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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Os miúdos têm por hábito chamar peixe bebé às ovas, e devoram-nas como gente grande. Aqui há dias estavamos a comer uma pratalhada de sardinhas em que muitas delas tinham ovas e sai-se o puto:
-Quero os peixinhos bebé!
-E um bocadinho de sardinha também! - insisto eu.
-Não...só o bebé!
Diz a Patapon:
-Ó mano... também tens de comer do outro. Não pode ser só bebé!
-Ok, pronto! então como também a mãe e o pai!
E assim começa uma nova secção do blog onde tentarei partilhar algumas dicas que vos ajudem a facilitar a vida. Algumas instintivas, outras aprendidas na primeira pessoa (a tentativa e erro é sempre das melhores formas de aprendizagem), outras felizmente transmitidas por quem já passou por elas.
Sintam-se perfeitamente à vontade para partilhar as vossas ou até para sugerir dicas em relação a alguma situação em concreto.
Começo pelas sopas porque é das questões que mais frequentemente surgem. Ora para tornar as sopinhas mais apetitosas:
Também não convém esquecer de que, ao introduzir novos alimentos, se deve respeitar o intervalo de 3 dias entre cada introdução para nos certificarmos se há ou não reacção alérgica, e de que não se devem misturar muitos legumes (por norma 3 de base e 1 legume folhoso).
Para facilitar a fazê-las (e acreditem que isto é particularmente útil para quem tem gémeos, mas não só) podem optar por partir os legumes todos quando têm mais tempo e guardar em doses no congelador. Depois quando precisam de a confeccionar é só seleccionar uma dose de batata, uma dose de cenoura, etc. Também dá muito jeito na fase em que comem sopa de peixe a uma refeção e de carne a outra, fazer as unidoses de carne e peixe (neste caso o normal é cerca de 40g por cada refeição) e adicioná-las depois da base da sopa confeccionada. Assim, mesmo que o bebé rejeite a sopa, podem sempre reaproveitar a base, o que não é possível se puserem a carne ou o peixe misturado de início.
Depois o ser mais espesso ou mais líquido depende do gosto de cada bebé, mas é importante ter algumas fibras mais longas para facilitar o funcionamento do aparelho digestivo, e ser progressivamente mais espesso também facilita a introdução dos sólidos e, mais tarde, que eles consigam comê-a sozinhos com um mínimo (e com isto quero dizer 1 metrinho quadrado ou 2) de chafurdice.
Boas sopas!
Para quem não tem mabecos pequenos aconselho a sintonizarem o JimJam e espreitarem um episódio do Pingu. Como o próprio nome faz adivinhar é um pinguim, que vive num igloo com os pais e a irmã mais nova, a Pinga.
Trata-se de uma série animada pelo método claymation (sim fui ver na wikipedia qual era o nome pomposo para designar a animação feita com aqueles bonecos de plasticina) iniciada nos anos 80 e que se prolongou até ao século XXI. Tem a grande desvantagem de se vislumbrar por lá uma mosca de vez em quando no cenário, mas os bonecos ficam extremamente patuscos e sempre podemos fingir que é um Sasquatch (vulgo Bigfoot mas como o blog é meu uso a designação que mais me aprouver).
Por incrível que pareça tornou-se série de culto ao ponto do mershandising atingir valores exurbitantes. E bem que percebemos isso quando nos decidimos pelo tema do Pingu para o 2º aniversário dos miúdos. Como não havia nada no site oficial da série e muito menos em Portugal, tivemos que adquirir as figurinhas via leilão do ebay e para não me chamarem parva nem sequer irei dizer quanto demos por elas, mas sinceramente valeu cada cêntimo...ou melhor... cada libra... só pela forma como os miúdos reagiram.
Retomando o tema da série, permite-nos acompanhar as aventuras nada didácticas de um pinguim que só faz disparates, entre os quais perder a irmã quando esta era apenas um ovinho. Mas diabruras à parte, o que me fascina mesmo é a casa...ou igloo.
Por um lado acho extraordinário que seja arraçada de saco de Sport-billy (uma outra série de culto... esta do 'meu tempo'), e que os meros 5m2 exteriores correspondam a uma mansão a perder de vista no interior. Confesso que muitas vezes ao abrir a porta do nosso minúsculo apartamento dou por mim a pensar se terá havido na minha ausência um Querido Mudei a Casa ou um Reconstrução Total (o equivalente estrangeiro e em escala megalómana) que lhe permitam assumir essa característica. Dava-me jeito não só ter um quarto extra onde conseguisse aliar a função do escritório perdido com a transformação do dito para quarto dos mabecos com a de quarto de brincadeiras para os ditos (os mabecos), de forma a voltarmos a ter uma sala de estar bem arrumada (dream on!).
Outra questão tem a ver com as janelas e a iluminação das divisões pois por norma no exterior do igloo a única abertura que se vislumbra é a porta, mas quando se observa as cenas de interior há sempre uma janela em cada divisória ou pelo menos uma iluminação digna de palco de teatro mas sem que se veja um único holofote ou mesmo candeeiro. Seria um espectáculo poder usufruir dessas janelas mágicas na minha casa de banho interior e poder poupar na conta da electricidade apenas com o brilho que emanasse das paredes. Mas não sei porquê... aqui não funciona.
Também não consigo, com estes dois mabecos, manter a casa com aquela limpeza e arrumação imaculada mas penso que se deva também ao facto de não haver por ali cantos (nem na junção das divisões eles parecem existir) para onde o cotão e o pó se esgueirem e não haver assim tantos armários onde guardar coisas. E com menos coisas claro que haverá menos desarrumação.
Só não compreendo porque é que o pai do Pingu está constantemente a passar roupa a ferro porque também nesse aspecto, e como se pode ver pla imagem, podiam poupar imenso tempo e esforço dado andarem sempre de barbatana à mostra.
E como não poderia deixar de ser, invejo também aquele sistema monetário em que se pode adquirir tudo usando peixe como moeda de troca, e em que a solução para a falta de moeda é nada mais nada menos que uma cana de pesca sem isco, um orifício circular aberto em qualquer localização no gelo (não me parece de todo que tentem localizar os lagos, mas os peixes-moeda estão sempre a menos de 30cms da superfície). Aquilo é a famosa árvore das patacas tornada realidade, apenas com a diferença de que não é uma árvore e que o 'cacau' vem do chão e não do ar.
Chamem-me sonhadora, mas caramba... como seria bom eu poder dizer no supermercado 'Peço desculpa mas vou ali apanhar mais duas pescadas para poder levar outro carrinho de compras.' ou então numa loja de griffe eu ousar exclamar 'Guarde-me aí esse vestido de gala que eu já venho com um atum para troca!'. Acabaríamos era com a secção de pescado dos supermecados mas olhem... era por um bom motivo!
Não é que o meu filho não tenha amigos, mas tirando o 'Booo' (o ursinho eu ele baptizou e cujo nome a mana adoptou para o ursinho gémeo dela), e o peixe Afonso (que desconfio ser de alguma história infantil, mas que até à data ainda ninguém me conseguiu confirmar) são todos reais. E não sei porquê... são quase todos gajas e mais velhas. Mas voltaremos ao 'Fenómeno Pandinha' noutra altura...
Quanto aos amigos da minha filha começou, como já referi, pelo 'Booo', do qual ela é inseparável, e nem estranhei quando aqui há dias ao vê-la com uma boneca que a minha mãe lhe ofereceu ela se tenha apressado a esclarecer que era a 'Ollie' e que o do mano era o 'Pampi' (embora confesse que estou na mesma intrigada com a origem de tais nomes, mas enfim...). Mas anteontem ultrapassámos a fronteira da imaginação muuuuuito fértil. Quando lhe trocava a fralda começou a apontar para cima e disse:
'Mãe olha no tecto!'
'O que foi, querida?'
'É a amiga da luz'
'Qual amiga da luz???'
'É a Luzeta, mãe!!'
E pronto... Welcome to the Twilight Zone!!