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Teoria dos Mabecos: Ser português

por twin_mummy, em 16.04.18

Diz ele: -Toda a gente devia ser portuguesa porque é a língua mais fácil.

- E o País maior - ajuda ela.

O negócio do Futebol

por twin_mummy, em 15.06.16

Passávamos à frente do estádio do benfica quando a minha filhota comenta: 

-Aquela era a bomba de gasolina do benfica, não era?

-Bem... sim. Era a bomba de gasolina do Estádio do Benfica.

 

Um pouco mais à frente oiço-a a dizer:

-Olha...esta é do Sporting!

 

E foi aí que percebi que o que determinava a 'pertença' não era a localização mas a cor da dita. As verdes são do Sporting, as vermelhas do Benfica. Pergunto-me se no Porto serão azuis...

Teorias dos mabecos: O que se come.

por twin_mummy, em 13.03.15

livros.jpg

 

Estavamos a ver um livro sobre animais.

-E que animal é este? -pergunta o Pandinha.

-É uma ratazana. -explico eu.

-Ohhhh!! As ratazanas são más, não são? -diz a Patapon.

-São sobretudo porcas porque vivem no esgoto. -respondo eu.

-Ui! Que nojo! -diz ela com o ar mais feminino do Mundo.

-E este? -insiste o Pandinha.

arganaz.jpg

 

-Esse é um arganaz. -digo eu com ar de entendida enquanto leio a legenda (mas eles não precisam saber esta parte, certo?)

-Ahhh! Este come-se! -diz o Pandinha de rompante.

-Não! Claro que não! Achas que se come isso? - e juro que nesta altura achei que o puto não era de todo meu filho.

-Ohhh! Então não se come o ananás??? -responde-me ele.

Teorias dos mabecos: Crescer

por twin_mummy, em 01.08.14

Dizia a Patapon:

-Mamã! Estou quase a crescer?

 

-Sim, estás a crescer. Estás sempre a crescer.-respondi

 

-Sim... mas quando? É que acabei de comer e quando a gente come, cresce!

Teorias dos mabecos: porcaria de gramática!

por twin_mummy, em 23.07.14

Realmente os miúdos tuguinhas têm muito que penar para aprender a falar correctamente. E quando se tem gémeos de sexos diferentes a história complica-se.

 

Andamos há que tempos a explicar que ele deve dizer 'Obrigado' e ela 'Obrigada' e finalmente parece que encaixaram o conceito. Pois hoje à hora dos leitinhos andavam num daqueles acessos de ternura, a dar beijinhos e miminhos. Assim que chego com os leitinhos à sala ele diz 'Obrigado' e eu respondo 'De nada'.

 

E nisto depois do puto emborcar quase 800 ml de leite, entrega-me o biberon (sim, ele ainda bebe pelo biberon à noite, mesmo com a irmã a chamar-lhe bebé, mas perante a quantidade e a ânsia com que bebe tenho que reconhecer que, embora não seja o ideal, é o mais lógico e ando a tentar 'negociar' que passe para o copo até ao final do ano), dizendo:

-Toma, mamã!

 

Perante o meu:

-Obrigada!

 O Pandinha responde, quase de forma automática:

-De nada!

 

E sai-se a Pespinetazinha:

-Não é 'de nada', mano! Tu és um menino, por isso é 'de nado'!

 

E lá andei eu a explicar que a lingua portuguesa tem destas coisas...

Teorias dos mabecos: O inverno

por twin_mummy, em 07.07.14

Numa destas manhãs chuvosas e farruscas de um verão que parece não querer chegar, tinha eu a Patapon a insistir que queria ir de gorro e luvas para a escola.

 

Insisti que estava calor e que iria ficar a transpirar com tais acessórios. Até disse que os outros meninos iam ficar a olhar para ela, de tão estranho que aquilo era, mas ela continuava a lutar pelo seu gorro e as suas luvas. Numa derradeira tentativa tento explicar:

-Querida... isso usa-se quando é inverno, mas agora está calor, não faz sentido andares de luvas e cachecol com este calor.

 

Responde a Pespineta:

-Mas é Inverno, mãe! Olha como chove!

 

E pronto... foi assim que fiquei sem argumentos perante uma miúda de 3 anos e meio. Mas valeu-me o mano, que nem sei bem como, lá a conseguiu convencer...

Teorias dos mabecos: O castor

por twin_mummy, em 03.06.14

No rescaldo do recente 'deschuche' (ver Post: A Quinta e as Chuchas) a mabeca vira-se para mim no Dia da Criança e diz -com aquele olhar que derrete tudo à volta:

-É Dia da Criança... dá-me a minha chuchinha!

-Oh! Querida... mas nós fomos por as chuchas à árvore porque já és crescida, certo? És uma criança, sim... mas uma criança crescida. E depois... as chuchas fazem mal aos dentes.

-Fazem? -pergunta ela intrigada.

-Sim. Por isso é que só os bebés sem dentes as usam. É que andar de chucha entorta os dentes.

 

Como ela não parecia lá muito convencida resolvi recorrer a uma técnica pedagógica especial que se chama 'inventar', e lá aleguei:

-Vê lá tu que eu conheço um menino de 4 anos que ainda usa chucha, e a mãe está muito triste porque ele já está com os dentes todos tortos, assim para fora... (e exemplifico nos dentes da frente)

-Ah! Por isso é que os castores têm os dentes para fora, não é? É porque ainda andam de chucha!

 

Teorias dos mabecos: As árvores

por twin_mummy, em 02.05.14

Vinhamos de carro de casa da avó paterna. Depois de uma tarde de brincadeira e correrias pelo parque eles faziam-me o relato do que tinham feito com os avós. A dada altura contaram que um cão fugiu com a bola do Pandinha e que quando a avó estava a jogar à bola com eles, andou para trás e caiu.

 

Como tinha um saco onde transportava todas aquelas 1000 coisas com que andamos quando temos miúdos era inevitável que algo acontecesse quando ela se estatelou em cima dele. Pois segundo os mabecos a água abriu-se e molhou tudo, inclusivé o cabelo da nova Barriguita da Patapon (ir para casa da avó também implica normalmente voltar com um brinquedo novo ou a expressão 'estragar os miúdos com mimos' não faria tanto sentido), e pelos vistos, e felizmente, ter-se-á gerado uma sessão de risota pelo caricato da situação.

 

Ora como a meio do caminho já o sono se transformava em birra, e como é sabido que tenho uns parafusos a menos, decidi inventar ali um bocadinho para os distrair. E comecei com a minha história alternativa:

 

-Ora então a avó estava a jogar à bola, o Pandinha acertou-lhe com a bola e ela caiu!

-Nããããããooooo! -dizia ele a tentar conter o riso- Não fui eu! Ela só começou a andar para trás, tropeçou e caiu.

-Ahhhhhh! -tentava eu fingir que já tinha percebido- então veio o cão, atirou-se à avó e ela deixou cair a bola!

-Não, mãe! -explicava a Patapon- ...o cão foi depois. A Avó caiu sozinha!

-Caiu porque o pai a empurrou, certo? -insistia eu na versão alternativa perante a risota geral.

-Não! O pai não estava lá. Foi mesmo sozinha!! Estás a aldrabar! -dizia o Pandinha.

 

A partir daí, foi com a história a descambar para o limite da insensatez que percorremos os últimos quilómetros de regresso a casa com os mabecos bem dispostos. Já a chegar a casa a versão era:

 

-Então estavam a jogar à bola, o pai empurrou o avô, que foi bater de encontro ao cão, que por sua vez acertou numa árvore. E a árvore ia a cair para cima da avó, que se desviou a tempo, mas acertou no saco, e entornou a água.

 

Foi então que no meio de uma gargalhada o meu filho se saiu com esta:

-A árvore caiu?? As árvores não podem cair, mãe! Porque não têm pés!!!

 

E pronto! Foi assim mais uma lição mabequiana! E eu que vivi estes anos todos na ignorância!

Teorias dos mabecos: Cocó de cão

por twin_mummy, em 01.05.14

Há quem tenha queda para a música, quem tenha para o teatro ou mesmo para a escrita. Há quem declame poemas a fio de memória, e quem saiba dar toques na bola e fintar como ninguém. E há a minha filha... que tem queda para pisar cocó de cão!

 

Pois hoje, para não variar, num passeio pelo parque com os avós paternos, calhou de acertar em cheio com um dos ténis novos (que embora tenham sido estreados na semana passada quase parecem ter feito já todo o inverno, ter sido atirados para o lixo, e depois resgatados numa qualquer reciclagem) num enorme poio. Não que eu o tivesse visto, pois por essa altura estava eu ainda no trabalho, mas dei por ele quando apertava os elaborados cintos da Graco, para iniciarmos a viagem de carro de regresso a casa.

 

Pais que são pais têm sempre toalhetes à mão, e pais de gémeos por norma têm um pack inteiro deles (e quando digo pack é sempre acima de 200 unidades dos ditos), e por isso respirei de alívio e fui buscar os toalhetes ao porta bagagens. Mas nem mesmo se tivesse gasto um pack deles conseguiria tirar o dito cocó, de tão agarrado e seco que estava (nota mental... não é boa ideia comprar ténis com solas de elaborados relevos). A solução passou mesmo por lhe tirar o ténis para, pelo menos, não sujar as costas do meu banco, como tinha acontecido no incidente anterior e que envolveu uma igual (senão maior) quantidade de caca.

 

Mas claro que isso não nos impediu -pelo contrário- que pudessemos gozar com a situação e com a pontaria da miúda. Mas bastou percorrer alguns metros, com a conversa de crescidos e Pandinha a roçar o limite da estupidez -sim, a malta reconhece!- para a resposta-pronta da Pespineta se fazer ouvir. Do alto do seu metrinho de altura, com voz segura e bem colocada, como se falasse para uma plateia sai-se com esta:

 

-Sabes... eu acho que é um disparate os cães fazerem cocó na rua. Os donos deviam ensiná-los a ir à sanita para eu não pisar mais cocó!

 

Pois... eu também acho! E subscrevo!

Teorias dos mabecos: o hidroavião

por twin_mummy, em 09.12.13

Mais um dia, mais uma chapa, mais uma volta. Estávamos nós a ver 'Os Heróis da Cidade' (já aqui referi no post 'Pérolas dos Mabecos: os heróis da cidade e o vilão' tratar-se de uns desenhos animados que giram em torno de um grupo de carros-heróis) quando aparece um hidroavião amarado na zona portuária.

 

-Quem é aquela? -pergunta a Patapon.

-É um hidroavião. Não sei o nome dela. -responde o co-irresponsável.

 

E ela no tom mais gozão do Mundo vira-se para o pai e exclama:

-É nada! está na água... é um barco!

 

E encerrou ali o assunto nos minutos seguintes pois por muito que tentássemos explicar ela ria-se, provavelmente achando que se tratava de um delírio colectivo dos papás.

Teorias dos mabecos: os andares do elevador

por twin_mummy, em 25.11.13

Ter chegado às 20.000 visitas em cerca de 6 meses é motivo suficiente para celebrar com a inauguração de mais uma secção do blog. Desta vez dedicada àquelas teorias dos miúdos em que por muito que a gente tente explicar que não é assim eles teimam em ter razão.

 

Ultimamente têm andado fascinados com os números, e por isso todas as viagens de elevador acabam por ser uma contagem crescente ou decrescente que os delicia. E a mim claro que também me deixa a transbordar de orgulho perceber que, mais que ter decorado o '1,2,3' eles sabem reconhecer os números, qualquer que seja a ordem. Claro que não está ainda a 100% e há alguma confusão entre o 1 e o 7, entre o 6 e o 9, mas mesmo assim já fazem um excelente trabalho. 

 

Acontece que no nosso prédio não está assinalado o '0' mas sim o 'r/c', e por isso tentei explicar por diversas vezes que no fundo significava o mesmo que o '0' mas que se escrevia com letras.

-É o 'resto do chão'!- dizia a Patapon.

-Não, querida. É RÉÉÉÉSSSS do chão, rés!

-Não é não, mãe. É 'resto do chão'. - e enquanto abriamos a porta para sair ela apontava para o chão do piso e explicava - Vês? É o resto deste aqui...

 

Juro que desde então tentei por diversas vezes convencê-la do contrário, mas a miúda acaba por ter uma certa razão em visualizar a continuidade do piso inferior para o elevador, e tem o Pandinha a aliar-se a ela. E assim passou a ser 'Resto do chão' e não se fala mais nisso... Se não os podes vencer junta-te a eles, certo?

As imagens utilizadas neste blog são na sua maioria de autoria própria ou de amigos e familiares, com o devido consentimento. A autoria daquelas que são retiradas da internet será indicada sempre que seja possível fazê-lo de forma inequívoca, mas mesmo assim poderão ser removidas caso o autor o entenda, bastando para tal contactar-me para o e-mail aqui indicado.


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