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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Não sei se já perceberam (sou bastante discreta), mas sou apreciadora de bons petiscos. Por isso este ano não resisti e combinámos ir com uns amigos ao Festival da Sapateira de Santa Cruz.
Por recomendação de um outro amigo liguei para o Restaurante O Navio, na Praia do Navio, e foi com um misto de desilusão e esperança que me explicaram que já não haveria mesas vagas para o último fim de semana do Festival mas que, à semelhança de anos anteriores, tinham decidido prolongar o evento por mais uma semana, de forma a dar resposta a todas as solicitações. O preço, apesar de proibitivo para o nível de vida actual, não deixa de ser atractivo para um dia especial, e pensar que por €16,50 se pode comer toda a sapateira que quisermos é uma enorme tentação.
E assim nos pusemos a caminho num Sábado em que prometiam chuvas torrenciais e ventos fortes. E assim foi em Lisboa, mas felizmente o sol fez-nos companhia por todo o trajecto até Santa Cruz, mesmo que a espreitar por entre as nuvens. E à chegada ao Restaurante era este o cenário que se via da janela. Nada mau para um dia de tempestade...
Confesso que ainda pensámos que num restaurante à beira mar seria essencial o tempo seco, mas a verdade é que o espaço interior é agradável e a vista mesmo com chuva de certeza que não gera muita reclamação.
E como estamos entretidos com as sapateiras e as conversas acho que nem que chovesse torrencialmente a malta reparava.
Pessoalmente, fiquei de olhar fixo na salamandra de formato original, a lembrar uma escotilha de um navio. Estou a pensar encomendar uma uma, um dia destes, para colocar no meu novo T4 que vou comprar com o dinheiro do Euromilhões que hei-de ganhar. Que acham?
Para quem pensar -como eu- que nestas coisas dos Festivais a comida é escassa e vem a conta-gotas garanto que a nossa experiência não foi nada assim. Fica aqui uma foto da primeira travessa que serviram. A abrir as hostilidades trazem uma sapateira por pessoa.
O tamanho das ditas é generoso, o recheio bem confeccionado (se bem que prefiro a minha versão). O pão torrado e as tostas complementa o conjunto, e cerveja -para os que gostam, que não eu- não pode também deixar de faltar. O normal.
De resto, e porque nem todos os elementos do grupo eram apreciadores da dita, acabémos por dar uma olhadela ao menu. Tem bastante variedade, mas durante o Festival a escolha é reduzida de forma a dar vazão à cozinha. Acabámos por pedir uma açorda de gambas e -pasme-se!- um bitoque para o meu filho que estava ainda com fome depois de comer umas 6 patas de sapateira e um número incerto de tostas com recheio, e inistia que queria 'Outra coisinha'.
Como podem ver pela imagem a 'coisinha' tinha bom ar, servida num prato original e com um agradável acompanhamento de frutas. O 'mãozinhas de esquilo' insistiu em dar o único figo à mana, que de ar meloso ainda o conseguiu convencer a dar mais uma frutinha. Infelizmente aqui acho que o Restaurante O Navio falha um pouco já que o bitoque é frito -e bem frito, dada a quantidade de óleo que fica no prato.
Talvez seja o preço a pagar por pedir carne num restaurante especializado em marisco e peixe, mas mesmo assim, tendo em conta os preços acima da média e as críticas online esperava um pouco mais.
Quanto às sobremesas nem todos quiseram, mas as que vieram para a mesa eram boas. Melhor ainda que a comida é sair para este cenário...
E se houve quem ainda hesitou em por os pés na areia molhada, quando olhei para o lado estes dois já iam longe...
Mas não nos ficámos por aqui. A aproveitar o sol que espreitava por entre as nuvens voltámos a pegar no carro para passear na estrada paralela às praias e alcançar aquela que nos pareceu mais resguardada do vento, graças à duna do lado direito, que permitiu também entreter os mabecos uma boa meia hora.
O resto da tarde foi passado na casa desses nossos amigos, em Santa Cruz. Desde o ar que se respira até ao sol que nos acaricia a pele, tudo ajuda a recarregar baterias.
Confesso que já há muito não ia a Santa Cruz... prometo que em breve voltarei!