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Aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos: Como me meti nesta enrascada; Relatos da (in)experiência; O dia-a-dia com 2 mabecos... Leiam e participem!!
Pela primeira vez na vida decidi fazer cachupa. O mais difícil foi tirar a foto com o prato intacto, já que a malta se atirou que nem uns galifões.
E para dar continuidade ao fim de semana de excessos, entrecosto frito com banha (à moda do Algarve), acompanhado de favas passadas no molho da fritura.
Valha-nos os rabanetes para cortar na gordura e a bela da tábua de queijos (para desenjoar) acompanhada de um belo Pombal do Vesúvio. Recomenda-se!
Há dias assim, em que não nos apetece fazer jantar, em que achamos que precisamos de algo mais do que um final de dia comum.
Felizmente em casa de alentejanos há sempe bom queijo e bons enchidos. Quanto ao vinho... ser amigo do dono de uma garrafeira tem destas coisas. Tendemos a apurar os gostos!
Para quem não conhece fica a sugestão... Pombal do Vesúvio. Mas façam como nós e deixem os miúdos com a avó, porque acreditem que a garrafinha marcha... ah se marcha!
Culpa do meu pai, é certo... mas as alentejanices estão-me no sangue.
Hoje em dia seria impensável dar-se algum tipo de objecto cortante para as mãos de um miúdo sem se andar a olhar para trás das costas a ver quando apareceria a PSP e a Protecção de Menores, e no entanto eu NUNCA me cortei com o canivete que o meu pai me deu, nem mesmo quando corto pão à alentejana (corta-se em cunha segurando o pão contra a barriguita e fazendo aquele perigoso movimento de fora para dentro) para mais uma açordinha. Sim, também tenho tábua de pão e também sei que se pode dar-lhe uso... mas não gosto!! Para ele sempre fui o 'Joãozinho', pelo que é natural que mesmo nestas tarefas domésticas goste de desafiar o perigo, qual piloto de fórmula 1.
Mas mais que açorda há uma coisa a que não resisto e que faz revirar o interior de muita gente... cabecinhas de borrego no forno! Vai ser hoje o jantar por aqui. À malta de coragem que por aqui andar... confiem em mim que é bom. E se quiserem experimentar é muito simples... cabeça bem limpinha (como se vê na imagem), umas pedrinhas de sal grosso e... forno! Quando estão tostadinhas retira-se todos os pedaços (desde lingua a bochechas, terminando na mioleira aproveita-se tudo), parte-se, junta-se mais umas pedrinhas de sal e reserva-se. Dá para fazer com bastante antecedência já que se come bem mesmo frio.
E para acompanhar um belo pão alentejano, paio de porco preto, queijinho fresco atabafado e aquelas coisas horrorosas a que chamam azeitonas britadas, mas que embora eu não aprecie (ok...reconheço que não sou a alentejana perfeita por não gostar de azeitonas) o co-irresponsável desaparece com elas em segundos.
Tudo isto regado com um belo vinho tinto alentejaníssmo (hoje será JP Private Selection) e digam lá que não é uma bela homenagem às raizes Serpenses!!