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Pespineta vs Co-(ir)responsável

por twin_mummy, em 30.08.14

Conversa entre a Patapon e o pai aqui há dias (não faço ideia de que estavam a falar, mas ao passar pela sala oiço o co-(ir)responsável dizer em tom sério:

 

-Eu é que sei!

 

Resposta pronta da Pespineta, que ainda está a meses de fazer 4 anos:

 

-Não sabes nada, pai! Tu achas é que sabes!!

 

E pronto... lá tive eu de me afastar enquanto tentava conter o riso, e ia pensando para mim que devia ter-lhe dado o nome de Mafalda...

 

Teorias dos mabecos: O inverno

por twin_mummy, em 07.07.14

Numa destas manhãs chuvosas e farruscas de um verão que parece não querer chegar, tinha eu a Patapon a insistir que queria ir de gorro e luvas para a escola.

 

Insisti que estava calor e que iria ficar a transpirar com tais acessórios. Até disse que os outros meninos iam ficar a olhar para ela, de tão estranho que aquilo era, mas ela continuava a lutar pelo seu gorro e as suas luvas. Numa derradeira tentativa tento explicar:

-Querida... isso usa-se quando é inverno, mas agora está calor, não faz sentido andares de luvas e cachecol com este calor.

 

Responde a Pespineta:

-Mas é Inverno, mãe! Olha como chove!

 

E pronto... foi assim que fiquei sem argumentos perante uma miúda de 3 anos e meio. Mas valeu-me o mano, que nem sei bem como, lá a conseguiu convencer...

Teorias dos mabecos: Cocó de cão

por twin_mummy, em 01.05.14

Há quem tenha queda para a música, quem tenha para o teatro ou mesmo para a escrita. Há quem declame poemas a fio de memória, e quem saiba dar toques na bola e fintar como ninguém. E há a minha filha... que tem queda para pisar cocó de cão!

 

Pois hoje, para não variar, num passeio pelo parque com os avós paternos, calhou de acertar em cheio com um dos ténis novos (que embora tenham sido estreados na semana passada quase parecem ter feito já todo o inverno, ter sido atirados para o lixo, e depois resgatados numa qualquer reciclagem) num enorme poio. Não que eu o tivesse visto, pois por essa altura estava eu ainda no trabalho, mas dei por ele quando apertava os elaborados cintos da Graco, para iniciarmos a viagem de carro de regresso a casa.

 

Pais que são pais têm sempre toalhetes à mão, e pais de gémeos por norma têm um pack inteiro deles (e quando digo pack é sempre acima de 200 unidades dos ditos), e por isso respirei de alívio e fui buscar os toalhetes ao porta bagagens. Mas nem mesmo se tivesse gasto um pack deles conseguiria tirar o dito cocó, de tão agarrado e seco que estava (nota mental... não é boa ideia comprar ténis com solas de elaborados relevos). A solução passou mesmo por lhe tirar o ténis para, pelo menos, não sujar as costas do meu banco, como tinha acontecido no incidente anterior e que envolveu uma igual (senão maior) quantidade de caca.

 

Mas claro que isso não nos impediu -pelo contrário- que pudessemos gozar com a situação e com a pontaria da miúda. Mas bastou percorrer alguns metros, com a conversa de crescidos e Pandinha a roçar o limite da estupidez -sim, a malta reconhece!- para a resposta-pronta da Pespineta se fazer ouvir. Do alto do seu metrinho de altura, com voz segura e bem colocada, como se falasse para uma plateia sai-se com esta:

 

-Sabes... eu acho que é um disparate os cães fazerem cocó na rua. Os donos deviam ensiná-los a ir à sanita para eu não pisar mais cocó!

 

Pois... eu também acho! E subscrevo!

Night and Day

por twin_mummy, em 24.01.14

Estava a despir a Pespineta para lhe dar banho quando, ao tirar-lhe as cuecas que ela agora insiste em vestir sobre a fralda, esta exclama:

-Depois posso vestir as cuecas outras vez?

-Estas não, querida. Podes vestir outras cuecas porque é suposto vestir-se umas a cada dia.

-Umas a cada dia e umas a cada noite? 

 

É... só nos dias de eclipse é que se anda com o mesmo par de cuecas todo o dia e toda a noite...

Uma questão de tamanho

por twin_mummy, em 01.11.13

Sempre que o tempo ajuda costumamos ir com os miúdos para o pátio ou para o parque andar de skate ou triciclo. Aqui há dias, numa dessas incursões, dei com a Patapon a tirar folhas de uma árvore e a atirá-las por uma vedação. As primeiras ignorei, mas como parecia tratar-se de maus tratos continuados e concertados entre ela e o Pandinha, que incitado, se juntou àquela triste tarefa, acabei por abrir a boca para a tentar repreender:

 

-Não faças isso, que a árvore fica triste.- expliquei

-Não fica nada...ela tem muitas folhas!- responde a Pespineta prontamente.

-Tu também tens muitos cabelos e se eu tirar algum ficas triste, certo?

-Mas olha esta que eu tirei...é tããããããooo pequenina, vês? Não faz mal...

 

E perante o meu ar de completa admiração e choque encolheu os ombros, virou costas e concluiu para o mano:

-Tira só as pequeninas!

Relatividade

por twin_mummy, em 14.10.13
Fonte: Google Maps

Realmente nesta vida tudo é relativo.

 

Há uns anos atrás (bem mais do que aqueles que gostaria de admitir), estava eu responsável por um dos stands na Forum Estudante, na velhinha FIL da Junqueira quando, por um estúpido atraso, me vi forçada a estacionar o carro junto ao rio e atravessar a passagem aérea sobre a Av. da Índia. Para um comum cidadão nada de mais, mas eu tenho uma fobia estranha de alturas. Eu explico... não me faz de todo confusão estar num local alto, desde que tenha uma guarda reforçada e opaca entre mim e o precipício (seja ele de 200 metros ou de apenas 2 metros), mas tudo o que é em traves ou em rede faz-me tremer de pânico. E sim, eu sei que as terapias cognitivo-comportamentais são extremamente eficazes nestes casos, e que poderia simplesmente 'dessensibilizar', mas é tão mais fácil evitar, e como por norma consigo, tenho-me safo assim...

 

Acontece que naquele dia não haveria escapatória possível pois quem já esteve numa forum estudante sabe que quando se abrem aquelas portas é o caos e pior mesmo só um elefante trancado numa loja Vista Alegre. E sendo eu a pessoa responsável que sou simplesmente imaginei uma linha central naquela passagem aérea e segui sem me desviar de ninguém, pois aproximar-me um passo que fosse do gradeamento e seria a morte do artista. Claro que quem vinha em sentido contrário deve-me ter achado estranha, mas eu também nunca disse que sou uma pessoa normal, pois não? E a verdade é que resultou... cheguei bem a tempo de abrir o stand a horas e evitar a pilhagem.

 

Desde então, e por estranho que pareça, acabei até por me voluntariar para uma actividade profissional que com frequência exigia que me expusesse a esse tipo de situações e, mais uma vez, quando a necessidade apertou (por sorte foi caso único em 7 anos), lá enfrentei eu o meu medo em prole de um bem maior.

 

Agora com os miúdos eu bem tento não exagerar e passar-lhes esta minha fobia, mas é inevitável que sinta receio em algumas situações. Ora em casa da minha sogra há uma escadaria íngreme sem protecções laterais que me deixa em pânico. Quando os gémeos eram pequenos simplesmente evitava subi-la, mas agora que eles já opinam e exigem ir ao piso superior sinto-me forçada a levá-los ao colo.

 

Filmar-me a fazer tal trajecto daria de certeza um dos vídeos com mais visualizações do youtube, pois sigo com eles ao colo, olhos postos no fim do trajecto, a avançar lenta mas uniformemente junto à parede. Já calhou de ter de parar a meio por algum motivo, e nessas alturas o que faço (sim...confesso!!) é pedir ajuda a alguém pois tenho dificuldade em avançar. A quem me via há uns meses atrás e a quem me vê agora as melhorias são notórias, mas ainda não atingi o ponto de perfeição. De qualquer forma como ainda não dei alta a mim própria desta auto-terapia, a esperança continua a existir e a mover este meu Mundo.

 

Seja como for, fobias aparte, acho a escada perigosa para os miúdos, e se bem que a gente explique que não podem passar do 2º degrau e eles acatem por terem já também consciência do perigo, o sistema não será 100% eficaz. Por um lado porque são miúdos, por outro porque podem até tropeçar inadvertidamente. Mas enquanto se pede orçamentos e se engorda o porquinho para a obra é com esta situação que temos e lidar, pelo que quando subo com eles peço sempre para se agarrarem bem a mim.

 

Ontem ia a subir com a Pespineta e mesmo antes de eu abrir a boca ela sai-se com esta:

-Agarro-me bem para a mamã não cair, não é? A mamã tem medo da escada.

 

e eu simplesmente soltei uma gargalhada e respondi:

 

-Sim...é isso, querida! Segura bem a mãe...

 

E lá fomos agarradinhas feito lapas escada acima.

 

A menina Blackie

por twin_mummy, em 08.10.13

Os meus mabecos têm uma predilecção especial por cães. E calha de termos vários vizinhos que são possuidores de diferentes exemplares da raça canina, que acabam por fazer as delícias dos meus filhos.

 

Frequentemente no patamar do prédio encontramos uma cadelinha já velhota, preta. Fico toda embevecida de os ouvir tratar carinhosamente a cadela pelo nome que, por coerência, é 'Blackie'. A dona da cadela também adora os meus miúdos e acaba sempre por os deixar dar-lhes umas festinhas e uns mimos antes de seguir para a rua com ela. Pois calhou de a encontrarmos 3 manhãs seguidas, e aquilo já quase parecia rotina. Mas ao 4º dia nada de Blackie, e claro que os miúdos comentaram.

 

-Talvez a gente a veja mais ao fim do dia. -disse eu a ver se os animava.

 

Pois se acham que os putos esquecem... esqueçam vocês! Aquelas memórias chegam a ser quase fotográficas, e por vezes referem certos acontecimentos de há dias atrás quase como se tivessem acabado de acontecer. Por isso não foi espanto quando, ao ir buscá-los à escola, a primeira coisa que a Pespineta perguntou foi:

 

-A Blackieee???

 

Lá tentei distraí-la, justificar que devia ter ido ao veterinário e devia voltar mais tarde. E desviei logo o assunto.

 

Estacionado o carro junto ao prédio oiço um grande grito histérico vindo do banco trás.

 

-Olha a mãe da Blackie!!!- dizia a Pespineta enquanto procurava pela menina Blackie...

 

Não pude deixar de sorrir, e atendendo ao amor que vejo que a senhora tem pela cadelinha, nem sequer fui capaz de corrigir. Simplesmente entrei no jogo e deixei-me levar por aquele momento.

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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