Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Teorias dos mabecos: As árvores

por twin_mummy, em 02.05.14

Vinhamos de carro de casa da avó paterna. Depois de uma tarde de brincadeira e correrias pelo parque eles faziam-me o relato do que tinham feito com os avós. A dada altura contaram que um cão fugiu com a bola do Pandinha e que quando a avó estava a jogar à bola com eles, andou para trás e caiu.

 

Como tinha um saco onde transportava todas aquelas 1000 coisas com que andamos quando temos miúdos era inevitável que algo acontecesse quando ela se estatelou em cima dele. Pois segundo os mabecos a água abriu-se e molhou tudo, inclusivé o cabelo da nova Barriguita da Patapon (ir para casa da avó também implica normalmente voltar com um brinquedo novo ou a expressão 'estragar os miúdos com mimos' não faria tanto sentido), e pelos vistos, e felizmente, ter-se-á gerado uma sessão de risota pelo caricato da situação.

 

Ora como a meio do caminho já o sono se transformava em birra, e como é sabido que tenho uns parafusos a menos, decidi inventar ali um bocadinho para os distrair. E comecei com a minha história alternativa:

 

-Ora então a avó estava a jogar à bola, o Pandinha acertou-lhe com a bola e ela caiu!

-Nããããããooooo! -dizia ele a tentar conter o riso- Não fui eu! Ela só começou a andar para trás, tropeçou e caiu.

-Ahhhhhh! -tentava eu fingir que já tinha percebido- então veio o cão, atirou-se à avó e ela deixou cair a bola!

-Não, mãe! -explicava a Patapon- ...o cão foi depois. A Avó caiu sozinha!

-Caiu porque o pai a empurrou, certo? -insistia eu na versão alternativa perante a risota geral.

-Não! O pai não estava lá. Foi mesmo sozinha!! Estás a aldrabar! -dizia o Pandinha.

 

A partir daí, foi com a história a descambar para o limite da insensatez que percorremos os últimos quilómetros de regresso a casa com os mabecos bem dispostos. Já a chegar a casa a versão era:

 

-Então estavam a jogar à bola, o pai empurrou o avô, que foi bater de encontro ao cão, que por sua vez acertou numa árvore. E a árvore ia a cair para cima da avó, que se desviou a tempo, mas acertou no saco, e entornou a água.

 

Foi então que no meio de uma gargalhada o meu filho se saiu com esta:

-A árvore caiu?? As árvores não podem cair, mãe! Porque não têm pés!!!

 

E pronto! Foi assim mais uma lição mabequiana! E eu que vivi estes anos todos na ignorância!

O 'Efeito Pastel de Nata'

por twin_mummy, em 19.09.13

A todos os que já viram filmes sobre crianças electrizadas depois de comerem algo com açúcar e que, como eu, acham que aquilo será um exagero... garanto-vos que é real!! E a quem não sabe do que falo basta seguirem o link abaixo para verem um bom exemplo (e já agora aproveitem e vejam o filme completo que é todo ele repleto de bons exemplos...lol).

 

http://www.youtube.com/watch?v=NUFDjrxEKgg&feature=share

 

Ora não sendo eu adepta de encher os miúdos com doces também não sou extremista ao ponto de não os deixar comer. Afinal nós também já fomos crianças e não morremos por causa dos chupas de cereja, das tabletes Regina, nem da arte de mastigar 5 Super Gorila em simultâneo... Aliás, são essas pequenas coisas que dão outro gosto à infância...

 

Por isso costumo deixá-los comer bolachas Maria ou as 'Bolachas do gatinho' (as da marca branca do Jumbo que dão até mais jeito porque vêm em embalagens de 2), e quando me resta um pingo de energia no corpo lá faço um bolinho caseiro. Mas tudo com conta, peso e medida. E talvez por isso, ao olhar para aquele tunel, não antevi que pudesse vir lá um comboio, muito menos um expresso!!

 

Agora imaginem um cenário idílico de final de tarde. O sol a serenar depois de um dia escaldante, os papás bem dispostos, e uma ida a pé à escola para ir buscar os bebés e passear um pouco com eles a aproveitar os ultimos dias de verão (sim, que prometeram que este seria o verão mais frio de que há memória e por isso -porque os senhores da metereologia NUNCA falham- de certeza que na próxima semana, para compensar as temperaturas tórridas que se fazem sentir, irá nevar em Lisboa...ou pior!!). Toca o telefone e é um amigo e colega do co-irresponsável que vem ter connosco por motivos de trabalho mas decide aproveitar para ver os miúdos e estar um pouco com eles.

 

Ida ao parque, e tudo a correr bem, com os miúdos a aventurarem-se no 'escorrega dos crescidos' e eu a esfregar as mãozinhas enquanto penso 'Vão cair na cama que nem tordos'. Mas eis senão quando decidimos ir a uma pastelaria local para que o tal amigo tivesse possibilidade de provar uma das especialidades da zona.

 

-E os meninos o que querem?- pergunto eu longe de imaginar no que me iria meter.

-Pastel de nata com colher!!!! - diz ela.

-Carolina!- pede ele.

******WHAT????******

-Queres o quê, filho??

-Uma Carolina, mamã!

 

E como temos uma vizinha chamada Carolina que frequenta a mesma escolinha ainda pergunto feita tola:

 

-Queres ir brincar com a Carolina?

-Não, mãe! Para comer!!

 

Terror nos momentos seguintes e... PLIM!! Faz-se de repente luz e sugiro:

 

-Será uma Madalena?

-Isso!!

{#emotions_dlg.lol}

E no meio do riso que procuravamos conter lá mando vir a Carolina Madalena para o artista e o natinha com colher para a princesa. Até aqui tudo normal, certo?? Mas os putos nesta idade são manhosos e perante terceiros basta um daqueles olhares ternos -quem já tem mabecos sabe do que falo- e conseguem tudo. E o puto assim que acaba a Carolina Madalena pedincha um natinha a pestanejar.

 

Sim... eu sei que a culpa é inteiramente minha porque deveria ter dito que não. Mesmo porque o 'Efeito Pastel de Nata' já se tinha feito sentir em tempos, mas tanto eu como o co-irresponsável não fizemos uma associação directa. Masssss... ele pestanejou, ok? O puto pestanejou e eu não consegui resistir. Sou uma mãe fraca, sou!! Admito!! Mas acedi APENAS em dar um pastel miniatura. Pois... bastou isso!!

 

Podem não acreditar, mas 5 minutos depois e já a pastelaria era dele. Perto do Pandinha sob o 'Efeito Pastel de Nata' o Flash fica a parecer uma lesma e o Beep Beep uma minhoca. Como diriam no Algarve 'Ahhhh! Puto marafado!!' Parecia o Buzz Lighthyear a querer ir 'Para o infinito e mais além'!! E nós até eramos 3 adultos, a Patapon até estava (mais ou menos) sossegada, e não conseguiamos ter mão nele!

 

Da pastelaria até casa (que serão talvez uns 800m) deve-se ter atirado ao chão 30x, corrido outras tantas, agredido a irmã, saltado, gritado... sei lá! Mesmo sem intencionalidade alguma dei por mim a afastar-me dele e, de mão dada com a princesa, a olhar meio de lado com o mesmo ar abismado dos transeuntes, que pareciam achar exagerado um miúdo daquela idade ser transportado qual saco de batatas. Mas foi a única solução que o co-irresponsável encontrou para trazer o mabequinho com um mínimo de segurança (estavamos com imenso medo que corresse de repente para a estrada) e boa disposição, porque se simplesmente lhe dessemos a mão e o tentássemos conduzir a casa ele armava um basqueiro.

 

E aquele coitado daquele rapaz, que ingénuamente decidiu vir ter connosco naquele dia fatídico, deve ter saído daqui com alergia a crianças. Mas juro - Filipe se me estás a ler é verdade!!!- os meus filhos NÃO SÃO ASSIM!! Foi o 'Efeito Pastel de Nata'...

ESCAPADELA SEMI-ROMÂNTICA - Parte 3: A estadia

por twin_mummy, em 13.08.13

 

Depois daquele almoço 'bem regado' na Plaza Mayor iniciámos a caminhada da tarde. Tinhamos planeado fazer uma visita breve ao Museu do Prado para ver as áreas principais e comprar uma souvenir especial para a minha mamã que fará anos em breve. Seguiriamos para o Museu da Rainha Sofia também para uma breve visita, e terminariamos a tarde com um merecido descanso no Parque do Retiro. Este era o plano...

 

Seguimos por isso pela Calle Mayor e depois pela Calle de Alcalá até à Praça das Cibelles. Apesar das muitas bancas com réplicas de quadros que lá abundavam a preços acessíveis não nos detivemos com contemplações já que pretendo guardar distância de qualquer Deusa da fertilidade que se me atravesse pelo caminho. Do outro lado da estrada uma fila brutal de gente que aguardava à porta do Prado fazia-nos perceber que a entrada nos Museus em final de tarde de sábado ser gratuita não seria um segredo bem guardado. Ainda tentei pedir ao segurança para ir à loja, mas a solução que me deram era pagar bilhete e entrar de imediato ou esperar na fila compacta de centenas de metros que eles me garantiam que se escoaria em 10 minutos. Não sei porquê mas não me apeteceu ficar lá para cronometrar.

 

E na descida até Atocha, onde se situava o 2º museu a ser visitado, resolvemos deixar-nos de frescuras e virar logo para o Parque do Retiro, onde eu esperava encontrar as 'árvores pompom' (é o nome que inventei para umas árvores que eles cortam estilo...pompom). Ao subir a Calle Claudio Moyano deparámos com uma série de alfarrabistas. Claaaaaro que tinha sido mais que planeado, não foi perfeitamente por acaso que deparámos com aquela cerca de duzia e meia de stands fixos com as mais deliciosas pérolas de literatura. Ainda pensámos comprar alguma BD mas lembrámo-nos a tempo que estaria em espanhol... e os preços não seriam assim tão convidativos. De qualquer forma o co-(ir)responsável lá aproveitou para comprar a primeira de muitas placas de aluminio 'Para afixar na garagem' (esta era a 1ª versão já que depois passou o caminho de regresso a fazer planos para as afixar no corredor).

 

Chegados ao Parque rendemo-nos ao espírito Madrileno e, completamente exaustos da caminhada sob aquele sol escaldante, deixámo-nos cair na relva, onde me apressei a descalçar os sapatinhos. E apesar de estar humida de alguma rega recente nem me importei de ficar com alguns pedaços da dita colados às pernas. Ter ficado com o rabo molhado também não foi de todo desagradável e o vestido escuro escondia a mancha de água, pelo que ao fim de alguns minutos lá seguimos até à famosa estátua do Anjo Caído, que eu confesso que imaginava bem mais grandiosa... 


Ainda estivemos sentados num banquinho de jardim por alguns minutos a beber uma aguinha fresquinha enquanto observávamos os skaters e in liners que contornavam a estátua. Inicialmente seriam uns 3 ou 4 mas pouco depois ultrapassavam a dezena e já havia até circuitos de pinos para contornar. Curiosamente um deles tinha a constituição de um orangotango e o equilibrio de um elefante a saltar de nenúfar em nenúfar, mas não era isso que o impedia de dar milhentas voltas à estátua sem cair. Ao senhor desconhecido os meus parabéns pois eu não faria melhor. Não mesmo!! 

E dali foi uma maratona até ao Palácio de Cristal, que pouco mais era que uma estufa abandonada, à porta da qual se vendia artesanato, mas valeu o desvio pelo laguinho que o acompanhava. E não pude deixar de me lembrar dos miúdos ao ver os patinhos que eles tanto adoram.

 

Não sei se também por influência do calor que se fazia sentir, debaixo das árvores do Retiro conclui que os parques de Madrid são lindos. E ali também não se nota tanto a sujidade das 'calle'...


Seguia-se uma pequena esplanada manhosa e depois... bem... este cenário...

Muita gente a andar de barquinho a remos, muito comércio de rua, muitos... espanhóis. Mais uma vez achei um exemplo a seguir por portugueses em terras lusas.

 

E como a fome já ia apertando lá iniciámos o caminho de regresso ao hotel, com a tristeza estampada no rosto por não termos encontrado as famosas árvores. Seriam umas 18h00 e as lajes do pavimento queimavam através das solas dos sapatos. Incrível! Nessa altura questionei-me porque não teriamos nós levado as bicicletas cedidas gratuitamente pelo hotel (mesmo porque até foi um dos critérios de selecção do mesmo), mas o co-(ir)responsável calou-me com uma simples observação... 'E a coragem para andar de bicicleta nestas ruas??' Pois... e tinha razão já que o trânsito em Madrid parecia infernal.

 

Devagarinho, e depois de duas ou três paragens para água e sumos lá chegámos ao hotel. Soube bem pensar que o jantar seria ali mesmo em frente, no famoso mercado de San Miguel. E que depois poderiamos simplesmente fazer o caminho de volta a passo de caracol.

 

Quanto ao mercado só pelo edifício em si valeria a pena visitar, mas os petiscos que se comem no interior, e por um preço bastante mais acessível que a empregada do hotel nos faria adivinhar, foi para mim o ponto alto de Madrid. Desde tapas a 1€ até aos mais variados tipos de ostra. Há de tudo. Deliciei-me com um bom camarão daquele pequenino e roliço que fazia lembrar o de Espinho, enquanto o co-(ir)responsável se atirou a um prato de ostras. Para acompanhar vinho e mais uma vez a certeza que o nosso é melhor...

 

Também não resistimos a visitar a banca do mozzarella artesanal feito ali mesmo, e provar uns tapas enormes do mesmo. Delicioso, mas pecava pelo excesso de mozzarella que acabava por ser enjoativo ao fim de 4 ou 5 dentadas.

 

Para sobremesa havia frutas frescas numa das bancas onde uma pilha de cerejas a 16€ nos olhava. Seriam de ouro? Não... simplesmente alguém lhes tinha tirado o pezinho e pimba... mais 10eur por kg só por isso. Caramba que estes espanhóis fazem-se pagar bem!! Mas nada que um geladinho com sabor caseiro não resolva, consumido, como qualquer bom turista o faria, sentado numa das portas de acesso ao Mercado já que os lugares sentados lá dentro escasseiam.

 

E nisto faltava o café que acabámos por ir beber a um Pub mesmo em frente. Ao olhar para a ementa, e pela pouca diferença de preço, optámos pelo café com natas. Dificil para o senhor foi bater as natas com aquele calor, mas o espirito das férias não esmoreceu, mesmo porque não havia energia sequer para isso.  Tinhamos de nos arrastar até ao hotel enquanto tinhamos uma pontinha de energia.

 

E foi neste cenário que parecia retirado de uma nave espacial de um qualquer filme de ficção científica (não, não consumimos qualquer tipo de cogumelos nesse dia) que passámos uma bela noite. A cama king size era verdadeiramente confortável. Ou então estávamos muito cansados...

 

 

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

  Pesquisar no Blog


Posts mais comentados


Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2017
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2016
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2015
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2014
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2013
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D

calendário

Agosto 2018

D S T Q Q S S
1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031



O MEU E-MAIL

mail.twinmummy@gmail.com Enviem perguntas, sugestões, ou simplesmente digam olá!

A MINHA PÁGINA DO FACEBOOK

https://www.facebook.com/TwinMummyblog