Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Vou reafirmar algo que vai chocar muita gente, mas quero lá saber! Eu não gosto de chocolate!
E também não gosto de azeitonas nem de caramelo, nem de... cerveja!
Mas gosto de oferecer chocolates. E por isso (e pelos outros motivos acima mencionados) o co-irresponsável é o gajinho mais sortudo do Mundo!
E por isso esta edição especial da Regina veio mesmo a calhar. Foi a prenda de Natal dos mabecos para o papá, e andavam entusiasmados porque conseguiram ajudar a embrulhar e a guardar segredo durante quase um mês (sim, se procurarem à última da hora já não encontram nenhuma).
E isto é lindo! Tenho de dizer que mesmo esta gaja que não gosta de chocolate consegue viajar até à infância ao recordar a máquina dos furinhos que existia em cada taberna. Mesmo que não tivesse a quem dar -e escusam de se oferecer- acho que comprava só para olhar para aquilo.
Por isso, e porque os mabecos nesta coisa do chocolate sairam ao co-irresponsável, não consigo perceber como é que a esta altura do campeonato ainda resta um furo...
No fim de semana passado fomos à festa de Natal da minha empresa. Para além de actividades para os miúdos num dos pisos, disseram-me que o Pai Natal estava a distribuir prendas no outro piso. E porque esse era o ponto alto que eles tanto ansiavam, lá decidimos atalhar caminho, mesmo porque a intensa chuvada que se fazia sentir nos tinha pregado uma partida e estavamos meio encharcados e ansiosos por regressar a casa.
Acontece que a fila para tirar fotografias com o dito barrigudo de vermelho era colossal e havia sempre um chico-esperto a atirar a criancinha para a frente das outras, sem qualquer respeito pela vez alheia. Nisto reparo que algumas crianças mais pequenas estavam a ir pela lateral buscar a prenda, entregue pelas mãos da Mãe-Natal/ Duende e achei que não seria má ideia dispensarmos a fotografia. Explicada a situação aos mabecos, de que a foto tardaria em chegar e que podiamos simplesmente ir receber a prenda e regressar a casa, eles concordaram comigo.
Sim, eu sei que todos os pais acham que os filhos deles são os mais lindos do Mundo. Mas acreditem que os meus são uns castiços e como são dois do mesmo tamanho têm uma piada acrescida. E por isso a Mãe-Natal/ Duende não parava de se meter com eles. A Patapon sorria, mas o Pandinha reparei que estava com ar bastante desconfiado, o que nem é normal para ele, que costuma ser um oferecido que mete dó, a distribuir beijos e abraços por toda a gente -mesmo ranhosa- que se encontre no recinto num raio de 2 kms (e nem as garinas se safam sem muitas vezes levar um beijo na boca, mas enfim... outras histórias essas!). Mas ok... todos temos os nossos dias e o puto estava molhado da chuvada...
Nisto, eles insistem que queriam abrir as prendas e eu deixei. Parámos um pouco mais à frente, noutra sala mais arejada, mas nem por isso com menos colegas e respectivos filhos a passarem constantemente de um lado para outro. E foi neste cenário que o puto começou alto e bom som...
-Sabes, mãe... aquela não era a Mãe-Natal. Era só uma senhora vestida com um fato esquisito!
-Hmmm.... pois... A Mãe-Natal se calhar não pôde vir. -tento eu explicar baixinho..
-Mas não eeeeeraaaa!
-Pois não, querido, mas não fales alto sobre isso que há meninos que estão felizes porque acham que é. -apelo eu.
E foi assim que evitei que o puto estragasse o Natal. Recebo uma prendinha extra por isso???
Passar o Natal e o Fim de Ano pelo campo tem destas coisas. Para além da comidinha tradicional, da família reunida, das prendas e da gestão de incidentes com o Pai Natal (pelas prendas que não trouxe e por aquelas que não deveria ter trazido... mas a isso voltaremos em altura mais oportuna), há todo um mundo que se nos depara porta fora. Bem... e porta dentro também, já que a lareira é das coisas que mais aprecio (devo ser descendente da Gata Borralheira).
Já tivemos oportunidade de ir visitar as ovelhas do vizinho e ver os cordeirinhos com pouco mais de 1 semana de vida, e já fomos passear à praia, onde os putos insistiam para irmos buscar uns baldinhos de água às ondas de 4 metros, e que terminou com eles a atirarem areia um ao outro (duhhh, claro que não deveria esperar outra coisa, mas ainda tenho a minha dose de ingenuidade).
Mas o ponto alto (até agora) foi a apanha da laranja. Não é que a malta tenha uma grande herdade, mas os crescidos da casa fizeram questão de esperar pela vinda dos meus mabecos para colherem as laranjitas da árvore que está no quintal. É apenas uma única e singela árvore, mas deu-nos que fazer por uns minutos, e os miúdos bem que se divertiram. E agora que bem que sabem para cortar o sabor dos doces! E a parte melhor? Eles poderem não só perceber todo o trajecto das ditas desde a origem até ao prato, mas poderem sobretudo afirmar com orgulho que foram eles que apanharam.
Fica a sugestão para uma actividade diferente e o incentivo para depois aqui partilharem!!
Amanhã será com certeza um dia interessante. As prendas das avós atrasaram-se e a de anos do Pandinha está retida na alfândega, que está em greve por tempo indeterminado. Claro que muitas surpresas haverá, mas não querendo por aqui levantar muito o véu (porque há cuscos que por aqui passam de vez em quando), anseio sobretudo por ver a cara dos mabecos ao desembrulharem as prendinhas.
Por entre a lista de prendas da Patapon surgem dois pedidos originais: 'Flores para as focas' e 'Mesa de fazer panelas', nenhum dos quais consegui satisfazer, mas terá uma Luna improvisada, conforme já vos tinha contado. Já o Pandinha pediu o catálogo quase completo do Toys'R'Us, que é óbvio que não vai ter, mas espero que a tão solicitada casa dos Playmobil o deixe a delirar ao ponto de não se lembrar sequer do resto.
Entretanto a Patapon, meio à socapa ainda tentava pedir mais umas coisinhas para adicionar à lista, e por entre prendas mais ou menos normais, e a ressalva de que o 'computador rosa' seria a mais importante, surge:
- Quero um baton!
- Querida... tu ainda és pequenina para usar baton...
- Então quero um baton pequenino!
Foi aí que eu vacilei no riso mas ainda me aguentei tempo suficiente para responder:
- Não, também não podes ter um baton pequenino! E olha... com tanto pedido que estás a fazer ainda não me perguntaste o que quero.
- Oohhh... mas tu já tens computador! -diz a Pespineta com ar decidido.
- Sim, tenho. Mas posso querer outra coisa, certo? Um colar, por exemplo... -tento eu convencê-la.
- Eu não sei se o Pai Natal tem moedas para o teu colar...
WHAAAAAAATTTTTT???
Claro que tem!!! Certo, Pai Natal??