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O construtor

por twin_mummy, em 28.04.17

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Depois de me terem origado a mim e ao co-irresponsável a ir buscar incontáveis baldinhos de água para por na piscina escavada no areal da praia, a Patapon vira costas, atira-se para o areal e começa a agitar os braços para fazer anjinhos na areia. Diz o Pandinha:

-Então e a piscina?

-Já está boa.

-Não! Temos que alargar e fazer um muro a toda a volta.

-Olha! Faz tu! Eu estou farta.

-Mas a piscina é dos dois. Tens de ajudar.

-Eu? Eu não. Eu quero ser veterinária e não vejo aqui nenhum animal. Mas tu como queres ser construtor, constrói-me aí uma piscina.

Sereias e Tritões

por twin_mummy, em 27.04.17

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Dia maravilhoso de praia (sim estamos de férias), e o puto enterra-se até à cintura. Digo eu na brincadeira:

-Pareces um sereio.

Pergunta o co-irresponsável:

-Não é sereio que se diz, pois não? Como é que se chama a um homem com cauda de peixe?

(silêncio)

-Então... é tritão, não é?

-Ah, sim! -exclamam os putos em uníssono.

-Então e o rei dos tritões e das sereias, quem se lembra? -pergunto eu.

Resposta pronta da patapon:

-Quarentão!

 

Dunas

por twin_mummy, em 25.04.17

A passear pelas dunas, de chinelos na mão rumo ao mar para o célebre baptismo de pés (não é que a água não esteja quentinha mas o ar cá fora ainda está fresco para banhos de mar) e pergunta a Patapon:

-O mar ainda é longe?

-Não, querida. É já ali a seguir.

-A seguir àquela bossa?

 

E foi assim que me caiu a chapa e derrapei na maionaise até à minha infância... Se o Areias é um camelo uma duna pode muito bem ser uma bossa!

 

Festival da Sapateira de Santa Cruz

por twin_mummy, em 25.10.16

Não sei se já perceberam (sou bastante discreta), mas sou apreciadora de bons petiscos. Por isso este ano não resisti e combinámos ir com uns amigos ao Festival da Sapateira de Santa Cruz.

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Por recomendação de um outro amigo liguei para o Restaurante O Navio, na Praia do Navio, e foi com um misto de desilusão e esperança que me explicaram que já não haveria mesas vagas para o último fim de semana do Festival mas que, à semelhança de anos anteriores, tinham decidido prolongar o evento por mais uma semana, de forma a dar resposta a todas as solicitações. O preço, apesar de proibitivo para o nível de vida actual, não deixa de ser atractivo para um dia especial, e pensar que por €16,50 se pode comer toda a sapateira que quisermos é uma enorme tentação.

 

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E assim nos pusemos a caminho num Sábado em que prometiam chuvas torrenciais e ventos fortes. E assim foi em Lisboa, mas felizmente o sol fez-nos companhia por todo o trajecto até Santa Cruz, mesmo que a espreitar por entre as nuvens. E à chegada ao Restaurante era este o cenário que se via da janela. Nada mau para um dia de tempestade...

 

Confesso que ainda pensámos que num restaurante à beira mar seria essencial o tempo seco, mas a verdade é que o espaço interior é agradável e a vista mesmo com chuva de certeza que não gera muita reclamação.

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E como estamos entretidos com as sapateiras e as conversas acho que nem que chovesse torrencialmente a malta reparava.

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Pessoalmente, fiquei de olhar fixo na salamandra de formato original, a lembrar uma escotilha de um navio. Estou a pensar encomendar uma uma, um dia destes, para colocar no meu novo T4 que vou comprar com o dinheiro do Euromilhões que hei-de ganhar. Que acham?

 

Para quem pensar -como eu- que nestas coisas dos Festivais a comida é escassa e vem a conta-gotas garanto que a nossa experiência não foi nada assim. Fica aqui uma foto da primeira travessa que serviram. A abrir as hostilidades trazem uma sapateira por pessoa.

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O tamanho das ditas é generoso, o recheio bem confeccionado (se bem que prefiro a minha versão). O pão torrado e as tostas complementa o conjunto, e cerveja -para os que gostam, que não eu- não pode também deixar de faltar. O normal.

 

De resto, e porque nem todos os elementos do grupo eram apreciadores da dita, acabémos por dar uma olhadela ao menu. Tem bastante variedade, mas durante o Festival a escolha é reduzida de forma a dar vazão à cozinha. Acabámos por pedir uma açorda de gambas e -pasme-se!- um bitoque para o meu filho que estava ainda com fome depois de comer umas 6 patas de sapateira e um número incerto de tostas com recheio, e inistia que queria 'Outra coisinha'.

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Como podem ver pela imagem a 'coisinha' tinha bom ar, servida num prato original e com um agradável acompanhamento de frutas. O 'mãozinhas de esquilo' insistiu em dar o único figo à mana, que de ar meloso ainda o conseguiu convencer a dar mais uma frutinha. Infelizmente aqui acho que o Restaurante O Navio falha um pouco já que o bitoque é frito -e bem frito, dada a quantidade de óleo que fica no prato.

 

Talvez seja o preço a pagar por pedir carne num restaurante especializado em marisco e peixe, mas mesmo assim, tendo em conta os preços acima da média e as críticas online esperava um pouco mais.

 

Quanto às sobremesas nem todos quiseram, mas as que vieram para a mesa eram boas. Melhor ainda que a comida é sair para este cenário...

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E se houve quem ainda hesitou em por os pés na areia molhada, quando olhei para o lado estes dois já iam longe...

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Mas não nos ficámos por aqui. A aproveitar o sol que espreitava por entre as nuvens voltámos a pegar no carro para passear na estrada paralela às praias e alcançar aquela que nos pareceu mais resguardada do vento, graças à duna do lado direito, que permitiu também entreter os mabecos uma boa meia hora. 

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O resto da tarde foi passado na casa desses nossos amigos, em Santa Cruz. Desde o ar que se respira até ao sol que nos acaricia a pele, tudo ajuda a recarregar baterias.

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 Confesso que já há muito não ia a Santa Cruz... prometo que em breve voltarei!

 

Vamos à salga!

por twin_mummy, em 07.04.16

Alguns de vocês que acompanham o blog há mais tempo e que me conhecem de outras paragens sabem o que tenho lutado para encontrar uma solução para as alergias do Pandinha.

 

Tudo começou quando ele tinha 2 anos e uma daquelas constipações pinga-nariz que teimam em não passar. Ao fim de 1 mês de nariz entupido, depois de uma noite em que mal respirava, decidi ir com ele às urgências da Estefânia. Garantiram-me que não tinha nada nos pulmões mas tinha realmente o nariz muito entupido aliado ao facto de ter os adenóides e as amígdalas grandes e propuseram referenciação para Otorrino. Fez-me sentido e por isso esperei ansiosamente pela consulta.

 

Sem querer citar aqui nomes, pois calculo que toda a gente tenha os seus dias, embora num médico isso possa ser problemático, confesso que saí daquela consulta com vontade de apresentar queixa da Senhora (não, não a vou tratar por Doutora pois acho que não merece o título). Desde fazer o diagnóstico assim que entrámos pela porta (sem sequer o auscultar, sem ver a garganta ou fazer qualquer exame, e ignorando o facto de que ele andava a correr há mais de uma hora e meia, que foi o tempo de atraso da consulta, decidiu que era para operar aos ouvidos, nariz e garganta) até criticar o facto dele estar na escola e não entregue aos cuidados da avó, pois estaria muito melhor protegido.

 

Pois, compreendo que nem toda a gente ache a educação importante, mas para sermos então coerentes devia tirar a Patapon também, certo? Mesmo porque se a alergia (que era o que nós desconfiávamos dado o meu historial e do co-irresponsável) é contagiosa, mais valia ela também não estar exposta aos micróbios dos coleguinhas para depois os trazer para casa, certo? E já agora, que tal castigá-los ainda mais e obrigá-los a ficarem trancados em casa numa redoma?

 

Perante a minha insistência lá mandou o miúdo fazer um raio-X onde realmente dava para ver os adenóides aumentados. Mas por muito que eu questionasse que importaria saber o porquê, para ela não interessava. Tirava-se e pronto! E se à pergunta:

-Ele faz quantas otites, quantas amigdalites? A resposta era:

-Nenhuma! Nunca fez, sempre foi saudável. Anda é ultimamente com o nariz entupido.

Para a médica a audição selectiva era: -De certeza que deve estar enganada. Vou por aqui que sim, que faz....

 

E quando eu disse que me fazia sentido ele ser visto por um alergologista antes de tomar tal decisão quase levei com o processo dele em cima, acompanhado por um:

-Se quer que ele tenha uma insuficiência cardio-respiratória tome lá isto e vá pedir as segundas opiniões que quiser!!

 

Claro que tendo nós dois dedos de testa, tendemos a pensar o que é melhor para eles e, perante aquele cenário eu achava que o melhor era uma segunda opinião. Mesmo assim, a incerteza mexe connosco e seguiram-se meses de ansiedade.

 

Felizmente encontrei um bom alergologista e uma boa otorrino, e graças também às medicinas alternativas o Pandinha lá se foi aguentando. Os testes de alergia foram inconclusivos, dado ser na altura ainda muito pequeno, os primeiros testes auditivos revelaram algum bloqueio que poderia levar a surdez e assim justificar a operação. Mas a medicação deu uma ajuda e conseguimos estabilizar tudo com Zyrtec+Nasomet e muita praia. Desde os 2 anos até aos 3 e meio, foi assim que ele se aguentou. Não ficava mais vezes doente que a mana, simplesmente tem de vez em quando o narizito mais entupido e de x em x meses lá fazia um dia de febre baixinha.

 

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Entretanto, um pouco por acaso, soubemos da existência de um centro de haloterapia no Parque das Nações. A filha de uns amigos nossos anda lá e ele notou melhorias, e por isso deu-nos o contacto.

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Sempre fui da opinião que experimentar não custa e por isso lá fomos com o Pandinha. Durante o mês que lá andou antes do Natal de 2014 deixou por completo a medicação e nunca mais o vi de nariz a pingar. Na primeira semana foi todos os dias, desde então 1x por semana. Quando interrompemos nas férias de Natal foi precisamente quando ficou doente.

 

Agora com 5 anos o Pandinha continua estável sem qualquer sinal ou sintoma de alergia, e sem qualquer medicação. O segundo teste que fez há cerca de 1 ano já não revelou perigo de surdez. Não sai barato manter a terapia semanal, mas vale todos os cêntimos lá empregues, e para eles é muito agradável pois passam os 40 minutos a brincar no sal como se de areia se tratasse. Tem muito mais energia (se achávamos que tal não era possível cedo percebemos que afinal não temos dois filhos mas sim uma filha e um coelhinho da Duracell), deixou de ressonar e já não sei o que são narizes a pingar há meses.

 

Estamos ansiosos por fazer novamente a ronda dos médicos e mostrar os resultados. E eu e o co-irresponsável estamos também com vontade de experimentar ir lá os dois um dia relaxar nos cadeirões.

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A quem está a passar por situação semelhante recomendo que pelo menos experimentem. Não só o espaço em si é agradável como não poderia deixar de aqui fazer um elogio à Susana. Mais do que dona do espaço, passou a ser nossa amiga. Os miúdos fazem desenhos para ela e levam-lhe prendinhas. Não vão à Haloterapia, vão 'à Susana' e não hesitam em explicar que temos de nos descalçar e que não podemos esfregar as mãos nas paredes, para o sal não cair. No fundo sentem-se em casa, e isso é impagável. E bem melhor que uma operação ao nariz ouvidos e garganta, diria eu.

 

Claro que nem todos os casos são iguais e haverá aqueles em que a operação será inevitável e urgente. Posso ser fã das terapias alternativas mas de modo algum dispenso o nosso pediatra, o nosso alergologista e a nossa otorrino. Tudo dependerá das próximas consultas e exames, mas graças à Haloterapia tenho alguma esperança de que no caso do Pandinha não venha a ser necessário.

 

E porque sei que há muita gente a passar por este mesmo dilema, fica a sugestão... vão à salga! 

O Verão é quando um Mabeco quiser...

por twin_mummy, em 08.03.16

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 O nosso primeiro Verão...

-Oh, Mãe! Nunca mais é Verão! - dizia a minha filha a suspirar.

-Ainda estamos no Inverno. Falta um bocadinho para o Verão. -explico eu.

-Mas eu penso no Verão, penso, penso... e nunca mais acontece!

-Oh, querida... se fosse assim tão fácil. Infelizmente não basta pensar no que queremos para as coisas acontecerem. E há coisas que podem ser e outras que não podem, por muito que se queira.

-Mas eu gosto mesmo do Verão. Pode-se andar na praia, estar na piscina sem ter frio. Nunca devia ser Inverno!

-Ahhh... mas isso não pode ser. Depois como é que as plantas cresciam e os rios ficavam com água? O Inverno também é preciso.

-Então... então... era uns dias Verão e outros Inverno... para não demorar tanto!

 

E assim, como homenagem à minha filha, cá vai...

Eu Gosto é do Verão

 

Natal...

por twin_mummy, em 24.12.15

Porque o Natal se aproxima passo a passo...

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Dicas da Twin: Férias com crianças e férias com gémeos

por twin_mummy, em 28.08.15

Muita gente me pergunta como se faz férias com gémeos. Da mesma maneira que se faz com um filho ou com dois... não se faz! Ou melhor, faz-se de uma maneira diferente daquela que se fazia quando não se tinha filhos.

 

Desengane-se quem achar que vai com putos para a praia apanhar sol, ou que vai tirar uns dias para descansar pois por norma quando se regressa de umas férias com putos estamos mais cansados do que quando viemos.

 

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Vale pelo tempo de qualidade que se passa com eles. Vale porque se tem tempo para certas coisas que não se tem no dia a dia. E há estratégias, claro... Estas são as minhas:

 

1-Planear a Estadia

Acabou-se o pôr duas mudas de roupa na mochila e partir à aventura. Há quem o faça mesmo com um rebanho de filhos atrás, é certo. Mas certamente tem mais energia que eu, mais paciência que eu e menos trabalho que eu. Ou não... ou serei simplesmente eu que não sou capaz.

 

Seja como for cá em casa as coisas planeiam-se com uns mesinhos de antecedência. O local é cuidadosamente escolhido em função do interesse da zona em si mas também das características do alojamento.

 

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Até cerca dos 2 anos ainda é execuível colocá-los nuns bercinhos no nosso quarto, mas há duas coisas a reter. Primeiro é que nem todos os locais (à excepção dos hóteis de maior dimensão) têm muitos berços ao dispor, e por isso ou a reserva é logo feita com garantia de inclusão dos ditos ou corre-se o risco de ter cancelar à última hora. A outra é que convém levar resguardos. Estejam ou não com o desfralde feito acidentes acontecem e ter de pedir outro colchão para o berço é coisa a evitar. 

 

Eu dou sempre preferência a apartamentos, aparthóteis ou hóteis com quartos comunicantes. Enquanto são pequeninos ter acesso a uma kitchenette é essencial. Não só para os que estão a leite artificial, mas também para se fazer uma papa ou guardar uns iogurtes.

 

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Em Vilamoura por exemplo ficamos sempre no meu T1, reservamos o quarto para os miúdos e ficamos nós na sala. Estamos nós mais à vontade que assim também podemos ficar a ver TV depois deles se deitarem e ficam eles também mais resguardados. E quando forem mais crescidos é uma boa desculpa para controlar entradas e saídas...lol

 

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Já ficámos no Vale de Milhanos, um monte alentejano na zona de Serpa, onde optámos por quartos contíguos com serventia de cozinha, e mais recentemente no Parque Biológico de Vinhais, onde tivemos direito a um bungalow inteirinho. De uma forma ou de outra wc privativo e acesso à cozinha são mais que aconselhados. E dou sempre uma espreitadela às críticas online. Tudo o que tenha nota baixa de higiene elimino.

 

2-Planear a viagem

 

Sabendo o destino há que depois ver qual o melhor trajecto. Sendo longe ir pela Auto-Estrada é mais rápido mas também mais monótono e as paragens não ficam baratas. Assim sendo caso seja perto prefiro as estradas nacionais ou vias rápidas. Sendo o trajecto pela auto-estrada inevitável, leva-se um farnel no carro que é mais saudável e mais barato e em vez de ir aos restaurantes da área de serviço assim pode-se parar na zona dos piqueniques e torna-se tudo mais divertido.

 

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Há que não esquecer as actividades para fazer durante a viagem. Para os mais pequenos sou fã das Lousas Mágicas -confesso que tive de ir pesquisar o nome à net pois para mim sempre foram e serão 'aquelas-coisas-para-desenhar-e-apagar'- pois são versáteis e infindáveis. Melhor que levar uma resma de papel atrás e permite uma variedade incrível de jogos. Por exemplo desenhar o que se vai vendo pela estrada, treinar letras e números, ou simplesmente desenhar algo em que se está a pensar e depois o resto da família tenta adivinhar.

 

Pode-se também aproveitar o tempo para cantar e contar histórias (esta segunda é sempre a mais segura para quem tem voz de grafonola como eu) e olhem que não me refiro apenas a uma relação unilateral pais-filhos. Acreditem que por volta dos 3/4 aninhos já eles conseguem contar histórias -simples, claro... mas nem por isso menos interessantes- que vos irão com certeza surpreender. E assim não só descansam vocês a voz como estimulam a imaginação deles.

 

Também levamos sempre umas mini-mochilas com brinquedos para o caminho. Na dele invariavelmente terão de estar carros, na dela bonecas. Deixo-os sempre escolher o que levar, mas há que supervisionar a tarefa ou em vez de mini-mochilas passam a ter malas do Sport Billy (para quem não percebeu a piada vá navegar pela net).

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E não esquecer de levar água para a viagem e uns quantos snacks (qualquer coisa que não faça muitas migalhas no carro é o principal critério). Em relação à água em todas as viagens confirmo que optar pelas cadeiras Graco Nautilus foi a melhor escolha que poderia ter feito. Não só são robustas e confortáveis como têm uns úteis compartimentos para guardar brinquedos e... um porta-copos onde costumamos encaixar uma garrafa de água para cada um.

 

3- Fazer as malas

 

Saber o que levar é sempre complicado, pois quando se tem filhos pequenos não se pode pedir para aguentar o frio que surge de repente em pleno verão ou as famosas chuvas de Agosto e por isso há que ir prevenido e pecar ligeiramente por excesso. E digo ligeiramente ou de repente em vez de ir de carro passam a ter de ir de autocaravana. Mesmo assim, e como já aqui tive oportunidade de referir, ter uma carrinha ajuda muito. Bendita a hora que a Peugeot veio fazer parte da família pois no meu Corsa quase deixávamos de ver os putos no banco de trás, tanta era a tralha que não cabia no porta-bagagens.

 

Aconselho vivamente a que façam uma lista e que a sigam a rigor. Se possível, ponham o dia anterior de férias (mesmo férias, o que implica que seja sem os putos, ok?) para conseguirem fazer as malas com antecedência, e ao regresso recomendo o mesmo... um dia de férias extra. Deveria ser para descansar mas quem é mãe sabe que é para tratar das toneladas de roupa suja, fazer compras para a casa, e arranjar espaço para as 200.000 pedras e conchas que eles insistiram em trazer de recordação.

 

Partilho aqui a minha lista, constantemente sujeita a melhoramentos.

 

Para as criancinhas:

 

DSC_0290.JPG-Roupa de cama: Os resguardos para a cama de que aqui já falei (dois por cada puto para se poder trocar a meio da noite e dar tempo para lavagens) e confirmar se há lençóis, cobertores, etc;

-Roupa: 1 muda de roupa por dia mais uma extra a cada dois dias, para evitar ter de se lavar roupa;

-2 ou 3 pijamas por semana (ter em conta a temperatura do local para onde se vai e a eventualidade de haver um descuido nocturno ou dois por causa da excitação);

-calçado: chinelos que tanto dão para andarem por casa naquelas situações em que o piso é mais frio como para uma ida à piscina ou à praia, um par de ténis e um par de sandálias a cada um;

-chapéus para proteger a moleirinha dos catraios e não terem de passar as férias a baixar-lhes a febre;

-objectos de transição (incluem-se nesta categoria as chuchas e os bonecos para dormir, mas também as fraldas ranhosas que muitos putos insistem em arrastar pelo chão antes de colocar na caminha lavada)

 

Para todos:

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-Kit de primeiros socorros não só com o normal para crescidos (ainda tenho de aqui falar sobre isso mais em pormenor pois já lá vai o tempo da água oxigenada, ao contrário do que muita gente ainda acha), porque acreditem que pelo menos um joelho esfolado há sempre, e um penso rápido daqueles com bonecos toda a gente sabe que tira as dores;

-Kit de praia: chapéu de sol, toalhas, protector solar, baldes e pás e meia dúzia de forminhas; um saco grande para um dos crescidos levar as toalhas e as braçadeiras dos putos e de resto os baldes eles que levem e vão ver como a vossa vida fica muito mais fácil e eles deixam de insistir em levar a casa às costas; não esquecer depois no destino de levar água e qualquer coisita que se coma (pessoalmente sou fã de fruta, uma ou outra bolachinha e porque não uns frutos secos);

-Kit roupa: daqueles simples que se encontram por pouco mais de 1€ à venda em cada esquina mas que são sempre precisos quando as lojas estão já fechadas e que incluem linha, tesoura e meia dúzia de molas e botões para um arranjo de emergência;

-documentos (documentos de identificação e cartões de saúde para uma eventual ida ao médico que seja necessária)

-medicamentos SOS: para nós, aqueles mais básicos como Aspirina ou Ben-U-Ron para aguentarmos aqueles dias em que o céu se parte e cai um toró que nos obriga a ficar fechados em casa com aqueles pequenos anjos que se transformam em diabretes, mas também um Imodium ou um Ultra-Levur vêm muitas vezes a calhar para os disparates alimentares que se fazem nestas alturas; para eles NUNCA esquecer o parzinho maravilha Ben-U-Ron Xarope e Brufen Xarope, mas também as belas das pomadas como o Fenistil e uma pomadinha hidratante;

-toalhetes (mesmo depois do desfralde acreditem que dá sempre jeito quanto mais não seja para limpar mãos e bocas);

-produtos de higiene: para não esquecer nada o segredo é pensarmos naquilo que vamos fazendo ao longo do dia e assim temos champô, gel de banho, desodorizante; escova/ pente cabelo, elásticos e ganchos; escovas dentes, pasta, fio dental e elixir; e.... algo que muita gente esquece: kit unhas com o belo do corta unhas, uma tesourinha pequena e uma lima;

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-repelente insectos: se forem para uma zona costeira ou de grande vegetação que vos cheire levemente a que possa ter insectos, e porque em férias de verão a probabilidade de ter de se abrir uma janela ou apetecer dar uma volta mais tardia pelo exterior é grande, é aconselhável levar aparelhos repelentes de insectos. Há os de tomada e há os de lapela. Nós temos um desses de lapela da Chicco, que tanto encaixa no carrinho de passeio ou na mochila, mas confesso que o que uso mais regularmente é o de tomada. Ou coloco no corredor e deixo lá ficar, ou no quarto deles e retiro antes deles se deitarem.

 

4- Planear actividades

 

Durante a estadia há que não esquecer que as actividades devem ser diversificadas. Não custa nada levar papel e uns lápis de cor para aqueles momentos em que precisamos estar mais sossegadas a preparar refeições. Caso exista leitor de DVDs também não pesa nada levar um ou dois filmes de desenhos animdos para se ver em família, mesmo porque a TV cabo que existe nos locais de destino nem sempre é igual à que temos em casa e assim sendo aqueles desenhos animados que eles estão habituados a ver poderão não estar disponíveis.

 

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Depois para as actividades ao ao livre, raquetes e bolas vêem sempre a calhar mas do que eu sou mesmo fã é dos papagaios de papel. Quando eu era pequena o meu avô materno ajudava-me sempre a fazer um com canas e jornal. Hoje em dia já conseguem encontrar em muitos hipers e lojas da especialidade a um preço acessível. Na Tiger por exemplo têm papagaios muito originais e em conta.

 

5- Divirtam-se!

 

Parece estranho acabar esta forma, mas na realidade (e falo por mim) damos por nós tão stressados a seguir as rotinas das férias (da mesma forma que seguiriamos se estivessemos a trabalhar) que nos esquecemos de nos divertir. Não é obrigatório irmos para a praia, não é imprescindível almoçar ao meio dia em ponto. Férias são para relaxar, curtir estar com os putos sem tempos definidos e rirmo-nos da chuva que não tarda em passar enquanto nos enroscamos em família no sofá. Por isso, independentemente do destino escolhido... aproveitem o tempo de qualidade! Façam aquilo que normalmente não conseguem fazer. Aproveitem para os conhecerem melhor e darem-se a conhecer melhor. Contem histórias da vossa infância ou do tempo em que eles eram bebés. Falem da família, das vossas experiências de vida, de como se ligava um ZX Spectrum 48K ou se saltava ao elástico. De certeza que eles vão gostar e de certeza que isso vos irá aproximar.

 

E depois... venham cá contar e partilhar sugestões!!

Imagem real

por twin_mummy, em 01.08.15

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Estivemos a passar uns dias no campo/ praia, em casa  de familiares. Por lá não há tantos canais e o tempo passa mais lentamente. E assim acabamos muitas vezes por ver programas menos usuais como o Tour de France.

 

Esta é uma das zonas mais frequentadas por ciclistas em treinos. Não só amadores como profissionais, daqueles com equipamento completo a evidenciar os patrocínios.

 

Numa ida à mercearia local (a pé como convém), passa por nós um grupo de ciclistas e exclama entusiasmada a Patapon:

-Olha! O pai costuma ver esta série!

Foto-férias com os gémeos

por twin_mummy, em 22.06.14

Porque uma imagem vale mais que 1000 palavras...

 

 

 

 

 

 



Apontamentos de Natal: Actividades do campo

por twin_mummy, em 31.12.13

Passar o Natal e o Fim de Ano pelo campo tem destas coisas. Para além da comidinha tradicional, da família reunida, das prendas e da gestão de incidentes com o Pai Natal (pelas prendas que não trouxe e por aquelas que não deveria ter trazido... mas a isso voltaremos em altura mais oportuna), há todo um mundo que se nos depara porta fora. Bem... e porta dentro também, já que a lareira é das coisas que mais aprecio (devo ser descendente da Gata Borralheira).

 

Já tivemos oportunidade de ir visitar as ovelhas do vizinho e ver os cordeirinhos com pouco mais de 1 semana de vida, e já fomos passear à praia, onde os putos insistiam para irmos buscar uns baldinhos de água às ondas de 4 metros, e que terminou com eles a atirarem areia um ao outro (duhhh, claro que não deveria esperar outra coisa, mas ainda tenho a minha dose de ingenuidade).

 

Mas o ponto alto (até agora) foi a apanha da laranja. Não é que a malta tenha uma grande herdade, mas os crescidos da casa fizeram questão de esperar pela vinda dos meus mabecos para colherem as laranjitas da árvore que está no quintal. É apenas uma única e singela árvore, mas deu-nos que fazer por uns minutos, e os miúdos bem que se divertiram. E agora que bem que sabem para cortar o sabor dos doces! E a parte melhor? Eles poderem não só perceber todo o trajecto das ditas desde a origem até ao prato, mas poderem sobretudo afirmar com orgulho que foram eles que apanharam.

 

Fica a sugestão para uma actividade diferente e o incentivo para depois aqui partilharem!!

Instinto assassino

por twin_mummy, em 28.10.13

Cada vez mais acho que os putos hoje em dia não têm instinto assassino e isso assusta-me. E sim...explico já para não levar de imediato com um calhau no focinho. Longe de mim incentivar homicídios, descansem... refiro-me àquele instinto de caça e de sobrevivência que eu acho que se perdeu com a nossa geração.

 

Eu quando era pequenina ia com o meu avô materno à pesca. Nunca percebi a piada de se apanhar peixes à cana, mas gostava de o ajudar a apanhar caranguejos pois davam luta. Recordo-me como se fosse hoje de lançármos os camaroeiros ao Tejo e de eu ser das poucas pessoas a conseguir tirar de lá os sacaninhas à pata. De que me serviu? Pois serviu-me para grandes apanhas de caranguejo e navalheira (ou mesmo sapateira) nos pontões da Costa da Caparica, onde passávamos férias, que originavam grandes petiscadas entre familia e amigos. Dava-me gozo poder dizer que apanhei o jantar. E não era a única miúda a 'caçar' nos pontões já que tinha amigos dedicados ao polvo. Para esse confesso que nunca tive jeito... 

 

Também me recordo de ajudar a matar galinhas ou coelhos caseiros, e se bem que nunca achei grande piada (preferia 1000x ir com o meu pai à caça do que apanhar aqueles ali meio tolos à espera do esticão) percebia que era necessário para se comer. Não, não os via como a Pintinha ou o Floquinho, e acreditem que tive animais de estimação muito esquisitos, mas o que é para comer nem se dá nome, como tão bem me ensinaram, e o que se dá nome nunca haveremos de conseguir comer (se a esperança de vida de um pato fosse mais longa e eles soubessem falar teria como testemunha a pata Tata).

 

Agora com os miúdos acabo por ficar numa situação complicada. Se alguém me apanha a mostrar-lhes como se faz uma cabidela lá fico eu mais manchada pela opinião pública que o arroz pelo sangue da bicha. E também não me parece cenário próprio para dois mabecos que ainda nem 3 aninhos têm... mas caramba! Também não quero ter filhos ignorantes que achem que o frango nasce nos supermercados e que os ovos vêm do frigorífico.

 

E por isso tenho tentado um meio termo, em que tento explicar-lhes algumas noções básicas e mostrar-lhes de onde vêm alguns alimentos.

 

Ainda este verão, num saltinho a Sesimbra, insisti em ficar um pouco mais à beira-mar para apanhar umas cadelinhas (ou lambujinhas ou como lhe queiram chamar), com o co-irresponsável a duvidar de tal pescaria (não sei se duvidava se a fauna local seria suficientemente abundante para eu apanhar alguma ou se simplesmente não acreditava nos meus dotes de caçadora). Certo é que em menos de 10min apanhei uma dúzia delas, perante o olhar curioso dos meus mabecos e estupefacto do papá deles.

 

Nisto encho o baldinho com água do mar e levámos para perto das toalhas, para dar tempo para as bichanas sairem da casca. E fui explicando que aquilo se podia comer, e que era bom, e que eu costumava apanhar com os meus papás e a minha mana. E eles deliciados a verem-nas deitar a linguita de fora.

 

Chega a hora da partida e eu pego no baldinho com a caça do dia. E nessa altura tenho o meu sogro a pedir pela vida dos bivalves, como se de um gatinho se tratasse. Ora... aquilo é caça, certo? É para se comer, sem lamentações. Eu até compreendo que de encarar um bezerrinho nos venham lágrimas aos olhos, mas aquilo nem sequer patas tem, muito menos olhos! E por isso levámos os bichos sem qualquer sentimento de culpa, e atirámos com eles para a frigideira sem pena nem paixão.

 

Chamem-me assassina, mas valeu bem a pena!!

 

 

PS: dando os devidos créditos à imagem e aproveitando para explicar que conquilhas não são ameijoas aqui vos deixo um link que considero deveras útil

http://8700-olhao.com/olhao/ria-formosa/sample-page

Bolinhaaaaaa!!

por twin_mummy, em 28.08.13

Recentemente estivemos de férias e tentámos fazer o máximo de praia. Todas as manhãs lá iamos de toalhas, baldes e chapéu de sol às costas e ali ficávamos até cerca das 11h00.

 

Por volta dessa hora aparecia sempre um vendedor de bolinhas de berlim que montava 'stand' um pouco acima de nós, para depois iniciar daí a volta da venda. Por 2 vezes cedi e deixei os miudos deliciarem-se com meia bola sem creme. E era para eles também um gozo enorme poderem pagar as ditas com as moedinhas que lhes dávamos.

 

 

Ora no domingo passado fomos para outra zona da praia, onde o tal senhor passa bem mais tarde. Por isso estranhei quando ouvi o Pandinha gritar ''Bolinhaaaaa!!'' e a apontar para o topo da praia.

 

E nisto quando olhei reparei num casal que chegava à praia com ar de quem iria passar ali o dia, malas aviadas e... geleira!! à tiracolo. 

 

Riam-se, riam-se... mas foi muito complicado convencê-lo que não há bolinhas em todas as geleiras...

Pérolas dos mabecos: a praia

por twin_mummy, em 18.08.13

Dizia a minha filha:

- Olha a minha praia! As ondas estão pequeninas, estão?

- Não, querida... acho que não estão pequeninas.

- Pode ir sozinha para a água?

- Ahahaha! Não me parece, querida...

- Vamos ver!!!

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As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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