social...
O Pandinha descobriu as trelas de pulso que eu comprei no ano passado quando tinha que os levar sozinha ao berçário que ficava numa avenida muito movimentada, e andava intrigado com aquilo (isto é a versão do pai que jura que a ideia não partiu dele). Vai daí pediu ao pai para por e claro que o pai, adulto como é, resolveu por as duas (uma em cada pulso) e andarem a brincar às marionetas.
Agora imaginem a minha cara quando vi o miudo quase a esborrachar-se a rir, de trelas no pulso, com o pai a movimentar-lhe os braços à vez. E para ajudar à festa tinha a Patapon a gritar 'Também quer!! Também quer!!'
Bem me parecia que eu tinha 3 filhos... e que no fundo andam todos a treinar para o circo.
Mas por favor... eu não faço parte dele, ok???